Sem mata-mata, Estadual registra 414 mil torcedores e renda de R$ 4,8 milhões

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Sport 1x1 Santa Cruz, Salgueiro 4x1 Náutico e Serra Talhada 2x1 Central. Fotos: Daniel Leal/DP/D.A Press (Ilha), Jorge Burégio/FPF (Cornélio de Barros) e FPF/site oficial (Pereirão)

Resta apenas o mata-mata no Estadual de 2015. Claro, é a fase com o maior potencial de captação de público, e, também, a última chance de elevar o baixo índice de 3.666 torcedores – o pior desde 2005. Teremos oito jogos, incluindo a disputa pelo 3º lugar, que vale vaga nas Copas do Nordeste e do Brasil.

Seguem na disputa Sport e Santa Cruz, protagonistas do campeonato das multidões, até aqui com liderança coral. No domingo, no Clássico das Multidões, 18.015 pessoas foram à Ilha do Retiro numa partida que pouco valia – contudo, o borderô só foi divulgado pelos rubro-negros na segunda. Capital à parte, os estádios Luiz Lacerda (Caruaru) e Cornélio de Barros (Salgueiro) devem registrar os maiores público no interior na edição de 2015.

Por sinal, Central e Salgueiro já ultrapassaram a média de público do Náutico, a penúltima do hexagonal principal. Em relação à arrecadação, a bilheteria após os 98 jogos “abertos” foi de R$ 4,8 milhões. A FPF, como se sabe, fica com 8% da renda bruta. Logo, a federação já abocanhou R$ 384.056.

Confira abaixo os dados de público e renda atualizados após cinco rodadas dos hexagonais do título e do rebaixamento, de acordo com o borderô oficial da FPF. Confira todas as médias de 1990 a 2014 clicando aqui.

1º) Santa Cruz (5 jogos como mandante, 4 no Arruda e 1 na Arena)
Total: 71.690 pessoas
Média: 14.338
Taxa de ocupação: 25,03%
Renda: R$ 1.169.822
Média: R$ 233.964
Presença contra intermediários (3): T: 32.833 / M: 10.944

2º) Sport (5 jogos como mandante, 3 na Ilha e 2 na Arena)
Total: 58.465 pessoas
Média: 11.693
Taxa de ocupação: 30,54%
Renda: R$ 1.002.062
Média: R$ 200.412
Presença contra intermediários (3):T: 26.931 / M: 8.977

3º) Salgueiro (5 jogos como mandante, no Cornélio)
Total: 25.392 pessoas
Média: 6.348
Taxa de ocupação: 64,01%
Renda: R$ 191.365
Média: R$ 47.841

4º) Central (12 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 64.444 pessoas
Média: 5.370
Taxa de ocupação: 27,57%
Renda: R$ 628.565
Média: R$ 52.380

5º) Náutico (5 jogos como mandante, na Arena)
Total: 23.082 pessoas
Média: 4.616
Taxa de ocupação: 9,98%
Renda: R$ 499.800
Média: R$ 99.960
Presença contra intermediários (3): T: 12.393 / M: 4.131

6º) Serra Talhada (12 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 44.316 pessoas
Média: 3.693
Taxa de ocupação: 73,86%
Renda: R$ 341.226
Média: R$ 28.435

As capacidades (oficiais) dos estádios usadas para calcular a taxa de ocupação: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478), Cornélio de Barros (9.916) e Nildo Pereira (5.000).

Geral – 113 jogos (1ª fase, hexagonais do título e da permanência e mata-mata)*
Público total: 414.355
Média: 3.666 pessoas
TCN: 311.246 (75,11% da torcida)
Média: 2.754 bilhetes
Arrecadação: R$ 4.800.708
Média: R$ 42.484
* Foram realizadas 116 partidas, mas 3 jogos ocorreram de portões fechados.

Fase principal – 30 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 243.503
Média: 8.116 pessoas
TCN: 151.047 (62,03% da torcida)
Média: 5.034 bilhetes
Arrecadação total: R$ 3.487.534
Média: R$ 116.251

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (10)

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Salgueiro 4x1 Náutico. Foto: George Fernandes / Supramax

Foram 6 expulsões nas 27 primeiras partidas do hexagonal do título. Na derradeira rodada da fase principal do Campeonato Pernambucano de 2015, foram nada menos que 5 cartões vermelhos distribuídos! Desfecho nervoso ma Ilha, no Cornélio e no Pereirão. Apenas um time saiu sem expulsão, o Sport. E o único pênalti marcado no fim de semana foi a favor do Leão, quando Danny Morais derrubou Samuel, sozinho na área (ambas as marcações corretas). Com isso, o Sport terminou na liderança dos rankings levantados pelo blog, tanto em penalidades a favor quanto em adversários expulsos.

