Relatório da CBF sobre impedimentos aponta 151 erros na Série A de 2015

Relatório da CBF sobre os impedimentos na Série A 2015

A análise desta notícia é como enxergar o copo metade cheio ou metade vazio. Pois bem, a CBF divulgou o seu relatório sobre o rendimento da arbitragem no Brasileirão de 2015, alvo de inúmeras reclamações dos clubes. Com o recurso de vídeos, instrutores da entidades consideraram 1.390 acertos entre os 1.541 impedimentos assinalados em um dos principais fundamentos dos juízes, em lances cada vez mais rápidos. No site da confederação brasileira há o destaque: “Árbitros acertaram 90% dos impedimentos em 2015”.

Impedimentos mal marcados:
2015 – 9,8%
2014 – 16%
2013 – 19%

O índice até melhorou, considerando os últimos três anos, mas o blog ainda enxerga o dado do lado oposto, com 151 impedimentos equivocados, ou por parar a jogada com ninguém irregular ou por deixá-la seguir apesar do posicionamento adiantado. Dessas decisões tomadas, a comissão de arbitragem considerou 52 erros “fáceis” e 99 “difíceis”. Erro é erro. A média a cada rodada foi 4 marcações erradas. Analisando cada uma das 38 rodadas, somente a abertura do campeonato passou ilesa. O levantamento não aponta a quantidade de resultados modificados devido aos erros. Daí, a imprecisão sobre os “10%” de equívocos. Quanto isso representou na classificação?

A CBF busca a autorização da Fifa para usar a tecnologia em lances polêmicos na Série A já em 2016. A norma teria seis pontos. Na letra E: “Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.” O artigo 71A do regulamento geral de 2016 prevê a implantação da regra no futebol nacional.

Legenda do quadro de impedimentos:
RD: rodada
AF: acertos fáceis
AD: acertos difíceis
TT AC: total de acertos
EF: erros fáceis
ED: erros difíceis
TT EQ: total de erros

O relatório também traz dados sobre faltas e cartões. Confira o documento aqui.

Relatório da CBF sobre faltas e cartões na Série A 2015

O preço de cada ponto somado no Campeonato Brasileiro de 2015

A relação cota de TV x pontuação na Série A de 2016. Arte: Tiago Nunes (twitter.com/TiagoJNunes)

A milionária diferença entre as receitas no Campeonato Brasileiro, sobretudo através da televisão, vem afunilando a disputa pelas primeiras colocações. Quase sempre, o maior investimento obtém resultados satisfatórios. Quase sempre. Que o diga o Vasco, rebaixado pela terceira vez em oito anos. Mesmo com a 4ª maior cota de TV em 2015, os cruz-maltinos terminaram no Z4. E a relação dinheiro/ponto expõe o clube, com R$ 1,7 milhão a cada pontinho somado na tabela. A interessante análise sobre a eficiência de gasto foi feita por Tiago Nunes, calculando todas as cotas (fixas) de acordo com a classificação final da Série A.

Este ano, o Corinthians conquistou o título quebrando o recorde de pontos nos pontos corridos, desde que a competição passou a ter vinte clubes. Foram 81 pontos, mas na “administração” do dinheiro, foi o 18º. A Ponte Preta, 11ª colocada, está no topo desta lista, com R$ 352 mil a cada ponto somado. Com essa quantia, o Timão precisaria ter somado 312 pontos! Impossível, claro, pois a pontuação máxima é de 114.

No fim da lista, o Flamengo, que gastou seis vezes mais que a Macaca para cada ponto. Um dinheiro sem retorno no rubro-carioca, sem dúvida.

