Sport perde do Botafogo no Rio, pela 2ª vez em 2017, e cai para 8º lugar na Série A

Série A 2017, 14ª rodada: Sport 2 x 1 Botafogo. Foto: Luciano Belford/AGIF/Estadão conteúdo

Nas oitavas de final da Copa do Brasil, no Rio, o Sport jogou melhor a maior parte do tempo. Abriu o placar e o adversário ainda teve um jogador expulso. Porém, diante de um time tarimbado nos contragolpes, o leão conseguiu perder de virada em dois lances do tipo. Ficou o aprendizado, com o resultado não revertido no Recife, justamente na estreia de Vanderlei Luxemburgo.

É verdade que, 47 dias depois, qualquer estratégia caiu com 1 minuto, com o gol de Lindoso após cobrança da falta – cometida irresponsavelmente por Samuel Xavier, aos 9 segundos. À parte de discussões acerca de legalidade, pois Roger, que participou do lance, estava impedido, o Sport empatou rapidamente, aos 8 minutos, com Rithely pegando um rebote de Jefferson. Com a igualdade, o leão trabalhou bem a bola no primeiro tempo. Teve mais posse (57%), mas não se expôs. Rodou bastante o jogo, sem pressa para tentar a virada – afinal, o empate já mantinha o clube no G6. E teve uma grande chance, bem construída, com Everton Felipe cruzando rasteiro, Diego Souza fazendo o corta-luz e André batendo firme, rente à trave.

Série A 2017, 14ª rodada: Sport 2 x 1 Botafogo. Foto: Rafael Teixeira‏/twitter (@rafaelwteixeira)

No intervalo, talvez animado pelo bom desempenho, Luxa acionou Lenis no lugar de Mena, outra vez como ponta. Buscava mais profundidade. A princípio, pareceu arriscado, por mexer na estrutura e pela escolha, uma vez que Rogério entrara bem no jogo passado. E o colombiano, de histórico irregular, foi muito mal. Nem deu sequência ofensiva e comprometeu na recomposição. Acabou, como consequência, isolando André, com DS87 com marcação dobrada e os volantes (Rithely e Patrick) errando bastante na saída de bola.

Ainda assim, repito, o empate era interessante. Num confronto direto pela zona da Liberta, ao menos nesta rodada, cabia ao Sport fechar o espaço e tentar controlar o ritmo, mas o time voltou abaixo e sem jogar por baixo. Esticou demais. E acabou tomando o segundo aos 27, num trama rápida do Bota, com Roger fazendo bem o pivô e rolando para Guilherme. Algoz na copa nacional, quando marcou duas vezes, no mesmo Nilton Santos, o jogador bateu cruzado, com Agenor mal posicionado. Fogão 2 x 1, de novo. Quebrou a sequência de quatro vitórias na Série A e derrubou o leão para a 8ª posição.

Botafogo x Sport no Rio de Janeiro, pelo Brasileiro
8 vitórias do Fogão
3 empates
1 vitória do Leão (em 1994)

Série A 2017, 14ª rodada: Sport 2 x 1 Botafogo. Foto: Botafogo/twitter (@BotafogoOficial)

Edno Melo, o presidente do Náutico para o biênio 2018/2019. Futuro incerto até lá

Edno Melo eleito presidente do Náutico para o biênio 2018/2019. Foto: Náutico/twitter (@nauticope)

Em 13 de dezembro de 2015 ocorreu a eleição mais disputada da história do futebol pernambucano, com Marcos Freitas vencendo Edno Melo por apenas 10 votos de diferença (777 x 767). Entretanto, o palanque alvirrubro não foi desarmado. Por problemas de saúde, o presidente renunciou, com Ivan Brondi assumindo. Com a grave crise financeira houve uma intervenção branca do conselho deliberativo, antecipando o novo pleito, de dezembro para 16 de julho de 2017. E mais uma vez o empresário Edno Melo se apresentou na disputa. Desta vez, sozinho. Junto ao vice Diógenes Braga, foi aclamado com 362 votos, assegurando o comando do Náutico no biênio 2018/2019.