Vale registrar a arbitragem no Cornélio de Barros. Lá poderia ter sido batido o 8º pênalti, mas o árbitro Nielson Nogueira voltou atrás na marcação – o lance foi fora da área. Consulta às imagens da TV? A confusão foi grande.

Pênaltis a favor (7)
3 pênaltis – Sport
2 pênaltis – Salgueiro
1 pênalti – Santa Cruz e Serra Talhada
Sem penalidade: Náutico e Central

Salgueiro desperdiçou um pênalti
Santa desperdiçou um pênalti

Sport evitou uma penalidade
Náutico evitou uma penalidade

Pênaltis cometidos (7)
2 pênaltis – Serra Talhada e Santa Cruz
1 pênalti – Sport, Náutico e Salgueiro
Sem penalidade: Central

Cartões vermelhos (11)
1º) Sport – 3 adversários expulsos, 2 cartões vermelhos
2º) Salgueiro – 2 adversários expulsos, 2 cartões vermelhos
2º) Náutico  – 2 adversário expulsos, 2 cartões vermelhos
4º) Central – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
4º) Serra Talhada – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
6º) Santa Cruz – 2 adversário expulsos, 3 cartões vermelhos

Eis os líderes em todas as edições, considerando apenas as fases classificatórias, sem os mata-matas:

Mais pênaltis a favor
2009 – Náutico (7)
2010 – Náutico (11)
2011 – Náutico/Araripina (7)
2012 – Santa Cruz (8)
2013 – Sport/Porto (6)
2014 – Santa Cruz (2)
2015 – Sport (3)

Mais pênaltis cometidos
2009 – Ypiranga (11)
2010 – Porto (12)
2011 – Petrolina/América (7)
2012 – Araripina (10)
2013 – Belo Jardim (5)
2014 – Porto (4)
2015 – Santa Cruz/Serra Talhada (2)

Confira os rankings anteriores, completos: 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.

Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Sport

Pernambucano 2015, 9ª rodada: Náutico 0x2 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A busca pelo bicampeonato pernambucano teve uma campanha avassaladora no hexagonal, com 11 pontos a mais que o segundo colocado. Mesmo sem apresentar um grande futebol, mesmo escalando alguns times mistos. De toda forma, a superioridade técnica vista até aqui fica no passado a partir de agora. No mata-mata, com semifinal e final, a única vantagem possível é jogador a segunda partida em casa. Pouco. Mas é o regulamento, paciência.

Portanto, cabe a Eduardo Batista orientar um time já experiente (apesar das caras da base) sobre o espírito necessário. Funcionou no último ano, com a dupla conquista (Estadual e Nordestão), crescendo justamente nos mata-matas. E o primeiro exemplo deste ano foi duríssimo, contra o Fortaleza, pelo regional. Mesmo na Série C, o adversário só caiu nos pênaltis. Decisões de 180 minutos resultam num nivelamento natural. Será possível com o Salgueiro?

Outro ponto sobre a equipe é a obrigação de conciliar a agenda do time, dividida entre Pernambucano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. E com a Série A marcada já para 9 de maio, logo mais. A preparação física da equipe – algumas peças sentem bastante – será testada no limite. Em 2014 deu certo.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
5 participações e 5 classificações

Formação básica do Sport no Estadual 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Diego Souza. Na prática, o meia-atacante não foi o melhor jogador do Leão no hexagonal. Vem aquém da sua qualidade técnica – a um valor salgado. Porém, tem a maior responsabilidade para ser o principal vetor ofensivo do time.

Aposta
Elber. Contratado junto ao Cruzeiro, o atacante chegou sem alarde, mas logo na estreia marcou dois gols contra o Santa Cruz. Rápido, o jogador é o artilheiro rubro-negro na temporada, mesmo sem a titularidade absoluta.

Ponto fraco
Vitor. A saída de Patric para o Galo deixou uma lacuna quase irreparável na lateral direita. Alex Silva e Vitor, os concorrentes neste ano, não agradaram, com o segundo assumindo a titularidade por falta de opção. Falta intensidade.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
25 pontos (líder)
8 vitórias (quem mais venceu)
1 empate (quem menos empatou)
1 derrota (que menos perdeu)
19 gols marcados (melhor ataque)
5 gols sofridos (melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 0 x 3 Sport, em 31 de janeiro, no Arruda.

Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Central

Pernambucano 2015, 6ª rodada: Central 1x0 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Campeão da Taça Eduardo Campos, classificado à semifinal do Estadual após cinco anos, escrevendo a segunda melhor campanha, e um calendário garantido no segundo semestre com a presença na Série D. A temporada alvinegra está acima das expectativas de uma torcida sempre desconfiada.

Procurando pagar em dia, o Central foi montando um grupo sólido entre os concorrentes do interior, com um nome experiente na cidade no comando técnico, Laelson Lima. Nem mesmo o Salgueiro, com campanhas bem mais representativas nos últimos anos, o superou. Na semifinal, enfrentará o Santa Cruz, de lembranças em campeonatos brasileiros das Séries B, C e D.

Obter a inédita vaga no Nordestão (o rival Porto já disputou) e voltar à Copa do Brasil (participou 2 vezes) é a meta do clube, que alcançá-la como vice ou na 3ª colocação. Para isso, uma premiação de R$ 80 mil já está acertada pela diretoria. E pelo título? Ainda em negociação. Jogadores, diretoria e torcida sabem o preço de erguer o troféu máximo de Pernambuco pela primeira vez.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
1 participação e nenhuma classificação

Formação básica do Central no Estadual 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Candinho. O mei distribui bem o jogo e arrisca bastante de fora da área. No Arruda, para citar o futuro adversário, acertou o travessão, e no Lacerdão foi o herói da classificação, com dois gols, um em cobrança de falta.

Aposta
Madona. Não é exatamente uma aposta, até pela idade, 29 anos. Entretanto, o lateral-esquerdo Janilson (sim, é aquele ex-Araripina, com o nome trocado) aumentou a variedade de jogadas de uma equipe limitada tecnicamente.

Ponto fraco
A preparação física. Foi justamente no confronto contra o Santa, no Lacerdão, que a Patativa apresentou essa deficiência em um maior grau, com o time com a língua do lado de fora aos 20 minutos do segundo tempo.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
14 pontos (2º lugar)
4 vitórias (2º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
4 derrotas (2º que menos perdeu)
10 gols marcados (3º melhor ataque)
10 gols sofridos (2ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Central 1 x 0 Sport, em 1º de março, no Lacerdão .

Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Santa Cruz

Pernambucano 2015, 5ª rodada: Náutico 1x2 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A largada na 101ª edição do campeonato estadual foi a pior da história coral. Duas duras derrotas por 3 x 0. A classificação do Santa Cruz tornou-se preocupante na ocasião, com Ricardinho balançando. Contudo, a atual gestão (continuidade de ALN) prima pelo respaldo aos treinadores. Neste caso, funcionou. O técnico teve tempo para trabalhar, com intervalos de até 15 dias entre os jogos, devido à ausência no Nordestão e na Copa do Brasil.

Ganhando força física e raça (uma cobrança séria da torcida, inconformada com a apatia inicial), a Cobral Coral subiu na classificação nas costas do Náutico, derrotou o Central (adversário no mata-mata) duas vezes e acabou alcançando a vaga com tranquilidade. Até o improvável Betinho contribuiu.

No fim do hexagonal, a cena de João Paulo vibrando com o rosto ensanguetado após o gol marcado aos 47 minutos do 2º tempo, empatando o Clássico das Multidões, virou um ícone da determinação. Uma imagem trabalhada pelo clube e incorporada pela torcida. Com confiança, nem o jogo de volta da semifinal longe do Arruda preocupa. Não faz muito tempo e vimos um roteiro semelhante, de reviravolta e título Tricolor no fim. Em 2015, a busca é pela 28ª taça.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
5 participações e 3 classificações

Formação básica do Santa Cruz no Estadual 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Tiago Costa. O lateral-esquerdo não renovou no fim de 2014, indo para o Ceará, mas rendeu pouco no Vozão e logo voltou ao Arruda. Chegou como o último reforço neste Estadual (o 17º no geral). Entrou e deu volume na lateral.

Aposta
Raniel. O meia de 18 anos começou o torneio temendo ficar de fora por causa da liminar sobre a sua suspensão por doping. Com a cabeça no lugar, focando o futebol, o garoto surpreendeu quando foi acionado, mesmo oscilando (normal).

Ponto fraco
O setor ofensivo. Foram apenas 9 gols em 10 jogos, menos 1 por jogo. O pior ataque do hexagonal. Com Bruno Mineiro de molho, o técnico Ricardinho vai se virando com Anderson Aquino, Betinho e Waldison. Nenhum agradou.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
14 pontos (3º lugar)
4 vitórias (2º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
4 derrotas (2º que menos perdeu)
9 gols marcados (pior ataque)
11 gols sofridos (3ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Náutico 1 x 2 Santa Cruz, em 25 de fevereiro, na Arena.

