Central proíbe uso de camisas de outros times nos setores reservados ao clube

Comunicado do Central sobre camisas de outros times no setor destinado à torcida alvinegra. Crédito: Central/twitter (@centraloficial)

Remo em 2013, Chapecoense em 2014 e ABC em 2017. Esses são alguns dos clubes periféricos do país, à parte do eixo SP-RJ-MG-RS, que proibiram o acesso de camisas de outros times em setores reservados às suas torcidas em seus jogos. Em todos os casos, a segurança foi tratada como questão de primeira ordem, embora a medida também tenha sido uma forma de brecar a concorrência sobre a preferência clubística, várias vezes dividida.

Polêmica ou não, a medida já havia chegado há alguns anos de forma velada no Recife, onde quase não se vê camisas de times brasileiros dentro dos setores destinados às torcidas de Náutico, Santa e Sport – acredite, camisas do Fla, por exemplo, já foram vistas na arquibancada da Ilha. Marcando o seu território, ‘visando preservar o bem estar do torcedor alvinegro’, o Central emitiu um comunicado sobre o jogo contra o Náutico, em 21/01, vetando o acesso de pessoas com uniformes de outros times (brasileiros e estrangeiros) aos setores da Rua Campos Sales, as sociais e cadeiras do Lacerdão. Em Caruaru, o alvinegro enfrenta um cenário pesado em termos de preferência no futebol. Desconsiderando a hipótese (real) de torcedores mistos, a patativa teria 7% da preferência, dado da última pesquisa realizada lá, há quatro anos.

Você concorda com o veto de camisas de outros times dentro do seu setor?

Entre os dias 4 e 5 de janeiro de 2014, o instituto Plural Pesquisa ouviu 400 pessoas em Caruaru, com margem de erro de 4,9%. Abaixo, os percentuais dos times mais citados, já com a projeção absoluta das torcidas, a partir da estimativa do IBGE na época, com 337.416 moradores na capital do agreste.

Pesquisa de torcida em Caruaru (2014)
1º) Sport – 17% (57.360)
2º) Corinthians – 13% (43.864)
3º) Santa Cruz – 8% (26.993)
4º) Central – 7% (23.619)
4º) Palmeiras – 7% (23.619)
6º) Náutico – 5% (16.870)
7º) São Paulo – 4% (13.496)
8º) Flamengo – 2% (6.748)
9º) Porto – 1% (3.374)

Todo Duro x Reginaldo Holyfield, o filme

A 7ª luta entre Reginal Holyfield e Luciano Todo Duro, em 2015. Crédito: reprodução do filme 'A Luta do Século'

Em 12 de agosto de 2015, cinco mil pessoas foram ao Clube Português, no Recife, para assistir a uma luta de boxe entre dois cinquentões. Essa gente toda cresceu vendo a maior rivalidade do pugilismo nacional, com sete lutas ao longo de 22 anos, movendo os dois estados mais populosos do Nordeste.

Por Pernambuco, Luciano Torres, o ‘Todo Duro’. Pela Bahia, Reginaldo Andrade, o ‘Holyfield’. Viveram do boxe, no limite de suas forças, até mesmo em disputas na tevê. No ato final, ainda carismáticos, mas com a técnica e a força já ficando de lado, viraram personagens de um filme. Sobre as suas próprias vidas, estraçaiadas e esbagaçadas. A partir dos bastidores do 7º duelo, o diretor Sérgio Machado escreveu o roteiro e dirigiu o documentário ‘A Luta do Século’, premiado no Festival de Cinema do Rio, em 2016.

Um trecho da sinopse:
“O documentário narra a trajetória dos pugilistas Reginaldo Holyfield e Luciano Todo Duro, que encontraram no boxe uma maneira de escapar da miséria e tornaram-se dois dos maiores ídolos do esporte nordestino”

Enfim, saiu o trailer para o público… Assista e viaje no tempo da resenha.

