Podcast – A análise do triunfo do Sport sobre o Vitória em Salvador, caindo o tabu

Série A 2017, 27ª rodada: Vitória 1 x 2 Sport. Foto: Mauricia da Mata/E. C. Vitória

O Sport não vencia o Vitória no Barradão desde 1995. Eram 22 anos de jejum, tendo como exceção um triunfo pernambucano em Feira de Santana, na Série A de 2014. De forma, o tabu acabou, inclusive neste Brasileirão, cuja sequência negativa chegava a nove rodadas. Numa gravação exclusiva, o 45 minutos comentou a apresentação nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais (Diego Souza como maior destaque?). Terminando, claro, com a situação na tabela. Estou neste debate. Ouça!

12/10 – Vitória 1 x 2 Sport (42 min)

Os maiores artilheiros do Nordeste no Brasileirão, com Jorge Mendonça, Ramon e Diego Souza à frente no Trio de Ferro

Jorge Mendonça (Náutico), Ramon (Santa Cruz) e Diego Souza (Sport)

Na história do Campeonato Brasileiro, considerando o período a partir de 1971, alguns nomes se firmaram no futebol nordestino pelo poder de fogo país afora. Três deles chegaram terminar a competição na liderança da artilharia atuando em clubes da região. No caso, Ramon no Santa (1973), Charles no Bahia (1990) e Diego Souza no Sport (2016). Ao todo, dez clubes já tiveram goleadores com ao menos dez tentos numa edição, sendo 3 em PE, 2 na BA, CE e RN e 1 na PB. Ampliando o histórico em todas as temporadas, seis grandes clubes da região já tiveram jogadores com mais de vinte gols. São scores representativos, com o levantamento exposto aqui no blog.

Dados atualizados até 03/12/2017

Os maiores artilheiros dos clubes do NE em todas as edições da Série A:

Santa Cruz (+20)
39 – Ramon (1971-1975)
37 – Nunes (1975-1978)
33 – Luciano Veloso (1971-1974)
32 – Betinho (1971-1980)
29 – Fumanchu (1975-1978)

Sport (+20)
38 – Diego Souza (2014-2017)
33 – Leonardo (1994-2000)
29 – André (2015-2017)
21 – Miltão (1975-1978), Roberto Coração de Leão (1978-1982) e Marcelo Rocha (1994-1996)

Bahia (+20)
37 – Douglas (1972-1980)
32 – Nonato (2000-2003)
21 – Beijoca (1975-1978) e Charles (1988-1990)
20 – Cláudio Adão (1986-1991)

Vitória (+20)
36 – Allan Delon (2000-2004)
32 – Dinei (2008-2014)
31 – André Catimba (1972-1975)

Náutico (+20)
31 – Jorge Mendonça (1973-1975)
30 – Baiano (1983-1986)
24 – Bizu (1989-1991)
23 – Felipe (2007-2008)

Fortaleza (+20)
27 – Rinaldo (2005-2006)
21 – Geraldino (1973-1984)

Os maiores artilheiros dos clubes do NE em uma edição da Série A:

Santa Cruz (+10 gols)
21 gols – Ramón (1973)
14 gols – Nunes (1977)
13 gols – Grafite (2016)
12 gols – Nunes (1978) e Luizinho Vieira (2001)
11 gols – Fumanchu (1978) e Róbson (2000)

10 gols – Luciano Veloso (1973 e 1974), Fumanchu (1977) e Keno (2016)

Vitória (+10 gols)
19 gols – Obina (2004)
16 gols – Dinei (2013)
15 gols – Roger (2009)
14 gols – Petkovic (1998) e Allan Delon (2000)
13 gols – André Catimba (1974)
12 gols – André Catimba (1973) e Marinho (2016)
11 gols – Maxi Biancucchi (2013) e Allan Delon (2001)
10 gols – Claudinho (1993), Tuta (1999), Aristizábal (2002), Nádson (2003) e Tréllez (2017)

Náutico (+10)
19 gols – Acosta (2007)
14 gols – Jorge Mendonça (1974)
13 gols – Felipe (2008) e Kieza (2012)
12 gols – Miradinha (1983) e Carlinhos Bala (2009)
11 gols – Jorge Mendonça (1975) e Baiano (1983)

10 gols – Bizu (1989 e 1991) e Felipe (2007)

