Com 41 jogos, Arena Pernambuco termina 2015 com apenas 23% de ocupação

Arena Pernambuco. Crédito: Google Maps

A terceira temporada de operação da Arena Pernambuco, administrada através de uma parceria público-privada, registrou a pior média de público do empreendimento. O quadro considera os jogos oficias de Náutico, Santa Cruz e Sport, que mandaram 41 partidas em São Lourenço da Mata em 2015. O índice de 10,6 mil torcedores deixou a ocupação em apenas 23%, menos de 1/4 das 46.214 cadeiras vermelhas à disposição.

A situação só deve agravar o balanço financeiro do estádio, que já ficou no vermelho nos dois primeiros anos (R$ 29,7 milhões em 2013 e R$ 24,4 milhões em 2014). Apesar de ter sido, pelo segundo ano seguido, o estádio com mais partidas na região metropolitana, a arena sentiu bastante o mau desempenho do Náutico no borderô, uma vez que a agenda alvirrubra corresponde a 70% de todos os jogos marcados no local – e segue como o único clube com contrato fixo. Este ano, a média timbu caiu de 7.812 para 6.076 espectadores, enquanto a arrecadação despencou de R$ 6,6 milhões para R$ 3,4 mi.

Também pesou o baixo número de apresentações dos tricolores, uma no Estadual e outra na Série B, em vez dos seis jogos em 2014. Já o Sport, que subiu o número de partidas no local de 7 para 10, continuou sendo o diferencial a favor, com média de público de 23 mil pessoas e bilheteria de quase R$ 700 mil por jogo. O ponto alto foi o recorde de público e renda, no jogo Sport 2 x 0 São Paulo, com 41.994 pessoas e R$ 1,25 milhão. Vale destacar os amistosos não entram neste levantamento do blog. Em janeiro, por exemplo, 22 mil pessoas assistiram à Taça Ariano Suassuna, com Sport 2 x 1 Nacional do Uruguai.

Em relação ao futuro, a presença do Santa Cruz na Série A pode ser um bom indicativo de receita. Apesar de a direção coral já ter dito que não abre mão do Arruda, a tabela com mais jogos aos domingos pode ajudar na negociação para mandar algumas partidas no estádio da Copa, que ainda sente a falta de público.

Público e arrecadação na Arena PE
2015
Jogos: 41
Público: 437.893 pessoas (média: 10.680)
Ocupação: 23,1%
Renda: R$ 11.017.089 (média: R$ 268.709)
Tíquete: R$ 25,16

2014
Jogos: 43
Público: 529.146 pessoas (média: 12.305)
Ocupação: 26,6%
Renda: R$ 14.467.554 (média: R$ 336.454)
Tíquete: R$ 27,34

2013
Jogos: 21
Público: 247.604 pessoas (média: 11.790)
Ocupação: 25,5%
Renda: R$ 6.360.142 (média: R$ 302.863)
Tíquete: R$ 25,68

Jogos oficiais no Grande Recife
2015 – 90 jogos*
41 na Arena
25 na Ilha do Retiro
24 no Arruda
Ainda houve uma partida de portões fechados, na Ilha. 

2014 – 93 jogos*
43 na Arena
27 na Ilha do Retiro
22 no Arruda
1 nos Aflitos
*O Santa ainda disputou três partidas no Lacerdão, em Caruaru, numa punição do STJD por causa de briga de torcida.

2013 – 96 jogos
33 na Ilha do Retiro
27 no Arruda
21 na Arena*
15 nos Aflitos
*Uma das partidas foi o clássico entre Botafogo e Fluminense, pela Série A.

Desempenho do trio recifense na Arena em 2015
Náutico – 29 jogos
Público: 176.204 pessoas (média: 6.076)
Ocupação: 13,1%
Renda: R$ 3.409.274 (média: R$ 117.561)
Tíquete: R$ 19,34

Sport – 10 jogos
Público: 232.417 pessoas (média: 23.241)
Ocupação: 50,2%
Renda: R$ 6.941.140 (média: R$ 694.114)
Tíquete: R$ 29,86

Santa Cruz – 2 jogos
Público: 29.272 pessoas (média: 14.636)
Ocupação: 31,6%
Renda: R$ 666.675 (média: R$ 333.337)
Tíquete: R$ 22,77

Relembre os balanços anteriores: 2013 e 2014.