Antes de assumir, vai continuar num processo de transição, já fazendo parte do departamento financeiro – cujo passivo chegou a R$ 155.639.544. O plano de metas de sua chapa (Resgate Alvirrubro, abaixo) foi construído em seis eixos, sendo o primeiro a volta ao estádio dos Aflitos, prevista para o segundo semestre do próximo ano. Além disso, há o “reposicionamento no cenário local e nacional”. Para isso, ainda depende dos resultados no futebol da gestão vigente. Iniciar o trabalho na Série B seria o básico para este planejamento…

Os presidentes do Náutico no século XXI
2001 – André Campos (1 Estadual)
2002 – Sérgio Aquino (1 Estadual)
2003 – Eduardo Araújo
2004/2007 – Ricardo Valois (1 Estadual, 1 acesso à A e 1 vice no PE)
2008/2009 – Maurício Cardoso (2 vices no PE e 1 rebaixamento à B)
2010/2011 – Berillo Júnior (1 acesso à A e 1 vice no PE)
2012/2013 – Paulo Wanderley (1 vaga na Sula e 1 rebaixamento à B)
2014/2015 – Glauber Vasconcelos (1 vice no PE)
2016 – Marcos Freitas
2016/2017 – Ivan Brondi (a definir…)
2018/2019 – Edno Melo

O plano de metas da chapa "Resgate Alvirrubro", eleita no Náutico para o biênio 2018/2019

Emerson Sobral, de árbitro recordista de mata-matas e geladeiras a diretor da Ceaf

Emerson Sobral como árbitro e dirigente. Fotos: Ricardo Fernandes/DP e FPF/divulgação

A formação de Emerson Sobral na arbitragem ocorreu em 1995. Trabalhou no futebol pernambucano, onde chegou a obter a categoria “CBF”, deixando o quadro em 2017, já aos 43 anos. Na verdade, ocorreu uma transferência, assumindo imediatamente a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol, a Ceaf-PE, no lugar de Salmo Valentim. Como se sabe, o quadro local não é dos melhores – na visão do blog -, com um número elevado de lambanças. E Emerson Sobral está intimamente ligado a isso. Embora seja o recordista de jogos na fase decisiva do Campeonato Pernambucano, com sete aparições entre semifinais e finais (apitou a decisão de 2015), o agora dirigente também acumulou o maior número de punições por erros cometidos. Nesta década, foi três vezes para a “geladeira” (abaixo), sendo duas no cenário local e uma no Brasileirão. Com essa experiência, terá bastante trabalho a partir de agora.

“Participamos de um dos estaduais reconhecidamente mais difíceis do país pela sua tradição e competitividade e tudo isso nos coloca como sendo um dos melhores quadros de árbitros do Brasil.”

18/01/2012 (punido no Estadual)
Afastado ao errar em dois jogos. No 1º, deixou de expulsar o zagueiro André Oliveira, do Santa. No 2º, não marcou um pênalti em cima de Rogério, do Náutico, e depois assinalou um pênalti inexistente sobre o mesmo jogador.

24/03/2013 (punido no Estadual)
No jogo Ypiranga 2 x 2 Sport, na oitava rodada do segundo turno, assinalou um pênalti polêmico para a Máquina de Costura e marcou uma falta inexistente aos 44 do 2º tempo, no lance que acabou saindo o último gol.

02/09/2015 (punido na Série A)
Na partida entre Ponte Preta e Cruzeiro, pelo Brasileirão, em Campinas, deixou de marcar dois pênaltis, um para cada time. No caso do time mineiro, marcou a falta fora da área. No lance da Macaca, sequer assinalou falta.

Número de jogos de Sobral no Pernambucano (e o % sobre o torneio)
2014 – 16 jogos (11,4% de 140)
2015 – 14 jogos (11,2% de 124)
2016 – 11 jogos (11,4% de 96)
2017 – 11 jogos (11,5% de 95)

Ranking de jogos no mata-mata do Pernambucano (desde 2010)
7 partidas – Emerson Sobral (PE)
6 partidas – Sebastião Rufino Filho (PE)
4 partidas – Nielson Nogueira (PE)
3 partidas – Gilberto Castro Júnior (PE) e Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ / PE) e Wilton Sampaio (Fifa-GO)

Confira a lista completa de árbitros no mata-mata local clicando aqui.

