Ranking dos pênaltis e das expulsões (3)

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Náutico 0x2 Salgueiro. Foto: Rafael Martins/DP

Na 3ª rodada do Estadual 2017 foram contabilizados duas penalidades e um cartão vermelho. Entretanto, não foram as cobranças, mas, sim, a expulsão de Rogério, do Salgueiro, o ato determinante para a classificação do hexagonal. Os pênaltis foram a favor do Central, que converteu, mas tomou a virada, e do Sport, que desperdiçou, mas segurou a vitória. Enquanto isso, mesmo com um a menos, o Carcará somou três pontos na Arena Pernambuco.

Então, qual a lógica? O critério de desempate. Sport e Salgueiro estão empatados em pontos, vitórias, saldo, gols marcados e sofridos. O número de expulsões é o 6º critério no regulamento oficial da competição. Como os leoninos ainda não receberam o vermelho, ficaram “à frente” na classificação.

Vamos à atualização das listas levantadas pelo blog:

Pênaltis a favor (3)
2 pênaltis – Sport (desperdiçou 1)
1 pênalti – Central
Sem penalidade – Náutico, Santa Cruz, Salgueiro e Belo Jardim

Pênaltis cometidos (3)
1 pênalti – Central, Santa Cruz e Belo Jardim (defendeu 1)
Sem penalidade – Náutico, Sport e Salgueiro

Cartões vermelhos (5)
1º) Náutico – 2 adversários expulso; 1 vermelho
2º) Sport – 1 adversário expulso; nenhum vermelho
3º) Santa Cruz e Salgueiro – 1 adversário expulso; 1 vermelho
5º) Central e Belo Jardim – nenhum adversário expulso; 1 vermelho 

Resumo da 3ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Sport 1 x 0 Belo Jardim, Náutico 0 x 2 Salgueiro e Central 2 x 4 Santa Cruz. Fotos: Ricardo Fernandes/DP (Ilha) , Rafael Martins/DP (Arena, Náutico), Ricardo Fernandes/DP (Arena, Santa)

Sport e Salgueiro empataram em 0 x 0 no Sertão e seguem empatados na classificação do hexagonal do Pernambucano de 2017. Quatro gols marcados e nenhum sofrido. Ainda assim, a liderança é rubro-negra, graças ao critério de expulsões. O time da Ilha ainda não recebeu o vermelho, enquanto os sertanejos tiveram uma expulsão, justamente na última rodada. A 3ª rodada demorou oito dias para ser finalizada, somente após a vitória leonina na Ilha.

Por sinal, foram três jogos no Grande Recife, devido à “inversão” oficializada, com o Central como mandante na Arena Pernambuco. No mesmo local, o Salgueiro venceu o Náutico. Ainda assim, ao todo, apenas 5.319 torcedores. As três partidas foram exibidas no pay-per-view. Ao menos as redes balançaram. Se na rodada passada saiu um mísero gol, desta vez foram nove.

Nos nove jogos realizados nesta fase do #PE2017 saíram 17 gols, com média de 1,8. Em relação à artilharia, que a FPF oficialmente considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Éverton Santos lidera com 2 gols.

Hoje, as semifinais seriam Sport x Náutico e Salgueiro x Santa Cruz.

Náutico 0 x 2 Salgueiro – Mesmo com um jogador a menos durante todo o segundo tempo inteiro, o Carcará foi mais eficiente, usando contragolpes.

Central 2 x 4 Santa Cruz – Num jogo atípico, com três gols corais nos últimos sete minutos, o atual bicampeão virou o jogo e venceu a primeira . 

Sport 1 x 0 Belo Jardim  – Atuando com o time reserva, o Leão jogou muito mal. Falhou bastante na criação de jogadas, terminando com André inoperante.

Destaque: Everton Santos. O atacante tricolor marcou dois gols na rodada, abrindo o placar e virando o jogo. Assumiu a artilharia isolada.

