Centauro cria ranking de venda de uniformes, com Sport, Santa e Náutico nas listas nacional e estadual

Ranking de camisas de clubes brasileiros vendidas na Centauro em agosto de 2015. Crédito: Centauro/site oficial

Maior rede de varejo esportivo da América Latina, a Centauro criou um ranking de venda de camisas de clubes brasileiros, através dos registros em suas 150 lojas no país e do e-commerce, incluindo, claro, os uniformes oficiais de Náutico (Umbro), Santa (Penalty) e Sport (Adidas). Lançado em agosto de 2015, o hotsite contabiliza os dados mensais desde julho. Além do levantamento nacional, é possível conferir estado por estado. E o Flamengo, o time mais popular do país, lidera em 22 dos 27. Só não ficou à frente no Maranhão (Sampaio), Pernambuco (Sport), Minas Gerais (Atlético-MG), São Paulo (São Paulo) e Rio Grande do Sul (Inter). Surpreendente foi ver o Botafogo na vice-liderança no quadro inicial.

Em Pernambuco existem seis lojas da Centauro, todas em shoppings centers, sendo cinco no Grande Recife e uma em Petrolina. Esses empreendimentos fundamentam o ranking estadual, com Sport e Santa firmes nas duas primeiras colocações (acumulando 79% em agosto e 58% em julho). Ambos também estão entre os doze primeiros do Brasil, deixando claro a viabilidade das marcas. Já o Náutico ficou duas vezes atrás do Fla no cenário local, ocupando o 4º lugar. Essa lista não pode ser confundida com uma pesquisa de torcidas ou algo mais. É, literalmente, um “ranking de vendas de uniformes na Centauro”.

A atualização das vendas no site será diária, segundo a empresa, tendo variações lógicas a partir de lançamentos de novos padrões e da distribuição dos produtos. Considerando que as grandes fabricantes e os próprios clubes não costumam divulgar números regulares sobre as vendas em suas respectivas lojas, então a ideia pode se transformar numa boa fonte de informação…

Post atualizado com dados até 30/09.

Setembro/2015
Ranking nacional
14º) Santa Cruz 0,8%
23º) Sport 0,5%
38º) Náutico 0,1%

Ranking pernambucano
1º) Flamengo 28,6%
2º) Santa Cruz 24,4%
3º) Sport 15,4%
9º) Náutico 2,3%

Agosto/2015
Ranking nacional
10º) Sport 2,6%
13º) Santa Cruz 1,8%
29º) Náutico 0,2%

Ranking pernambucano
1º) Sport 45,8%
2º) Santa Cruz 31,3%
4º) Náutico 3,5%

Julho/2015
Ranking nacional
11º) Sport 2,0%
12º) Náutico 1,0%
15º) Santa Cruz 1,0%

Ranking pernambucano
1º) Sport 35,0%
2º) Santa Cruz 23,0%
4º) Náutico 11,0%

Com o CT no papel desde 2012, o Santa treina no Ademir Cunha, na Arena e até nos CTs de Náutico e Sport

Projeto do CT do Santa Cruz. Imagem: Santa Cruz/divulgação

O projeto do Centro de Treinamento do Santa Cruz foi apresentado em 3 de março de 2012, com um investimento de R$ 5 milhões nos 10 hectares da área em Paulista. Bem antes disso já havia a necessidade de um local adequado para a preparação tricolor, que via os rivais despontarem com a estruturação de seus CTs. Parado e até com promessa de crowdfunding, houve um lampejo em janeiro de 2015, através do plano de metas do atual presidente coral, Alírio Moraes. Até julho se projetava um campo e um vestiário. Conforme reportagem publicada pelo Diario de Pernambuco, a obra do CT não saiu do papel.

Paralelamente a isso, o time profissional do Santa buscou alternativas à parte do Arruda, cujo desgaste no gramado (jogos e treinos) é evidente. Assim, nesse tempo todo, a delegação já treinou no CT do Náutico, no CT do Sport, no Ademir Cunha e agora até na Arena Pernambuco, mesmo sem jogar lá – cujo acesso ocorria só na véspera das partidas. Pois é. Neste ano, o clube firmou um acordo com a Prefeitura de Paulista para utilizar o campo até 2016, mas o palco acabou reservado para um jogo do Sub 20, havendo o contato com o consórcio para enviar o Expresso Coral a São Lourenço.