Federer reina na grama de Wimbledon pela 8ª vez e amplia lenda no Grand Slam

Roger Federer conquista o grand slam na grama pela 8ª vez. Foto: Roger Federer/twitter (@rogerfederer)

Em plena forma, o tenista Roger Federer conquistou o título de Wimbledon pela 8ª vez na carreira. Assim, desempatou a disputa com Pete Sampras, tornando-se o maior vencedor na grama do All England Club. Aos 35 anos, o suíço venceu os sete jogos por 3 sets a 0, numa campanha impressionante. Na decisão de 2017, não deu chance ao croata Marin Cilic, fazendo 6/3, 6/1 e 6/4 e voltando a ganhar a taça dourada após cinco anos.

Claro, ampliou o recorde nos torneios de simples do Grand Slam, chegando a 19 conquistas. Abaixo, os maiores vencedores ma “era aberta”, com o profissionalismo em vigor desde 1968, tanto no masculino quanto no feminino. Por fim, o ace que rendeu mais um capítulo brilhante a esta lenda do tênis.

Os maiores vencedores na Era Aberta

Torneios masculinos
Australian Open – Novak Djokovic, 6 vezes (2008, 11-13, 15 e 16)
Roland Garros – Rafael Nadal, 10 vezes (2005-08, 10-14 e 17)
Wimbledon – Roger Federer, 8 vezes (2003-07, 09, 12 e 17)
US Open – Jimmy Connors, 5 vezes (1974, 76, 78, 82-83); Pete Sampras, 5 vezes (1990, 93, 95-96, 2002); Roger Federer, 5 vezes (2004-08)

Torneios femininos
Australian Open – Serena Williams, 7 vezes (2003, 05, 07, 09-10, 15, 17)
Roland Garros – Chris Evert, 7 vezes (1974-75, 79-80, 83, 85-86)
Wimbledon – Martina Navratilova, 9 vezes (1978-79, 82-87 e 90)
US Open – Chris Evert, 6 vezes (1975-78, 80, 82); Serena Williams, 6 vezez (1999, 2002, 08, 12-14)

Os maiores campeões (soma dos 4 torneios)
19 – Roger Federer (Suíça)
15 – Rafael Nadal (Espanha)
14 – Pete Sampas (EUA)
12 – Nova Djokovic (Sérvia)

As maiores campeãs (soma dos 4 torneios)
23 – Serena Williams (EUA)
22 – Steffi Graf (Alemanha)
18 – Chris Evert (EUA)
18 – Martina Navratilova (EUA)

Duque, o treinador com mais títulos em Pernambuco e campeão no Trio de Ferro

Duque. Crédito: Placar/reprodução

Como técnico, Duque alcançou duas marcas expressivas no futebol pernambucano. Em 1975, quando tirou o Sport de uma fila de doze anos, com o “Supertime da Ilha”, o treinador chegou a sete títulos estaduais, igualando a marca, ainda vigente, de Palmeira, hepta em 1962. Ali, tornou-se também um dos quatro nomes com conquistas no Trio de Ferro. Campeão nos Aflitos, no Arruda e na Ilha do Retiro. Para se ter uma ideia, o último a obter o feito foi o multicampeão brasileiro Ênio Andrade, no já distante ano de 1984.

Esses números dão lastro à carreira do mineiro no Recife, comandando alguns dos maiores times de cada clube. Não por acaso estava na área técnica observando o gol de Ramos, que deu o hexacampeonato ao timbu. Um ano antes esteve no Maracanã, num duelo contra Mário Travaglini, na decisão da Taça Brasil entre Náutico e Palmeiras. Após as quatro taças conquistadas no alvirrubro, onde fincou o seu nome como o melhor técnico da história do clube, foi ser campeão no tricolor, levando o lateral-direito Gena. Lá, encontrou Givanildo Oliveira (como volante), Luciano Veloso e Fernando Santana. Ganhou duas finais seguidas, contra Náutico e Sport.

