Apagado no primeiro tempo e brigador no segundo, Timbu empata no Maranhão

Série B 2014, 30ª rodada: Sampaio Corrêa 1x1 Náutico. Foto: Site Oficial do Sampaio Corrêa/Assessoria

Com a derrota do Avaí na terça-feira, uma vitória no sábado deixaria o Náutico a cinco pontos do G4. Era mais uma grande chance batendo na porta. Claro, não seria fácil vencer o Sampaio Corrêa no Maranhão. Portanto, seria preciso uma dedicação absoluta nos 90 minutos. Infelizmente, faltou atitude na primeira metade. Não há como pensar diferente.

O time pernambucano ficou preso na marcação adversária até com certa facilidade. Nos primeiros minutos, faltou buscar mais tabelas, impor um ritmo mais rápido. Para piorar o cenário, o Náutico foi vazado rapidamente. Aos 12 minutos, liberdade no escanteio para Mimica, que aproveitou o desvio para mandar de cabeça para as redes.

Relembrando o contexto do jogo, somente a vitória importava para uma chance mais clara de acesso. A pressão pelo resultado parece mesmo ter feito a diferença, sem qualquer reação.

No intervalo, Dado Cavalcanti cobrou mais organização tática de sua equipe. Mais gana em um campeonato tão complicado. Enquanto isso, do outro lado, nada de treinador. O ex-alvirrubro Lisca cumpria suspensão e assistia a tudo, nervoso como sempre, num camarote.

E de fato, o segundo tempo pareceu até outro jogo. Um Alvirrubro mais aceso, mais brigador. O mínimo que a torcida esperava. Com Júlio César se garantindo embaixo da trave, o empate em 1 x 1 veio com o volante Paulinho, marcando pela quarta vez nesta Série B. O maior volume na etapa final só não foi realmente premiado por causa do pênalti não assinado em Cañete, no finzinho. O lance deixou os alvirrubros na bronca. Uma pena que esse esforço todo não tenha começado logo às 16h10…

Os tricolores encheram a arena e saíram com os três pontos diante do Vasco

Série B 2014: Santa Cruz 1x0 Vasco. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Antes do jogo contra o Vasco, os tricolores viveram dias turbulentos. Sobretudo na quinta-feira, com a paralisação dos atletas devido aos dois meses de salários atrasados. Havia a expectativa acerca do desempenho contra um integrante do G4 após o episódio.

Em campo, não foi possível perceber tal lacuna, numa vitória de muita raça, 1 x 0. Numa Arena Pernambuco com presença maciça do povão, o Santa começou afoito, partindo com tudo. Tanto que foi preciso pisar no freio e atuar com mais segurança, tomando consciência do adversário em questão.

A melhor chance no primeiro tempo foi num chute de canhota de Tiago Costa. Isso mesmo, só uma chance (de ambos os lados). O jogo acabou ficando pegado, com muitas reclamações de ambos lados – inclusive um pênalti não marcado a favor dos corais.

Série B 2014: Santa Cruz x Vasco. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

O segundo tempo cresceu tecnicamente. A isso, uma bela atuação do vascaíno Maxi Rodríguez, dando trabalho demais. Porém, as chances continuaram escassas. A melhor delas, desta vez, foi para o Vasco, com Tiago Cardoso salvando.

Com o visitante pressionando cada vez mais e o empate sendo um “bom negócio”, o Tricolor levantou a arena, já aos 40 minutos do segundo tempo. Num longo lançamento, Cassiano dominou – aquele mesmo, que passou oito meses se recuperando de uma lesão. Limpou a jogada e bateu no cantinho.

O gol para manter o sonho vivo, ainda que distante, a sete pontos do G4. À parte disso, levantou a Arena Pernambuco e quebrou a invencibilidade carioca no returno.

Já valeu o sábado.

Série B 2014: Santa Cruz x Vasco. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Domínio pernambucano no hóquei sobre patins

Time do Sport no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2014. Foto: Sport/facebook

O hóquei pernambucano conquistou o seu 11º título nacional masculino.

