Burocrático, o Sport vence o Santos-AP e já soma R$ 2,2 milhões na Copa do Brasil

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Santos-AP 1 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Foi a 7ª participação do Santos do Amapá na Copa do Brasil. Como nas anteriores, o homônimo do time da Vila Belmiro não conseguiu passar da primeira fase. Quase não atacou no Estádio Zerão, mostrando extrema fragilidade técnica. Apesar disso, perdeu por um placar apertado, 2 x 1. E aí cabe uma crítica ao vencedor. O Sport, três divisões acima e com um investimento incomparável, foi incapaz de definir uma partida fácil.

No primeiro tempo, o rubro-negro pernambucano teve mais volume, mas pecou pelo excesso de preciosismo – resultando na bola aérea na reta final. E o visitante ainda perdeu um pênalti, mal marcado. Marlone bateu e o goleiro Axel defendeu. Na volta do intervalo, o Sport – que tinha a vantagem do empate – tocou um pouco mais a bola, mesmo num gramado muito irregular, e chegou várias vezes com perigo. Aos 10 minutos, Leandro Pereira pegou a bola de costas, girou, tirando o marcador, e deslocou o goleiro. Foi o primeiro gol do centroavante após sua grave lesão no joelho, que o afastou dos gramados por 6 meses. Depois disso, os homens de frente abusaram de perder gols – Marlone com cafofa, Thallyson fominha, Rithely sem direção etc.

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Santos-AP 1 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Foram quase 30 minutos de domínio, sem execução. Até o castigo, num lance fortuito do pentacampeão amapaense, que empatou aos 39, num chute de fora da área. Uma falta de atenção que poderia custar um prêmio milionário. Ao menos houve a resposta. Três minutos depois, quando o cenário caminhava, de forma incrível, para a tensão, o leão desempatou. Justamente o nome que substituiu de última hora o atacante André, que alegou ‘motivos pessoais’ para não viajar, embora o motivo esteja mais relacionado à proposta feita pelo Grêmio – rechaçada pela direção rubro-negra. Pois Leandro Pereira recebeu de Thomás e bateu cruzado, definindo a burocrática vitória.

Cotas do Sport na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 1,0 milhão (vs Santos-AP)
2ª fase – R$ 1,2 milhão (vs Ferroviário-CE)
3ª fase – R$ 1,4 milhão?

O leão na 1ª fase da Copa do Brasil
24 participações

21 classificações (87,5%; última em 2018 – Santos-AP)
3 eliminações (12,5%; última em 2016 – Aparecidense-GO)

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Santos-AP 1 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A tabela básica da Série C de 2018, com o Clássico das Emoções logo na abertura

O troféu da Série C. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A CBF divulgou a tabela básica da Série C de 2018, que terá o mesmo formato pela 7ª vez seguida. A competição tem três clubes pernambucanos (Santa, Náutico e Salgueiro), programando um clássico já na primeira rodada. O Clássico das Emoções, que ocorre pela primeira vez na terceira divisão, tem mando de campo do alvirrubro – a princípio, na Arena Pernambuco, ou nos Aflitos caso o palco seja liberado a tempo. A confederação ainda irá detalhar as datas e horários, com a 1ª rodada ocorrendo nos dias 14 e 15 de abril.

Abaixo, a íntegra da tabela, com 18 rodadas na primeira fase, com os 20 clubes divididos em dois grupos – os nordestinos estão presentes na chave A.

Clássico das Emoções no Brasileiro (1971-2017)
Série A (17 jogos) – 9V do Santa Cruz, 4V do Náutico, 4E
Série B (14 jogos) – 6V do Santa Cruz, 4V do Náutico, 4E
Série C (2 jogos) – a disputar

Santa Cruz na Série C
4 participações: 08 (descenso), 12, 13 (acesso) e 18
56 jogos (78 GP e 57 GC, +21)
22 vitórias (39,2%)
18 empates (32,1%)
16 derrotas (28,5%)

Náutico na Série C
2 participações: 99 e 18
21 jogos (44 GP e 20 GC, +24)
13 vitórias (61,9%)
3 empates (14,2%)
5 derrotas (23,8%)

Salgueiro na Série C
9 participações: 08, 09, 10 (acesso), 12 (descenso), 14, 15, 16, 17 e 18
130 jogos (142 GP e 156 GC, -14)
40 vitórias (30,7%)
45 empates (34,6%)
45 derrotas (34,6%)

O torneio de 2018 vai 14/04 a 23/09. Não para na Copa do Mundo.

Série C com acesso nas quartas pelo 7º ano. Desta vez, sem o gol qualificado

O conselho arbitral da Série C do Brasileirão de 2018. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Pelo 7º ano consecutivo a terceira divisão terá o mesmo formato. Ou seja, dois grupos de dez times (regionalizados) na primeira fase, com jogos dentro das respectivas chaves – ida e volta, com 18 rodadas. Os quatro melhores de cada grupo avançam às quartas, com cruzamento olímpico (1A x 4B, 2A x 3B, 1B x 4A e 2B x 3A). Já no primeiro mata-mata, nos dias 19 e 26 de agosto, a tensa disputa pelo acesso. A novidade, nesta temporada, é o fim do gol qualificado nos jogos eliminatórios, valendo apenas o saldo – em caso de empate, pênaltis. A Série C de 2018 tem três pernambucanos: Náutico e Santa, rebaixados em 2017; e o Salgueiro, em sua 5ª participação seguida

Eis a divisão dos grupos do Campeonato Brasileiro…

Grupo A – ABC-RN, Atlético-AC, Botafogo-PB, Confiança-SE, Globo-RN, Juazeirense-BA, Náutico-PE, Remo-PA, Salgueiro-PE e Santa Cruz-PE 

Grupo B – Botafogo-SP, Bragantino-SP, Cuiabá-MT, Joinville-SC, Luverdense-MT, Operário-PR, Tombense-MG, Tupi-MG, Volta Redonda-RJ e Ypiranga-RS

O regulamento foi definido no conselho técnico realizado no Rio de Janeiro, com a presença de todos os 20 participantes, sendo oito nordestinos – seguindo o cronograma da semana, com arbitrais das duas divisões acima.