Carcaça: Jailson. Determinante para a derrota centralina. Perdeu a chance de fazer 3 x 1 e depois cometeu a falta infantil que deu início à reação tricolor.

Próxima rodada
18/02 (16h30) – Santa Cruz x Sport, Arruda (Globo NE)
19/02 (20h00) – Salgueiro x Central, Cornélio de Barros
20/02 (20h30) – Belo Jardim x Náutico, Arruda (Premiere)

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 3ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2017 após 3 rodadas. Crédito: FPF/reprodução

Mesmo com jogo fraco e André perdendo pênalti, Sport vence o Belo Jardim na Ilha

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Sport x Belo Jardim. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Uma partida típica para cumprir tabela. Pouco acrescentava à classificação leonina no hexagonal e o time atuou com uma formação reserva diante do frágil Belo Jardim. Realmente, não estava fácil convencer o torcedor a marcar presença na Ilha. Apenas 2.215 encararam a peleja, e, apesar dos aplausos, saíram da arquibancada conscientes de que a baixa expectativa foi confirmada.

O Sport venceu, 1 x 0, mas não convenceu, mesmo considerando o time alternativo. Contra o Salgueiro, no Sertão, quando também atuou neste contexto, a equipe até se apresentou melhor – embora tenha empatado. Contra o calango, a (falta de) articulação foi o ponto-chave. O volante Thallysson abusou dos erros na saída de jogo, Neto Moura segue num ritmo muito abaixo dos demais e o meia Fábio não repetiu a participação vista contra o River. Assim, a bola chegou mascada lá na frente, com os atacantes colaborando para a má jornada.

Paulo Henrique ainda marcou o seu primeiro gol pelo rubro-negro, após ser lançado aos 43 minutos e finalizar bem. Ficou nisso. E André foi pior. Em sua segunda partida nesta volta milionária, o atacante desperdiçou três cruzamentos e até um pênalti (mandrake), mandando na trave. Foi substituído a dez minutos do fim, sendo até apoiado pelo poucos espectadores, que deram crédito ao jogador. A verdade é que faltou muito nesta noite sem graça pelo Estadual.

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Sport x Belo Jardim. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Acordo muda classificação do Nordestão, com vagas via títulos estaduais e ranking

Formatos da Copa do Nordeste de 2018 e 2019. Crédito: Thiago Minhoca/divulgação (@ThiagoMinhoca)

A distribuição das vagas no novo Nordestão, num gráfico de Thiago Minhoca.

Em 2018, a Copa do Nordeste deve incorporar uma etapa no estilo “Pré-Libertadores”, elaborada para que a fase principal volte a ter 16 clubes. Trata-se da solução entre três frentes, envolvendo federações, Liga do Nordeste e o G7, grupo formado pelos sete maiores clubes (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza). Desde a ampliação da Lampions de 16 para 20 times, há três temporadas, os organizadores detectaram um excesso de jogos sem apelo, buscando, a partir desta visão, um critério técnico (necessário, é bom frisar) para manter as principais forças na disputa e a atratividade da competição, cuja premiação passou de R$ 5,6 mi para 18,5 milhões em cinco anos.

Qual era o impasse entre federações, liga e G7:
1) As federações estaduais queriam a mudança de calendário ou redução do torneio, tanto que conseguiram, para o calendário de 2017, a redução de 12 para 8 datas no regional – as 12 originais foram mantidas como “concessão”.

2) A Liga do Nordeste travava uma disputa de bastidores com as federações por acordos comerciais, tentando contemplar mais clubes. Se baseava no acordo judicial junto à CBF, que garante a Copa do Nordeste até 2022.

3) O G7 do Nordeste, à parte da própria liga, vinha propondo um torneio com 12 clubes e turno único, com critérios distintos para a classificação, evitando o “risco” de ausências – caso do Vozão neste ano. Em 2016 foram seguidas reuniões entre os dirigentes, projetando até a criação da Série B do Nordestão.