1º) Ponte Preta – R$ 352 mil/pontos (R$ 18 mi e 51 pts)
2º) Chapecoense – R$ 382 mil/ponto (R$ 18 mi e 47 pts)
3º) Figueirense – R$ 418 mil/ponto (R$ 18 mi e 43 pts)
4º) Avaí – R$ 428 mil/ponto (R$ 18 mi e 42 pts)
5º) Sport – R$ 457 mil/ponto (R$ 27 mi e 59 pts)
6º) Atlético-PR – R$ 529 mil/ponto (R$ 27 mi e 51 pts)
7º) Joinville – R$ 580 mil/ponto (R$ 18 mi e 31 pts)
8º) Coritiba – R$ 613 mil/ponto (R$ 27 mi e 44 pts)
9º) Atlético-MG – R$ 652 mi/ponto (R$ 45 mi e 69 pts)
10º) Grêmio – R$ 661 mil/ponto (R$ 45 mi e 68 pts)
11º) Goiás – R$ 710 mil/ponto (R$ 27 mi e 38 pts)
12º) Internacional – R$ 750 mil/ponto (R$ 45 mi e 60 pts)
13º) Cruzeiro – R$ 818 mil/ponto (R$ 45 mi e 55 pts)
14º) Fluminense – R$ 957 mil/ponto (R$ 45 mi e 47 pts)
15º) Santos – R$ 1,03 milhão/ponto (R$ 60 mi e 58 pts)
16º) São Paulo – R$ 1,29 milhão (R$ 80 mi e 62 pts)
17º) Palmeiras – R$ 1,32 milhão/ponto (R$ 70 mi e 53 pts)
18º) Corinthians – R$ 1,35 milhão/ponto (R$ 110 mi e 81 pts)
19º) Vasco – R$ 1,70 milhão/ponto (R$ 70 mi e 41 pts)
20º) Flamengo – R$ 2,24 milhões/ponto (R$ 110 mi e 49 pts)

A distribuição dos milhões das cotas de televisão nas Séries A e B de 2016

As cotas de TV do Campeonato Brasileiro da Série A em 2016. Arte: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

As duas principais divisões do Campeonato Brasileiro têm uma cobertura completa da TV, com a transmissão dos 760 jogos, nos sinais aberto e fechado. Ambas as séries já estão definidas para 2016, com quatro trocas na A, como a volta de Botafogo e Santa, e oito mudanças na B, com destaque para a terceira participação do Vasco. E a próxima temporada marca o início do novo contrato com a Rede Globo, detentora dos direitos. Os 40 times receberão novos repasses, que fomentam a maior parte das respectivas receitas. No quadro produzido pelo podcast 45 minutos, um raio x das finanças oriundas da tevê.

Na elite foram firmados acordos de três anos, com clubes acima de R$ 35 milhões/ano. É o caso Sport, no último escalão dos “cotistas” até 2018. Basta compará-lo a Corinthians e Flamengo, que passam a ganhar R$ 170 milhões, R$ 60 mi a mais que no contrato encerrado, num aumento de 54%. Ou seja, maior numérica e percentualmente. Uma evolução baseada na audiência dos principais mercados, São Paulo e Rio, mas nem sempre atrelada à questão técnica. No fim da pirâmide, cinco clubes, incluindo o Tricolor, negociando acordos anuais entre R$ 20 mi e R$ 25 milhões. Num primeiro contato, o mandatário coral, Alírio Moraes, ouviu uma oferta de R$ 16 milhões. Pois é.

Evolução dos contratos 2012-2015 para 2016-2018
1) Flamengo e Corinthians – de R$ 110 mi para R$ 170 milhões (54%)
2) São Paulo – de R$ 80 mi para R$ 110 milhões (37%)
3) Vasco e Palmeiras – de R$ 70 mi para R$ 100 milhões (42%)
4) Santos – de R$ 60 mi para R$ 80 milhões (33%)
5) Cruzeiro/Galo/Grêmio/Inter/Flu/Fogo – de R$ 45 mi p/ R$ 60 milhões (33%)
6) Outros ex-integrantes do Clube dos 13 – de R$ 27 mi p/ R$ 35 milhões (29%)