Até então então, o leão havia sido vice-campeão em cinco dos seis títulos de Duque. Ele acabou se “redimindo” ao azeitar um timaço com Luciano Veloso (na maior, e mais polêmica, transação da época), Assis Paraíba e Dadá Maravilha. Davi Ferreira, para os chegados, aposentou-se da função no início dos anos 80, após se arriscar no Oriente Médio. Ainda virou comentarista de rádio no Rio de Janeiro, onde viveu até os 91 anos. Duque faleceu em 2017, mantendo um legado difícil de ser superado em Pernambuco.

“Eu era o preparador físico, o preparador técnico, o preparador tático e o homem que impunha a psicologia a serviço da equipe.”

Ranking de títulos pernambucanos entre treinadores

7 títulos, Palmeira: 1946 e 1947 no Santa; 1950, 1951 e 1952 no Náutico; 1961 e 1962 no Sport 

7 títulos, Duque: 1964, 1966, 1967 e 1968 no Náutico; 1970 e 1971 no Santa; 1975 no Sport 

5 títulos, Givanildo Oliveira: 1991, 1992, 1994 e 2010 no Sport; 2005 no Santa

Técnicos campeões pelo Trio de Ferro (e o ano do ciclo completo)

1960, Gentil Cardoso (55 Sport, 59 Santa, 60 Náutico) 

1962, Palmeira (46/47 Santa, 50/51/52 Náutico, 61/62 Sport) 

1975, Duque (64/66/67/68 Náutico, 70/71 Santa, 75 Sport) 

1984, Ênio Andrade (76 Santa, 77 Sport, 84 Náutico)

Classificação da Série B 2017 – 14ª rodada

A classificação da 14ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

No sábado, encerrando a 14ª rodada da segundona, o empate no Clássico das Emoções foi ruim para os dois times. No caso do Santa Cruz, mais pelo futebol apresentado diante do lanterna, pois em termos de classificação a diferença para o G4 até diminuiu, de 5 para 4 pontos. Na tabela, porém, caiu uma posição, do 9º para o 10º lugar. No Náutico, ainda na última colocação, a diferença para o 16º colocado aumentou de 8 para 10 pontos. Preocupante demais. A Série B volta na terça-feira, com mais uma rodada cheia, iniciando a sequência de dois jogos em casa do tricolor e de dois jogos fora do alvirrubro.

Na liderança, mudança. Com a derrota do Juventude, apenas a segunda, o Guarani se aproveitou para tomar a dianteira. Ambos estavam na C em 2016.

Resultados da 14ª rodada
Brasil 1 x 2 Figueirense
Oeste 2 x 0 Paraná
Criciúma 1 x 0 Goiás
Náutico 0 x 0 Santa Cruz
Vila Nova 1 x 2 Paysandu
América 0 x 0 Guarani
CRB 2 x 0 Internacional
Ceará 2 x 0 Juventude
Londrina 2 x 2 Boa
Luverdense 1 x 0 ABC 

Balanço da 14ª rodada
5V dos mandantes (12 GP), 3E e 2V dos visitantes (6 GP)

Agenda da 15ª rodada
18/07 (19h15) – Figueirense x Oeste (Orlando Scarpelli)
18/07 (19h15) – Juventude x CRB (Alfredo Jaconi)
18/07 (19h15) – Paraná x Brasil (Durival Britto)
18/07 (19h15) – Paysandu x Náutico (Mangueirão)
18/07 (20h30) – ABC x América (Frasqueirão)
18/07 (20h30) – Santa Cruz x Vila Nova (Arena Pernambuco)
18/07 (20h30) – Goiás x Londrina (Serra Durada)
18/07 (20h30) – Guarani x Ceará (Brinco de Ouro)
18/07 (21h30) – Boa x Criciúma (Dilzon Melo)
18/07 (21h30) – Internacional x Luverdense (Beira-Rio)

Podcast – A análise do 7º clássico entre Náutico e Santa em 2017. O primeiro 0 x 0

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico 0 x 0 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/DP

O 45 minutos analisou o Clássico das Emoções na Arena Pernambuco, num empate insatisfatório para os dois rivais visando a Série B A igualdade manteve o timbu muito distante do objetivo de sair do Z4, com a diferença aumentando. No tricolor, o hiato ao G4 até diminuiu, mas o futebol opaco deixou a torcida reticente. Ao menos, os dois próximos jogos são na mesma arena, agora na condição de mandante. Estou nesta gravação, num debate sobre as questões técnica e tática, além de análises individuais. Ouça!