Num ano que começou com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, ameaçando o torneio de extinção, ao que parece chegou-se a um entendimento. Primeiro, o presidente da Liga do Nordeste, Alexi Portela, adiantou a transformação em entrevista a Vitor Villar, do jornal baiano A Tarde.

 “(…) para 2019 vamos precisar mudar o formato. Talvez garantir alguns times direto na fase de grupos e pegar terceiros e quartos colocados de cada Estadual e fazer um mata-mata antes da fase de grupos. É uma ideia, mas não tem nada fechado ainda. A ideia do novo formato é ter jogos mais atraentes desde a 1ª fase, com times de maior apelo popular.”

Depois, o presidente da federação cearense, Mauro Carmélio, esmiuçou todas as mudanças na Rádio Verdes Mares, de Fortaleza, com o processo de mudanças em dois anos. Em 2018, no formato. Em 2019, nos participantes.

A divisão das 20 vagas na Copa do Nordeste em 2018 e 2019. Quadro: Thiago Minhoca/divulgação (@ThiagoMinhoca)

O acordo triplo para o novo Nordestão:
1) A Copa do Nordeste tende a ser realizada num período distinto do campeonato estadual (ou antes ou depois, mas não mais simultaneamente). Possivelmente abrindo o ano. Ponto para as federações.

2) A competição mantém a mesma distribuição de vagas para os nove estados (20, somando a pré) e as 12 datas (na fase principal) utilizadas desde a volta oficial do torneio, em 2013. Ponto para a Liga.

3) O torneio de fato volta a ter 16 clubes, com 4 grupos de 4 times, com todos os vice-líderes avançando às quartas, além de adotar critérios de proteção (na prática) sobre as vagas. Ponto para o G7, que abdicou da segundona.

Ainda que a CBF não tenha chancelado a transformação da copa, vamos às principais mudanças das duas próximas edições, já com o “Pré-Nordestão”…

Formato de 2018:
Respeitando os regulamentos dos campeonatos estaduais em andamento, as 20 vagas (3 de PE, 3 da BA e 2 para os demais) estão asseguradas através desses torneios locais. Porém, apenas 12 times estariam garantidos na fase de grupos (os 9 campeões estaduais e os vices de PE, BA e CE), com 8 times disputando a fase preliminar (demais vices e os 3º colocados de PE e BA). Ou seja, quatro mata-matas, com os vencedores entrando na fase principal.

Formato de 2019:
Repete o regulamento, mas muda a forma de classificação, mais excludente. Seriam apenas 9 vagas via estaduais, todas para os campeões. As outras 11 seriam via Ranking da CBF, com 2 vagas por ranking para PE e BA (por que não o vice nesses dois casos?) e 1 vaga para os demais estados. Com 11 classificados via ranking, a presença de zebras tende a diminuir bastante. 

Como curiosidade, eis a simulação da Nordestão 2017 com os dois novos formatos (abaixo). Em 2018, o Náutico, por exemplo, teria disputado a fase pré. Com a versão de 2019, o Ceará, 5º no estadual, entraria já na fase de grupos. Por sinal, seriam cinco participantes diferentes: Uniclinic/Ceará, CSA/ASA, Itabaiana/Confiança, Juazeirense/Vitória da Conquista e Altos/Parnahyba..

Em Pernambuco, com a implantação do modelo definitivo, um time do interior só conseguirá a vaga em caso de título (o que nunca ocorreu em 103 anos), uma vez que o Trio de Ferro detém as três melhores colocações no ranking… Justo?