Nesse cenário, que não condiz de forma alguma com um clube do tamanho do Santa, chegou a ocorrer uma situação surreal, em 7 de dezembro de 2012. Pela manhã, o elenco foi ao CT Wilson Campos, o reduto alvirrubro na Guabiraba. À tarde, os tricolores foram à Paratibe, no CT José de Andrade Médicis, dos rubro-negros. Na ocasião, o Arruda estava vetado para um amistoso da Seleção.

E para completar, a repercussão de parte da torcida nas redes sociais à supracitada reportagem praticamente ignora o papel da imprensa….

Arena Pernambuco (2015)

Santa Cruz treinando na Arena Pernambuco, em 2015. Foto: Santa Cruz/assessoria

Ademir Cunha (2015)

Santa Cruz treinando no Estádio Ademir Cunha, em Paulista, em 2015. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

CT do Náutico (2014)

Santa Cruz treinando no CT do Náutico em 2014. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A press

CT do Sport (2012)

Santa Cruz treinando no CT do Sport, em 2012. Foto: Santa Cruz/assessoria

Podcast 45 (163º) – Fiasco do Sport em Salvador, Série B e reportagens polêmicas

O tema principal deste 45 minutos foi a Sula, com um constrangedor Sport diante do Bahia, na Fonte Nova. Eduardo Batista acertou com o time misto, ao tratar o torneio como Plano B? Para o blog, não. Contudo, o tema foi aberto. Sobre o Santa, além da partida contra o Macaé, entrou no podcast a repercussão de parte da torcida nas redes sociais a cada reportagem que aponte algum problema no clube (duplicidade de cobrança para sócios, obra parada no CT etc). No Náutico, comentamos a prévia contra o Luverdense e a polêmica sobre a “carne” no almoço (já desmentida pela direção).

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Em estreia vexatória, Sport perde do Bahia na Sul-Americana sem chutar a gol

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Bahia 1x0 Sport. Foto: Raul Spinassé/Ag. A Tarde

A postura do Sport na Fonte Nova foi vergonhosa do começo ao fim, fazendo justiça ao discurso blasé de Eduardo Batista sobre a Sul-Americana. Outrora apontado como consequência positiva da última campanha na Série A, a copa internacional foi vista agora como um “desgaste” na agenda do time, na briga pelo G4 em 2015. Uma análise superficial, à parte do que diz a tabela da Sula. Começando pela curta viagem a Salvador, de 50 minutos. Lá, o Leão entrou em campo com cinco reservas. A defesa até foi a titular, mas do meio pra frente foram várias modificações e improvisações, com Ronaldo na cabeça de área, longe de ter uma saída de jogo eficiente, Elber armando (Régis, o suplente imediato do poupado Diego Souza, foi preterido) e Maikon Leite sem ritmo.

O time pernambucano foi engolido pelo misto do Bahia, com domínio no primeiro tempo. O Tricolor passou longe de uma atuação exuberante, mas jogou nos erros do adversário e pressionou bastante. Merecia ter ido para o intervalo com três gols, mas ficou no 1 x 0, com Biancucchi – após recuo mal feito de Samuel Xavier. Pior para Magrão, acuado em seu retorno, com o recorde de 571 jogos pelo clube. A única substituição na parada não foi para corrigir o meio-campo, mas para colocar André ao lado do Brocador, ambos isolados. Depois, quando Régis enfim entrou, André parecia um meia. A cara de um time desordenado.