Análise da semifinal pernambucana de 2015 – Salgueiro

Pernambucano 2015, 7ª rodada: Salgueiro 1x0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Salgueiro está em mais uma semifinal do Estadual, a terceira em sua história. Terminou o hexagonal a 14 pontos de distância do líder Sport, seu adversário no mata-mata. Derrotado pelo Leão nos dois jogos na primeira fase, o time conta agora com um entrosamento melhor, sobretudo pelas boas campanhas no Nordestão e na Copa do Brasil – no certame local foram apenas três vitórias.

O Carcará chegou a atuar nas três frentes simultaneamente, já com uma formação com a cara do técnico Sérgio China, com muita força. Para alcançar a sua primeira final no Pernambucano, o Carcará terá que superar o seu passado. Nas duas primeiras semifinais disputadas, esteve pertinho da decisão, ganhando o jogo de ida no calor do Cornélio de Barros.

Em 2012, contra o Santa Cruz, teve o empate a favor, mas perdeu no Mundão. No ano passado, por causa do regulamento, até perdendo teria chance, através da disputa de pênaltis. Dito e feito, mas saiu derrotado de todo jeito, frustrando a população salgueirense, que assistiu à partida em um telão na cidade.

Desempenho na semifinal (2010/2014)
2 participações (2012 e 2014) e nenhuma classificação

Formação básica do Náutico no Salgueiro 2015. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Destaque
Rodolfo Potiguar. Além da marcação, o cabeça de área vai ganhando mais liberdade no ataque. No Nordestão marcou um belo gol no Castelão e contra o Náutico, no 4 x 1 que valeu a vaga na semi, apareceu como centroavante.

Aposta
Anderson Lessa. O atacante começou a temporada desperdiçando um pênalti na Arena. Se recuperou, ganhou a titularidade e passou a ser referência na área. Ainda está longe daquele jogador que despontou no Náutico, em 2008.

Ponto fraco
Luciano. O experiente goleiro do Carcará já passou em inúmeras divisões do Brasileiro vestindo a camisa 1 do clube. Porém, falha mais do que a média, principalmente em finalizações de média distância.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
11 pontos (4º lugar)
3 vitórias (5º que mais venceu)
2 empates (2º que mais empatou)
5 derrotas (5º que menos perdeu)
10 gols marcados (3º melhor ataque)
13 gols sofridos (5ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Santa Cruz 0 x 1 Salgueiro, em 21 de fevereiro, na Arruda.

Podcast 45 (117º) – Estadual, Nordestão, violência no clássico e crise no Náutico

Haja assunto no fim de semana. Última rodada do Campeonato Pernambucano com Clássico das Multidões, eliminação do Náutico, semifinal do Nordestão batendo a porta e a recorrente violência na chegada e na saída dos estádios na capital. Tudo isso entrou na pauta do 45 minutos, mas em duas edições distintas. Estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Na primeira parte do podcast, com 1h02min, o desfecho do hexagonal do título tomou boa parte do tempo, já projetando os confrontos Sport x Salgueiro e Central x Santa Cruz – sem pipocar, indicamos os favoritos. O aguardado duelo entre Sport x Bahia, pela Copa do Nordestão, também teve vez.

Com 56 minutos, a segunda parte tratou apenas do Náutico, que neste 7 de abril chegará a 114 anos. Aniversário em um momento turbulento, eliminado de forma precoce do estadual e do regional, além do ambiente político instável. A discussão foi do passado ao futuro do Alvirrubro.

A violência nos arredores da Ilha do Retiro em dia de Clássico das Multidões

Violência no Clássico das Multidões, Sport 1x1 Santa, em 05/04/2015. Imagens: TV Clube

O esquema de segurança da polícia militar delimita um raio de 5 km no entorno do estádio nos clássicos na capital pernambucana. Na Ilha, no Clássico das Multidões que encerrou o hexagonal do título de 2015, o efetivo total foi de 485 policiais, dos quais 344 fora do estádio. A partir desse dado – que varia de jogo a jogo, dependendo da demanda analisada pela própria PM -, vamos aos vídeos abaixo, com um confronto generalizado entre supostos integrantes das duas maiores torcidas organizadas da capital (Jovem e Inferno Coral).