Como ficaria o Nordestão de 2017 com os modelos de 2018 e 2019. Quadro: Thiago Minhoca/divulgação (@ThiagoMinhoca)

FPF implanta sistema mundial contra a manipulação de resultados no futebol

Reprodução do Sistema de Detecção de Fraudes (FDS), da Sportradar. Crédito: integrity.sportradar.com

Já está em operação no futebol pernambucano um sistema de detecção de fraudes (com a sigla em inglês FDS), produzido pela Sportradar, empresa internacional especializada em “prevenção de manipulação de resultados”. Além de Pernambuco, a federação paulista também já havia contratado o serviço, cujo relatório obtido pelo globoesporte.com, de julho de 2016, apontava que o “futebol no Brasil está ameaçado por fraudes” – não por acaso, já houve um caso confirmado, no Brasileirão de 2005 (com 11 jogos anulados). E a questão vai além dos clássicos (como seria no Recife, envolvendo Náutico, Santa e Sport), uma vez que, hoje, praticamente todas as partidas profissionais estão sujeitas a apostas online, até a 2ª divisão pernambucana, pioneira local no sistema.

O Fraud Detection System, agora a serviço da própria Fifa, foi criado em 2005, passando por atualizações. Atualmente, é monitorado por 550 operadoras de apostas e até lotéricas não regulamentadas (caso do Brasil). Os três escritórios do FDS, em Londres (Inglaterra), Manila (Filipinas) e Sydney (Austrália), recebem dados de cinco mil jornalistas e 275 pesquisadores freelancers

Alertas de fraude no futebol, segundo o FDS:

1) O sistema contém 44 alertas no pré-jogo, baseados nas movimentações de apostas, detectando padrões incomuns tanto no número de jogos feitos quanto no dinheiro injetado. O cenário fora da curva sugere manipulação.

2) Durante o jogo existem 25 alertas, a partir de um modelo matemático que permite um monitoramento minuto a minuto. Segue a mesma lógica de ações fora do padrão – independentemente do local da partida e da aposta realizada. 

Por dia, são processados cinco bilhões (5.000.000.000!) de dados, já anexados ao histórico das competições, dos times e dos atletas (imagens). Pois então imagine isso em escala anual, com mais de 160 mil partidas supervisionadas.

Vamos a um jogo de pequeno porte realizado no estado no período:

Como foi possível monitorar Íbis 2 x 4 Vera Cruz, na abertura na Série A2 de 2016? Através de uma análise enxuta. Nada de apostas específicas como “o próximo escanteio será do Íbis”, mas, sim, a partir do histórico de resultados. Uma vitória do Vera Cruz como visitante surpreenderia? Não, devido ao péssimo retrospecto do Pássaro Preto. Logo, por que alguém apostaria R$ 100 mil (por exemplo) na vitória do Íbis? Provavelmente, o alerta teria sido acionado.

Até o momento (cinco meses), nenhum alerta no futebol pernambucano…

Reprodução do Sistema de Detecção de Fraudes (FDS), da Sportradar. Crédito: integrity.sportradar.com

A classificação da fase de grupos da Copa do Nordeste 2017 após 3 rodadas

A classificação da fase de grupos do Nordestão 2017 após 3 rodadas. Crédito: Superesportes

fase de grupos da Copa do Nordeste de 2017 chegou à metade, com três rodadas disputadas. Devido ao regulamento, implantado há dois anos, a análise da classificação dos grupos sofre uma influência direta das outras chaves. Explica-se: além dos cinco primeiros colocados, apenas os três melhores segundos lugares avançam. Hoje, estariam classificados, na liderança, os seguintes times: Santa Cruz (A), Bahia (B), River (C), CRB (D) e Vitória (E). As outras três vagas ficariam com Campinense (A), Sport (C) e Sergipe (E). Vice-líderes de suas chaves, Fortaleza (B) e ABC (D) sobrariam.

Os potes para o sorteio das quartas de final estariam assim:
1 – Santa Cruz, River, Vitória e Bahia
2 – CRB, Campinense, Sport e Sergipe

A partir da campanha do alvirrubro de Aracaju, hoje com a 8ª vaga, a projeção mínima de classificação (como 2º) é de 12 pontos. Sem dúvida, um desempenho alto. Neste contexto, o Náutico, por exemplo, teria que ganhar os três jogos.