Bahia (+10 gols)
18 gols – Cláudio Adão (1986)
15 gols – Fernandão (2013)
14 gols – Douglas (1978)
13 gols – Guga (1997)
12 gols – Beijoca (1978) e Edigar Junior (2017)
11 gols – Charles (1990), Nonato (2003) e Souza (2011)
10 gols – Everaldo (1973), Marinho (1985), Róbson (2001) e Nonato (2001 e 2002)

Sport (+10 gols)
16 gols – André (2017)
14 gols – Luís Carlos (1985) e Diego Souza (2016)
13 gols – Leonardo (2000), Taílson (2000), Carlinhos Bala (2007) e André (2015)
12 gols – Dario (1975) e Mauro (1978)
11 gols – Marcelo Rocha (1995), Roger (2008) e Diego Souza (2017)
10 gols – Luís Müller (1996)

Fortaleza (+10 gols)
16 gols – Rinaldo (2005)
13 gols – Vinícius (2003)
11 gols – Rinaldo (2006)
10 gols – Marciano (1973)

Botafogo-PB (+10 gols)
12 gols – Anselmo (1978)

ABC (+10 gols)
12 gols – Arildo (1985)

Ceará (+10 gols)
11 gols – Petróleo (1986)
10 gols – Jorge Costa (1973), Ramón (1982), Volnei (1985) e Felipe Azevedo (2011)

América-RN (+10 gols)
10 gols – Pedrada (1975)

Os maiores artilheiros de cada clube na Série A (+30 gols)

181 – Vasco (Roberto Dinamite, 1971-1992)
139 – Flamengo (Zico, 1971-1989)
108 – São Paulo (Luís Fabiano, 2001-2015)
91 – Fluminense (Fred, 2009-2016)
89 – Atlético-MG (Reinaldo, 1973-1983)
78 – Grêmio (Tarciso, 1973-1985)
69 – Botafogo (Túlio, 1994-2000)
57 – Internacional (Valdomiro, 1971-1982)
54 – Santos (Neymar, 2009-2013)
52 – Corinthians (Marcelinho Carioca, 1994-2000)
50 – Atlético-PR (Kléber Pereira, 1999-2002)
48 – Goiás (Túlio, 1988-1992)
46 – Portuguesa (Enéas, 1972-1979)
45 – Cruzeiro (Marcelo Ramos, 1995-2001)
41 – Palmeiras (Leivinha, 1971-1975)
39 – Santa Cruz (Ramon, 1971-1975)
38 – Sport (Diego Souza, 2014-2017)
37 – Bahia (Douglas, 1972-1980)
36 – Guarani (Careca, 1978-1982), Vitória (Allan Delon, 2000-2004) e Paysandu (Róbson, 2003-2005)
34 – Ponte Preta (Washington, 2001-2002)
33 – Coritiba (Zé Roberto, 1972-1974) e Remo (Alcino, 1972-1975)
31 – Náutico (Jorge Mendonça, 1973-1975)

Após 74 dias de jejum, Sport vence Vitória no Barradão e vai do Z4 à zona da Sula

Série A 2017, 27ª rodada: Vitória x Sport. Foto: Romildo de Jesus/Futura Press/Estadão conteúdo

Eram 9 rodadas sem vitória na Série A, num jejum que derrubou o Sport da zona da Libertadores à zona de rebaixamento. Futebol e confiança abaixo, com foco em Diego Souza, cuja qualidade técnica molda o leão, positiva ou negativamente. Jogando mal e irascível, o meia acabou sofrendo a pressão que cabe a um atleta de sua categoria. Cabia ao próprio sair dessa, pois bola tem. E em Salvador, fez por onde, sendo o nome da vitória. Curiosamente, a última também havia sido na capital baiana, no 3 x 1 sobre o Bahia em 30 de julho. Em outro clássico nordestino, mas contra o Vitória, DS87 fez gol e deu assistência, tirando o time do Z4. Contando com uma rodada camarada, voltou à zona da Sula – a princípio, um objetivo mais modesto que o de outrora.

No Barradão, no duelo entre os rubro-negros, o pernambucano teve mais posse de bola no primeiro tempo. E não foi um falso domínio, pois o time rodou bastante, procurando o ataque. Em duas oportunidades o bom goleiro Caique apareceu muito bem, primeiro num chute cruzado de Diego, de canhota, e depois numa cabeçada de André, após boa trama com Wesley e Patrick. Tendo paciência, o visitante conseguiu abrir o placar aos 45 minutos, numa cobrança de falta. Diego Souza mandou no ângulo, golaço. Assim, tornou-se o maior goleador do Sport no Brasileirão, chegando a 34 gols.

Série A 2017, 27ª rodada: Vitória 1 x 2 Sport. Foto: Mauricia da Mata/E. C. Vitória

Embora tenha arrancado triunfos de peso atuando como visitante, sobre Corinthians, Flamengo, Botafogo e Atlético Mineiro, tendo o segundo melhor rendimento neste contexto, o Vitória deve bastante em casa. Tem apenas dois resultados positivos em 14 partidas, sendo o pior mandante. Daí a pressão por mudanças na equipe. Aos 15/2T, Mancini promoveu a entrada de André Lima (centroavante) e Patric (ala), lançando o time ao ataque. No mesmo instante, Luxemburgo tirou Wesley (atuação ok) e Osvaldo (destoou), colocando Rodrigo e Lenis, reforçando a marcação e o poder de contragolpes.

E na primeira bola recuperada o Sport conseguiu ser fatal, com André limpando a jogada no meio-campo e tocando para DS, livre. O camisa 87 avançou e, na saída do goleiro, rolou para Lenis, com o colombiano empurrando para o gol vazio. No feriado, o Sport enfim se apresentou para o jogo. O resultado só não foi efetivamente tranquilo porque o rival diminuiu aos 38, com o também colombiano Trellez, numa sobra. Sufoco até os descontos, mas com a vitória assegurada, 2 x 1. Faz tempo… Precisamente, 74 dias.

Vitória x Sport na Bahia pelo Brasileirão (11 jogos)
6 vitórias do Leão da Barra
2 empates
3 vitórias do Leão da Ilha (1995, 2014 e 2017)

Série A 2017, 27ª rodada: Vitória x Sport. Foto: Lucio Tavora/Agência Tempo/Estadão conteúdo

A tabela da Copa do Nordeste de 2018, com a final durante o Mundial da Rússia

O troféu da Copa do Nordeste de 2018. Foto: Douglas Lunardi/CBF

A Confederação Brasileira de Futebol divulgou a tabela básica da Copa do Nordeste de 2018, que terá 16 clubes dos nove estados na fase principal. Serão 48 partidas nesta fase, composta por quatro grupos (abaixo), e mais 14 no mata-mata. Segundo o regulamento, os dois melhores de cada chave avançam às quartas. Depois, duelos eliminatórios em ida e volta até a posse da orelhuda dourada. A seguir, a agenda completa do regional, que ocorrerá em parte paralelamente ao Campeonato Pernambucano, ainda sem tabela.

Os grupos da Lampions
A – Santa Cruz, CRB, Confiança e Treze/Cordino
B – Vitória, ABC, Ferroviário-CE e Globo-RN
C – Bahia, Botafogo-PB, Altos-PI e Itabaiana/Náutico
D – Ceará, Sampaio Corrêa, Salgueiro e CSA

Em relação às datas, o cenário é preocupante, com o torneio se estendendo até julho, durante a Copa do Mundo, a ser disputada entre 14 de junho e 15 de julho. Pois é, a decisão nordestina acontecerá em 10 de julho, no mesmo dia de uma das semifinais do torneio na Rússia, em São Petersburgo. E a esta altura, o Brasileiro (A e B) já estará na 12ª rodada – começa em meados de abril. Portanto, quem for longe no Nordestão terá missões paralelas de peso.

Datas reservadas para as fases da Lampions
Fase de grupos (6): 17/01, 31/01, 14/02, 11/03, 21/03 e 28/03
Quartas de final (2): 02/05 e 23/05
Semifinal (2): 19/06 e 26/06
Final (2): 03/07 e 10/07

O futebol pernambucano será representado por Salgueiro (vice estadual), Santa Cruz (3º lugar) e Náutico (4º). O carcará estreia no Sertão contra o Ceará, enquanto o tricolor viaja até Aracaju para pegar o Confiança. Caso passe da fase preliminar, o alvirrubro jogaria contra o Altos como mandante. Lembrando que o Sport, campeão estadual em 2017, abdicou da vaga se queixando da premiação do Nordestão, com R$ 22,4 milhões em cotas, e do calendário. No segundo quesito, o clube parece ter um pingo de razão…

Veja o regulamento, já com o critério de classificação de 2019, clicando aqui.

Os cabeças de chave da Copa do Mundo de 1930 a 2018. A Seleção em 19 edições

Os países com o maior número de indicações como "cabeça de chave" na Copa do Mundo. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Ranking da Fifa correspondente a outubro de 2017, a oito meses da Copa do Mundo, é a base oficial para a composição dos oito cabeças de chave do torneio de 2018. À parte da Rússia, sede pela primeira vez e cabeça de chave pela primeira vez, sete países vieram da lista mensal da federação: Alemanha (1º lugar no ranking), Brasil (2º), Portugal (3º), Argentina (4º), Bélgica (5º), Polônia (6º) e França (8º). O critério técnico adotado, apenas com o ranking, mudou o perfil histórico dos principais países na disputa.

Na compilação de 1930 a 2018, sem surpresa, os oito campeões mundiais são justamente as oito seleções mais apontadas nos sorteios como cabeças de chave. No 21º Mundial, considerando todos os ex-campeões presentes, quatro não serão cabeças de chave. Ou seja, Espanha (11º), Inglaterra (15º), Uruguai (16º) e Itália (17º) devem surgir em prováveis grupos da morte.

À parte do desempenho em campo, o status para o país-sede é regra. Em todas as edições, o anfitrião só não foi escolhido pela federação que controla o futebol como um dos líderes prévios dos grupos em três oportunidades (1954, 1958 e 1970). Em 2022, no Catar, o regulamento deve ser mantido. Já a partir de 2026 o torneio terá 48 seleções, dobrando o nº de grupos…

Indicações dos 122 cabeças de chave nos Mundiais:
1930 (5) – Argentina, Brasil, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai
1934 (8) – Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Holanda, Hungria, Itália e Tchecoslováquia
1938 (8) – Alemanha, Brasil, Cuba, França, Hungria, Itália, Suécia e Tchecoslováquia
1950 (4) – Brasil, Inglaterra, Itália e Uruguai
1954 (8) – Áustria, Brasil, França, Hungria, Inglaterra, Itália, Turquia e Uruguai
1958  – sem cabeças de chave
1962 (4) – Argentina, Brasil, Chile e Uruguai
1966 (4) – Alemanha, Brasil, Inglaterra e Itália
1970 – sem cabeças de chave
1974 (4) – Alemanha, Brasil, Itália e Uruguai
1978 (5) – Alemanha, Argentina, Brasil, Holanda e Itália
1982 (6) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Inglaterra e Itália
1986 (6) – Alemanha, Brasil, França, Itália, México e Polônia.
1990 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Inglaterra e Itália
1994 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Estados Unidos e Itália
1998 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Holanda, Itália e Romênia
2002 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, França, Itália e Japão
2006 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Inglaterra, Itália e México
2010 (8) – Alemanha, África do Sul, Argentina, Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra e Itália
2014 (8) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Colômbia, Espanha, Suíça e Uruguai
2018 (8) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, França, Polônia, Portugal e Rússia

Ranking de indicações como cabeça de chave:
19 – Brasil
15 – Alemanha e Itália
13 – Argentina
7 – França e Inglaterra
6 – Espanha e Uruguai
4 – Bélgica e Holanda
3 – Hungria
2 – Áustria, Estado Unidos, México, Polônia e Tchecoslováquia
1 – África do Sul, Colômbia, Chile, Coreia do Sul, Cuba, Japão, Paraguai, Portugal, Romênia, Rússia, Suécia, Suíça e Turquia

Evolução dos critérios para a escolha dos cabeças de chave:
Decisão do comitê organizador: 1930, 1934, 1938, 1962 e 1966
Recomendação da CBD (precursora da CBF): 1950
Sorteio: 1954
Sem cabeça de chave: 1958 e 1970
Votação: 1974
Histórico técnico e posição geográfica: 1978, 1982 e 1986
Performance nas Copas anteriores: 1990 e 1994
Performance nas Copas anteriores + ranking: 1998, 2002 e 2006
Ranking da Fifa: 2010, 2014 e 2018

Seleção Brasileira faturou R$ 70 milhões como mandante nas Eliminatórias de 2018

Eliminatórias da Copa 2018, em 10/10/2017: Brasil 3 x 0 Chile. Foto: divulgação

A Canarinha encerrou as Eliminatórias da Copa de 2018 com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Uruguai. Na última rodada, no Allianz Parque, o moderno estádio do Palmeiras, a Seleção goleou o Chile, deixando o atual bicampeão da Copa América fora do Mundial da Rússia. A tranquila vitória manteve o país como o único sul-americano invicto como mandante no qualificatório e também estabeleceu a maior renda do futebol no Brasil. O dado desconsidera o Mundial de 2014, pois a Fifa não divulgou os borderôs.

Com R$ 15 milhões, o jogo superou a final da Libertadores de 2013, entre Atlético-MG e Olimpia do Paraguai. Na ocasião, a partida em Belo Horizonte proporcionou uma arrecadação de R$ 14 mi. Essa renda recorde mostra o quanto a participação nas Eliminatórias, utilizando apenas as arenas com “Padrão Fifa”, turbinou o caixa da CBF. A entidade faturou R$ 70 milhões! Embora não detalhe o percentual repassado a cada operador dos estádios, é possível aferir um desconto de 8%, o valor entregue ao Corinthians na apresentação anterior em São Paulo. Ou seja, a confederação teria ficado com 92%, ou R$ 64,4 milhões líquidos. E, de fato, o torcedor pagou caro para produzir esta receita. No Allianz Parque, com valores semelhantes aos da Copa do Mundo realizada no país, o tíquete médio foi de R$ 368.

A gestão desse recurso, lembrando, fica a cargo de Marco Polo Del Nero…

Público total: 371.897 (média de 41.321 torcedores) 
Renda total: R$ 70.073.561 (média de 7.785.951 reais) 
Tíquete médio: R$ 188,42
Campanha: 9 jogos; 8 vitórias, 1 empate e nenhuma derrota; 26 GP e 4 GC

Eis o ranking de bilheteria nos jogos da Seleção nas Eliminatórias de 2018.

Balanço da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa 2018 jogando no Brasil. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Seguindo com a evolução cronológica dos públicos da Canarinha, com a taxa de ocupação dos estádios. A maior foi em São Lourenço da Mata, com 98,17% dos 45.845 cadeiras vermelhas ocupadas – curiosamente, no único empate no país. A menor ocorreu em Fortaleza, com índice de 60,98%.

Evolução dos públicos nos jogos da Seleção Brasileira como mandante nas Eliminatórias da Copa 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A escalada cronológica sobre o preço dos ingressos vai da média de R$ 69 na estreia até R$ 368 na despedida do qualificatório da Fifa. As quatro menores rendas foram no Nordeste. Por outro lado, as maiores bilheterias foram registradas com a Seleção em grande fase, já sob comando de Tite.

Evolução das bilheterias nos jogos da Seleção Brasileira como mandante nas Eliminatórias da Copa 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As probabilidades de rebaixamento e acesso a 10 rodadas do fim da Série B

As projeções de campanha para acesso e rebaixamento na Série B de 2017 após 28 rodadas. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Faltando apenas dez rodadas para o fim da Série B do 2017, chegou a hora de reapresentar as probabilidades sobre acesso e descenso de cada um dos vinte participantes. Considerando as 280 partidas disputadas na competição de acesso à elite do futebol nacional, vamos às estatísticas de três sites especializados no assunto: Chance de GolInfobola e UFMG, através do departamento de matemática da universidade mineira.

A partir de cálculos sobre o desempenho em casa, histórico em confrontos e campanha atual, o Chance de Gol e a UFMG também projetam as pontuações finais necessárias, com os percentuais que dão mais “garantia” a cada opção. Na segunda divisão, a média histórica de pontuação para o acesso (4º lugar), considerando as onze edições nos pontos corridos, é de 63 pontos. Nesta temporada, essa campanha tem, na pior das hipóteses, 76% de confiança. Em relação ao rebaixamento, o índice histórico para escapar, na 16ª posição, é de “45,18″. Arredondando para 45, significaria 83% de chance de sucesso.

Veja as classificações da Série B após a 28ª rodada clicando aqui.

Náutico
Acesso: 0% a 0,009%
Rebaixamento: 93,3% a 95,2%

Santa Cruz
Acesso: 0% a 0,009%
Rebaixamento: 76,4% a 76,5%

Decisão da Série C entre CSA e Fortaleza garante título nacional ao NE após 4 anos

CSA x Fortaleza, a final da Série C de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Após quatro temporadas, o futebol nordestino volta a conquistar uma das cinco taças nacionais disputadas anualmente. Um triunfo antecipado, através da final da Série C entre CSA e Fortaleza. Curiosamente, na última vez foi num cenário semelhante, com a final nordestina entre Santa Cruz e Sampaio.

Já classificados à segundona de 2018, os finalistas saíram em vantagem no primeiro jogo da semi. Na volta, o tricolor cearense abriu o placar no Castelão (de São Luís), praticamente assegurando a vaga. Tomou a virada do Sampaio, mas ainda assim avançava. Nos descontos, empatou e festejou. Cobrando um pênalti, o São Bento venceu no Rei Pelé aos 45 do 2º tempo, devolvendo o revés na ida. Porém, o azulão alagoano se garantiu na disputa de pênaltis.

Agora, uma decisão inédita, com a ida em Fortaleza e a volta em Maceió.

O vencedor será o 8º clube da região a conquistar um campeonato nacional, independentemente da divisão. E olhe que os dois já tentaram bastante, com quatro vices para cada um. Chegou a hora de um deles mudar essa história…

Campanhas na Série C de 2017
CSA – 22 jogos; 11V, 8E e 3D; 25 GP e 13 GC
Fortaleza – 22 jogos; 9V, 7E e 6D; 25 GP e 18 GC

Os oito vice-campeonatos nacionais…

Fortaleza
1960 – Taça Brasil (vs Palmeiras-SP)
1968 – Taça Brasil (vs Botafogo-RJ)
2002 – Série B (vs Criciúma-SC)
2004 – Série B (quadrangular)

CSA
1980 – Série B (vs Londrina-PR)
1982 – Série B (vs Campo Grande-RJ)
1983 – Série B (vs Juventus-SP)
2016 – Série D (vs Volta Redonda-RJ)

Podcast – A análise das derrotas de Náutico e Santa Cruz na Segundona

Série B 2017, 28ª rodada: Goiás 2 x 0 Náutico (Goiás/facebook) e Santa Cruz 0 x 1 América Mineiro (Santa Cruz/site oficial)

Nenhum gol marcado, duas derrotas e a presença no Z4. Valendo pela 28ª rodada da Série B, alvirrubros e tricolores perderam partidas essenciais. Um num confronto direto e o outro atuando como mandante. O 45 minutos comentou as duas apresentações em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais. Terminando, claro, com as respectivas situações na tabela. Ao todo, 48 minutos de podcast. Ouça!

06/10 – Goiás 2 x 0 Náutico (24 min)

07/10 – Santa Cruz 0 x 1 América-MG (24 min)

Classificação da Série B 2017 – 28ª rodada

A classificação da 28ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesporte2

Os dois representantes pernambucanos já estavam no Z4 do Campeonato Brasileiro, mas as derrotas na 28ª rodada potencializaram bastante a situação já delicada, com o fantasma da Série C cada vez mais assustador. No sábado, o alvirrubro perdeu um confronto direto no Serra Dourada. Ainda na vice-lanterna, o time estava a 8 pontos do 16º colocado, o primeiro fora da zona. Agora está a 11. No dia seguinte, o tricolor perdeu no Arruda, resultando num aumento considerável para sair da atual situação. Manteve-se em 18º, mas agora a 5 pontos do do 16º. Ou seja, o time precisa de, no mínimo, duas rodadas perfeitas para deixar a zona de rebaixamento. Faltam apenas dez.

No G4, o Ceará foi a novidade na semana, trocando de lugar com o Vila Nova. Graças à vitória no confronto direto, em jogo disputado no Castelão.

Resultados da 28ª rodada
Ceará 2 x 0 Vila Nova
Paraná 1 x 0 Internacional
Brasil 1 x 0 Juventude
Boa 1 x 2 Paysandu
CRB 1 x 0 ABC
Goiás 2 x 0 Náutico
Oeste 3 x 0 Guarani
Criciúma 2 x 1 Londrina
Luverdense 3 x 0 Figueirense
Santa Cruz 0 x 1 América 

Balanço da 28ª rodada
8V dos mandantes (16 GP) e 2V dos visitantes (4 GP)

Agenda da 29ª rodada
09/10 (20h00) – Internacional x Brasil (Beira-Rio), SporTV*
13/10 (19h15) – Paysandu x CRB (Curuzu), SporTV*
13/10 (20h30) – Paraná x Criciúma (Durival Britto)
13/10 (21h30) – Juventude x Londrina (Alfredo Jaconi), SporTV*
14/10 (16h30) – Figueirense x Santa Cruz (Orlando Scarpelli), Globo*
14/10 (16h00) – América x Luverdense (Independência)
14/10 (16h30) – Vila Nova x Goiás (Serra Dourada), SporTV*
14/10 (16h30) – ABC x Boa (Arena das Dunas)
14/10 (19h00) – Oeste x Ceará (Arena Barueri)
14/10 (19h00) – Náutico x Guarani (Lacerdão)
* Considerando as transmissões para o Recife, fora o Premiere (PPV)