São dois títulos na extinta Taça Brasil e nove no Campeonato Brasileiro.

O triunfo de 2014, em Sertãozinho, vai para a galeria do Sport, que pela primeira vez em sua história venceu nacional em dois anos consecutivos. Foi também a primeira vez que o Leão sagrou-se campeão brasileiro fora do Recife.

Títulos nacionais de Pernambuco
Português: 1966 e 1967 (ambos na Taça Brasil), 1980, 1981, 1998 e 2000
Sport: 1993, 1997, 2010, 2013 e 2014

Apesar de atualmente contar com um campeonato estadual de hóquei sobre patins com apenas três equipes – incluindo aí o Náutico, campeão nordestino em 2013 -, quase sem patrocínios, a modalidade é uma das mais vitoriosas do esporte pernambucano. Não por acaso, a capital sediou o Campeonato Mundial em 1995.

Time do Náutico no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2014. Foto: Náutico/facebook

A modalidade foi introduzida no estado por Elísio Gomes, ex-presidente do Clube Português. O ano era 1953, na montagem da primeira equipe pernambucana. Todos os materiais (stick, bola, patins, joelheiras e luvas) foram importados de Portugal.

O tradicional Campeonato Pernambucano seria criado em 1959, tendo até hoje 32 títulos do Português, 21 do Sport e 2 do Náutico. O formato atual conta com três turnos, com cada um tendo jogos de ida e volta.

Já o Brasileiro, realizado nesta temporada no interior paulista, teve outro sistema. Foram sete equipes e turno único. E os três representantes locais conseguiram vitórias. Coube ao Sport a campanha perfeita na quadra, com seis vitórias, incluindo uma virada na última rodada, contra o Mogiana, então invicto.

Aos sobreviventes de uma modalidade sem recursos e com tantos títulos, parabéns!

Saiba mais sobre o hóquei pernambucano aqui.

Time do Clube Português no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2013. Foto: Português/facebook

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8… Gol do Náutico! Há 25 anos, o gol mais rápido do Brasileirão

Lance a lance de Nivaldo no gol mais rápido do Brasileirão, em 1989. Crédito: Youtube/Rede Globo

Nos mínimos detalhes, deu tudo certo para o Náutico. Do primeiro toque na bola, no drible, na arrancada e na finalização de fora da área.

Foram necessários apenas 8 segundos para o atacante Nivaldo abrir o placar contra o Atlético Mineiro no estádio dos Aflitos, lá na barra do country. É, até hoje, o gol mais rápido da história da Série A do Campeonato Brasileiro.

Neste 18 de outubro de 2014, o lance completa 25 anos. Ainda é surpreendente. Durante um bom tempo, como diz a narração da época, o gol teve “9 segundos”. Até que alguém cronometrou o lance e viu que o tento foi ainda mais rápido.

Aquele gol foi o primeiro de uma tarde movimentada, terminando com vitória alvirrubra por 3 x 2, com mais dois gols de Bizu, diante de 5.266 pagantes. Treinado por Paulo César Carpeggiani, o Timbu atuou com Mauri; Levi, Freitas, Romildo e Junior Guimarães; Gena, Erasmo, Leo e Nivaldo; Bizu e Augusto.

Vale reviver a história, ainda recorde, ainda alvirrubra…

No Eládio de Barros Carvalho, o futebol não foi tão rápido.

Videocast (1º) – Prévia de Sampaio x Náutico, Santa x Vasco e Botafogo x Sport

Iniciado no formato podcast, o projeto 45 minutos agora também conta com videocast. Em vez de gravações com mais de uma hora de duração, programas rápidos com dez minutos, com a prévia dos jogos dos clubes pernambucanos.

Nesta estreia, participo da gravação com Celso Ishigami e Fred Figueiroa, falando sobre os seguintes jogos: Sampaio Corrêa x Náutico, Santa Cruz x Vasco e Botafogo x Sport.

