Podcast – Análise da vitória do Náutico, empate do Sport e derrota do Santa Cruz

O 45 minutos analisou as apresentações dos grandes clubes pernambucanos no fim de semana, coletiva e individualmente. Começamos com a vitória alvirrubra em Goiânia, reaproximando o clube do G4 da Série B. Pela elite, Santa e Sport abriram e encerraram o domingo, respectivamente. Em BH, pela manhã, os corais chegaram a sete rodadas sem vitória. Na Arena, à noite, dando sequência ao acordo com o governo do estado os leoninos suaram bastante buscar o empate, diante de um time que não vence (agora) há 14 jogos.

Ao todo, somando as três gravações, 90 minutos de podcast… Ouça!

27/08 – Vila Nova 0 x 2 Náutico (34 min)

28/08 – Cruzeiro 2 x 0 Santa Cruz (28 min)

28/08 – Sport 1 x 1 Internacional (28 min)

Com gol improvável de Vinícius Araújo, Sport empata no fim e deixa Inter no Z4

Série A 2016, 22ª rodada: Sport 1 x 1 Internacional. Foto: Peu Ricardo/DP

O Sport sem Diego Souza é um time extremamente previsível, com ataques apressados, gerando contragolpes na mesma intensidade. Quando resolve sair com um pouco mais de calma, a bola roda pelos zagueiros e pelos volantes, até alguma tentativa de bola enfiada por alguém do quarteto. Gabriel Xavier, que poderia exercer o papel, acaba quase sempre jogando mais à frente, nas pontas. Contra o Inter não foi diferente. Havia a expectativa pelo retorno do camisa 87, mas ele acabou ficando de fora mais uma vez. Rogério, contundido no clássico, também foi um desfalque. Dos mais importantes, pois trama velocidade e habilidade com mais eficiência que os companheiros de ataque. As ausências aumentaram a desconfiança dos sete mil espectadores na arena.

Diante de um time em crise, o Leão tinha a possibilidade de explorar a pressão proporcionada pelo longo jejum de vitórias (agora de 14 partidas). Os papéis foram invertidos em um pênalti bem questionável a favor dos gaúchos, convertido por Seijas. Nove minutos e um time completamente atrás da linha da bola. Com Celso Roth na área técnica, não havia qualquer surpresa. Tampouco a catimba, com um cai-cai sem fim. O preciosismo do árbitros (vamos dizer assim) também atrapalhou. Era sinalização de cobrança de falta com a bola rolando, lateral no lugar errado. Tudo de um lado, travando o jogo.

Mal em campo, o Sport ao menos batalhou. Correu e chegou ao empate, 1 x 1, aos 44 do segundo tempo, com Vinícius Araújo, vaiado ao ser anunciado como solução na última substituição. Antes de mandar para as redes, perdera uma chance incrível, mas enfim acertou a sua primeira finalização na barra neste Brasileirão – acredite. Valeu um ponto ao Sport e manteve o Colorado em baixa, sobretudo agora, no Z4. Agora, para voltar jogar de forma consistente e com a expectativa de uma pontuação melhor, a volta de DS87 ao leão é indispensável.

Série A 2016, 22ª rodada: Sport 1 x 1 Internacional. Foto: Peu Ricardo/DP

Num Mineirão lotado, o Santa perde a 13ª partida no Brasileiro. Segue afundando

Série A 2016, 22ª rodada: Cruzeiro x Santa Cruz. Foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press

O Santa Cruz chegou a sete partidas sem vitória no Brasileiro, se firmando na penúltima posição. Num Mineirão com 49 mil pessoas, a atuação no primeiro tempo até sugeriu um bom resultado. O time pernambucano controlou o jogo, errou poucos passes (90,5% de eficiência, via Footstats) e se arriscou no ataque. Teve duas chances, com Grafite, em jejum, e Léo Moura, que acertou o travessão, com a bola caprichosamente quicando pouco à frente da linha.