Gramados padronizados no Brasil em 2016, com mudanças na Ilha e no Arruda

Gramado

O pedido havia sido feito em maio, pelos próprios técnicos da Série A, liderados por Levir Culpi, então no Atlético Mineiro. Para melhorar o sistema de jogo, se exigiu a padronização das dimensões dos campos, seguindo as definições dos torneios da Fifa. Ou seja, 105 metros de comprimentos por 68 metros de largura. Em 2015, sete estádios tinham tamanhos diferentes, todos eles maiores. Agora, em dezembro, a resposta da confederação brasileira de futebol. Através do diretor de competições da entidade, Manoel Flores, a CBF comunicou que os estádios inscritos nas duas principais divisões nacionais deverão contar com a dimensão unificada a partir de 2016.

A medida terá um reflexo imediato em Pernambuco, uma vez que, curiosamente, os campos da Ilha do Retiro e do Arruda são os maiores da primeira divisão – na segundona, o Náutico não terá problema algum na Arena Pernambuco. Os dois gramados têm mais de 1.000 metros quadrados de diferença em relação ao novo “tamanho-padrão”. Sport, Santa Cruz e os demais administradores de estádios receberão da CBF os instrumentos específicos para indicar, exatamente, os trechos que devem ser pintados.

Oficialmente, as medidas permitidas pela Fifa são de 90 a 120 metros de comprimento e de 45 a 90 metros de largura, resultando em um formato retangular, obviamente. Aos poucos, vai se buscando um padrão internacional, já adotado na Copa do Mundo, Eurocopa, Copa América, Olimpíadas…

Confira as dimensões atuais dos estádios do Brasileirão 2016
8.250 m² (110m x 75m) – Ilha do Retiro (Sport)
8.190 m² (105m x 78m) – Arruda (Santa Cruz)
7.869,7 m² (108,25 x 72,7m) – Morumbi (São Paulo)
7.848 m² (109m x 72m) – Couto Pereira (Coritiba)
7.437,7 m² (105,8m x 70,3m) – Vila Belmiro (Santos)
7.350 m² (105m x 70m) – Barradão (Vitória)
7.350 m² (105m x 70m) – Orlando Scarpelli (Figueirense)
7.140 m² (105m x 68m) – Arena Pernambuco (Sport e Santa Cruz)
7.140 m² (105m x 68m) – Itaquerão (Corinthians)
7.140 m² (105m x 68m) – Allianz Parque (Palmeiras)
7.140 m² (105m x 68m) – Moisés Lucarelli (Ponte Preta)
7.140 m² (105m x 68m) – Arena Condá (Chapecoense)
7.140 m² (105m x 68m) – Maracanã (Flamengo, Fluminense e Botafogo)
7.140 m² (105m x 68m) – Arena Grêmio (Grêmio)
7.140 m² (105m x 68m) – Beira-Rio (Internacional)
7.140 m² (105m x 68m) – Mineirão (Cruzeiro e Atlético-MG)
7.140 m² (105m x 68m) – Engenhão (Botafogo)
7.140 m² (105m x 68m) – Independência (Atlético-MG e América-MG)
7.140 m² (105m x 68m) – Arena da Baixada (Atlético-PR)

Futebol no Grande Recife em 2015 teve 1 milhão de torcedores no borderô e R$ 21 milhões de bilheteria. Muito? Nem tanto

Torcida de Sport, Santa e Náutico em 2015. Arte: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

Os grandes clubes pernambucanos mandaram 91 partidas oficiais em 2015, sendo uma com portões fechados, do Sport, por causa da pena imposta pelo STJD. Nas demais, abertas ao público, o número de torcedores no borderô passou de 1 milhão. Muito? Na verdade, foi o menor número desde 2013, quando o blog começou a contabilizar o público total (pagantes e gratuidades) e a bilheteria do trio de ferro. A média foi de 12.123, também a menor no período.