Flip book de Messi, CR7 e Ronaldinho

Flip book de Ronaldinho Gaúcho, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Crédito: youtube/reprodução

Através da animação flipbook, artistas reproduziram lances geniais do argentino Lionel Messi, do português Cristiano Ronaldo e do brasileiro Ronaldinho. Na prática, são golaços reproduzidos em cadernos. Pois é.

Na animação, alguns lances são casados com as narrações de golaços marcados com as camisas de Barcelona, Real Madrid, Milan…

Também conhecido como “folioscópio” ou “cinema de bolso”, o método usa uma coleção de imagens organizadas de forma sequencial. Ao folhear um caderno ou livro, com as tais imagens, cria-se a impressão de movimento. O primeiro modelo surgiu em setembro de 1868, patenteado de cara.

No futebol, os traços funcionaram… o trabalho não deve ter sido pequeno.

Qual foi o trabalho mais bem feito?

Entre os quatro melhores da Copa do Brasil

Copa do Brasil. Foto: CBF/divulgação

O G4 da Copa do Brasil é um reduto para poucos clubes…

O segundo torneio mais importante do país foi criado em 1989 e desde então foi ampliado várias vezes. Inicialmente, com 32 times, cada time precisava avançar três fases para alcançar a semifinal. Em 2013 o número de mata-matas para chegar à mesma etapa subiu para cinco, devido aos 87 participantes.

Chegar entre os quatro melhores da Copa do Brasil não é um trabalho nada fácil, mas com um bom rendimento de grandes clubes (Grêmio, Flamengo, Cruzeiro…). Por outro lado, é um terreno fértil para surpresas, do naipe de Linhares, 15 de Campo Bom e gente que chegou até mais longe, como Santo André e Paulista, campeões.

Até hoje, 32 times alcançaram a semi. A lista inclui dois clubes pernambucanos, com o Sport disputando em quatro oportunidades (1989/Goiás, 1992/Fluminense, 2003/Flamengo e 2008/Vasco) e o Náutico uma vez (1990/Flamengo).

Das cinco semifinais pernambucanas, duas resultaram em classificações. Contudo, isso é tema para outra postagem…

As semifinais da Copa do Brasil de 2014:

Cruzeiro x Santos
Atlético-MG x Flamengo

Post atualizado em 15 de outubro de 2014

Eis o número de semifinais de cada um. Entre parênteses, os títulos conquistados.

Ranking de clubes
11 – Grêmio (4) e Flamengo (3)
8 – Vasco (1)
7 – Cruzeiro (4)
6 – Corinthians (3) e Palmeiras (2)
5 – Coritiba
4 – Fluminense (1), Sport (1), Santos (1) e Goiás
3 – Internacional (1), Botafogo, Ceará, São Paulo e Atlético-MG
2 – Criciúma (1), Brasiliense e Vitória
1 – Juventude (1), Paulista (1), Santo André (1), Figueirense, Atlético-PR, Atlético-GO, Avaí, Ipatinga, Linhares, Náutico, Ponte Preta, Remo e 15 de Novembro

Ranking de estados
26 – Rio de Janeiro (5)
22 – São Paulo (8)
16 – Rio Grande do Sul (6)
11 – Minas Gerais (4)
6 – Paraná
5 – Pernambuco (1) e Goiás
4 – Santa Catarina (1)
3 – Ceará
2 – Bahia e Distrito Federal
1 – Espírito Santo e Pará

Podcast 45 minutos (71º) – Quase três horas de tira-teimas esportivos

A edição 71 do podcast 45 minutos foi especial. Nada de resenhas sobre jogos ou próximos jogos. Durante 2 horas e 40 minutos – repartidos em dois programas – inúmeros tira-teimas esportivos foram debatidos na mesa.

A pergunta era simples… Quem é maior//melhor?

Náutico ou Santa Cruz, Carlinhos Bala ou Kuki, Senna ou Schumacher, Náutico de 1967 ou Sport de 1987, Yane Marques ou Joanna Maranhão, Zico ou Rivaldo, Popó ou Anderson Silva e por aí vaí.