Na volta do intervalo, com o sol do meio-dia, o tricolor teve nem tempo de impor seu ritmo, com o Cruzeiro definindo antes dos dez minutos. Num corte de cabeça de Luan Peres, para frente, Robinho dominou e mandou de longe. A bola bateu na trave e entrou. Quanto ao corte do zagueiro, trata-se mais de uma descrição do que falha, pois a finalização foi de rara felicidade. Na sequência, aí sim uma desatenção, com os mineiros cobrando rapidamente um lateral, próximo ao meio-campo. Segundos depois, dois contra um na área, com Danny Morais sem muito o que fazer. A bola sobrou limpa para Ábila fazer 2 x 0.

A partir daí, até o mais fiel tricolor baixou a guarda. O time já não concatenava mais jogadas – Keno, o principal escape, não produziu nada, e Grafite esteve sempre marcado -, tendo ainda que se preocupar com a possibilidade de uma goleada. Ficou nisso. Na volta ao Recife, antes da breve parada para os dois jogos da Seleção nas Eliminatórias da Copa, o Santa Cruz terá o decisivo clássico contra o Sport, valendo vaga nas oitavas da Sula. Com o empate sem gols na ida, chega em boas condições. A classificação, e a consequente viagem ao exterior, talvez seja a mudança de foco que o time tanto precisa atualmente…

Série A 2016, 22ª rodada: Cruzeiro x Santa Cruz. Foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press

A 21ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 21 rodadas. Crédito: Superesportes

A reação em Goiânia, com a vitória do Náutico sobre o Vila Nova, voltou a colocar o time pernambucano na disputa real pelo G4, ou seja, ficando a uma rodada de ingressar no grupo de acesso. Apesar dos três pontos em relação ao CRB, a maior surpresa da Série B até o momento, o Timbu ainda precisa ultrapassar outros dois adversários, o Brasil de Pelotas (também surpreendente) e o Bahia (aos trancos e barrancos, recuperou o fôlego, justificando o pesado investimento). Segue no bolo e se reforçando, acima da média da competição.

As dez maiores probabilidades de acesso após 21 rodadas… 

UFMG
85,8% – Vasco
69,6% – Atlético-GO
55,4% – Ceará
37,6% – CRB
29,9% – Brasil
25,6% – Bahia
21,7% – Londrina
21,0% – Náutico
15,1% – Oeste
9,7% – Paysandu 

Chance de Gol
98,6% – Vasco
69,5% – Atlético-GO
51,2% – Ceará
47,3% – CRB
46,9% – Náutico
37,5% – Bahia
15,6% – Brasil
13,7% – Londrina
6,5% – Criciúma
4,2% – Paysandu

No G4, hoje: um carioca, um goiano, um cearense e um alagoano.

A 22ª rodada do representante pernambucano
30/08 (20h30) – Náutico x Londrina (Arena Pernambuco)

Em Goiânia, o Náutico volta a vencer como visitante e fica a 3 pontos do G4

Série B 2016, 21ª rodada: Vila Nova 0 x 2 Náutico. Foto: André Costa/Estadão conteúdo

Em sua terceira visita à Goiânia na Série B, enfim uma atuação convincente do Náutico. Sem sonolência, sem seguidos erros defensivos. Que os jogos contra Atlético e Goiás (duas derrotas e sete gols sofridos) tenham mesmo ficado no passado, pois o 2 x 0 sobre o Vila Nova mostrou uma equipe com ímpeto, regular. A vitória como visitante, a segunda na competição, tende a reanimar a campanha. Num ensolarado sábado, com o termômetro marcando 32 graus, o primeiro tempo foi amarrado. Sem tanta criação e com algumas jogadas ríspidas. Coincidência ou não, com a sombra na retomada as jogadas tornaram-se mais verticalizadas, com o alvirrubro pernambucano se portando melhor.

Após uma chance para cada lado, o Timbu abriu o placar com Jefferson Nem, concluindo uma jogada de linha de fundo de Rony. Logo depois, o meia Vinícius, recém-contratado, fez a sua estreia. E teve participação direta no segundo gol, tocando para o outro meia, Hugo, de volta à equipe e atuando mais avançado. O camisa 10 recebeu na meia lua e bateu com convicção, no cantinho. A boa vantagem, antes dos vinte minutos, tranquilizou a situação para o Náutico, com o adversário quase sempre em impedimento e a torcida local focando apenas o técnico do Vila, o ex-centroavante Guilherme. Lembrando que a partida ocorreu no estádio Onésio Brasileira Alvarenga, com o alambrado colado no campo.