A apatia foi tanta que uma estatística resume a estreia leonina na Sula. Em 9 jogos na Série A como visitante, o Sport balançou as redes em 8. Já contra o Bahia foi incapaz de chutar uma bola na barra! Obviamente, não havia mesmo como empatar. Por sinal, esta foi a 6ª derrota seguida do Rubro-negro na competição, desde 2013: Náutico (1), Libertad (2), Vitória (2) e Bahia (1). E o time que desistiu da Copa do Brasil para jogar a Sul-Americana, parece agora querer desistir da Sul-Americana para jogar só o Brasileiro. Nesse discurso truncado, o time foi junto. Dentro de uma semana, a partida de volta na Ilha, numa noite de incertezas, dentro e fora de campo.

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Bahia 1x0 Sport. Foto: twitter.com/CONMEBOL_CSF

Grande Recife na 5ª colocação entre as metrópoles com mais estádios no mundo

Estádio do Arruda, Arena Pernambuco, Ilha do Retiro, Aflitos, Grito da República e Ademir Cunha. Fotos: DP/D.A Press

Buenos Aires, la ciudad con más campos de fútbol del mundo

Este foi título da reportagem produzida pelo jornal El País, que numa tradução simples estabelece a capital argentina como a região metropolitana com mais estádios a partir de dez mil lugares. Numa paixão futebolística nítida em cada esquina da cidade de 13 milhões de habitantes, existem 36 palcos, do imponente Monumental de Nuñez (do River Plate, com 61.688 lugares) ao acanhado Malvinas (do San Miguel, com 10.000). Para se ter uma ideia, a quantidade é superior ao dobro do segundo colocado. O ranking publicado pelo periódico, aliás, apresenta cidades com muita tradição no futebol.

1º) Buenos Aires (36)
2º) São Paulo (15)
3º) Londres (12)
4º) Rio de Janeiro (9)
5º) Madri (5)

O blog analisou o mais recente cadastro nacional de estádios brasileiros, produzido pela CBF e cuja 5ª versão inscreveu 782 praças esportivas, elaborando uma lista nacional. Com este levantamento, o Grande Recife ficou numa posição surpreendente, superior a Madri, diga-se. Adicionado o estádio Grito da República, em Olinda, previsto (enfim) para dezembro de 2015 e com gasto acima do previsto, seriam seis palcos acima da capacidade estipulada.

Nesta apuração, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro aparecem com números inferiores em relação ao do ranking mundial, mas há uma justificativa plausível. No caso paulistano, a popular Rua Javari, do Juventus, teve a sua capacidade oficial reduzida para apenas 4.004 espectadores, apesar do recorde de 15 mil pessoas apinhadas. O mesmo ocorreu em dois locais tradicionais na Cidade Maravilhosa, o Moça Bonita (Bangu) e o Luso Brasileiro (Portuguesa).

Abaixo, as onze metrópoles brasileiras com mais estádios.

Caso alguém atualize a lista mundial, a RMR ficaria em 5º lugar…

1º) São Paulo (14) – 20,93 milhões de habitantes e 7,94 mil km²
66.795 – Morumbi (São Paulo)
45.000 – Arena Corinthians (São Paulo)
45.000 – Allianz Parque (São Paulo)
37.730 – Pacaembu (São Paulo)
31.452 – Arena Barueri (Barueri)
21.004 – Canindé (São Paulo)
16.744 – Anacleto Campanella (São Caetano)
14.384 – Francisco Ribeiro (Mogi das Cruzes)
14.185 – Bruno Daniel (Santo André)
13.440 – 1º de Maio (São Bernardo)
13.400 – Ícaro de Castro (São Paulo)
12.430 – José Liberatti (Osasco)
12.000 – Parque São Jorge (São Paulo)
10.117 – Nicolau Alayon (São Paulo)
Total de lugares: 353.681
Média por estádio: 25.262
Um estádio a cada 1,49 milhão de pessoas
Um estádio a cada 567 km²

2º) Rio de Janeiro (7) – 12,11 milhões de habitantes e 8,14 mil km²
78.838 – Maracanã (Rio de Janeiro)
44.661 – Engenhão (Rio de Janeiro)
24.584 – São Januário (Rio de Janeiro)
18.000 – Ítalo Del Cima (Rio de Janeiro)
15.000 – Campo dos Cordeiros (São Gonçalo)
13.544 – Edson Passos (Mesquita)
12.000 – Caio Martins (Niterói)
Total de lugares: 206.627
Média por estádio: 29.518
Um estádio a cada 1,73 milhão de pessoas
Um estádio a cada 1,16 mil km²