15/07 – Náutico 0 x 0 Santa Cruz (51 min)

Após sete clássicos, o Troféu Gena segue empatado. Decisão sai no 8º. Ou divisão?

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/DP

O empate sem gols na 14ª rodada da Série B deixou a decisão sobre o simbólico título do centenário do Clássico das Emoções para o último confronto do ano. Após sete jogos, são 2 vitórias do Náutico, 2 do Santa e 3 empates, com qualquer placar valendo um destinto diferente para o Troféu Gena. Literalmente. Além da óbvia situação de resultado positivo para cada um, o empate dividira o prêmio. Pois é. Pelo regulamento, o mesmo adotado no Troféu Givanildo Oliveira, no centenário de Sport x Santa em 2016, não há saldo de gols, valendo apenas a pontuação somada em competições oficiais.

A princípio, a FPF só encomendou um troféu, que faz homenagem ao lateral-direito hexacampeão pernambucano pelo alvirrubro (63-68) e tetra pelo tricolor (70-73). Em caso de empate (e, consequentemente, divisão do título), uma peça idêntica seria produzida, com os dois clubes agraciados posteriormente. À parte disso, o Santa Cruz passa ter uma leve vantagem, uma vez que decidirá em casa, além de ter uma campanha melhor no Campeonato Brasileiro, embora o jogo esteja agendado para daqui a quatro meses.

Apesar do ano emblemático, o público não foi bom. Apenas um jogo passou de 10 mil pessoas. Ao todo, 40.884 espectadores, com média de 5.840.

Jogos disputados em 2017
29/01 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz, Estadual (Arena, 4.622)
04/02 – Santa Cruz 1 x 0 Náutico, Nordestão (Arruda, 5.086)
12/03 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz, Nordestão (Arena, 6.692)
10/04 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico, Estadual (Arruda, 5.055)
06/05 – Náutico 1 x 2 Santa Cruz, Estadual (Arena, 2.592)
18/05 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico, Estadual (Arruda, 3.387)
15/07 – Náutico 0 x 0 Santa Cruz, Série B (Arena, 13.450) 

Jogo a disputar em 2017
04/11 – Santa Cruz x Náutico, Série B (Arruda) 

Classificação após 7 clássicos
9 pontos – Náutico (2v-3e-2d)
9 pontos – Santa Cruz (2v-3e-2d)

Clássico das Emoções termina em 0 x 0. Ruim para os dois, pior para o Náutico

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/DP

Após doze jogos, o clássico entre alvirrubros e tricolores acabou em branco, o que não ocorria desde 2014, curiosamente pela mesma Série B. Os dois times saíram devendo no Clássico das Emoções de maior público em 2017, com 13.450 torcedores. Mesmo sem vencer, o Santa Cruz ao menos reduziu a diferença ao G4, de 5 para 4 pontos, graças ao tropeço do Vila Nova. Já o Náutico, mesmo sem perder há três rodadas, não consegue levar essa reação para a classificação, numa caminhada já difícil para escapar do rebaixamento.

Em um campo com sinais de desgaste – após a incomum sequência de jogos do Trio de Ferro em São Lourenço da Mata -, os times entraram sem grandes mudanças. O alvirrubro iniciou num 4-4-2, com o meio num losango, com Giovanni municiando Erick e Alison – era a ideia, mas ele se machucou aos 35/1T. Giva manteve 4-2-3-1 no tricolor, no mesmo padrão desde sua estreia.