Quanto a Todo Duro, com 4 x 3 no histórico de embates, trata-se da segunda incursão audiovisual. Em 2011 foi lançado o documentário ‘Vou Estraçaiá’, de Tiago Leitão, focado apenas na carreira do lutador pernambucano

Luciano Torres ‘Todo Duro’ x Reginaldo Andrade ‘Holyfield’
1993 – Todo Duro (por pontos) – Recife/PE
1997 – Holyfield (nocaute no 7º assalto) – Salvador/BA
1998 – Holyfield (nocaute no 5º assalto) – Salvador/BA
2001 – Todo Duro (nocaute no 2º assalto) – Recife/PE
2002 – Todo Duro (nocaute no 7º assalto) – Salvador/BA
2004 – Holyfield (por pontos) – Barreiras/BA
2015 – Todo Duro (por pontos) – Recife/PE

Retrospecto: 7 lutas; 4 vitórias de Todo Duro (2 K.O.) e 3 de Holyfield (2 K.O.)

A ampliação da capacidade de público no Arruda e Ilha em 2018. Redução na Arena

Arruda, Arena Pernambuco e Ilha do Retiro. Crédito: Google Maps

A capacidade oficial de público dos três maiores estádios de Pernambuco sofreram alterações para a temporada de 2018. Embora nenhum lance de arquibancada tenha sido construído (ou demolido), a variação ocorreu devido às análises de engenharia, vigilância sanitária, segurança e bombeiros, com laudos anuais. Segundo os documentos, à  disposição no site da FPF, o Arruda e a Ilha foram ‘ampliados’, enquanto a Arena Pernambuco teve uma redução mínima, mesmo atendendo a todas as exigências possíveis.

No caso da Ilha, é o segundo seguido com aumento, após a drástica redução por medida de segurança. De 27.435 em 2016, passou para 29 mil em 2017 e agora 30 mil em 2018, com o aumento registrado nos setores de arquibancada frontal (+500) e geral da torcida mandante (+500). Ainda assim, o dado segue abaixo da capacidade máxima segundo o cadastro da CBF, de quase 33 mil espectadores. Já no Arruda, uma mudança dupla. Primeiro na capacidade liberada para a temporada, com mais 5 mil lugares no anel superior, chegando a 55 mil no total. A segunda é na própria capacidade oficial, segundo a engenharia, voltando aos 60.044 lugares – a medição da Fifa desde 2012

Por que há diferença entre a capacidade liberada e a capacidade oficial na Ilha e no Mundão? Isso começou em 25 de setembro de 2015, quando os bombeiros emitiram atestados sobre o José do Rego Maciel e o Adelmar da Costa Carvalho, reduzindo ambos. No ano seguinte, Santa Cruz e Sport se reuniram com o Ministério Público para formular um plano escalonado de reformas. Mediado pela Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor, o prazo vai até o fim deste ano. Já a Arena Pernambuco mantém os 45.845 assentos vermelhos, mas há uma restrição no “projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico”, reduzindo em 345 lugares, sem especificar.

A seguir, as capacidades setorizadas dos principais palcos…

No fim, a capacidade dos estádios autorizados para o Estadual de 2018, com Náutico e Acadêmica Vitória mandando as suas partidas na arena.

Arruda (55.582 lugares autorizados em 2018)
Anel inferior – 21.400
Anel superior – 20.000
Sociais – 6.100
Sociais ampliação – 1.200
Cadeiras – 5.950
Camarotes/conselho/tribuna – 932
Capacidade em 2017: 50.582 lugares (ampliação de 5.000)
Capacidade oficial: 60.044 lugares (redução de 4.462)

Arena Pernambuco (45.500 lugares autorizados em 2018*)
Anel inferior (nível 1)  – 18.831
Camarote (nível 2) – 1.726
Camarote (nível 3) – 1.995
Anel superior (nível 4)  – 23.293
Capacidade oficial (idem em 2017): 45.845 lugares (redução de 345)
* Não há a informação sobre qual setor seria reduzido

Ilha do Retiro (30.000 lugares autorizados em 2018)
Arquibancada frontal (frontal e curva do placar) – 8.029
Arquibancada sede (tobogã e curva da sede) – 5.452
Arquibancada do placar (visitante) – 2.900
Sociais – 3.500
Cadeira central – 5.311
Cadeira ampliação – 2.050
Assento especial – 2.076
Camarotes/conselho – 682
Capacidade em 2017: 29.000 lugares (ampliação de 1.000)
Capacidade oficial: 32.983 lugares (redução de 2.983)