Sim, as uniformizadas locais estão proibidas pela justiça, mas estão “enganando” por aí, com a camisa da mesma cor e a palavra “paz” no peito. Na prática, é exatamente o oposto, com a violência sem limite – gerando excesso da própria polícia. No fim, as cenas de sempre, com pancadaria, vandalismo nas ruas e nos ônibus, corre-corre, tiroteio…

É preciso aumentar o raio de ação, a quantidade de policiais ou a estratégia? Talvez, todas as opções, além da execução da lei, com o veto real às TOs.

A reportagem da TV Clube fez uma varredura no Recife, no raio de ação dos 334 policiais militares destacados no domingo…

Vídeo registrado por um morador de um edifício próximo à Ilha, com a chegada da torcida organizada, com confusão apesar da escolta.

Capital x Interior nas semifinais do Campeonato Pernambucano de 2015

Semifinais do Campeonato Pernambucano de 2015: Sport x Salgueiro x Central x Santa Cruz. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O interior nunca chegou tão forte à fase decisiva do Campeonato Pernambucano desde a criação do sistema com semifinal e final, em 2010. Com dois representantes neste ano (Central e Salgueiro), aumenta a chance de por fim ao incômodo jejum na história do futebol local. Apenas Pernambuco e Rio de Janeiro jamais consagraram um campeão estadual fora da capital. Por aqui, o máximo foi o vice-campeonato, em 1997 e 1998 com o Porto e em 2007 com Central. No atual formato, foram cinco eliminações em cinco semifinais.

Não por acaso, a presença de Sport (40 títulos) e Santa Cruz (27) na semifinal é um indício fortíssimo de que a taça deve permanecer no Recife. Além de já terem decidido a competição em 23 edições, desde a implantação da fórmula vigente, com o G4, os troféus só ficaram no Arruda (3) e na Ilha do Retiro (2).

Contudo, para manter a taça à beira-mar, o Leão precisará viajar viajar até Salgueiro (515 km), enquanto a Cobra Coral irá a Caruaru (130 km)…

Análise dos semifinalistas: Sport, Central, Santa Cruz e Salgueiro.

Qual será a final do Campeonato Pernambucano de 2015?

  • Sport x Central (41%, 400 Votes)
  • Sport x Santa Cruz (36%, 352 Votes)
  • Salgueiro x Santa Cruz (16%, 159 Votes)
  • Salgueiro x Central (7%, 73 Votes)

Total Voters: 984

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Presenças na semifinal estadual de 2010 a 2015: Sport (6), Santa Cruz (6), Náutico (5), Salgueiro (3), Central (2), Porto (1) e Ypiranga (1).

Confira mais detalhes sobre a rodada final do hexagonal do título clicando aqui.

O maior jejum de títulos da história timbu

Pernambucano 2015, 10ª rodada: Salgueiro 4x1 Náutico. Foto: Jorge Burégio/FPF/site oficial

A eliminação precoce do Náutico no Estadual, após perder de 4 x 1 para o Salgueiro, no Cornélio de Barros, resultou também numa marca histórica, negativa. Ao terminar a edição de 2015 sem levantar a taça de campeão pernambucano, o Timbu chega a 11 anos de seca. O hiato desde 2004 igualou o maior jejum, quando conquistou o título de 1989 e só voltou a soltar o grito de campeão em 2001, em seu centenário, evitando o hexa do Sport.

Agora, o clube de Rosa e Silva se aproxima perigosamente do maior jejum de um grande clube do estado. No hiato recorde, o Leão ficou sem vencer o Pernambucano no período que marcou a maior série de triunfos do Náutico, o hexa, e do Santa Cruz, o penta. Doze edições. Contudo, no intervalo de troféus locais, o Leão conquistou o Torneio Norte-Nordeste de 1968.

O levantamento do blog , abaixo, considera o intervalo entre títulos estaduais. A explicação é necessária pois o Tricolor disputou o Estadual de 1915 a 1930 (16 edições) sem ganhar, assim como o Alvirrubro entre 1916 a 1933 (18).

Sport (1962/1975) – 12 anos
Sport ( 1928/1938) – 9 anos

Náutico (1989/2001) – 11 anos
Náutico (2004 / presente) – 11 anos
Náutico (1974/1984) – 9 anos

Santa Cruz (1947/1957) – 9 anos
Santa Cruz (1959/1969) – 9 anos
Santa Cruz (1995/2005) – 9 anos

Jejuns dos demais clubes campeões pernambucanos:

América (1944 / presente) – 71 anos
América (1927/1944) – 16 anos

Torre (3 títulos), Tramways (2) e Flamengo do Recife (1) estão extintos.