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Rafael Brasileiro/DP

O primeiro tempo foi de poucas chances, com 50% de posse para ambos. O tricolor se apresentou um pouco melhor, prendendo mais a bola no campo ofensivo. Teve uma grande chance, aos 21 minutos. Pitbull ganhou do marcador e tocou para João Paulo, que arrumou de calcanhar para Augusto, frente a frente com Tiago Cardoso. Porém, ele finalizou muito mal, chutando em cima do goleiro. À parte disso, passes curtos e pouca objetividade. Pior foi o timbu, que só chegou uma vez, aos 44. E sem perigo, diga-se.

A etapa complementar foi mais animada, com um grau tensão mais elevado no agora centenário duelo. Logo aos 2, outra chance incrível desperdiçada por Augusto. Desta vez na pequena área, escorando mal uma falta. O atacante seria substituído pouco depois por Barbio, mas Givanildo só modificou a estrutura, de fato, aos 27, quando colocou Sheik no lugar de André Luís. O ponta estava mal, mas o substituto tirou a velocidade. No mandante, muitas bolas esticadas, num indício de desespero. Por baixo, Erick tentou carregar demais, sendo desarmado. Extraindo as oportunidades, só uma real, com Alison cabeceando no ângulo de Júlio César, que fez grande defesa. E não saiu do 0 x 0, com a igualdade mantida no Troféu Gena após sete jogos. A “decisão” ficou para o returno, daqui a 19 rodadas, com objetivos incertos…

Histórico do Clássico das Emoções na Série B
13 jogos
6 vitórias do Santa (última em 2014, 3 x 0)
4 empates (último em 2017, 0 x 0)
3 vitórias do Náutico (última em 2015, 3 x 1)

Série B 2017, 14ª rodada: Náutico x Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/DP

Para a CBF, o Santa Cruz segue na fase preliminar do Nordestão 2018. E o Sport?

Ofício da CBF sobre a Copa do Nordeste 2018. Crédito: CBF/site oficial (reprodução)

Em Salvador, em 13 de julho, uma reunião envolvendo os clubes da Liga do Nordeste confirmou a saída do Sport, que pediu desfiliação, abrindo mão da participação no Nordestão de 2018. A primeira consequência direta foi a efetivação do Santa Cruz, da fase preliminar (devido à terceira colocação no Estadual) à fase de grupos, agora na condição de segundo representante de Pernambuco (após o Salgueiro). Curiosamente, no dia seguinte à decisão, a CBF foi na contramão, confirmando os quatro confrontos sorteados para o chamado “Pré-Nordestão”, a recém-criada fase preliminar do torneio – ofício acima. Ao que parece, a confederação brasileira não reconheceu o pedido de desistência do Sport, feito fora do prazo legal, até 30 de junho. Neste dia, o leão avisou à liga. Porém, só protocolou à CBF no dia 5 de julho, via FPF.

Fase preliminar da Copa do Nordeste 2018
Treze (PB) x Cordino (MA)
Santa Cruz x Itabaiana (SE)
CSA (AL) x Parnahyba (PI)
Globo (RN) x Fluminense de Feira (BA)

Segundo a definição de cotas do torneio, os quatro eliminados vão ganhar R$ 250 mil pela participação mínima, enquanto os quatro vencedores vão receber R$ 750 mil pela presença na fase de grupos, num valor correspondente ao 4º subgrupo de cotas, um modelo também recém-criado.

Entre as observações feitas pelo blog sobre a permanência do Santa na liga, em publicação feita mais cedo, a quarta dizia o seguinte:

4) A direção de competições da CBF alega que o Sport não comunicou a saída dentro do prazo legal. Seria um mecanismo para uma possível volta? Em vídeo vazado no twitter, o mandatário leonino afirmou que “não é homem para se torar”, mantendo a saída – e a liga já dá o fato como consumado.

Ou seja, enquanto o rubro-negro e a liga, a contragosto, enxergam a saída de forma consumada, há um entrave, que deve proporcionar novos capítulos…

Atualização: Alírio Moraes (Santa) e Evandro Carvalho (FPF) entendem que foi um erro da CBF e a decisão da liga deve ser homologada segunda-feira.