A capacidade dos estádios liberados para o Pernambucano 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Em Arcoverde, o Sport faz estreia ruim no Estadual e fica no 0 x 0 com o Flamengo

Pernambucano 2018, 1ª rodada: Flamengo de Arcoverde x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Sem a Copa do Nordeste no calendário, por decisão própria, o Sport tem o foco todo voltado para o Campeonato Pernambucano neste início de temporada. Com um investimento muito acima dos dez adversários, com a folha de pagamento correspondendo a 74% de toda a competição, o rubro-negro entra, sim, como franco favorito. Como contrapartida, devido à distância técnica, a pressão sobre qualquer resultado. E na estreia do Estadual de 2018 largou com um empate em 0 x 0 com o Flamengo de Arcoverde.

Um resultado justo, numa partida na qual o mandante teve muita entrega, não permitindo qualquer criação dos leoninos, com poucas chances na noite sertaneja. Na prática, duas cobranças de escanteio bem fechadas de Marlone e alguns arremates de fora da área. Isso no primeiro tempo, pois na volta do intervalo o futebol do Sport caiu. No decorrer, Nelsinho fez as três mudanças, promovendo as entradas do atacante Lenis (Índio), do lateral Felipe Rodrigues (Fabrício) e do meia Thomás (Marlone). Não surtiu efeito, com André isolado, sem receber um passe decente, e com Rogério bem marcado.

Pernambucano 2018, 1ª rodada: Flamengo de Arcoverde x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Quando ao Fla, um cenário excelente, num confronto que não acontecia há 19 anos. Por sinal, a partida no estádio Áureo Bradley mobilizou o município, com todos os 3 mil ingressos vendidos, proporcionando uma renda de R$ 173,5 mil – com tíquete médio de R$ 57 (!). A resposta do público, apesar do ingresso salgado, mostra o quanto fazia falta jogos deste porte no interior. Com a grana, a fera garante no mínimo duas folhas (R$ 60 mil/mês). Ou seja, uma torcida rubro-negra saiu comemorando nesta rodada de abertura.

Os confrontos na história
12/01/1997 – Flamengo 2 x 1 Sport (Arcoverde) – Amistoso
02/05/1997 – Flamengo 0 x 0 Sport (Arcoverde) – Estadual
03/04/1997 – Sport 2 x 2 Flamengo (Ilha do Retiro) – Estadual
01/03/1998 – Flamengo 0 x 3 Sport (Arcoverde) – Estadual
14/03/1999 – Flamengo 1 x 3 Sport (Arcoverde) – Estadual
17/01/2018 – Flamengo 0 x 0 Sport (Arcoverde) – Estadual

Retrospecto: 2 vitórias do Sport, 3 empates e 1 vitória do Fla

Pernambucano 2018, 1ª rodada: Flamengo de Arcoverde x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

As folhas do Pernambucano 2018 chegam a R$ 4,56 milhões, com 74% no Sport

As folhas de pagamento dos clubes no Pernambucano de 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Os cerca de 300 atletas profissionais inscritos no Campeonato Pernambucano de 2018 vão custar cerca de R$ 4,566 milhões a cada mês, somando as folhas de pagamento dos onze clubes participantes. Numa média bruta, cada jogador receberia R$ 15 mil, com as despesas com remunerações de cada agremiação ficando na casa de R$ 415 mil. No entanto, a realidade mostra uma disparidade financeira sem igual no futebol local, superconcentrada – possivelmente, uma das maiores já vistas no cenário nacional também.

As folhas de pagamento no Pernambucano 2018 (% sobre o total)
R$ 3.400.000 – Sport (74,6%), Série A
R$ 250.000 – Santa Cruz (5,4%), Série C
R$ 200.000 – Náutico (4,3%), Série C
R$ 150.000 – Salgueiro (3,2%), Série C
R$ 120.000 – Vitória (2,6%), sem divisão
R$ 100.000 – América (2,1%), sem divisão
R$ 100.000 – Central (2,1%), Série D
R$ 70.000 – Afogados (1,5%), sem divisão
R$ 60.000 – Belo Jardim (1,3%), Série D
R$ 60.000 – Flamengo (1,3%), Série D
R$ 56.000 – Pesqueira (1,2%), sem divisão

Presente na Série A, duas divisões acima dos concorrentes mais próximos, o Sport deve ter uma folha de R$ 3,4 milhões, o que corresponde a 3/4 de todos os vencimentos previstos na competição – restando R$ 1,166 mi para as outras dez equipes. E olhe que o rubro-negro reduziu em 25% a sua despesa em relação ao último Brasileirão – a venda de Diego Souza influenciou neste dado. Por sinal, as folhas dos rivais tradicionais não chegam ao que DS87 ganhava na Ilha. À parte do leão, cujo número é uma apuração, os demais foram informados pelos próprios clubes, com Santa e Náutico estimando o gasto devido à nova realidade, na Série C, e os intermediários detalhando as folhas ao Superesportes. Durante os quatro meses de disputa, entre janeiro e dezembro, a competição vai demandar R$ 18,2 milhões em salários.

Em 2011, no começo da década, as folhas no Estadual foram as seguintes…
R$ 800 mil, Sport (Série B)
R$ 450 mil, Náutico (Série B)
R$ 200 mil, Santa Cruz (Série D)

Passados sete anos, eis as variações para a edição de 2018…
+ R$ 2,6 milhões (+325%), Sport (Série A)
– R$ 250 mil (-55%), Náutico (Série C)
+ R$ 50 mil (+25%), Santa Cruz (Série C)

Embora o abismo financeiro fomente um favoritismo ao Sport, o torneio de 2011 mostra que é possível a superação. Desta vez, terá que ser bem maior…

Taxa de arbitragem no Estadual 2018 vai de R$ 2,7 mil a 13,7 mil. O mandante paga

As taxas de arbitragem para o mata-mata decisivo do Estadual 2018. Crédito: FPF/reprodução

Além da taxa de 8% sobre a renda bruta dos jogos, a FPF ainda cobra outros encargos aos clubes no Campeonato Pernambucano. Em 2018, os mandantes precisam pagar por inúmeros serviços administrativos a cada partida, com estruturas distintas a partir das fases ou clubes envolvidos. A formação mais básica envolve os jogos entre intermediários, com a arbitragem, o delegado do jogo e um assessor, enquanto a mais complexa (e cara) é a da final, com oito funções: árbitro, dois assistentes, 4º árbitro, delegado de arbitragem, delegado do jogo, supervisor de protocolo e assessor de protocolo.

Soma das taxas de arbitragem em cada jogo
Semifinal e final – de R$ 11.985 a R$ 13.774
Clássicos/3º lugar – de R$ 9.809 a R$ 11.257
Mando dos grandes (turno) – de R$ 5.946 a R$ 6.279
Mando dos intermediários (turno) – de R$ 2.705 a R$ 2.955

Como indicam as reproduções do documento emitido pela federação pernambucana de futebol, cada partida é precificada de uma forma, inclusive pelo nível dos árbitros escalados. Logo, os valores da final podem chegar a 11 mil reais de diferença sobre os do turno, de R$ 2,7 mil a R$ 13,7 mil – no caso dos assistentes, a cota equivale a 60% do valor pago ao árbitro, com o 4º árbitro tendo 30% no mesmo modelo. Em comparação com o ano passado, um aumento de 2,9%. Não para aí. Também há a despesa com diárias para os árbitros, com valores pré-determinados pela cidade da partida, tendo o Recife como marco zero (e R$ 40). A diária mais alta é a de Salgueiro, R$ 210.

A responsabilidade de pagamento do mandante, detalhada no artigo 19 no regulamento do Estadual, não é regra geral. Num viés local, basta dizer que na Copa do Nordeste as taxas de arbitragem são pagas pela CBF. No estado, os valores foram estipulados pela diretoria de competições da federação e pela comissão de arbitragem. No documento de 2 de janeiro, as assinaturas dos respectivos diretores, Murilo Falcão e Emerson Sobral.