Relembre os mata-matas: 2012201320142015, 2016 e 2017.

Desempenho nas quartas de final da Série C, por estado (2012-2017)

Acessos
4 – São Paulo
2 – Alagoas, Ceará, Pará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais e Rio Grande do Sul
1 – Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Santa Catarina

Eliminações
5 – Rio de Janeiro
4 – Ceará e Minas Gerais
2 – Alagoas, Paraíba, São Paulo e Sergipe
1 – Mato Grosso, Pernambuco e Rio Grande do Sul 

As imagens da campanha do Sport rumo ao inédito título brasileiro, há 30 anos

O capitão Estevam Soares ergue a Taça das Bolinhas, após o título brasileiro do Sport em 1987. Foto: Arquivo/DP

O Sport é o campeão brasileiro de futebol de 1987 desde o dia 7 de fevereiro de 1988, quando venceu o Guarani por 1 x 0, na sexta e última rodada do quadrangular final da competição. Dali em diante, a discussão seria apenas nos tribunais, com o clube pernambucano ganhando em todas as instâncias possíveis, duas vezes. Pois a data mais marcante na história do leão chega a exatamente três décadas, ainda dando a impressão de que não faz tanto tempo assim. Consequência do assunto recorrente, naturalmente.

O blog acompanha os meandros jurídicos da conquista há tempos, mas aqui o foco é exclusivo no futebol, com 56 imagens marcantes sobre a campanha que valeu a primeira estrela dourada ao Leão da Ilha. São três álbuns distintos, num verdadeiro passeio histórico (algumas fotos saíram apenas na época): preparação/1ª fase, fase final do Módulo Amarelo e quadrangular final.

A campanha do Sport
20 jogos*

12 vitórias
12 vitórias
5 empates
3 derrotas

29 gols marcados
12 gols sofridos
* Sem contar as vitórias por W.O. 

Artilheiros: Nando 8 gols; Augusto, Betão e Zico 4; Robertinho 3; Zé Carlos Macaé e Neco 2; Ribamar e Marco Antônio 1 

Total de público pagante: 110.317 torcedores em 10 jogos
Média: 11.031 torcedores

Mais: regulamento oficial, vídeo completo da final e livro de coautoria do blog.

Imagens da preparação do Sport, desde a eleição de Homero Lacerda à a contratação de Emerson Leão (como goleiro e, posteriormente, técnico) e da campanha do time na primeira fase, quando liderou de ponta a ponta. Em 14 jogos, o time perdeu apenas uma partida, ganhando os dois turnos previsos no módulo.

Náutico 0 x 1 Sport (01/11/87). O centroavante Nando sobe para cabecear e marcar o gol da vitória rubro-negra no clássico. Foto: Francisco Silva/DP
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Os registros da fase final do Módulo Amarelo, com tensa semifinal com o Bangu, tendo confusão tanto em Moça Bonita quanto na Ilha do Retiro, inclusive com ameaça de suspensão do jogo, e com a polêmica decisão com o Guarani, encerrada após o 11 x 11 nas penalidades.

Sport (11) 3 x 0 (11) Guarani. Arquibancada frontal da Ilha mais uma vez lotada, mas o borderô foi ainda mais impressionante que o da semifinal : 16.674 pessoas (?). Em ambos os jogos a PM estimou mais de 30 mil. Foto: Arlindo Marinho/DP
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Após as decisões dos módulos, em dezembro, o regulamento voltou a ser discutido, com o Flamengo querendo a revogação da última fase, que previa o cruzamento entre os dois melhores do Amarelo e do Verde. Após o conselho arbitral extraordinário em 15 de janeiro de 1988, no qual era preciso haver unanimidade para a mudança (e não houve), começou o quadrangular final da ‘Copa Brasil’, o nome oficial da competição. Disputa repleta de W.O., mas também com bola e taça na mão.

Sport 1 x 0 Guarani (07/02/88). O time rubro-negro posado na decisão. Em pé: Macaé, Betão, Estevam, Flávio, Marco Antônio, Rogério e Cláudio. Agachados: Robertinho, Ribamar, Nando, Zico, Augusto e Neco. Foto: Arquivo pessoal/Ribamar
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Vídeo de Sport 1 x 0 Guarani (07/02/1988)

Série A 1987, final: Sport 1 x 0 Guarani. Crédito: TV Jornal/youtube (reprodução)

Em 7 de fevereiro de 1988, o Sport venceu o Guarani por 1 x 0, gol de cabeça do zagueiro Marco Antônio, pela última partida do quadrangular final do Campeonato Brasileiro de 1987. O jogo na Ilha, que confirmou o rubro-negro pernambucano como campeão, foi transmitido para todo o país pelo SBT, através das suas 43 afiliadas na época, incluindo a TV Jornal no Recife.

A narração coube a Ivo Morganti, com comentários do ex-zagueiro Clodoaldo e reportagens de Jorge Kajuru. Pois um torcedor leonino gravou a partida com a primeira estrela dourada em VHS. Num trabalho em conjunto com o Futuro Sport, o vídeo foi convertido num arquivo digital e colocado à disposição no youtube, com 2 horas e 7 minutos de imagens raras da decisão. Há 30 anos.

O vídeo já tem mais de 55 mil visualizações. Para quem ainda não assistiu…