A sexta e última rodada será em 22 de março, com dez jogos ao mesmo tempo.

Em tempo: quem passar de fase ganhará R$ 450 mil de cota.

Podcast – Goleada do Santa, empate do Sport e derrota do Náutico na Lampions

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 4x0 Uniclinic, Sport 2x2 River e Campinense 2x0 Náutico. Fotos: Rodrigo Baltar/Santa Cruz, Williams Aguiar/Sport e Léo Lemos/Náutico

Fim de semana de Lampions League, com resultados bem distintos para os times pernambucanos, com os três jogos analisados pelo 45 minutos. No sábado, na estreia de André, o rubro-negro até virou o jogo, mas cedeu o empate. No domingo, o tricolor goleou com três gols de Pittbull e o alvirrubro foi derrotado pelo Campinense com dois gols no finzinho. Em podcasts exclusivos, opiniões sobre o desempenho coletivo, participações individuais, mudanças dos técnicos e cenários de classificação na Copa do Nordeste. Ao todo, 86 minutos!

Nessas gravações, estou com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

11/02 – Sport 2 x 2 River (32 minutos)

12/02 – Santa Cruz 4 x 0 Uniclinic (26 minutos)

12/02 – Campinense 2 x 0 Náutico (28 minutos)

André marca na volta, mas Sport fica em outro empate com o River no Nordestão

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Sport 1x1 River. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

André fez a sua reestreia pelo Sport ao 12 minutos do segundo tempo, entrando no lugar de Leandro Pereira, que havia tido boa atuação contra o River, se movimentando bastante, com assistência e finalizações. O que só aumentou a já grande responsabilidade do atacante, a contratação mais cara do Nordeste, de R$ 5,23 milhões. Não começou fixo na área, mas buscando a bola, querendo voltar a jogar futebol, o que não conseguiu no Sporting de Lisboa. Apoiado pela torcida, teve a grande chance aos 34, numa penalidade em Mansur.

Àquela altura, a partida estava 1 x 1, com o Leão tentando virar o placar para alcançar a liderança do grupo C da Lampions. Tinha em campo o quarteto Diego Souza, Rogério, André e Marquinhos, que, na visão do blog, tem potencial para ser a formação da Série A. Na cal, o camisa 90 chamou a responsabilidade. Até cobrou mal, mas pegou o rebote e aí resolveu encher o pé. A alegria de uma vitória com o gol da principal contratação só durou quatro minutos. Até então blocado, com até cinco jogadores na própria área, o time piauiense foi obrigado a atravessar o campo. E nem precisou insistir muito. De costas para o gol, o centroavante Viola recebeu, ganhou a disputa com o zagueiro e marcou, 2 x 2.

Curiosamente, foi o mesmo resultado dos dois confrontos na edição passada. Em todas, até em Teresina, o Sport entrou como favorito. Mas não se impôs, hoje pela liberdade dada na defesa e por encarar um time que fez o que estava ao seu alcance para pontuar, sendo copeiro – neste contexto, a disposição nos 90 minutos e o antijogo, com várias interrupções. Com o tropeço na Ilha, ainda não foi desta vez que o rubro-negro largou com três vitórias nesta volta do Nordestão – um rendimento obtido pela última vez há vinte anos.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Sport 1x1 River. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Arena Pernambuco, a segunda casa de Belo Jardim e Central no Estadual 2017

Belo Jardim e Central como mandantes na Arena Pernambuco. Arte: Cassio Zirpoli/DP (sobre Google Maps)

O tema inversão tornou-se recorrente no Campeonato Pernambucano de 2017, com os mandos (e desmandos) de Belo Jardim e Central modificados a todo momento. Com o Mendonção e o Luiz Lacerda interditados, devido ao péssimo estado dos gramados, os dois clubes agrestinos viraram nômades. Podem se enfrentar no Antônio Inácio, em Caruaru, mas não podem receber os grandes ali. Assim, a FPF acabou usando a “inversão” como solução. No preciosismo jurídico, nem chega a ser, mas ter a Arena Pernambuco como casa dos dois clubes diante de Náutico, Santa Cruz e Sport favorece, sim, os “visitantes” em questão. Para tentar amenizar a polêmica (?), a federação decidiu oficializar a parceria. Literalmente. Eis um trecho do texto publicado no site da entidade:

“A Federação Pernambucana de futebol (FPF) não mede esforços para trazer benefícios para os seus filiados e, após algumas conversas com a Arena de Pernambuco, a entidade firmou, esta semana, uma parceria com a Arena de Pernambuco para receber os jogos dos clubes intermediários que ainda estão promovendo reparos em seus estádios nessa fase do Estadual.”

O texto segue dizendo que o presidente da FPF, Evandro Carvalho, tenta levar jogos ao estádio desde 2015, visando a “maior e plena utilização do equipamento”. Sem a concordância de Santa e Sport, ainda não emplacou a arena como palco das finais do Estadual – os clubes optam por Arruda e Ilha.

Com a baixa expectativa de público (nas entrelinhas), esses jogos envolvendo os intermediários terão uma setorização diferenciada, reduzindo os custos de operação do estádio, hoje nas mãos do governo. Por sinal, a última frase traz a verdadeira mudança: “A entidade máxima do futebol pernambucano continua conversando com a direção da Arena para programar os próximos jogos”.

Antecipando a conversa, eis a agenda do Calango e da Patativa na Arena…

09/02 – Central x Santa Cruz
18/02 – Belo Jardim x Náutico
19/03 – Belo Jardim x Sport
05/04 – Belo Jardim x Santa Cruz
09/04 – Central x Sport

Sport goleia o CSA no Rei Pelé e garante cota de R$ 500 mil na Copa do Brasil

Copa do Brasil 2017, 1ª fase: CSA x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

No papel, a superioridade técnica do Sport era enorme. Para confirmar isso em campo, era preciso uma apresentação melhor que a de Juazeiro, até porque existia risco através do novo regulamento da Copa do Brasil, com jogo único na primeira fase. E seria fora de casa, lá no Rei Pelé, reduto do CSA. Entretanto, o time pernambucano acabou tendo a sua melhor atuação neste início de temporada, goleando por 4 x 1 e se garantindo na próxima fase do torneio.

O time já havia sido melhor no primeiro tempo, empatado em 1 x 1. Abriu o placar num golaço de Rithely, mandando no ângulo, de fora da área, e sofreu o empate pouco antes do intervalo, num lance irregular. Alex José pegou um rebote de Magrão (grande defesa) em posição adiantada. Com a bola no chão, as chances seguiriam aparecendo – foram dez chances claras na noite. Na retomada, a variação ofensiva contou com boas investidas de Everton Felipe, Rogério e Leandro Pereira (que finalmente não se machucou). E o time foi abrindo vantagem. Aos 5, Everton Felipe cortou o zagueiro e bateu cruzado. Aos 17, Rogério invadiu em velocidade e bateu de chapa. Aos 33, o jovem Thalysson pegou um rebote de DS87 e fez de cabeça, completando o chocolate.

O resultado marca a volta “à vera” do Leão na Copa do Brasil, após três anos sendo obrigado a sair de forma precoce do torneio, visando a vaga na Sula. Graças ao novo calendário, pôde disputar as duas copas simultaneamente. Com a classificação, o clube já soma 940 mil reais em cotas, quase o mesmo do Estadual. Na próxima fase, o Sport pega o Sete de Setembro do Mato Grosso do Sul. Novamente em jogo único, mas desta vez na Ilha. Em caso de empate, pênaltis. Jogando neste nível, é bem possível avançar à 3ª fase….

Cotas do Sport na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 440 mil (vs CSA)
2ª fase – R$ 500 mil (vs Sete de Setembro)
3ª fase – R$ 680 mil?

Copa do Brasil 2017, 1ª fase: CSA x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife