Com 69% dos jogos realizados, Estadual de 2017 tem média de 1.172 torcedores

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Sport 1x1 Náutico. Foto: Sport/instagram (@sportrecife)

Após 69% das partidas programadas para o Campeonato Pernambucano de 2017, ou 66 de 95, a média de público segue a pior desde que a FPF passou a contabilizar o dado, em 1990. São apenas 1,1 mil pessoas por jogo, com apenas um borderô registrando mais de 10 mil espectadores, justamente a partida de maior apelo, o Clássico das Multidões. Na 5ª rodada da fase principal foi realizado o terceiro clássico da competição, desta vez Sport 1 x 1 Náutico, com apenas 3.430 torcedores na Ilha. Foi o menor público no Clássico dos Clássicos neste século!  Colocando mais gente no dia seguinte, com 5.015 pessoas no Arruda, o Santa se mantém à frente no ranking de público do Estadual. Qual é o principal motivo para o público baixo? Violência, horários, transmissões na tevê, excesso de jogos inúteis para a classificação, nível técnico etc. Comente.

Em relação à arrecadação, a FPF tem direito a 8% da renda bruta de todos os jogos. Logo, do apurado de R$ 738 mil, a federação já arrecadou R$ 59.051.

Dados até a 5ª rodada do hexagonal do título e a 8ª rodada da permanência:

1º) Santa Cruz (3 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 19.577 torcedores
Média de 6.525
Renda: R$ 195.630
Média de R$ 65.210 

2º) Sport (3 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 9.466 torcedores
Média de 3.155
Renda: R$ 148.885
Média de R$ 49.628 

3º) Náutico (2 jogos como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 5.991 torcedores
Média de 2.995
Renda: R$ 84.055
Média de R$ 42.027

4º) Salgueiro (5 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 11.229 torcedores
Média de 2.245 
Renda: R$ 54.262 
Média de R$ 10.852 

5º) Central (6 jogos como mandante; 2 no Lacerdão, 2 no Antônio Inácio, 1 na Arena e 1 no Carneirão)
Público: 7.758 torcedores
Média de 1.293 
Renda: R$ 112.970 
Média de R$ 18.828 

6º) Belo Jardim (5 jogos como mandante; 4 no Antônio Inácio e 1 no Arruda)
Público: 1.576 torcedores
Média de 315 
Renda: R$ 14.052 
Média de R$ 2.810 

Geral – 59* jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 69.183 
Média: 1.172 pessoas
Arrecadação: R$ 738.144 
Média: R$ 12.510 
* Mais 7 jogos ocorreram de portões fechados 

Fase principal – 15 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 44.702 
Média: 2.980 pessoas
Arrecadação total: R$ 526.513 
Média: R$ 35.100 

Podcast – A análise sobre a convocação de Diego Souza para as Eliminatórias

Os convocados do Brasil para as Eliminatórias da Copa 2018 (vs Uruguai e Paraguai, em março/2017). Crédito: P. D. Rocha/twitter (@RochaPD)

A convocação de Diego Souza para as Eliminatórias da Copa 2018 rendeu uma gravação especial do 45 minutos. No podcast, analisamos as funções que podem ser desempenhadas pelo jogador do Sport no esquema de Tite. Afinal, apesar de atuar como meia no leão, ele foi chamado como atacante, ao lado de nomes do Barcelona (Neymar), Bayern de Munique (Douglas Costa) e Liverpool (Firmino). O que representa essa convocação para o futebol nordestino? Quebra de barreira ou casualidade? O fato é que DS87 segue presente na Canarinha.

Estou neste debate (28 min) com Celso Ishigami e João de Andrade Neto. Ouça.

Diego Souza, o 3º jogador do Sport a defender a Seleção nas Eliminatórias

Bosco, Leomar e Diego Souza, convocados para as Eliminatórias da Copa diretamente do Sport

Diego Souza voltou a ser convocado para a Seleção Brasileira, desta vez numa lista sem restrição de nomes – o meia havia atuado 64 minutos num amistoso ‘caseiro’ contra a Colômbia. O jogador do Sport foi chamado pelo técnico Tite para duas partidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, o que não acontecia no futebol do Nordeste há 16 anos! Desde o ciclo para 2002, também com o rubro-negro envolvido. Agora, já estamos indo para 2018. Mas o hiato acabou.

É mais uma barreira quebrada pelo camisa 87, lembrado como “atacante”, ao lado de Firmino, para disputar a vaga deixada pelo contundido Gabriel Jesus – além do papel tático como pivô, justifica a artilharia da Série A, com 14 gols. DS é o terceiro jogador da história rubro-negra a defender o Brasil nas Eliminatórias. Antes, dois atletas no qualificatório para a Ásia. Primeiro, Bosco. Chamado duas vezes, por treinadores diferentes, Candinho e Emerson Leão. Nas duas oportunidades, foi o reserva de Rogério Ceni. Em 2001 foi a vez de Leomar, titular contra a seleção peruana, lembrado por Leão como “jogador nota 7”.

A região nunca teve um jogador numa Copa. O alvirrubro Nado (1966) e o tricolor Nunes (1978) foram convocados, mas foram cortados antes do torneio.

Voltando às Eliminatórias, já são sete jogadores do Sport lembrados, somando com os gringos em ação na Ilha do Retiro. Nas últimas cinco edições, o clube só não foi representado no ciclo de 2006. Entre os gringos há até outro “brazuca”, Hamilton. Ele se naturalizou togolês apenas para ser chamado. E até foi, mas não entrou em campo porque teve problemas na documentação junto à Fifa.

Jogadores do Sport convocados à Seleção Brasileira para as Eliminatórias…

Copa do Mundo 2002, Coreia do Sul e Japão
Bosco (goleiro)

08/10/2000 – Brasil 6 x 0 Venezuela(Maracaibo)
15/11/2000 – Brasil 1 x 0 Colômbia (Morumbi) 

Leomar (volante)
25/04/2001 – Brasil 1 x 1 Peru (Morumbi) 

Copa do Mundo 2018, Rússia
Diego Souza (meia-atacante)

23/03/2017 – Brasil  x Uruguai (Montevidéu)
28/03/2017 – Brasil x Paraguai (Arena Corinthians)

Jogadores do Sport convocados para as Eliminatórias por outras seleções…

Copa 2010 – Arce (Bolívia, atacante; 2 jogos) e Hamilton (Togo, volante; 1 jogo)
Copa 2014 – Chumacero (Bolívia, volante; 1 jogo)
Copa 2018 – Rodney Wallace (Costa Rica, lateral-esquerdo; 2 jogos)

Ranking dos pênaltis e das expulsões (5)

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Sport 1 x 1 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP

A 5ª rodada do hexagonal do título do Estadual 2017 teve quatro pênaltis, sendo a mais movimentada neste quesito até o momento. Foram dois na Ilha do Retiro, com Erick convertendo para o Náutico e André perdendo para o Sport, e dois no Carneirão, ambos para o Belo Jardim, que venceu a Patativa e movimentou um pouco a classificação (está a dois pontos dos corais, que hoje fecham o G4). Por outro lado, mesmo com tantas penalidades, nenhum jogador foi expulso.

Vamos à atualização das duas listas levantadas pelo blog após 15 jogos.

Pênaltis a favor (8)
3 pênaltis – Sport (desperdiçou 2)
2 pênaltis – Náutico e Belo Jardim
1 pênalti – Central
Sem penalidade – Santa Cruz e Salgueiro

Pênaltis cometidos (8)
3 pênaltis – Central
2 pênaltis – Belo Jardim (defendeu 1)
1 pênalti – Santa Cruz, Náutico (defendeu 1) e Sport

Sem penalidade – Salgueiro

Cartões vermelhos (6)
1º) Sport – 2 adversários expulsos; nenhum vermelho
2º) Náutico – 2 adversários expulso; 1 vermelho
3º) Salgueiro – 1 adversário expulso; 1 vermelho
4º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 2 vermelhos
5º) Central e Belo Jardim – nenhum adversário expulso; 1 vermelho  

Confira os rankings anteriores, de 2009 a 2016, clicando aqui.

Resumo da 5ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro, Sport 1 x 1 Náutico e Central 0 x 2 Belo Jardim. Fotos: Rafael Martins/DP (Arruda), Williams Aguiar/Sport (Ilha) e FPF/divulgação (Carneirão)

Na rodada após o carnaval, um clássico insosso, um líder cada vez mais líder e um duelo entre clubes do Agreste na Zona da Mata. Na Ilha do Retiro foram apenas 3.430 pessoas, inferior à presença no Arruda no dia seguinte, com 5.015 espectadores. O borderô foi digno do jogo visto (e televisionado), com um empate entre rubro-negros e alvirrubros que não mexeu na tabela. Já o Santa acabou perdendo a invencibilidade na temporada em sua 9ª apresentação. Mérito do Salgueiro, que aumentou a liderança, de 2 para 4 pontos. Encerrando a 5ª rodada do hexagonal do Pernambucano 2017, a vitória do Belo Jardim, dando um mínimo de dúvida (que não acredito) sobre a composição final do G4.

Nos quinze jogos realizados nesta fase do #PE2017 saíram 31 gols, com média de 2,06. Em relação à artilharia, que a FPF oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Éverton Santos (Santa), Diego Souza (Sport), Anderson Lessa (Central) e Erick (Náutico) lideram com 2 gols.

Hoje, as semifinais seriam Salgueiro x Santa Cruz e Sport x Náutico.

Sport 1 x 1 Náutico – Com um (desorganizado) time alternativo, o mandante pouco criou. Pressionado pelos resultados, o Timbu controlou sem qualidade

Santa Cruz 1 x 2 Salgueiro – O Carcará não só está virtualmente classificado como já começa a ficar perto da vantagem de decidir em casa a semi. Bola, tem

Central 0 x 2 Belo Jardim – No Carneirão, o Calango afundou de vez o Central, ainda zerado e já dispensando jogadores (Aílton). Dois gols de pênalti

Destaque: Erick. A promessa alvirrubra vai se consolidando como titular. Com personalidade, aparece tanto finalizando quanto servindo os companheiros

Carcaça: André, pelo conjunto da obra. Em dois jogos seguidos, pouca participação e dois pênaltis desperdiçados na Ilha, ambos no mesmo canto

Próxima rodada
05/03 (16h00) – Náutico x Sport, Arena Pernambuco (Premiere)
05/03 (16h00) – Salgueiro x Santa Cruz, Cornélio de Barros (Globo NE)
05/03 (16h00) – Belo Jardim x Central, Antônio Inácio

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 5ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2017 após 5 rodadas. Crédito: Superesportes

As cotas da Sul-Americana de 2017, com até US$ 3,925 milhões para o campeão

A evolução das cotas de campanhas finais (somando todas as fases) da Copa Sul-Americana. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Conmebol congelou a premiação da Copa Sul-Americana de 2017, em decisão tomada no conselho executivo realizado em dezembro, em Luque. Portanto, as cotas são as mesmas de 2016. Ainda assim, para os seis times brasileiros classificados, a campanha pode render mais. Explica-se: com a reformulação da competição, acabou a “fase nacional”, que no chaveamento correspondia à segunda fase. Ou seja, os brazucas agora largam nas mesmas condições de todos os outros países – o mesmo ocorreu com os argentinos. Por outro lado, em vez de 10 jogos para levantar a taça, agora são 12 apresentações.

A evolução das cotas de campanhas finais (somando todas as fases) da Copa Sul-Americana. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Nos quadros acima, a evolução das premiações (em dólar) nas campanhas finais desde 2013, quando o Sport estreou – agora, já vai na 5ª participação consecutiva. Neste ano, avançar duas fases significa quase US$ 1 milhão.

Embora as verbas individuais sejam as mesmas da edição passada, vencida pela Chape, no geral o montante aumentou 11%, chegando a 35,4 milhões. Afinal, são sete equipes a mais, com 54 ao todo. No novo formato, são 44 clubes na primeira fase. Avançam 22, que se somam a 10 eliminados da Libertadores vigente. Logo, os outros oito brasileiros na Liberta ainda podem disputar a Sula. No caso, com cotas a partir da segunda fase (diferença de 250 mil dólares).

Abaixo, os valores de cada mata-mata da Sula e a cotação atual na moeda brasileira. Lembrando que a premiação é paga pela simples participação.

Cotas de cada fase (US$ 1 = R$ 3,14)
1ª fase – US$ 250 mil (R$ 785.650)
2ª fase – US$ 300 mil (R$ 942.780)
Oitavas – US$ 375 mil (R$ 1.178.475)
Quartas – US$ 450 mil (R$ 1.414.170)
Semifinal – US$ 550 mil (R$ 1.728.430)
Vice – US$ 1 milhão (R$ 3.142.600)
Campeão – US$ 2 milhões (R$ 6.285.200)

Total para o campeão (todas as fases): US$ 3,925 milhões (R$ 12.334.705)
Total para o campeão (a partir da 2ª fase): US$ 3,675 milhões (R$ 11.549.055)

Brasileiros na 1ª fase
Sport x Danubio (Uruguai)
Corinthians x Universidad de Chile (Chile)
São Paulo x Defensa y Justicia (Argentina)
Cruzeiro x Nacional (Paraguai)
Fluminense x Liverpool (Uruguai)
Ponte Preta x Gimnasia y Esgrima (Argentina)

O relatório da FPF sobre a arbitragem no primeiro Clássico dos Clássicos de 2017

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Sport 1x1 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP

Assim como aconteceu no clássico entre Santa e Sport, no Arruda, a FPF produziu um relatório sobre o trabalho da equipe de arbitragem no Clássico dos Clássicos, na Ilha. O empate em 1 x 1 entre Sport e Náutico, pela 5ª rodada do campeonato estadual, foi classificado como “nível médio de dificuldade” e justificado pelas “decisões difíceis que ocorreram no jogo”. Na visão do blog, o árbitro, de fato, acertou os quatro lances polêmicos (dois gols anulados por impedimento e dois pênaltis marcados). Por sinal, a federação conferiu até notas para a escala. Abaixo, a íntegra do relatório e as obervações minuto a minuto.

José Woshington (árbitro): 8,50
Elan Vieira (assistente 1): 8,90
Ricardo Chianca (assistente 2): 9,00
Gleydson Leite (4º árbitro): 8,90

1° tempo
02′ Falta da equipe visitante. Demorou um pouco a apitar
06′ Gol marcado com o uso da mão pelo jogador Nº 77 da equipe do Náutico, punido corretamente com o cartão amarelo. O árbitro deveria ter buscado uma melhor colocação para ver o lance. Houve trabalho de equipe
09′ Impedimento do ataque da equipe mandante – AA1 
14′ Lance ajustado de impedimento, AA1 deixou seguir
22′ Cartão amarelo para o nº 07 do Náutico, por calçar o adversário
29′ Pênalti para equipe do Náutico. Sem cartão, falta imprudente
30′ Gol de pênalti para equipe do Náutico
32′ Boa interpretação de não falta na área do Sport
39′ Gol do Sport. Normal. Jogador do Sport que marca o gol tira a camisa e é punido com cartão amarelo
42′ Cartão amarelo para o jogador nº 33 do Sport, por calço temerário
44′ Impedimento do ataque do Náutico – AA2.
46′ Falta a favor do Náutico. Encerra o primeiro tempo sem permitir a cobrança, pois já havia ultrapassado o 1 min de acréscimo  

2° tempo
09′ Impedimento muito ajustado do ataque do Sport
12′ Jogador Nº 10 do Náutico sofre falta, no mínimo, temerária e o árbitro não marca, concede apenas tiro de canto a favor do Náutico. Jogador do Náutico recebe atendimento médico e continua jogando.
43′ Pênalti ajustado por mão na bola a favor do Sport. O jogador do Náutico assumiu o risco ao abrir os braços em uma bola chutada contra sua meta.
46′ Cartão amarelo para Nº 30 do Sport, por calço temerário
47′ Deixou de marcar falta clara no goleiro do Sport, logo em seguida terminou. 

Árbitro
Fez uma ótima arbitragem, teve o total controle disciplinar da partida e acertou nas decisões técnicas.  

Árbitro Assistente 1
Também realizou um ótimo trabalho. Acertou os lances da regra 11 e ajudou o árbitro na marcação de faltas em sua proximidade. 

Árbitro Assistente 2
Esteve sempre bem posicionado, ajudou na marcação de faltas e no lance de mão do atacante do Náutico. Marcou dois (2) impedimentos no jogo, sendo o segundo aos 9 min do 2º tempo, um lance muito ajustado.

Quarto Árbitro
Realizou com competência as funções de 4º árbitro.  

Ao final da partida, não houve contestações por parte das equipes.

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Sport 1x1 Náutico. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Podcast – Análise do primeiro Clássico dos Clássicos no Pernambucano 2017

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Sport 1x1 Náutico. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife (Neto Moura) e Paulo Paiva/DP (Erick)

primeiro confronto entre Sport e Náutico nesta temporada rendeu críticas às atuações dos times. Mesmo com os leoninos usando uma formação reserva e com os alvirrubros, sob novo comando, testando novas peças. O 45 minutos analisou o empate na Ilha, com os desempenhos dos rivais, coletivos e individuais (Erick o melhor? André pressionado?). Também entrou na pauta a atuação da arbitragem, a partir dos lances apresentados na transmissão na televisão. Estou nessa com Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Ouça!

01/03 – Sport 1 x 1 Náutico (47 minutos)

Sport e Náutico empatam em jogo feio, com apenas 3 mil espectadores na Ilha

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Sport 1x1 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP

Ainda que seja um clichê (dos maiores), a “Quarta-feira de Cinzas” se aplica ao primeiro clássico entre rubro-negros e alvirrubros em 2017. Fim de festa, 21h50, time reserva de um lado, time em péssima fase do outro e transmissão na tevê aberta. Pra quem ignorou tudo e isso foi à Ilha, parabéns. Foram apenas 3.430 pessoas, no menor público num Clássico dos Clássicos neste século – abaixo disso, só em 2000, com 1.905 nos Aflitos. Em campo, nada que subvertesse o cenário desolador de um confronto tão tradicional. O jogo foi fraco, com o Sport tentando se impor fisicamente, tamanha falta de organização dos escalados, e o Náutico, com mudanças pontuais, tentando se recuperar de um péssimo início de ano – até então, apenas 3 vitórias em 9 jogos.

Os alvirrubros, com foco maior no Estadual, até começaram melhor, com boas oportunidades nos primeiros dez minutos. Erick, pela ponta direita, ganhou quase toda para o também jovem Caio, lateral-esquerdo. O atacante timbu driblou, cruzou e chutou. Se apresentou pro jogo (um dos poucos), ganhando o direito, inclusive, de cobrar a penalidade aos 29 minutos, após um carrinho pra lá de infantil de Rodrigo, o volante leonino contratado junto ao Palmeiras. Erick cobrou bem e marcou seu segundo gol como profissional (ambos de pênalti).

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Sport 1x1 Náutico. Foto: Sport/instagram (@sportrecife)

A vantagem timbu era justa e caminhava sem aspecto de mudança, até a entrada de Lenis no lugar do machucado (e apagado) Marquinhos. Embora com mais posse de bola (58%!), o mandante pouco produzia, com o meio povoado de volantes sem criatividade. Aos 36, então, o colombiano bagunçou a defesa, com o lance seguindo até o cruzamento para Neto Moura, que dominou, marcou e vibrou além de sua característica. No segundo tempo, o jogo de poucas emoções caiu de vez junto com a chuva (a cara de “Cinzas” só aumentava). A descrição poderia ser quase nula, caso não tivesse sido marcado outro pênalti, desta vez a favor do Leão, aos 42. André, que perdera duas cobranças, foi de novo pra cal. E bateu mal outra vez, com Tiago Cardoso encaixando, 1 x 1.

Por fim, uma rápida análise da arbitragem de José Woshington. Foi uma rara boa atuação no cenário local. E olhe que teve trabalho, com quatro lances capitais. Acertou todos. Dois gol bem anulados do timbu (mão de Giva e impedimento de Erick) e duas penalidades corretas (carrinho de Rodrigo e mão de Manoel, com o braço aberto na direção do chute de Fábio). Um lampejo de positividade em um jogo que não deixará lembranças. Como nenhuma Quarta-feira de Cinzas.

Pernambucano 2017, 5ª rodada: Sport 1x1 Náutico. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Com histórico digital, Carteira do Atleta da FPF vale dos 13 anos à aposentadoria

Nova carteira de atleta, via FPF.

Antes de cada partida de futebol profissional o quarto árbitro se dirige aos dois times para conferir a identificação dos 36 relacionados. São até 18 jogadores de cada lado. Neste ato, faltando uma hora para o ponta-pé inicial, é exigida uma documentação específica, a “Carteira do Atleta”, com a inscrição de cada um.

Em 2013, a FPF criou um documento digital com o objetivo de melhorar o armazenamento do histórico de cada jogador em ação no estado, agilizando também os processos burocráticos, como transferências e retificações contratuais. No chip daquele cartão (abaixo), dados desde o infantil, a partir de 13 anos, até o fim da vida profissional. Quatro anos depois, a federação relançou o cartão (acima). Além do chip e do novo layout, agora há um QR Code.

Artigo 68 do Regulamento Geral de Competições da FPF. Crédito: reprodução/FPF

Voltando à identificação dos jogadores (feita por delegados da federação em competições amadoras), o artigo 68 do Regulamento Geral de Competições da FPF de 2017 aponta a carteira de identidade como plano “B”, desde que o clube responsável complete a informação com o registro profissional.

Nos três grandes clubes de Pernambuco, com departamentos específicos para questões burocráticas, em todas as categorias, talvez o registro via cartão não pese tanto. Contudo, nos times intermediários e amadores, a carteira acaba sendo o principal meio, tanto nos relacionados quanto nos contratos.

Em todos os casos, 1 ano de validade. Afinal, o futebol é dinâmico…

A primeira "carteira do atleta" produzida pela FPF. Crédito: FPF/reprodução