Clássico das Multidões, inédito na Copa Sul-Americana e na Arena Pernambuco

Arena Pernambuco com o clássico Sport x Santa Cruz

Em comum acordo, Sport e Santa disputarão o inédito clássico internacional na Arena Pernambuco. Os dois clubes negociaram a Sula com o governo do estado tendo como condição básica a mudança de mando do rival. O anúncio foi feito pelo rubro-negro, que fechou um pacote de quatro jogos na arena, junto à secretaria de turismo, esportes e lazer. Como a confirmação leonina dependia da alteração coral (que ainda não se pronunciou), eis a nova agenda…

Em vez de Arruda em 24 de agosto, Arena.
Em vez de Ilha do Retiro em 31 de agosto, Arena.

Pelo regulamento da Copa Sul-Americana de 2016, na segunda fase o clube é obrigado a ceder 2 mil ingressos à torcida visitante. Isso corresponderia ao anel superior norte, como já vem ocorrendo nos clássicos com mando do Náutico – no post, simulações da divisão do público nos dois jogos. Para elevar a carga, somente em comum acordo. Divisão 50% x 50%? Fantástico e improvável.

Os dois jogos serão realizados em duas quartas-feiras à noite, tendo o mesmo critério de desempate aplicado na Copa do Brasil. Ou seja, o “gol fora” segue.

Já que o governo insistiu para receber o Clássico das Multidões em São Lourenço, tentando viabilizar o empreendimento, que também se mexa para oferecer um esquema diferenciado, na segurança e na mobilidade. Em relação ao policiamento, os cinco confrontos deste ano variaram entre 514 e 1.006 homens. Sobre o transporte, a falta de metrô (após meia-noite) e BRT precisará ser corrigida no histórico embate entre os dois clubes mais populares do estado.

A Arena Pernambuco estava esperando esse clássico há três anos.

Agora, precisa fazer valer a pena a experiência para rubro-negros e tricolores…

Santa Cruz x Sport na Arena Pernambuco

Pokémon GO nos estádios do Recife

Os pokémons nas ruas próximas aos estádios do Recife. Crédito: Cassio Zirpoli/reprodução/PokemonGO

O game Pokémon GO chegou ao Brasil em 3 de agosto de 2016, já como febre mundial e com status de jogo de celular mais popular na história dos Estados Unidos. Atualmente, são 7 milhões de downloads por dia, com os brasileiros dando uma senhora força. Com o estilo de jogo focado na “realidade aumentada”, com cada jogador localizado via GPS (Sistema de Posicionamento Global, na sigla em inglês), as cidades do país foram digitalizadas no game da Niantic. No Recife, monumentos, esculturas e pinturas tornaram-se referências para o Pokémon GO (como “pokéstops”, para reabastecimento de itens, ou “ginásios”, para batalhas online). Neste contexto, estão os estádios de futebol.

O blog fez um levantamento nos quatro principais campos, capturando imagens e mostrando a força aproximada dos monstros mais comuns em cada local. Uma prévia para os usuários. Até porque nas partidas (de futebol) a jogatina nos celulares deverá se tornar bem comum entre os torcedores…

Os próprios clubes já entraram na onda: Náutico, Santa Cruz e Sport.

Aflitos
O Náutico contém três pokéstops em sua área, sendo um deles o próprio estádio. Ou seja, pela localização (por aproximação), apenas pessoas que circulem dentro do clube podem alcançar o ícone. Assim como a sede tombada, um pequeno timbu também foi digitalizado com pokéstop. Na Rua da Angustura, é comum a presença de Weepinbell (força por volta de 205). Em relação à ginásios, o mais próximo fica a duas quadras do clube, na Rua do Futuro.

O cenário do game PokemonGO nos Aflitos. Crédito: Cassio Zirpoli/reproduação/PokemonGO

Arena Pernambuco
Na Zona Oeste, apesar de mapeada pelo game, existem poucos pontos de captura. Um deles é justamente a Arena, em São Lourenço, com um pokéstop e um ginásio de batalha. Pela pouca circulação de pessoas (à parte dos jogos), o nível do ginásio “O Jogador” ainda é baixo. No estacionamento leste é possível encontrar pokémons como Eevee (força 159) e Pidgeotto (força 139).

O cenário do game PokemonGO na Arena Pernambuco. Crédito: Cassio Zirpoli/reproduação/PokemonGO

Arruda
Entre os grandes clubes locais, apenas o Tricolor tem um ginásio de batalhas dentro de sua área. O nome é sugestivo: Mundão do Arruda. Além disso, tem uma pokéstop (da calçada, dependendo do sinal, é possível alcançar) baseada no mural do centenário do Santa Cruz. Sobre os pokémons, é possível encontrar na Rua das Moças tipos básicos como o Bellsprout (força 106).

O cenário do game PokemonGO no Arruda. Crédito: Cassio Zirpoli/reproduação/PokemonGO

Ilha do Retiro
Em termos de área, só perde para a arena (10 hectares x 27 hectares). No Sport existem três pokéstops: entrada do arco e a estátua de Ademir Menezes, acessíveis na rua, e a bola da Copa 2014, dentro do clube. Na Avenida Prefeito Lima Castro, na entrada da arquibancada frontal, é possível encontrar Staryu (força 143). Já o ginásio de batalhas mais próximo fica na Escola Politécnica. Porém, o nível já está alto, com um pokémon de força 2.759 (Dragonite).

O cenário do game PokemonGO na Ilha do Retiro. Crédito: Cassio Zirpoli/reproduação/PokemonGO

Yane Marques, a primeira pernambucana porta-bandeira do Brasil na Olimpíada

Yane Marques no pódio da Olimpíada de 2012, em Londres. Arte: Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco/twitter (@turismo_pe)

Diante de 78 mil pessoas no Maracanã e centenas de milhões na tevê mundo afora, a bandeira brasileira irá tremular à frente de uma delegação recorde na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016. Lá no Rio, uma pernambucana arretada como porta-bandeira. Com 49% dos votos, a pentatleta Yane Marques desbancou os campeões olímpicos Serginho, do vôlei, e Robert Scheidt, da vela, na enquete do globoesporte.com, com o aval do COB, para a eleição do porta-bandeira. Em uma semana, a votação chegou a quase um milhão de participações. Mais precisamente, 961.562.

Nessas bandas, um engajamento maciço, com campanha nas redes sociais, na televisão e até o apoio do Náutico, clube do coração da atleta. Deu certo, com uma escolha histórica. Em 22 participações olímpicas do Brasil, esta é apenas a segunda vez que uma mulher recebe a honra, 16 anos após Sandra Pires. Em termos regionais, recoloca o Nordeste após 84 anos! Sertaneja de Afogados da Ingazeira, de apenas 42 mil habitantes, Yane se aventurou em uma soma improvável de esportes, numa modalidade criada em 1912 pelo idealizador da Olimpíada da era moderna, o barão Pierre de Coubertin.

Esgrima, natação, hipismo, tiro e corrida. Não é preciso ser expert nos cinco, é preciso ser regular. E, acima de tudo, perseverante, para superar a lacuna estrutural no esporte nacional. Vencendo tudo isso, Yane subiu no pódio em Londres, há quatro anos, com o bronze, a 17ª medalha do país naquela edição, um recorde. Com o reconhecimento, do público, ela escreve agora um dos maiores capítulos de sua carreira, e também do desporto pernambucano…

Resultado final da votação para o porta-bandeira
Yane – 49% (471,1 mil)
Serginho – 40% (384,6 mil)
Scheidt – 11% (105,7 mil)

Os porta-bandeiras do Brasil nos Jogos Olímpicos
2016 – Yane Marques (PE, pentatlo moderno)

2012 – Rodrigo Pessoa (França*, hipismo)
2008 – Robert Scheidt (SP, vela)
2004 – Torben Grael (SP, vela)
2000 – Sandra Pires (RJ, vôlei de praia)
1996 – Joaquim Cruz (DF, atletismo)
1992 – Aurélio Miguel (SP, judô)
1988 – Walter Carmona (SP, judô)
1984 – Eduardo Souza Ramos (SP, vela)
1980 – João Carlos de Oliveira (SP, atletismo)
1976 – João Carlos de Oliveira (SP, atletismo)
1972 – Luiz Cláudio Menon (SP, basquete)
1968 – João Gonçalves Filho (SP, polo aquático)
1964 – Wlamir Marques (SP, basquete)
1960 – Adhemar Ferreira da Silva (SP, atletismo)
1956 – Wilson Bombarda (SP, basquete)
1952 – Mário Jorge da Fonseca Hermes (RJ, basquete)
1948 – Sylvio de Magalhães Padilha (RJ, atletismo)
1936 – Sylvio de Magalhães Padrilha (RJ, atletismo)
1932 – Antônio Pereira Lira (PB, atletismo)
1924 – Alfredo Gomes (SP, atletismo)
1920 – Afrânio Antônio Costa (RJ, tiro esportivo)

13 – São Paulo
5 – Rio de Janeiro
1 – Paraíba, Distrito Federal, França* e Pernambuco
* Filho do brasileiro, e também cavaleiro, Nelson Pessoa

Yane Marques, atleta do pentatlo moderno e porta-bandeira brasileira na Olimpíada de 2016. Crédito: Ministério do Esporte/twitter (@minesporte)

Raio X da delegação recorde do Brasil para os Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

A uma semana dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) divulgou um relatório sobre os 465 atletas do país confirmados no evento, sendo 256 homens e 209 mulheres. Gente espalhada entre os 12.500 competidores oriundos das 206 nações filiadas, além do “time de refugiados”. Da delegação verde e amarela, 68% dos convocados vão disputar a Olimpíada pela primeira vez. O perfil médio do Time Brasil, segundo o raio x, é de 1,76m, 73 quilos e 27 anos. Abaixo, o infográfico completo.

Com 15 representantes (13 mulheres e 2 homens), Pernambuco corresponde a 3,2% da delegação. Do estado, vão à Cidade Maravilhosa os seguintes nomes: Keila Costa (saltos em distância e triplo), Érica Sena (marcha atlética), Cisiane Dutra (marcha atlética), Wagner Domingos (lançamento de martelo), Joanna Maranhão (natação, 200m e 400m medley e 200m borboleta), Etiene Medeiros (natação, 50m e 100m livres, 100m costas e revezamentos), Yane Marques (pentatlo moderno), Felipe Nascimento (pentatlo moderno), Teliana Pereira (tênis), Jaqueline (vôlei), Dani Lins (vôlei), Samira Rocha (handebol), Bárbara (futebol), Amanda Araújo (rúgbi) e Cláudia Jaqueline (rúgbi).

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Camisa retrô sobre o cinquentenário do Sport, com o leão fora do escudo

Uniforme do Sport no cinquentenário, em 1955, em 2016, com edição comemorativa. Fotos: Arquivo/DP e Adidas/divulgação

A nova camisa retrô do Sport remete a um dos principais anos da história leonina, 1955. Quando o clube completou 50 anos, festejando a data durante um mês, incluindo a reabertura da Ilha do Retiro, após dois anos de reforma, e culminando com o título estadual. Sob o comando do técnico Gentil Cardoso, o time teve uma linha de frente formada por Traçaia (maior artilheiro leonino, com 202 gols), Naninho (quinto maior goleador, com 105 gols), Gringo, Soca e Geo.

Através da linha Adidas Originals, a camisa de poliéster tem como grande destaque o distintivo singular, com o leão fora do escudo. Na nova versão, um leão menor, até por uma questão de estética, uma vez que o uniforme original do cinquentenário trazia um leão enorme. Por fim, o número 50 nas costas.

Veja os detalhes da nova camisa clicando aqui.

Mesmo sem ser uniforme de jogo em 2016, a camisa chega por R$ 199…

A linha especial também apresenta um boné com o mesmo leão estilizado.

Boné da linha Adidas Originals relembrando o cinquentenário do Sport, em 1955

A tabela definitiva do Troféu Givanildo Oliveira, com oito clássicos em 2016

Troféu Givanildo Oliveira. Crédito: FPF/divulgação

Com o Clássico das Multidões homologado na Copa Sul-Americana, aumentou a lista de jogos para o Troféu Givanildo Oliveira, a disputa comemorativa instituída pela FPF para celebrar o centenário do duelo entre rubro-negros e tricolores, comemorado em 6 de maio de 2016. O regulamento é simples, somando todas as partidas oficiais entre os dois rivais nesta temporada. Inicialmente, havia a possibilidade de 4 a 10 jogos, dependendo do desempenho de cada um. No fim das contas, 8 partidas – só não chegou ao máximo porque não houve a decisão no Nordestão, com o time leonino caindo na semifinal.

O vencedor do troféu, que homenageia o ídolo de ambos (detentor de 16 títulos estaduais), será o clube com mais pontos somados nos confrontos. Em caso em empate na pontuação, a taça ficará em posse da FPF, exposta no salão nobre da sede da entidade, na Boa Vista, uma vez que não há outro critério de desempate, como saldo de gols e gol fora de casa.

Jogos disputados em 2016
21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (Estadual)
10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual)
04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (Estadual)
08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (Estadual)
01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (Série A)

Jogos marcados a disputar
24/08 – Santa Cruz x Sport (Sul-Americana)*
31/08 – Sport x Santa Cruz (Sul-Americana)*
11/09 – Sport x Santa Cruz (Série A)
* As datas ainda serão confirmadas pela Conmebol

Classificação após 5 jogos
8 pontos – Sport
5 pontos – Santa Cruz

Para dar Sport
Com três pontos de vantagem, o Leão precisa, nos jogos restantes, de três empates ou, pelo menos, uma vitória e um empate. Curiosidade: como no Estadual, “decidirá” na Ilha.

Para dar Santa Cruz
A missão tricolor é complicada. Para levar a troféu, necessita somar ao menos sete pontos nos três jogos restantes. Logo, duas vitórias e um empate ou três vitórias seguidas.

Para ficar com a FPF
Como a regra prevê a posse “neutra”, existem duas situações de empate, com 10 x 10 ou 11 x 11. Ou seja, dois empates e uma vitória coral ou uma vitória leonina e duas vitórias corais.

Troféu Givanildo Oliveira será entregue na Ilha, em 11 de setembro. Sport ou Santa?

Troféu Givanildo Oliveira, em homenagem ao centenário do Clássico das Multidões. Crédito: FPF/divulgação

O Troféu Givanildo Oliveira foi revelado pela FPF, seguindo o conceito adotado pela entidade neste ano, com taças de fato, sem invenções artísticas. Não por acaso, lembra a taça do Estadual de 2016, conquistada pelo Santa em cima do Sport. Em relação à nova disputa das multidões, a peça prateada de 50 cm traz na base o nome “Clássico Centenário Givanildo Oliveira”, em homenagem ao jogador e técnico recordista de títulos pernambucanos, sendo nove pela cobra coral e sete pelo leão. O regulamento é simples, somando todos os jogos oficiais entre os dois rivais em 2016, no centenário do clássico, comemorado em 6 de maio. Quem somar mais pontos, leva (abaixo, a situação de cada um). O último duelo será em 11 de de setembro, pelo Brasileirão, na Ilha do Retiro.

Esta é a segunda vez que a FPF coloca uma taça em jogo em um confronto centenário. Em 2009, a disputa do troféu do centenário do Clássico dos Clássicos foi oficializada em apenas um duelo, em 26 de julho, no dia seguinte ao aniversário. Com o 3 x 3 entre rubro-negros e alvirrubros, cada clube recebeu uma peça idêntica. Em 2017 será a vez do Clássico das Emoções completar cem anos, em 29 de junho. A federação repetirá o formato utilizado nesta temporada e já estuda o nome da personalidade que dará nome à taça. 

Em relação ao destino do Troféu Givanildo Oliveira, eis as opções…

Para dar Sport
regulamento do troféu especial considera apenas os pontos somados nos clássicos em competições oficiais de 2016, sem critério de saldo de gols. Hoje, o Leão tem três pontos de vantagem. Com apenas mais uma partida marcada, o time jogaria pelo empate para levar a disputa. Caso o mata-mata (já sorteado) da Copa Sul-Americana seja homologado em agosto, ampliando a lista para três partidas, precisaria de ao menos três empates ou quatro pontos. Curiosidade: com ou sem Sula, o último jogo será na Ilha, pela Série A.

Para ficar com a FPF
Sim, a regra prevê uma posse “neutra” em caso de empate na pontuação. Para a taça ficar no salão nobre da federação, é preciso ocorrer uma vitória coral no sexto duelo, encerrando a série atual. Assim, cada rival somaria oito pontos. A mesma lógica se aplica se os dois jogos do torneio internacional forem adicionados, podendo gerar empates em 10 x 10 ou 11 x 11.

Para dar Santa Cruz
A missão tricolor é complicada. Para levar a troféu, necessita estender a tabela de clássicos – hoje, só poderia evitar que a taça ficasse na Ilha, ganhando lá no returno do Brasileiro. Para aumentar a agenda, com a Sula, precisa ser eliminado da Copa do Brasil diante do Vasco, no Arruda. Ainda assim, precisaria somar ao menos sete pontos nos três jogos restantes. Claro, com a Sul-American, também haveria chance de posse para Sport e FPF.

Jogos disputados em 2016
21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (Estadual)
10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual)
04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (Estadual)
08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (Estadual)
01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (Série A)

Jogo marcado a disputar
11/09 – Sport x Santa Cruz (Série A)

Possibilidade de confronto
Santa Cruz x Sport (Sul-Americana)
Sport x Santa Cruz (Sul-Americana)

Classificação
8 pontos – Sport
5 pontos – Santa Cruz

Prejuízo milionário na Arena Pernambuco pelo terceiro ano seguido. O estado paga

Arena Pernambuco. Foto: Odebrecht/divulgação

Os três balanços anuais da Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S.A. foram fechados com prejuízo na operação. Um rombo de R$ 73,1 milhões. O relatório de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015 foi divulgado dois meses após o prazo original por causa do distrato entre o governo do estado e a Odebrecht, com o empreendimento voltando para o poder público. O quadro é recheado de cifras, com inúmeros caminhos para a análise. O blog optou por dar sequência ao modelo apresentado pelo próprio consórcio na última temporada, com dados operacionais. No caso, o balanço publicado no Diario Oficial de Pernambuco, neste 5 de julho de 2016, traz um saldo negativo R$ 19 milhões. A despesa foi quase o dobro do faturamento, auditado em R$ 24 mi.

A receita operacional soma bilheteria, comercialização de camarotes, realização de eventos não esportivos, alimentação, estacionamento e a parcela anual do naming rights, cujo acordo com a Itaipava também foi rescindido. Já o custo operacional contabilizou administrativo, pessoal, gastos com a realização dos jogos, manutenção de itens como ar condicionado, elevadores e escada rolante, segurança, limpeza e despesas comercias. Em março já havia sido revelado o estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre os dois primeiros anos da arena, com apenas 20% do faturamento previsto. De julho de 2013 a junho de 2015, a receita projetada foi de R$ 226 milhões, com a realidade em R$ 47 milhões.

Entre os motivos para o fiasco financeiro – além da elevadíssima projeção no contrato, muito acima da realidade do futebol pernambucano -, é possível apontar a mobilidade falha (e ainda incompleta!), jogos às 22h e falta de mais partidas de Sport e Santa Cruz, com públicos (e rendas) maiores que as do Náutico. Por sinal, em 2015 foram disputados 41 jogos, dois a menos que em 2014 – no lançamento do projeto, em 2009, na gestão de Eduardo Campos, a proposta estipulava ao menos 60 jogos. Com o déficit milionário, a contraprestação pública seguiu no mesmo nível. Na agora extinta parceria público-privada, o governo tinha que cobrir o rombo no faturamento anual caso a receita fosse abaixo de 50% da (inatingível) meta de R$ 110 milhões. 