Enquanto isso, na Série B, o valor básico foi ampliado de R$ 3 mi para R$ 5 milhões, numa articulação que contou com o presidente do Náutico, Glauber Vasconcelos. A bronca é ter que competir com o Vasco, que R$ 100 milhões. Os 17 “não cotistas” da Segundona ganharão, juntos, R$ 85 milhões. Competitividade? Irreal. E olhe que esse levantamento todo se refere apenas às cotas fixas do Brasileirão. Ainda há o pay per view, com um rateio de R$ 350 milhões através do Premiere, de acordo com o número de assinantes apurado em pesquisa do Datafolha, ampliando de vez a disparidade.

Veja as cotas dos clubes pernambucanos em todos os torneios de 2016 aqui.

As cotas de TV do Campeonato Brasileiro da Série B em 2016. Arte: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

A classificação da Série A 2015 após 38 rodadas, com premiações e vagas

A classificação da Série A 2015 após 38 rodadas. Crédito: Superesportes

Terminou a 45ª edição da Série A do Campeonato Brasileiro. Com o Corinthians campeão como antecipação, a última rodada serviu para definir o vice (Galo), o último classificado à Libertadores (São Paulo) e mais três rebaixados, ao lado do Joinville. Caíram Goiás, Vasco e Avaí, com o rival Figueirense escapando na base do sofrimento. Em Campinas, sem aperreio, o Sport venceu a Ponte Preta e acabou em 6º lugar, na sua melhor campanha na era dos pontos corridos.

Colocações, premiações e vagas através do Brasileirão 2015
1º: Corinthians – R$ 10 milhões, Libertadores/2ª fase e Copa do Brasil/oitavas
2º: Atlético-MG – R$ 6,3 milhões, Libertadores/2ª fase e Copa do Brasil/oitavas
3º: Grêmio – R$ 4,3 milhões, Libertadores/2ª fase e Copa do Brasil/oitavas
4º: São Paulo – R$ 3,2 milhões, Libertadores/1ª fase e Copa do Brasil/oitavas
5º: Internacional – R$ 2,2 milhões e Copa do Brasil/oitavas
6º: Sport – R$ 1,4 milhão e Sul-Americana/2ª fase
7º: Santos – R$ 1,3 milhão e Sul-Americana/2ª fase
8º: Cruzeiro – R$ 1,2 milhão e Sul-Americana/2ª fase
9º: Palmeiras* – R$ 1,1 milhão, Libertadores/2ª fase e Copa do Brasil/oitavas
10º: Atlético-PR – R$ 1,0 milhão e Sul-Americana/2ª fase
11º: Ponte Preta – R$ 900 mil e Sul-Americana/2ª fase
12º: Flamengo – R$ 800 mil e Sul-Americana/2ª fase
13º: Fluminense** – R$ 700 mil
14º: Chapecoense** – R$ 600 mil
15º:  Coritiba** – R$ 450 mil
16º: Figueirense** – R$ 350 mil
17º ao 20º: Avaí, Vasco, Goiás e Joinville – sem premiação

* Vaga através do título da Copa do Brasil
** Esses clubes também podem ir à Sula, mas dependem da classificação dos concorrentes acima às oitavas de final da Copa do Brasil.

O ranking de títulos nacionais de elite, com 88 estrelas douradas no Brasil

Campeões nacionais de elite no Brasil de 1959 a 2014. Arte: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

O Corinthians se igualou ao São Paulo como hexacampeão brasileiro de futebol, considerando a competição iniciada em 1971. Com a unificação anunciada pela CBF, em 2010, o Timão agora está a dois títulos brasileiros de Palmeiras e Santos. Além dos seis brasileiros, o Alvinegro de Parque São Jorge ainda ostenta três Copas do Brasil, chegando a nove troféus nacionais de elite, de acordo com a lista atualizada pelo blog há sete anos. Com isso, empatou com Santos e Flamengo no ranking geral. Só está abaixo do Palmeiras.

Como de praxe, as competições levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/1970), a Série A (1971/2015), a Copa do Brasil (1989/2014) e a Copa dos Campeões (2000/2002). Todos esses campeonatos têm em comum as vagas na Libertadores (observações na lista de comentários).

Ao todo existem 22 campeões nos 88 torneios organizados pela CBF e por sua precursora, a CBD. Antes de qualquer discussão sobre o Brasileiro de 1987, vale ressaltar que a lista aponta os vencedores reconhecidos pela entidade que organiza o futebol brasileiro. Independentemente do peso de cada conquista, o blog diferenciou os clubes com o mesmo número de títulos pelo último troféu, com vantagem para o mais antigo.

Ainda este ano haverá mais uma atualização, com o campeão da Copa do Brasil. Santos ou Palmeiras?

11 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998 e 2012; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
9 – Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1992 e 2009; CB: 1990, 2006 e 2013; C: 2001)
9 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999, 2005, 2011 e 2015; CB: 1995, 2002 e 2009)
8 – Cruzeiro (A: 2003, 2013 e 2014; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
5 – Fluminense (A: 1984, 2010 e 2012; R: 1970; CB: 2007)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
2 – Atlético-MG (A: 1971; CB: 2014)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).

Podcast 45 (173º) – Vitórias de Santa e Náutico e a chegada de Falcão no Sport

O 45 minutos abordou o movimentado futebol pernambucano no fim de semana. Começou com o processo de saída de Eduardo Batista e a chegada de Falcão, com uma derrota do Sport para o Vasco no meio. Na sequência, a evolução do Santa, com três vitórias seguidas e 39% de chance de acesso, segundo o Chance de Gol. Uma vitória sobre o Sampaio, no Maranhão, colocará o time no G4. Por fim, a vitória do Náutico no Mangueirão, fazendo a torcida voltar a sonhar, ainda mais com a boa sequência de jogos agora.

Nesta 173ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2015 – 27ª rodada

A classificação da Série A 2015 após 27 rodadas. Crédito: Superesportes

Foram dois jogos seguidos fora de casa. Primeiro contra o vice-lanterna e depois contra o laterna. O saldo rubro-negro foi de um mísero ponto conquistado. No Maracanã, o Sport perdeu do Vasco, na 27ª rodada, e ficou a seis pontos da zona de rebaixamento, a menor margem nesta competição. Alerta vermelho já. No próximo domingo, o Leão enfrentará a Chapecoense. Uma vitória deixaria o time a nove pontos do Z4, numa margem mais tranquila. Matemática à parte, a maior dificuldade parece ser mesmo a futebol de um futebol competitivo na Ilha do Retiro. Às avessas, as decisões agora são para escapar do descenso. Precisa de nove pontos para evitar qualquer risco.

A 28ª rodada do representante pernambucano
27/09 (18h30) – Sport x Chapecoense (Ilha do Retiro)

Histórico no Recife pela elite: 1 jogo e 1 vitória leonina.

Apático e desordenado, Sport perde do Vasco no Maracanã. Faltou respeito

Série A 2015, 27ª rodada: Vasco 2x1 Sport. Foto: DPaulo Fernandes/Vasco.com.br

Foi uma derrota constrangedora do Sport. Enfrentando o lanterna e teoricamente “mordido” após a saída repentina do técnico, esperava-se atitude no Maracanã. Com 1 minuto e 50 segundos, o placar já deixava clara a sonolência rubro-negra no returno. Num cruzamento da direita, Durval farrapou e Nenê chutou, com Ferrugem desviando para as próprias redes. Se ganhar fora de casa já era difícil (não obteve um triunfo sequer), virar parecia impossível, mesmo tão cedo.

No primeiro tempo, o time comandado interinamente por Daniel Paulista só melhorou a partir dos vinte minutos. Marlone, escolhido para a articulação no lugar do suspenso Diego Souza, demorou a se achar em campo. Aos poucos tentou alguns passes mais ousados. O mais bonito terminou também no tento leonino no Rio. Um lançamento para Elber, aos 39. O atacante dominou de costas, girou e marcou um belo gol. Àquela altura, o Leão tinha mais posse, 51%, mas marcava mal, numa desatenção que marcou toda o domingo.

Na volta do intervalo, a escalação se manteve. Bastava seguir controlando o jogo. Mas o filme negativo se repetiu na Ilha. Gol nos primeiros minutos e na bola aérea, com Rafael Vaz desempatando, 2 x 1. A partir daí, entraram Danilo (no lugar de Renê, ambos horríveis), Brocador (perdeu um gol feito) e Régis (que parece não ter força nem para levantar uma bola). Fim de jogo, com os cruz-maltinos, mesmo jogando muito mal, deixando a lanterna após nove rodadas e os pernambucanos sem palavras, evitando entrevistas. Faltou respeito à torcida.

Série A 2015, 27ª rodada: Vasco 2x1 Sport. Foto: DPaulo Fernandes/Vasco.com.br

A reta final da Copa do Brasil 2015

Chaveamento da Copa do Brasil 2015. Foto: CBF/divulgação

A CBF sorteou os confrontos das quartas de final da Copa do Brasil de 2015. No evento mediado pelo narrador Cleber Machado, na sede da confederação, as bolinhas amarelas não trouxeram nenhum clássico estadual, como na fase anterior, mas garantiram bons duelos. A diferença neste sorteio é que enfim foi traçado o caminho até a decisão, com os chaveamentos pré-definidos nas fases seguintes. Confira as primeiras impressões do blog.

São Paulo x Vasco 
O time de Osorio é franco favorito no confronto. Mesmo instável no Brasileirão, briga pela 4ª colocação. Na Copa do Brasil, o histórico é que não ajuda. O São Paulo é o único grande paulista sem o título (foi vice em 2000, perdendo aos 45 do 2º tempo). Pegará um time virtualmente rebaixado. Segundo o Chance de Gol, o Vasco tem 99% de chance de cair. Ao Respeito, a copa poderia ser uma “saída” no ano. A seca de gols é a bronca (na elite, fez apenas 8 em 21 jogos).

Figueirense x Santos
O Figueira vem duas classificações nos minutos finais, contra Botafogo e Atlético Mineiro. Vice-campeão em 2007, o clube catarinense mira a premiação de R$ 1 milhão à semifinal, que o ajudaria em sua principal caminhada, a permanência na elite. Enfrentará o Peixe, ascendente e bem mais técnico, com Ricardo Oliveira e Lucas Lima decidindo. Campeão em 2010, o Santos enxerga no mata-mata a grande chance de retornar à Libertadores.

Palmeiras x Internacional 
Foi a terceira chave sorteada. Àquela altura, havia 50% de chance de sair um Gre-Nal. Vindo de um 5 x 0, o Colorado ainda precisa se recompor para tentar dar o troco. O duelo entre campeões (Palmeiras em 1998/2012 e Inter em 1992) terá dois times à vera. Com um elenco numeroso, o Verdão tem plenas condições de focar a copa. Precisa melhorar a defesa, pois vendo sofrendo muitos gols na Allianz Arena, no Brasileirão. Aqui, o gol fora pesa ainda mais.

Grêmio x Fluminense
O Tricolor Gaúcho busca um título nacional desde 2001. Curiosamente, aquele foi o ano do tetra da Copa do Brasil. Para chegar ao penta (seria o maior campeão) tende a pegar um dos caminhos mais difíceis até o título. Campeão em 2007 (o gol do título foi anotado por Roger, atual técnico gremista), o Flu oscila no Brasileirão, ainda buscando uma formação compacta com Ronaldinho Gaúcho. Ah, o craque deverá ser tema de muitas pautas neste confronto…

Pitacos do blog sobre os semifinalistas: São Paulo, Santos, Inter e Grêmio.