Possivelmente, é um reflexo da falta de ingressos subsidiados pelo governo do estado. Afinal, com a suspensão do Todos com a Nota não houve ingresso do tipo pela primeira vez em 15 anos. Ou seja, boa público precisou “pagar” efetivamente pelos ingressos (eram até 15 mil entradas promocionais por jogo), contrariando um costume já antigo em Pernambuco. O momento econômico do país, com a inconstância no poder aquisitivo, é outra barreira. Nesta temporada, considerando todas as competições, o Santa Cruz terminou à frente na média (16 mil), com o Sport liderando no total (492 mil). Especificamente no Brasileirão, independentemente de divisão, os leoninos tiveram um índice de 17 mil pessoas, à frente dos rivais tricolores (14,7 mil) e alvirrubros (6,8 mil).

Abaixo, o total em cada competição e também a taxa de ocupação, a partir da capacidade oficial de cada estádio utilizado. No fim, o quadro agregado na Região Metropolitana do Recife. Relembre os levantamentos: 2013 e 2014.

Sport
35 jogos (25 na Ilha e 10 na Arena)*
492.144 torcedores (média de 14.061)
38,24%de ocupação
R$ 11.064.872 de renda bruta (média de R$ 316.139)

Estadual – 7 jogos – 87.723 pessoas (12.531) – R$ 1.704.797 (R$ 243.542
Nordestão – 5 jogos – 62.796 pessoas (12.559) – R$ 899.850 (R$ 179.970)
Copa do Brasil – 3 jogos – 17.319 pessoas (5.773) – R$ 166.440 (R$ 55.480)
Série A – 18 jogos* – 308.379 (17.132) – R$ R$ 8.086.135 (R$ 449.229)
Sul-Americana – 2 jogos – 15.927 pessoas (7.963) – R$ 207.650 (R$ 103.825)
* Ainda houve uma partida de portões fechados, na Ilha.

Dados de público e renda do Sport de 2013 a 2015. Levantamento: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Santa Cruz
26 jogos (24 no Arruda e 2 na Arena)
422.810 torcedores (média de 16.261)
27,57% de ocupação
R$ 7.001.732 de renda bruta (média de R$ 269.297)

Estadual – 7 jogos – 142.874 pessoas (20.410) – R$ 2.276.227 (R$ 325.175)
Série B – 19 jogos – 279.936 pessoas (14.733) – R$ 4.725.505 (R$ 248.710)

Dados do Santa Cruz sobre público e renda. Levantamento: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Náutico
29 jogos (29 na Arena)
176.204 torcedores (média de 6.076)
13,14% de ocupação
R$ 3.409.274 de renda bruta (média de R$ 117.561)

Estadual – 5 jogos – 23.082 pessoas (4.616) – R$ R$ 499.800 (R$ 99.960)
Nordestão – 3 jogos – 4.027 pessoas (1.342) – R$ 49.585 (R$ 16.528)
Copa do Brasil – 2 jogos – 18.914 pessoas (9.347) – R$ 581.875 (R$ 290.937)
Série B – 19 jogos – 130.181 pessoas (6.851) – R$ 2.278.014 (R$ 119.895)

Dados do Náutico sobre público e renda. Levantamento: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Total
90 jogos (41 na Arena, 25 na Ilha do Retiro e 24 no Arruda)
1.091.158 torcedores (média de 12.123)
26,22% de ocupação
R$ 21.475.878 de renda bruta (média de R$ 238.620)
Torneios: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A e B.
* Ainda houve uma partida de portões fechados, na Ilha. 

Público e renda nos jogos oficiais no Grande Recife de 2013 a 2015

Sport carimba a faixa do Corinthians e faz a sua a melhor campanha em 15 anos

Série A 2015, 37ª rodada: Sport 2x0 Corinthians. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A Libertadores infelizmente não veio, mas a campanha do Sport em 2015 já é histórica. Pela primeira vez neste século, o Rubro-negro encerra um Brasileirão entre os dez primeiros colocados – a última havia sido em 2000, em 5º lugar. A garantia veio a uma rodada do fim. Variando do 5º ao 8º, o time é quase um intruso, tamanha a dificuldade encontrada no ano, com excesso de viagens e limitação financeira. Mas ao ousar nas contratações e encontrar uma cara, o Leão encarou todos os times do campeonato, sem exceção, de igual para igual.

Nesta leitura, vale destacar que, como mandante, o Sport já havia vencido Atlético-MG, Grêmio, São Paulo e Inter. No topo da classificação, só faltava o líder. Ainda que tenha sido um misto do Corinthians, mais encorpado que aquele que goleou o São Paulo por 6 x 1, o time pernambucano viu no adversário a motivação para fazer valer o domingo, na despedida da torcida em “casa”.

Possíveis colocações, premiações e vagas do Sport na 38ª rodada
5º lugar – R$ 2,2 milhões (Copa do Brasil, oitavas de final)
6º lugar – R$ 1,4 milhão (Sul-Americana, pote 1)
7º lugar – R$ 1,3 milhão (Sul-Americana, pote 1)
8º lugar – R$ 1,2 milhão (Sul-Americana, pote 1) 

Compacto, variando as jogadas e com vontade, como tem que ser, o Sport jogou melhor, vencendo o campeão brasileiro por 2 x 0. O visitante até teve apoio na arquibancada, mas a concentração, convenhamos, não é a mesma. O Sport, que não tinha nada a ver com isso, impediu a articulação da equipe de Tite e merecia um placar até maior (a bola na trave de Marlone foi um pecado).

O dia terminou sem lamentações. A ressaca pela vitória do São Paulo no sábado, aos 49 do segundo tempo, tirando qualquer chance de Liberta, deu vez ao reconhecimento pelo bom trabalho na Série A. Deste domingo, fica a lembrança da “carimbada” na faixa de hexacampeão do Timão, um dos dois expoentes do desequilíbrio financeiro no futebol do país. E ainda há um último detalhe sobre a boa apresentação do time de Falcão. O Sport voltou a ficar em vantagem no número de vitórias oficiais contra o Corinthians, 13 x 12. Nada mal.

Série A 2015, 37ª rodada: Sport 2x0 Corinthians. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Assembleia Legislativa aprova a venda da cerveja nos estádios pernambucanos

Cervejas de Náutico, Santa e Sport. Arte sobre imagens do clubemix.com.br/

Após seis anos, a cerveja está de volta ao futebol pernambucano. Por 18 votos a 13, os deputados estaduais aprovaram na Assembleia Legislativa a liberação da venda e consumo nos estádios pernambucanos. A cerva, uma histórica fonte de receita dos clubes, estava proibida nessas bandas desde 24 de março de 2009, quando foi publicada a lei estadual de autoria de Alberto Feitosa.

Durante esse tempo todo se discutiu as benesses do veto, na segurança. Mas, efetivamente, os números da violência nos jogos diminuíram com a proibição? Por mais que a Secretaria de Defesa Social siga reticente, até o ex-juiz do Juizado do Torcedor, Aílton Alfredo, defensor da antiga lei, acabou mudando de opinião, admitindo que os dados não estavam correlacionados – boa parte dos casos registrados envolvia, na verdade, as torcidas uniformizadas.

Num processo arrastado, desde janeiro, o projeto já passara nas comissões da Alepe, faltando a votação. Enfim, o projeto de lei ordinária 2153/2014, de Antônio Moraes, foi ao plenário. Apesar da oposição via bancada evangélica, passou. Resta a ratificação numa votação regimentar e a assinatura do governador Paulo Câmara, um trâmite normal. Essa decisão deve impulsionar o futebol. A Itaipava, que detém o naming rights da Arena Pernambuco, poderá vender seu principal produto – a lacuna era uma barreira no contrato de R$ 10 milhões/ano.

Agora, até o Estadual pode ter uma cervejaria como parceira. Em 2009, com o veto, a Ambev recuou num naming rights de R$ 800 mil, no “Pernambucano Brahma Fresh”. A FPF deve negociar a marca do torneio de 2016 a 2019. Entre os quatro interessados, duas cervejarias. Economia à parte, a loira gelada está voltando ao Arruda, Ilha, Arena, Aflitos, Lacerdão, Cornélio de Barros…

Podcast 45 (188º) – Santa perto do acesso, futuro do Náutico e as chances do Sport

Com 1h34m, o 45 minutos fez um balanço dos grandes clubes pernambucanos no fim de semana, iniciando com o Santa Cruz, a uma vitória da volta à Série A. Após o 3 x 0 sobre o Botafogo, o Tricolor encaminhou um acesso aguardado há uma década. Comentamos a atuação do time, a possível cota na primeira divisão e até a chance de disputar a Sul-Americana. Na sequência, o Náutico, quase sem chances de acesso. Fora do Nordestão, com a implosão do MTA e a nova rusga no contrato com a Arena. Terminando o programa, uma passagem sobre a goleada sofrida pelo Sport em BH. Ainda com chance de Libertadores? Sim, mas a conta é uma só: 3 vitórias em 3 jogos.

Confira um infográfico com as principais atrações do programa aqui.

Nesta 188ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

Brasil x Uruguai, a possível estreia da Seleção Brasileira na Arena Pernambuco

Brasil x Uruguai

Ao término do empate em 1 x 1 entre Brasil e Argentina, no Monumental de Nuñez, com um gol de Lucas Lima, ex-Sport, o locutor Milton Leite encerrou a transmissão no canal de tevê por assinatura SporTV anunciando Brasil x Uruguai na Arena Pernambuco. O jogo, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, está agendado entre os dias 21 e 24 de março de 2016. Seria a terceira partida seguida da seleção principal no Nordeste, após Fortaleza (Venezuela) e Salvador (Peru). Escudo contra as críticas?

Já havia a expectativa da partida no Recife, comentada pelo presidente da FPF, Evandro Carvalho, desde o anúncio do amistoso da Seleção Olímpica na Ilha do Retiro. Contudo, nem FPF, CBF ou Conmebol confirmaram o jogo – muito menos o consórcio que administra a arena em São Lourenço da Mata. Entretanto, a declaração dada numa emissora de alcance nacional e, sobretudo, detentora dos direitos de transmissão dos jogos do Brasil, logo repercutiu.

Caso confirmada, será a estreia da Seleção no Arena, substituindo o Mundão, que recebeu todos os jogos desde 1978. Seria também a 18ª partida da seleção principal no estado, sendo o segundo clássico entre brasileiros e uruguaios aqui. Em 1985, diante de 59.946 torcedores no Arruda, vitória com gols de Careca e Alemão. Em relação à fase classificatória para o Mundial, a última apresentação foi em 2009, contra o Paraguai. Em partidas oficiais, ou seja, contra seleções nacionais, a Canarinha jamais perdeu em Pernambuco…

Avenida Malaquias
27/09/1934 – Brasil 5 x 4 Sport
30/09/1934 – Brasil 3 x 1 Santa Cruz
04/10/1934 – Brasil 8 x 3 Náutico
07/10/1934 – Brasil 5 x 3 Seleção Pernambucana
10/10/1934 – Brasil 2 x 3 Santa Cruz

Ilha do Retiro
01/04/1956 – Brasil 2 x 0 Seleção Pernambucana
13/07/1969 – Brasil 6 x 1 Seleção Pernambucana

Arruda
13/05/1978 – Brasil 0 x 0 Seleção Pernambucana
19/05/1982 – Brasil 1 x 1 Suíça
02/05/1985 – Brasil 2 x 0 Uruguai
30/04/1986 – Brasil 4 x 2 Iugoslávia
09/07/1989 – Brasil 2 x 0 Paraguai
29/08/1993 – Brasil 6 x 0 Bolívia
23/03/1994 – Brasil 2 x 0 Argentina
29/06/1995 – Brasil 2 x 1 Polônia
10/06/2009 – Brasil 2 x 1 Paraguai
10/09/2012 – Brasil 8 x 0 China

Arena Pernambuco
21/03/2016 – Brasil x Uruguai*
*A confirmar.

Podcast 45 (187º) – Ruptura entre Náutico e Arena e decisões de Santa Cruz e Sport

A ideia era comentar Brasil x Argentina (adiado), pelas Eliminatórias, e o amistoso da Seleção Olímpica na Ilha do Retiro, com os jogos decisivos do Trio de Ferro na sequência. Porém, a surpreendente decisão do Náutico de mudar o local do jogo contra o Bahia da Arena para o Arruda acabou virando a pauta do 45 minutos. Foi o primeiro assunto do programa, com as consequências e o que isso pode implicar ao Tricolor, concorrente direto em busca do acesso. Por sinal, Náutico x CRB e Botafoto x Santa são jogos com misto de técnica e matemática. Por fim, a missão do Sport no Mineirão, onde não vence desde 1978. Para retornar à Libertadores, somar ao menos um pontinho é vital.