3º) Recife (6) – 3,88 milhões de habitantes e 2,77 mil km²
60.044 – Arruda (Recife)
46.214 – Arena Pernambuco (São Lourenço)
32.923 – Ilha do Retiro (Recife)
22.856 – Aflitos (Recife)
15.000 – Grito da República (Olinda)
12.000 – Ademir Cunha (Paulista)
Total de lugares: 189.037
Média por estádio: 31.506
Um estádio a cada 646 mil pessoas
Um estádio a cada 461 km²

4º) Curitiba (5) – 3,46 milhões de habitantes e 16,58 mil km²
42.372 – Arena da Baixada (Curitiba)
35.000 – Pinheirão (Curitiba)
34.872 – Couto Pereira (Curitiba)
17.200 – Durival de Brito (Curitiba)
10.000 – Vila Olímpica (Curitiba)
Total de lugares: 139.444
Média por estádio: 27.888
Um estádio a cada 692 mil pessoas
Um estádio a cada 3,31 mil km²

4º) Porto Alegre (5) – 4,18 milhões de habitantes e 10,34 mil km²
56.500 – Arena Grêmio (Porto Alegre)
56.000 – Beira-Rio (Porto Alegre)
45.000 – Olímpico (Porto Alegre)
10.000 – Complexo Esportivo (Canoas)
10.000 – Cristão Rei (São Leopoldo)
Total de lugares: 177.500
Média por estádio: 35.500
Um estádio a cada 836 mil pessoas
Um estádio a cada 2,06 mil km²

4º) Brasília (4) – 2,85 milhões de habitantes e 5,80 mil km²
72.788 – Mané Garrincha (Brasília)
27.000 – Boca do Jacaré (Taguatinga)
20.310 – Bezerrão (Gama)
10.000 – Augustinho Lima (Sobradinho)
Total de lugares: 130.098
Média por estádio: 32.524
Um estádio a cada 712 mil pessoas
Um estádio a cada 1,45 mil km²

7º) Belém (3) – 2,38 milhões de habitantes e 3,56 mil km²
45.007 – Mangueirão (Belém)
16.200 – Curuzu (Belém)
12.000 – Baenão (Belém)
Total de lugares: 73.207
Média por estádio: 24.402
Um estádio a cada 793 mil pessoas
Um estádio a cada 1,18 mil km²

7º) Belo Horizonte (3) – 5,76 milhões de habitantes e 9,46 mil km²
61.846 – Mineirão (Belo Horizonte)
23.018 – Independência (Belo Horizonte)
22.000 – Arena do Jacaré (Sete Lagoas)
Total de lugares: 106.864
Média por estádio: 35.621
Um estádio a cada 1,92 milhão de pessoas
Um estádio a cada 3,15 mil km²

7º) Fortaleza (3) – 3,81 milhões de habitantes e 6,96 mil km²
63.903 – Castelão (Fortaleza)
20.262 – Presidente Vargas (Fortaleza)
10.500 – Domingão (Horizonte)
Total de lugares: 94.665
Média por estádio: 31.555
Um estádio a cada 1,30 milhão de pessoas
Um estádio a cada 2,32 mil km²

7º) Natal (3) – 1,50 milhão de habitantes e 3,25 mil km²
32.050 – Arena das Dunas (Natal)
15.082 – Frasqueirão (Natal)
10.068 – Barretão (Ceará-Mirim)
Total de lugares: 57.200
Média por estádio: 19.066
Um estádio a cada 500 mil pessoas
Um estádio a cada 1,08 mil km²

7º) Salvador (3) – 3,91 milhões de habitantes e 4,37 mil km²
50.025 – Fonte Nova (Salvador
35.000 – Barradão (Salvador)
32.157 – Pituaçu (Salvador)
Total de lugares: 117.182
Média por estádio: 39.060
Um estádio a cada 1,30 milhão de pessoas
Um estádio a cada 1,45 mil km²