Estou nessa gravação ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Discorde agora ou quando quiser!

A tabela oficial do Nordestão de 2015, com todos os jogos no meio da semana

Grupos da Copa do Nordeste de 2015. Arte: Esporte Interativo/facebook

Quase um mês após o sorteio dos grupos, a CBF divulgou a tabela da Copa do Nordeste de 2015. O próximo torneio será o primeiro com os nove estados da região, o que aumentou o número de participantes de 16 para 20 clubes.

A curiosidade na tabela básica é o fato de todos os jogos estarem marcados para as quartas-feiras. Posteriormente, alguns jogos deverão ser modificados para terças e quintas, para condicionar a transmissão na tevê.

Pernambuco será representado por três clubes: Sport, Náutico e Salgueiro. O Santa Cruz tenta, através do STJD, uma mudança na composição do Nordestão, mas não há nada concreto em relação ao caso.

Abaixo, as datas e horários de todos os jogos da primeira fase. Da primeira fase vão avançar os cinco líderes e os três melhores segundos colocados.

Em seguida, quartas de final, semifinal e a grande decisão, ida e volta.

O campeão nordestino receberá uma premiação de R$ 3,185 milhões.

Coach, psicóloga, especialista em recursos humanos e ex-comandante do Bope. A psicologia em Pernambuco

Bope

O futebol pernambucano conta com três experiências na psicologia…

Trabalho de orientação e capacitação mental para melhorar o rendimento.

Visando o Brasileirão de 2014, eis a quarta incursão local, com o Sport contratando os serviços do ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Milutar do Rio de Janeiro. Sim, é o Bope. O palestrante Paulo Storani foi consultado até para a produção dos dois filmes Tropa de Elite.

Trata-se de um estilo bem diferente dos anteriores nos rivais centenários.

2010, José Luiz Tavares/Náutico
O coach trabalhou no Timbu durante a Segundona, com o objetivo de motivar o time na briga contra o rebaixamento. Curiosamente, José Luiz exerceu o mesmo trabalho no Guaratinguetá, na reta final. Os dois clubes escaparam do descenso, terminando em 13º e 15º, respectivamente.

2011, Suzy Fleury/Sport
O Leão trouxe uma psicóloga com formação em coaching e famosa ao ser a primeira mulher na comissão técnica da Seleção Brasileira, em 2000, sob comando de Luxemburgo. Ela veio para a reta final do Estadual. Suzy chegou a ficar concentrada com o time, em Gaibu. O Sport foi vice.

2013, Desirée Farah/Santa Cruz
Especialista em gestão de recursos humanos, Desirée comandou sessões com elenco para elaborar um diagnóstico e estratégias de comportamento. Seu trabalho foi focado no próprio estádio do Arruda, antes das atividades físicas. O Tricolor chegou a viver uma crise, mas acabou campeão da Série C.

Coach, psicóloga, especialista em recursos humanos e policial militar…

O uso da psicologia no futebol brasileiro remete desde o primeiro título mundial do país. Em 1958, a delegação verde e amarela viajou para a Suécia acompanhada do psicólogo João Carvalhaes. Lá, a Seleção conquistou a Copa.

Sobre este tipo de função, um breve resumo.

“O psicólogo do esporte não é mágico, não tem uma bola de cristal e também nenhuma pílula que solucione todos os problemas. Ele estuda o comportamento do atleta e o ambiente a sua volta. E a partir daí pode propor intervenções para modificar esse comportamento e, assim, melhorar seu rendimento.”

“A preparação psicológica é um processo, e deve fazer parte da preparação global do atleta. Quando se fala em Psicologia, em um acompanhamento de um psicólogo, logo imaginamos o contexto de um consultório. O trabalho do psicólogo do esporte é um pouco diferente do psicólogo clínico, ele irá acompanhar o atleta no seu dia a dia, durante o período de treinamento e competição e o foco principal é o desempenho. ”

Os dois parágrafos acima fazem parte do artigo de Sâmia Hallage Figueiredo, doutora pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, USP.