Esse formato inviável de operação acabou. Porém, o governo de Pernambuco terá que pagar R$ 246,8 milhões à construtora pela quebra de contrato, num prazo de 15 anos, deixando claro que o problema está longe do fim…

Relatório administrativo da Arena PE em 2015: parte 1, parte 2 e parte 3.

Receita operacional
2015 – 24.600.000
2014 – 23.423.000
2013 – 9.890.956

Despesa operacional
2015 – 43.684.000
2014 – 47.823.000
2013 – 39.590.956

Prejuízo operacional
2015 – 19,0 milhões
2014 – 24,4 milhões
2013 – 29,7 milhões

Público e arrecadação com o Trio de Ferro
2015
Jogos: 41
Público: 437.893 pessoas (média: 10.680)
Ocupação: 23,1%
Renda: R$ 11.017.089 (média: R$ 268.709)
Tíquete: R$ 25,16

2014
Jogos: 43
Público: 529.146 pessoas (média: 12.305)
Ocupação: 26,6%
Renda: R$ 14.467.554 (média: R$ 336.454)
Tíquete: R$ 27,34

2013
Jogos: 21
Público: 247.604 pessoas (média: 11.790)
Ocupação: 25,5%
Renda: R$ 6.360.142 (média: R$ 302.863)
Tíquete: R$ 25,68

Cada vez mais presentes, torcedoras pernambucanas lutam contra o machismo

Torcedoras de Náutico, Santa e Sport comentam o machismo no futebol. Crédito: Flores do Estádio?/documentário (youtube/reprodução)

A presença feminina nas torcidas de futebol é cada vez maior, mais atuante. No Recife, são 622 mil torcedoras, segundo o estudo mais recente, o que corresponde basicamente à metade dos aficionados pelo Trio Ferro. Ainda assim, a sua participação ainda é tratada, em partes, como casualidade. Um machismo velado, analisado frontalmente pelo minidocumentário Flores do Estádio?, produzido por Manuela Andrade e Catarina Santos, alunas do curso de jornalismo da UFPE.

Lançado em julho de 2016, o vídeo aborda a opinião de torcedoras de Náutico, Santa e Sport e também de clubes de outros estados, São Paulo e Atlético-MG. A premissa é simples: a participação feminina muito além do batido “embelezamento” das arquibancadas, sendo determinante como parte da massa, sem distinção. O vídeo de 10 minutos foi produzido para a disciplina “redação para os meios de comunicação”. Tema válido demais.

A torcida feminina no Recife*
Sport – 330.067 (52% do clube na cidade)
Santa Cruz – 214.438 (48%)
Náutico – 78.251 (49%)

A divisão das 622.756 torcedoras: Sport 53%, Santa 34% e Náutico 12%.

* Dados do levantamento da Plural Pesquisa, em setembro de 2015.

Podcast – Entrevista especial com o pentacampeão mundial Edmílson

Edmilson durante entrevista no Diario de Pernambuco. Foto: Rafael Brasileiro/DP

No dia em que o pentacampeonato da Seleção completou 14 anos, em 30 de junho, o Diario de Pernambuco recebeu a visita de Edmílson, titular daquela zaga, armada num 3-5-2. De passagem para o Jogo do Bem, na arena,  para o início de um projeto da Fundação Edmílson no Centro Santos Dumont, o ex-jogador concedeu uma entrevista ao 45 minutos. Comentou os bastidores de 2002, as diferenças no trabalho de Felipão em 2014, analisou Neymar (“talento enorme, mas que na Seleção não mostrou nada”), Rivaldo (“o melhor da Copa”), Dunga e Tite. Além, claro, do futebol brasileiro pós-7 x 1. Aos 39 anos, aposentado desde 2011, Edmílson brilhou no São Paulo, Lyon e Barcelona.

O podcast especial durou 27 minutos, com a participação do editor do Superesportes, Marcel Tito. Ouça agora ou quando quiser!