Na nova fórmula, cada time joga 5 vezes como mandante e 5 como visitante no turno. Descontando os 3 clássicos, o quadro abaixo vale para 12 jogos

As taxas de arbitragem para os jogos com mando dos grandes (no turno) do Estadual 2018. Crédito: FPF/reprodução

O quadro mais barato contempla 8 times, à parte do Trio de Ferro. A escala vale inclusive para confrontos contra os próprios grandes. Ao todo, 40 partidas

As taxas de arbitragem para os jogos com mando dos intermediários (no turno) do Estadual 2018. Crédito: FPF/reprodução

Transmissão do Estadual segue na Globo de 2019 a 2022, com luvas de R$ 1 milhão

Lançamento do Campeonato Pernambucano de 2018, na sede da Globo Nordeste, na Rua da Aurora. Foto: Lucas Liausu/Globo (cortesia)

O Campeonato Pernambucano chegará a 23 anos seguidos na tela da Globo Nordeste. Consequência da renovação do contrato de transmissão, agora de 2019 a 2022. O acordo foi confirmado ao blog pelo diretor-geral do canal, Iuri Leire, durante o lançamento do Estadual 2018, na sede da emissora.

“Está assinado o contrato, por mais quatro anos. Nos mesmos moldes”

Sobre os tais moldes: o contrato engloba as cinco plataformas possíveis, com tevê aberta, tevê fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet.

Com a notícia, o blog apurou o bastidor do contrato, que tinha o Sport como única pendência, uma vez que Santa Cruz e Náutico chegaram a um acordo com a emissora ainda em 2017. Além do reajuste desconhecido (em relação à cota anual vigente, de R$ 950 mil), cada clube recebeu R$ 1 milhão de luvas. Embora o leão tenha demorado a firmar a renovação, isso não significa uma cota diferenciada, maior, pois a Globo prometera aos outros dois grandes clubes locais repasses igualitários. Ou seja, se o rubro-negro conseguiu ampliar o valor, as cotas de alvirrubros e tricolores devem ser revisadas.

Essa negociação individual foi uma novidade neste processo, ao contrário dos dois contratos anteriores (2010-2014 e 2015-2018), com a FPF à frente do processo. A pedido do Trio de Ferro, o presidente Evandro Carvalho autorizou as negociações à parte, com a federação articulando apenas os valores dos times intermediários. Por sinal, pela proposta, cada time intermediário teria ao menos um jogo televisionado – uma vez que o nº de partidas deve influenciar. 

Obs. Sobre a cota dos grandes, a correção do valor-base do contrato vigente através do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), como preza o contrato, dá R$ 1.119.690 em 2018. Logo, o novo acordo deve partir, no mínimo, daí.

Transmissões regulares do Campeonato Pernambucano
1998 – SporTV (tv fechada)
1999 – TV Pernambucano (tv aberta)

2000-2010 – Globo NE (tv aberta)
2011-2012 – Globo NE (tv aberta) e Premiere (PPV)
2013-2022 – Globo NE (tv aberta), Premiere (PPV) e Globo Internacional

Lançamento do Campeonato Pernambucano de 2018, na sede da Globo Nordeste, na Rua da Aurora. Foto: Cassio Zirpoli/DP

O plano comercial do Estadual 2018, com alcance de 2,2 milhões de telespectadores

Capa do plano comercial do Pernambucano 2017. Crédito: reprodução

A capa do plano comercial do Pernambucano 2018. Slogan ousado…

A média de público no Campeonato Pernambucano de 2017 foi a segunda pior desde que a FPF passou a contabilizar os dados, há 28 anos. Com índice de 2.402 espectadores, só ficou à frente de 1997, com 2.080. Mesmo considerando apenas a fase principal, a partir do hexagonal do título, o dado foi ruim, com 4.808. Agora, o contraponto. Arquibancadas vazias e muita gente sintonizada diante da televisão. As transmissões da Globo Nordeste, 13 ao todo, tiveram uma audiência média de 2,2 milhões de telespectadores, número revelado durante o evento de lançamento do Estadual 2018, na sede da emissora. O blog analisa os planos comerciais da competição desde 2010. Durante sete anos, os dados da audiência consideraram o Grande Recife, a área de maior atuação, variando de 524 mil a 974 mil pessoas/jogo. Desta vez, o relatório trouxe os números do estado, considerando todos os municípios cobertos pela Globo Nordeste (Região Metropolitana e Zona da Mata), TV Asa Branca (Agreste) e TV Grande Rio (Sertão).