Começa a segunda CPI do Futebol. Entre os convidados, até Evandro Carvalho

CPI do Futebol em 2015. Crédito: twitter.com/romariozonze

Aos poucos, a CPI do Futebol começa a ganhar corpo em Brasília. Na primeira audiência sobre o assunto no Senado, em 2015, foram ouvidos os jornalistas Juca Kfouri, José Cruz e e Jamil Chade, com depoimentos sobre os contratos da CBF, sobretudo o acordo para a realização de amistosos internacionais, com a empresa ISE. Após os documentos apresentados, o senador Romário, presidente da comissão parlamentar de inquérito, já disparou.

“Pelas provas trazidas, fica evidente que a ISE, que controla os amistosos da Seleção é uma empresa fantasma, que só existe para a CBF.”

A empresa tem apenas uma caixa postal, nas Ilhas Cayman, subcontratando outra empresa para a operacionalização dos jogos. Espera-se que a comissão investigue a fundo a estrutura do futebol no país, do topo à base. A lista é encabeçada pelo ex-presidente da CBF, José Maria Marin, preso na Suíça após a investigação do FBI sobre as ações da Fifa. A médio prazo, o foco deve ir além da confederação. Ainda não há data, mas os 27 presidentes de federações estaduais serão chamados ao Congresso. Inclusive Evandro Carvalho, da FPF.

“Eu acredito que todos eles (presidentes das federações) virão aqui bastante satisfeitos, pois eles vão nos ajudar, vão mostrar um pouco o que eles vem fazendo no futebol e pelo futebol nos últimos anos”.

O Baixinho justifica que como se trata de um convite, ninguém é obrigado a ir…

Vale lembrar que esta é segunda CPI do Futebol. Em 2001, a investigação focou o contrato de US$ 160 milhões entre CBF e Nike, assinado em 1996. Só que a apuração se transformou num papelão, tendo tempo até, em um dos interrogatórios, para questionar a marcação em Zidane na final do Mundial de 1998. Relembre o episódio, e o autor da pergunta, clicando aqui.

FPF solicita pré-temporada menor em 2016 e estuda 4 fórmulas para o Estadual

Reunião sobre o calendário dos Estaduais e do Nordestão em 2016. Foto: FPF/site oficial

Criada em 2015, a pré-temporada de um mês no futebol brasileiro poderá acabar em Pernambuco já em 2016. À parte do calendário elaborado pela CBF, com 25 dias, a FPF articula junto às demais federações nordestinas a possibilidade de iniciar os campeonatos estaduais em 16 de janeiro. Neste ano, por exemplo, a pré-temporada para todos os clubes foi de 7 a 31 de janeiro.

No encontro na sede da Boa Vista, o presidente da federação pernambucana, Evandro Carvalho, recebeu os dirigentes regionais (exceção feita à Bahia, que não mandou representante) e o vice-presidente da CBF, Gustavo Feijó. Todos assinaram a ata pedindo a mudança imediata. Segundo a FPF, trata-se de um “aperfeiçoamento dos estaduais e do campeonato regional”. Entretanto, se o pedido das oito federações for acatado, a pré-temporada de Náutico, Santa Cruz e Sport irá durar apenas dez dias. Período ínfimo, ainda mais se considerarmos que neste ano houve treino físico, tático e até torneios amistosos.

Com o aumento de datas do Campeonato Pernambucano, de 14 para 18 datas, o regulamento também seria modificado. Em conversa com o blog e com o repórter João de Andrade Neto, Evandro explicou as quatro fórmulas estudadas. O primeiro modelo, semelhante ao torneio do Rio Grande dpo Sul, é o preferido. Contudo, a logística exige um número mínimo de clássicos, por causa do acordo com a Rede Globo. Daí, a projeção de clássicos de cada formato.

A decisão do regulamento sairá em novembro, no conselho arbitral. Já as datas para a competição poderiam ser entre 16/01 e 01/05.