Confira a postagem sobre as cotas do Copa do Brasil clicando aqui.

Sorteio do chaveamento da Copa do Brasil 2015. Foto: CBF/divulgação

Grande Recife na 5ª colocação entre as metrópoles com mais estádios no mundo

Estádio do Arruda, Arena Pernambuco, Ilha do Retiro, Aflitos, Grito da República e Ademir Cunha. Fotos: DP/D.A Press

Buenos Aires, la ciudad con más campos de fútbol del mundo

Este foi título da reportagem produzida pelo jornal El País, que numa tradução simples estabelece a capital argentina como a região metropolitana com mais estádios a partir de dez mil lugares. Numa paixão futebolística nítida em cada esquina da cidade de 13 milhões de habitantes, existem 36 palcos, do imponente Monumental de Nuñez (do River Plate, com 61.688 lugares) ao acanhado Malvinas (do San Miguel, com 10.000). Para se ter uma ideia, a quantidade é superior ao dobro do segundo colocado. O ranking publicado pelo periódico, aliás, apresenta cidades com muita tradição no futebol.

1º) Buenos Aires (36)
2º) São Paulo (15)
3º) Londres (12)
4º) Rio de Janeiro (9)
5º) Madri (5)

O blog analisou o mais recente cadastro nacional de estádios brasileiros, produzido pela CBF e cuja 5ª versão inscreveu 782 praças esportivas, elaborando uma lista nacional. Com este levantamento, o Grande Recife ficou numa posição surpreendente, superior a Madri, diga-se. Adicionado o estádio Grito da República, em Olinda, previsto (enfim) para dezembro de 2015 e com gasto acima do previsto, seriam seis palcos acima da capacidade estipulada.

Nesta apuração, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro aparecem com números inferiores em relação ao do ranking mundial, mas há uma justificativa plausível. No caso paulistano, a popular Rua Javari, do Juventus, teve a sua capacidade oficial reduzida para apenas 4.004 espectadores, apesar do recorde de 15 mil pessoas apinhadas. O mesmo ocorreu em dois locais tradicionais na Cidade Maravilhosa, o Moça Bonita (Bangu) e o Luso Brasileiro (Portuguesa).

Abaixo, as onze metrópoles brasileiras com mais estádios.

Caso alguém atualize a lista mundial, a RMR ficaria em 5º lugar…

1º) São Paulo (14) – 20,93 milhões de habitantes e 7,94 mil km²
66.795 – Morumbi (São Paulo)
45.000 – Arena Corinthians (São Paulo)
45.000 – Allianz Parque (São Paulo)
37.730 – Pacaembu (São Paulo)
31.452 – Arena Barueri (Barueri)
21.004 – Canindé (São Paulo)
16.744 – Anacleto Campanella (São Caetano)
14.384 – Francisco Ribeiro (Mogi das Cruzes)
14.185 – Bruno Daniel (Santo André)
13.440 – 1º de Maio (São Bernardo)
13.400 – Ícaro de Castro (São Paulo)
12.430 – José Liberatti (Osasco)
12.000 – Parque São Jorge (São Paulo)
10.117 – Nicolau Alayon (São Paulo)
Total de lugares: 353.681
Média por estádio: 25.262
Um estádio a cada 1,49 milhão de pessoas
Um estádio a cada 567 km²

2º) Rio de Janeiro (7) – 12,11 milhões de habitantes e 8,14 mil km²
78.838 – Maracanã (Rio de Janeiro)
44.661 – Engenhão (Rio de Janeiro)
24.584 – São Januário (Rio de Janeiro)
18.000 – Ítalo Del Cima (Rio de Janeiro)
15.000 – Campo dos Cordeiros (São Gonçalo)
13.544 – Edson Passos (Mesquita)
12.000 – Caio Martins (Niterói)
Total de lugares: 206.627
Média por estádio: 29.518
Um estádio a cada 1,73 milhão de pessoas
Um estádio a cada 1,16 mil km²