Nessa pressão interna, o Náutico saiu de fininho com os três pontos, voltando a reduzir a distância para o G4, agora de três pontos – pois é, o tropeço há uma semana, na arena, custou, hoje, o lugar entre os primeiros. Com a inversão de resultados nessas duas rodadas do returno (derrota em casa e vitória fora), o Náutico reinicia o processo contra o Londrina, em São Lourenço, terça-feira. Mais uma chance num campeonato repleto de oportunidades.

Série B 2016, 21ª rodada: Vila Nova 0 x 2 Náutico. Foto: Arlos Costa/Futura Press/Estadão conteúdo

As notícias esportivas que faltaram na capa do “Diário de Notícias”, de Justiça

Jornais no dia 29 de junho de 2009: Aqui PE, Diário de Notícias e Diario de Pernambuco

Ambientada no Recife, a minissérie Justiça, da Rede Globo, interliga quatro prisões ocorridas numa mesma noite. Histórias independentes nos mais diversos cantos da capital pernambucana. Todas acabaram estampadas na capa do Diário de Notícias, um fictício jornal local. A tal edição “circulou” em 29 de junho de 2009, com chamadas fictícias. Nacionalmente, à vera, ignorou a primeira morte por gripe suína. No viés do blog, esportivamente falando, uma rápida observação na capa verificou a falta de notícias de futebol.

Nos principais jornais da cidade* naquela segunda-feira, o grande destaque foi o título da Seleção Brasileira na Copa das Confederações, numa vitória de virada sobre os Estados Unidos, 3 x 2. Manchete substituída no “DN” pela queda da taxa básica de juros, que sequer ocorreu naquele fim de semana. Também no dia 28 (ou seja, um fato que deveria constar no jornal do dia seguinte) ocorreu uma partida do Brasileirão no Recife, com a vitória do Sport sobre o Grêmio por 3 x 1, na Ilha, além de um protesto da torcida timbu, insatisfeita com a má campanha. Naquela temporada, rubro-negros e alvirrubros seriam rebaixados.

Já o Santa sequer havia estreado na Série D, cuja primeira edição foi justamente em 2009. No sábado, o time disputara um amistoso com o Treze, mas a peleja nem terminou. Vencendo por 4 x 3, o time paraibano se retirou de campo depois de ter dois jogadores expulsos. Por sinal, a camisa tricolor apareceu no segundo episódio de Justiça, com o  motorista de ônibus Waldir, interpretado por Ângelo Antônio. A trama de Manuela Dias foi produzida em 20 capítulos.

As capas dos jornais em 29/06/2009*:

Diário de Notícias

Diario de Pernambuco

Jornal do Commercio

Aqui PE 

* O blog não conseguiu encontrar a edição da Folha de Pernambuco

Copa América aberta a todos os latinos, com Portugal, Espanha, França, Itália…

Mapa da União Latina (países amarelos)

Em 45 edições, ao longo de um século de história, 18 países já participaram da Copa América. Nem todos sul-americanos, no berço do torneio. Além dos dez filiados à Conmebol, também disputaram sete membros da Concacaf, representando as Américas Central e do Norte, e um da AFC, a confederação asiática. Pois é, o Japão jogou nas canchas sudacas em 1999. Portanto, há precedentes para convites. Daí, a compreensão da declaração do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, no primeiro balanço de sua gestão. Embalado pelos números da edição especial centenária, nos Estados Unidos, com público médio de 46.432 e alcance de 1,5 bilhão de telespectadores acumulados, o dirigente enxerga a participação de países europeus.

“Eu não me limito a pensar da Copa de uma América só com a Concacaf . Sonho, por que não, com uma Copa América com os países latinos como a França, Itália, Espanha , Portugal. Poderíamos fazer um copa distinta.”