1º modelo (17 ou 18 datas)
Turno único com os 12 clubes (11 rodadas), passando os oito melhores, com quartas de final, semifinal e final, sempre ida e volta. Com uma data sobrando, a decisão também pode ter até três jogos, com a “negra” na Arena Pernambuco.
Projeção de clássicos: de 3 a 8

2º modelo (18 datas)
Três grupos de quatro times (Náutico, Santa e Sport como cabeças-de-chave), com jogos dentro das chaves, em ida e volta (6 rodadas). Passam os dois primeiros de cada grupo, fazendo um hexagonal (ida e volta, 10 rodadas). Os dois melhores disputariam a final em dois jogos.
Projeção de clássicos: de 0 a 8

3º modelo (18 datas)
Dois grupos de seis times, em ida e volta (10 rodadas). Os dois melhores de cada seguem em um quadrangular em turno e returno (6 rodadas). Os dois melhores da segunda fase disputariam a decisão em dois jogos.
Projeção de clássicos: de 2 a 10

4º modelo (17 datas)
Dois grupos de seis times, em de ida e volta (10 rodadas). Passam os dois melhores de cada chave, seguindo para um quadrangular de turno único (3 rodadas). A 2ª fase decidiria só a ordem (e vantagens) dos semifinalistas. Semifinal e final em dois jogos.
Projeção de clássicos: de 2 a 9

Opinião do blog: achei melhor a primeira fórmula, direta e com mais jogos decisivos, mas a pré-temporada enxuta é um passo atrás na organização.

O que dizem os matemáticos sobre as chances de título, Libertadores, acesso e rebaixamento nas Séries A e B de 2015

A cada ano, algo bastante tradicional no futebol é a elaboração de contas para ver a chance do seu time. Seja para brigar pelo título, por uma vaga em um torneio mais importante ou simplesmente fugir do rebaixamento. Com o fim do primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2015 (Séries A e B), vamos às estatísticas de três sites especializados no assunto: Chance de Gol, Infobola e UFMG, através do departamento de matemática da universidade mineira.

A partir de cálculos sobre o desempenho em casa, histórico em confrontos e campanha atual, o site Chance de Gol ainda projeta as pontuações finais, com os percentuais que dão mais “garantia” a cada opção. Na Série A, por exemplo, a média histórica do 4º lugar, no formato atual, desde 2006, é de 64 pontos. Em 2015, isso representa  60% de chance. Na Série B, o mesmo índice é de 63 pontos. Neste ano daria 50%. Confira os quadros das duas divisões aqui.

Veja as classificações atualizadas após a 19ª rodada: Série A e Série B.

Probabilidades da Série A 2015
Na primeira divisão os quadros em relação à Libertadores consideram apenas o G4. Mas vale lembrar que o grupo pode variar em duas situações. Para G3, caso algum clube abaixo dos quatro primeiros lugares no Brasileirão conquiste a Copa Sul-Americana, o que tiraria a quarta vaga do nacional. Por outro lado, também pode ocorrer um G5, caso um dos quatro melhores times da competição também conquiste a Copa do Brasil, abrindo a vaga ao 5º colocado.

Sport
Título: 0,4% a 1,8%
Libertadores: 16,9% a 23,0%
Rebaixamento: 0,1% a 1,0%

Projeções do site Chance de Gol para a Série A 2015 após 19 rodadas

Projeções do site Infobola para a Série A 2015 após 19 rodadas

Projeções do site UFMG para a Série A 2015 após 19 rodadas

Probabilidades da Série B 2015
Apenas Chance de Gol e UFMG divulgaram três tipos de projeção, para título, acesso e rebaixamento. O Infobola focou apenas nas probabilidades de classificação ao Brasileirão de 2016. Por sinal, ABC, Mogi Mirim e Ceará são os únicos, hoje, com menos de 1% de chance de acesso.

Náutico
Título: 1,3% a 6,6%
Acesso: 19,6% a 37,3%
Rebaixamento: 0,07% a 0,4%

Santa Cruz
Título: 0,9% a 2,4%
Acesso: 17,0% a 19,9%
Rebaixamento: 0,2% a 2,3%

Projeções do site Chance de Gol para a Série B 2015 após 19 rodadas

Projeções do site Infobola para a Série B 2015 após 19 rodadas

Projeções do site UFMG para a Série B 2015 após 19 rodadas

Podcast 45 – Balanço do primeiro turno das Séries A e B do Brasileiro 2015

Somando o primeiro turno das Séries A e B de 2015, foram realizadas 380 partidas. Com a primeira metade do Campeonato Brasileiro, o balanço do 45 minutos focou os pernambucanos. A gravação foi longa, com 2h22, metade para cada competição – edições 161 e 162. Começamos pela Segundona, com a análise das campanhas de Náutico e Santa, além da projeção para o returno, a partir do rendimento de cada um. Mesmo quatro pontos atrás do Timbu, os tricolores teriam mais gás? Respondemos, sem ficar em cima do muro.

Após uma breve pausa, o “rec” começou na elite, com o Sport engatando uma série de empates e terminando a 19ª rodada em sua pior colocação até aqui 7º lugar). Previsibilidade tática, desgaste ou tabela pesada? A pressão vem no início do segundo turno, com a chance de recuperação (e a definição sobre o objetivo no campeonato). Nos dois programas,  também comentamos sobre os principais adversários, com previsões de G4 e Z4.

Nos dois podcasts, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Série B (Náutico e Santa Cruz)

Série A (Sport)

Classificação da Série A 2015 – 19ª rodada

Classificação do Brasileirão 2015 após 19 rodadas. Crédito: Superesportes

Em um determinado momento na tarde de domingo, no encerramento do primeiro turno do Brasileirão, a diferença entre Sport e Corinthians chegou a ser de quatro pontos. Um vencia e outro perdia. No fim, o Leão cedeu o empate à Ponte Preta e o Timão virou o jogo contra o Avaí. Com isso, o time da Ilha fechou o turno nove pontos atrás da liderança paulista, uma diferença improvável de ser tirada. Sobre o G4, o Rubro-negro fez parte do seleto grupo durante 14 rodadas, mas nas últimas semanas a falta de vitórias derrubou o clube na tabela. Tanto que a posição na 19ª rodada foi justamente a sua pior até aqui, em 7º lugar. Mas ainda assim está a apenas dois pontos do G4. Aí, sim, uma briga real.

Sobre o returno, vale projetar as pontuações necessárias para ir à Libertadores. O percentual atual do 4º colocado, o Flu, é de 57%. Na Série A com 20 clubes (38 rodadas), o rendimento “mínimo” para a vaga varia de 53% a 60%. Desde 2006, quando iniciou o formato vigente, essa média de pontos é de 63,5, com 55%. A partir deste índice, arredondando para cima (até 64), o Sport precisaria melhorar o seu rendimento, somando mais 33 pontos (57% no returno). Na segunda metade da competição, o Leão terá nove jogos em casa e dez fora.

Confira a classificação do primeiro turno de 2006 a 2014 clicando aqui.

A campanha do 4º lugar após 38 rodadas
2014 – 69 pontos (60,5%), Corinthians
2013 – 61 pontos (53,5%), Botafogo
2012 – 66 pontos (57,8%), São Paulo
2011 – 61 pontos (53,5%), Flamengo
2010 – 63 pontos (55,2%), Grêmio
2009 – 62 pontos (54,3%), Cruzeiro
2008 – 65 pontos (57,0%), Palmeiras
2007 – 61 pontos (53,5%), Fluminense
2006 – 64 pontos (56,1%), Santos*

* O Paraná, o 5º lugar (60 pts), conseguiu a vaga na Libertadores porque o Inter, campeão continental daquela temporada, foi o vice-campeão brasileiro.

A 20ª rodada do representante pernambucano
22/08 (21h00) – Figueirense x Sport (Orlando Scarpelli)

Histórico em Floripa pela elite: 2 vitórias leoninas, 2 empates e 2 derrotas.