Aqui, alguns registros do plano comercial oficial, com as audiências de todos os jogos exibidos em 2017, com a decisão entre Sport e Salgueiro, no Cornélio de Barros, alcançando 41,9 pontos, de acordo com a medição do canal. O ‘share’ daquela partida indica que a cada 100 televisões ligadas no horário, 70 estavam sintonizadas na peleja. É bastante coisa, levando à reflexão sobre o porquê de tanta audiência num torneio tecnicamente fraco como foi o último. Então, imagine num campeonato mais organizado…

Audiência média do Pernambucano na TV aberta
2010 – 541 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2011 – 526 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2012 – 524 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2013 – 555 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2014 – 696 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2015 – 974 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)*
2016 – 700 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2017 – 2,2 milhões de telespectadores (Pernambuco, 186 municípios)

* Não foram divulgados dados exclusivos do Estadual, mas o balanço entre o Pernambucano e o Nordestão

As maiores audiências da história da Globo NE no Estadual (Grande Recife)
1.153.620 – Sport 1 x 0 Náutico (05/05/2010, final)
1.050.763 – Sport (5) 1 x 0 (3) Santa Cruz (13/04/2014, semifinal)
1.040.976 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (15/2011, final)

As 4 maiores audiências de 2017 foram nos mata-matas. Curiosamente, em 2018 a fórmula ampliou a fase eliminatória, agora com quartas de final

As maiores audiências do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: Plano comercial do Estadual 2018/FPF

Apesar da vantagem na audiência, numa comparação proporcional com o Paulistão e o Carioca, o dado local utilizado na arte foi o da decisão. Distorceu

A audiência do Pernambucano 2017. Crédito: Plano Comercial do Estadual 2017/FPF

A seguir, as propostas de propaganda para 2018 e as ações planejadas para promover a competição. Naming rights, exposições, redes sociais etc.

O plano comercial do Pernambucano 2018. Crédito: reprodução

O plano comercial do Pernambucano 2018. Crédito: reprodução

O perfil dos telespectadores da TV Jornal e Globo NE, entre Nordestão e Estadual

Os horários nobres da TV Jornal (terça) e Globo Nordeste (quarta) para o futebol regional em 2018. Crédito: reprodução

20 anos da ausência de futebol local na TV à maior disputa por mercado

Na TV aberta, o último ano com concorrência sobre o futebol pernambucano, em relação à Globo, havia sido 1999. Na época, o locutor Luciano do Valle adquiriu os direitos de transmissão do Campeonato Pernambucano por R$ 600 mil, exibindo os jogos na TV Pernambuco, emissora estatal com histórico de ‘traço’ na audiência – até então, partidas locais passavam de forma esporádica. O sucesso foi estrondoso, chegando a marcar 50 pontos num Clássico das Multidões. Paralelamente a isso, a Copa do Nordeste corria sem exibição, com a Globo Nordeste limitando-se ao Paulista e ao Brasileirão. Como se sabe, a emissora comprou os direitos do Estadual no ano seguinte, pagando R$ 1,92 milhão por quatro edições. Fez o mesmo com o Nordestão, ficando à parte do regional apenas em 2003 e 2010, as edições marcadas pela briga jurídica entre a Liga do Nordeste e a CBF – com vitória da liga.

Pois bem. Passado tanto tempo, surge um cenário incomum, com os dois principais torneios no âmbito regional em sinais abertos distintos no Grande Recife – havendo a ressalva sobre as Série D e C, com alguns jogos do Santa na Nova NE e TV Pernambuco, respectivamente. O Pernambucano segue na Globo. Porém, a Lampions foi parar nas mãos do SBT, com transmissão nos nove estados da região, com o sinal local a cargo da TV Jornal.