Naturalmente, Dominguez citou as seleções mais tradicionais. No entanto, a ideia “latina” ampliaria bastante as possibilidades. Na União Latina, criada em 1954 e sediada em Paris, existem 36 países membros (imagens do post), além de observadores como Argentina e México, já inseridos no contexto da Copa América. Todos possuem línguas (castelhano, francês, italiano, português, romeno e catalão) e/ou culturas de origem latina, a condição básica de adesão. Especificamente entre as opções citadas pelo mandatário, qual seria a mais atrativa para o torneio? A próxima edição será no Brasil. Até segunda ordem, deve seguir o modelo regular, de 2015, com doze países…

Próximas edições da Copa América
2019 – Brasil
2023 – Equador
2027 – Uruguai (a confirmar)
2031 – Bolívia (a confirmar)

Membros da União Latina

O scout de Santa Cruz 0 x 0 Sport na Sula

O empate sem gols entre Santa e Sport, no confronto de ida da fase nacional da Copa Sul-Americana, foi realmente um jogo insosso. Decepcionante, apesar da força máxima usada pelas duas equipes, desconsiderando contusões, naturalmente. Sobre a partida, a Conmebol, através da DataFactory, divulgou um longo scout das duas equipes, o que pode ajudar um pouco a entender o baixo nível técnico do primeiro clássico internacional entre os rivais pernambucanos. Números, posicionamento de arremates, faltas e roubadas de bola, mapa de calor e até as jogadas mais usadas por tricolores e rubro-negros. Vamos lá.

Dados gerais equilibrados
O empate se refletiu, na prática, na posse de bola, com a vantagem mínima para o tricolor (51%). Tanto o número de passes quanto o índice de acertos também foram parelhos. O único dado que destoou foi o de escanteios, com oito a mais para o Santa. Ainda assim, cobranças sem perigo.

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Chutes a gol sem perigo
Foram apenas 12 finalizações, com apenas quatro e direção ao gol. Uma do Santa, com Léo Moura, de fora da área, e três do Sport, todas sem força. A dificuldade de infiltração de ambos os lados fica evidente com o gráfico, com apenas uma chance, cada, dentro da área. O grito de gol passou longe.

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

1 falta a cada 3 minutos
O número de faltas foi elevado, 30. Como na maioria dos dados, equilíbrio. A falta de um armador no jogo talvez (talvez!) justifique o fato de nenhuma infração ter sido cometida no círculo central. Apesar do quadro, a condução rápida do árbitro chileno Julio Bascuñán ajudou no tempo de bola correndo, evitando atritos entre os jogadores e sem preciosismo com distância da marcação etc. 

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Roubadas de bola, pra perder em seguida
Foi um jogo de perde e ganha. Uillian Correia e Derley dando o bote de um lado, com a cobertura dos zagueiros, e Rithely e Paulo Roberto do outro – e Rodney como surpresa na lateral, bem defensivamente. A cada roubada de bola, uma jogada mal construída, num bate-volta sem fim. Quer dizer, durou 90 minutos…

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Faltou criatividade no Santa
A saída de jogo do Santa Cruz foi basicamente com os volantes. João Paulo pouco aparecendo apenas em 7º lugar entre os corais com mais passes (foram 11, nove certos e dois errados). A linha do gráfico conecta os jogadores com mais passes entre si, com Grafite e Keno isolados, sobretudo o camisa 23, brigando pela bola lá na frente. Em relação ao mapa de calor, o time se apresentou mais no campo de ataque que o adversário.

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Sport avançou longe do meio-campo
No Sport, na ausência de Diego Souza, Rithely foi o catalisador de jogadas do time, dialogando com Everton Felipe e Rogério (que não jogaram bem). Entretanto, quem mais tocou na bola foi Paulo Roberto, também líder em passes certos (22). Porém, o também volante ampliou a opção de passe, a ponto de não ter uma linha de destaque com nenhum companheiro. A dobradinha Ronaldo Alves/Rodney Wallace foi uma saída de jogo do Leão, sem sucesso ofensivo. Isolado, Edmílson quase desparece.

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Scout de Santa Cruz 0x0 Sport, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Arena vazia, jogo fraco e empate sem gols no Clássico das Multidões internacional

Sul-Americana, 2ª fase: Santa Cruz 0 x 0 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Quando as escalações de Santa e Sport foram finalmente reveladas, por Doriva e Oswaldo, veio a surpresa. Times titulares, num contrassenso ao discurso dúbio nos dias que antecederam à primeira versão internacional do Clássico das Multidões. Com o jogo na Arena, às 21h45, e com transmissão na tevê aberta, tal possibilidade só ajudou a reduzir o público, com 5.517 espectadores, o menor em muito tempo. Desde de 2000, num jogo pelo Estadual, com 6.001. Em campo, a expectativa de um bom jogo foi dissipada logo nos primeiros instantes, com muitos passes errados, furadas nas finalizações e poucos lances de perigo. O 0 x 0 deixou o confronto aberto para a próxima semana, ainda que o Santa tenha a clara vantagem. Uma nova igualdade sem gols leva aos pênaltis e qualquer outro empate garante os corais nas oitavas da Sul-Americana.