3º) Recife (6) – 3,88 milhões de habitantes e 2,77 mil km²
60.044 – Arruda (Recife)
46.214 – Arena Pernambuco (São Lourenço)
32.923 – Ilha do Retiro (Recife)
22.856 – Aflitos (Recife)
15.000 – Grito da República (Olinda)
12.000 – Ademir Cunha (Paulista)
Total de lugares: 189.037
Média por estádio: 31.506
Um estádio a cada 646 mil pessoas
Um estádio a cada 461 km²

4º) Curitiba (5) – 3,46 milhões de habitantes e 16,58 mil km²
42.372 – Arena da Baixada (Curitiba)
35.000 – Pinheirão (Curitiba)
34.872 – Couto Pereira (Curitiba)
17.200 – Durival de Brito (Curitiba)
10.000 – Vila Olímpica (Curitiba)
Total de lugares: 139.444
Média por estádio: 27.888
Um estádio a cada 692 mil pessoas
Um estádio a cada 3,31 mil km²

4º) Porto Alegre (5) – 4,18 milhões de habitantes e 10,34 mil km²
56.500 – Arena Grêmio (Porto Alegre)
56.000 – Beira-Rio (Porto Alegre)
45.000 – Olímpico (Porto Alegre)
10.000 – Complexo Esportivo (Canoas)
10.000 – Cristão Rei (São Leopoldo)
Total de lugares: 177.500
Média por estádio: 35.500
Um estádio a cada 836 mil pessoas
Um estádio a cada 2,06 mil km²

4º) Brasília (4) – 2,85 milhões de habitantes e 5,80 mil km²
72.788 – Mané Garrincha (Brasília)
27.000 – Boca do Jacaré (Taguatinga)
20.310 – Bezerrão (Gama)
10.000 – Augustinho Lima (Sobradinho)
Total de lugares: 130.098
Média por estádio: 32.524
Um estádio a cada 712 mil pessoas
Um estádio a cada 1,45 mil km²

7º) Belém (3) – 2,38 milhões de habitantes e 3,56 mil km²
45.007 – Mangueirão (Belém)
16.200 – Curuzu (Belém)
12.000 – Baenão (Belém)
Total de lugares: 73.207
Média por estádio: 24.402
Um estádio a cada 793 mil pessoas
Um estádio a cada 1,18 mil km²

7º) Belo Horizonte (3) – 5,76 milhões de habitantes e 9,46 mil km²
61.846 – Mineirão (Belo Horizonte)
23.018 – Independência (Belo Horizonte)
22.000 – Arena do Jacaré (Sete Lagoas)
Total de lugares: 106.864
Média por estádio: 35.621
Um estádio a cada 1,92 milhão de pessoas
Um estádio a cada 3,15 mil km²

7º) Fortaleza (3) – 3,81 milhões de habitantes e 6,96 mil km²
63.903 – Castelão (Fortaleza)
20.262 – Presidente Vargas (Fortaleza)
10.500 – Domingão (Horizonte)
Total de lugares: 94.665
Média por estádio: 31.555
Um estádio a cada 1,30 milhão de pessoas
Um estádio a cada 2,32 mil km²

7º) Natal (3) – 1,50 milhão de habitantes e 3,25 mil km²
32.050 – Arena das Dunas (Natal)
15.082 – Frasqueirão (Natal)
10.068 – Barretão (Ceará-Mirim)
Total de lugares: 57.200
Média por estádio: 19.066
Um estádio a cada 500 mil pessoas
Um estádio a cada 1,08 mil km²

7º) Salvador (3) – 3,91 milhões de habitantes e 4,37 mil km²
50.025 – Fonte Nova (Salvador
35.000 – Barradão (Salvador)
32.157 – Pituaçu (Salvador)
Total de lugares: 117.182
Média por estádio: 39.060
Um estádio a cada 1,30 milhão de pessoas
Um estádio a cada 1,45 mil km²