Ou seja, líder e vice-líder de audiência na Região Metropolitana do Recife, agora estendida a 4 milhões de habitantes, após a entrada do 15º município, Goiana. Apesar da concorrência – com o Nordestão sendo esportivamente mais importante, frise-se -, os horários a princípio não batem. Na prática, o número de jogos locais poderá dobrar numa semana, chegando a quatro – tendo três como mínimo, sendo 2 na Globo e 1 na TV Jornal. De toda forma, fica a curiosidade sobre a intensidade da cobertura das duas empresas sobre as competições ‘rivais’, uma vez que, comercialmente, são concorrentes de fato na disputa pela atenção de consumidores alvirrubros, rubro-negros e tricolores. Um embate (ético) entre produto e informação.

Em 2017, as decisões dos torneios foram exibidas para o Recife, pois o Sport alcançou a final do Nordestão. Eis os dados dos 4 jogos na tevê aberta:

Pernambucano
833.147 telespectadores (34,3 pontos) – Sport 1 x 1 Salgueiro (07/05, ida)
976.458 telespectadores (40,2 pontos) – Salgueiro 0 x 1 Sport (28/06, volta)

Nordestão
1.107.600 telespectadores (38,2 pontos) – Sport 1 x 1 Bahia (17/05, ida )
1.184.400 telespectadores (41,4 pontos) – Bahia 1 x 0 Sport (24/05, volta)

Abaixo, os perfis dos telespectadores dos canais, considerando a RMR:

TV Jornal (Grande Recife) – 2º lugar no Ibope
Horários dos jogos: terça-feira (21h45) e sábado (16h)
Narrador: Aroldo Costa
Comentarista: Maciel Júnior
Principais clubes envolvidos: Santa, Náutico e Bahia (nº jogos não divulgado)

Chamada para o Nordestão: “O maior campeonato regional do mundo”

Atlas da TV Jornal sobre o Grande Recife. Crédito: TV Jornal/reprodução

Globo Nordeste (Grande Recife) – 1º lugar no Ibope
Horários dos jogos: quarta-feira (21h45) e domingo (16h)
Narrador: Rembrandt Júnior
Comentarista: Cabral Neto
Principais clubes envolvidos: Sport (7 jogos), Santa (4) e Náutico (2)

Chamada para o Pernambucano: “Até que enfim vão começar os Estaduais”

Atlas da TV Jornal sobre o Grande Recife. Crédito: TV Jornal/reprodução

A quarta versão do aplicativo oficial do Pernambucano, na evolução como bolão

O aplicativo oficial do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: Google Play/reprodução

Entre 2013 e 2017, o Campeonato Pernambucano teve três aplicativos oficiais, desenvolvidos pela Look Mobile. Para a edição de 2018, a FPF firmou uma parceria com uma nova empresa de softwares, a Pronto Tecnologia, que opera no RJ, SP e PE. Desta vez, trata-se de uma plataforma de entretenimento – para smartphones e computadores – idealizada para operar com diversas competições, embora o Estadual tenha sido o primeiro da lista. Além de tabela e classificação atualizadas, detalhes dos times, estádios e cidades, o app (gratuito) foca num ‘bolão’, com os usuários tentando acertar os resultados do torneio selecionado, com direito a ranking e premiações. No caso do Estadual, o torcedor, após escolher o seu time, entre os 11 clubes participantes, passa a arriscar o placar rodada a rodada – ao todo, 63 partidas.

Eis a lógica da pontuação no aplicativo ‘Futebol Conectado’:

60 pontos – placar exato
15 pontos – resultado certo (vitória do mandante, do visitante ou empate)
10 pontos – acertar qual clube faz o primeiro gol do jogo (ou 0 x 0 também)
5 pontos – acertar o tempo do primeiro gol (1T, 2T ou 0 x 0 também) 

Bônus em caso de placares exatos na rodada: 3 (200 pts), 4 (500) e 5 (1.000)
Bônus em caso de resultados certos na rodada: 3 (50 pts), 4 (125) e 5 (180)

Em relação aos smartphones e tablets, o aplicativo, na versão 1.0, demanda 52 megas. Já a compatibilidade vai a partir de 4.1 no Android e 8.0 no iOS.

Links para baixar o aplicativo: iOS e Android.

Link para jogar no site: futebolconectado.com.br

Layouts do aplicativo, com capa e menu : 20132014, 2016 e 2018

O aplicativo oficial do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: Google Play/reprodução