Em uma semana, espera-se um confronto de melhor nível técnico. Ou ao menos com mais organização. No Santa, a má fase é um agravante. Na ida, foi um time de uma nota só, com Keno ganhando em velocidade pela esquerda e cruzando rasteiro para alguém concluir (Derley errou o quanto pôde). À parte disso, jogadas longe da área, resultando em escanteios (12), cobrados sem perigo. Referência, Grafite deu algum trabalho a Matheus Ferraz – com este recorrendo às faltas -, mas acabou substituído, poupando energia para o Brasileiro. Na volta, não sairia. Povoando o meio-campo, o campeão nordestino recuperou 13 bolas, oriundas dos insistentes chutões, de ambos os lados.

Sul-Americana, 2ª fase: Santa Cruz 0 x 0 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/DP

No Sport, a ausência de Diego Souza, em recuperação, foi decisiva para a má atuação. Faltou inteligência na armação, com o time se lançando de qualquer forma, o que gerou alguns contragolpes, diga-se. Para completar, o substituto do meia, Gabriel Xavier, foi o pior rubro-negro em campo, na visão do blog. Pouco participativo à frente e sem recomposição. Se faltou gás, faltou cedo, pois voltando andando algumas vezes. Quem também esteve mal foi Everton Felipe, mas ao menos chama a responsabilidade. Só conseguiu produzir algo após o intervalo, mas acabou tirando a paciência de Oswaldo, justamente no único lance bem armado com Gabriel, num ataque dois contra dois, quando abriu errado e foi desarmado. Lenis entrou e pouco acrescentou.

Após o apito final do árbitro chileno, com um estilo que deixa o jogo mais limpo, sem marcar qualquer falta ou cair na pilha de jogador, Tiago Cardoso e Magrão saíram quase limpos (cada um com uma defesa). Conversando na beira do gramado, num estádio às moscas, sem estresse algum. A tensão do clássico internacional (que neste viés, esportivo, seria positiva) ficou mesmo para a volta, no sétimo encontro entre os rivais em 2016. E quem passar deve fazer uma viagem inédita à Colômbia. Em casa, o Independiente Medellín fez 3 x 0 nos paraguaios do Sportivo Luqueño. Mostrou força já no primeiro jogo, uma lição.

Sul-Americana, 2ª fase: Santa Cruz 0 x 0 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Os 60 jogadores de Sport e Santa Cruz inscritos na Copa Sul-Americana 2016

A Conmebol divulgou a relação completa de jogadores inscritos por Sport e Santa Cruz faltando menos de duas horas para o primeiro Clássico das Multidões na Copa Sul-Americana de 2016. Com jogos agendados nos dias 24 e 31 de agosto, ambos na Arena Pernambuco, os rivais puderam inscrever, cada um 30 jogadores, tendo a possibilidade de mudar cinco nas oitavas de final.

Regulamento da Copa Sul-Americana de 2016

Segundo o regulamento do torneio, a numeração é fixa, 1 ao 30. Ou seja, alguns jogadores números pouco ortodoxos no futebol tiveram que mudar. No Leão, por exemplo, foram nada menos que seis: Apodi (32), Diego Souza (87), Rogério (90), Mansur (93), Everton Felipe (97) e Túlio de Melo (99). Já o Santa Cruz havia enviado uma lista prévia com 39 nomes! Da lista final, o principal nome, Grafite, se mantém com a camisa 23. Os dois clubes inscreveram quatro goleiros. No caso coral, a lista tem até Fred Campos, já desligado do clube…

Confira outros detalhes do regulamento, em relação ao clássico, clicando aqui.

Os 30 jogadores inscritos pelo Sport na Copa Sul-Americana 2016

Os 30 jogadores inscritos pelo Santa Cruz na Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/site oficial