Nesta 187ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

Evandro Carvalho garante jogo da Seleção Brasileira na Arena até 2016

Evandro Carvalho chefiando a delegação da Seleção Brasileira no Superclássico das Américas de 2014. Foto: Fifa/twitter

A CBF divulgou em 13 de agosto os locais das duas primeiras partidas da Seleção Brasileira pelas Eliminatórias da Copa de 2018. A entidade escolheu Fortaleza (Castelão) e Salvador (Fonte Nova), deixando a FPF numa saia justa, uma vez que o presidente Evandro Carvalho apostava no estado como subsede. No entanto, o dirigente garante que haverá um jogo do Brasil por aqui até o fim de 2016. Ou pelas Eliminatórias, cuja tabela segue em formação, ou em algum amistoso. Neste caso, faria parte do Brazil Global Tour, como é chamado o giro da Canarinha pelo mundo. A informação foi repassada ao blog pelo próprio Evandro, durante a passagem em Natal, no lançamento do Nordestão.

Presidente, como você reagiu ao anúncio de que Fortaleza e Salvador seriam os primeiros palcos das Eliminatórias, no lugar do Recife?
“Normal. São nove jogos (no Brasil) e ainda tem tempo para colocar outras cidades. Em breve, Marco Polo Del Nero (presidente da CBF) virá ao Recife para confirmar um jogo aqui (em 12 de julho de 2012, o então mandatário José Maria Marin anunciou uma partida no Palácio do Campo das Princesas)”.

Qual seria o adversário em Pernambuco? E a data, já tem algum prazo?
“Primeiro, precisamos saber se será pelas Eliminatórias. Sei que será um jogo da seleção principal, de acordo com o calendário da CBF. Deve ser no ano que vem, provavelmente”.

Se for um amistoso, há risco de não ser ‘Data Fifa’, como em 2012, numa segunda-feira? Na ocasião, veio o time reserva da China…
“Ali, a data não importou, e sim o adversário. A China é um dos países que mais exporta para o estado. Era interessante fortalecer a relação comercial, num grande trabalho do governador Eduardo Campos (o blog comentou isso na época, veja aqui)”.

A última partida da Seleção no estado aconteceu no Arruda. Com a Arena Pernambuco funcionando, existe alguma dúvida sobre o local?
“Será na Arena Pernambuco, até porque a empresa que gerencia os jogos da Seleção (ISE, uma companhia árabe que comprou os direitos até 2021) exige um ‘padrão arena’ nas partidas. E a Arena é um equipamento do estado”.  

Jogos da Seleção Brasileira em Pernambuco: 5 na Avenida Malaquias (1934), 2 na Ilha do Retiro (1956 e 1969) e 10 no Arruda (de 1978 a 2012).

Em busca do gramado perfeito, com direito a “selo de qualidade” da CBF

Representantes de Náutico, Santa e Sport no seminário da CBF sobre gramados. Foto: FPF/divulgação

A CBF já articula uniformizar as dimensões dos gramados das duas principais séries do Campeonato Brasileiro. A partir do pedido do técnico Levir Culpi, que contou com a aprovação da categoria, seria estabelecido o mesmo padrão das arenas da Copa do Mundo, 105m x 68m. Além do tamanho, há outro fator importante neste tema: a qualidade do piso. Daí, participação maciça dos pernambucanos no Seminário de Preparação de Gramados, no Maracanã, ministrado pela engenheira agrônoma Maristela Kuhn, que trabalhou durante toda a preparação do Mundial 2014, nos estádios e centros de treinamento.

No embalo do curso, a CBF lançou o “ranking nacional de gramados”, com uma qualificação oficial – futuramente, pode se tornar até uma exigência para algum jogo de maior peso. Ideia já repassada aos administradores dos estádios de Sport, Santa, Náutico e Vitória, convidados entre os clubes das Séries A e B e os dez primeiros do ranking feminino – hexa estadual, o Vitória é o vice-líder.

Há muito a se fazer nessas bandas. São várias nuances, como tipo de grama (bermuda celebration), corte (de 18 a 25 milímetros), irrigação (automatizada) e drenagem (a vácuo). Somado a tudo isso, claro, o tamanho do campo de jogo. Entre os palcos presentes, somente a Arena Pernambuco está de acordo.

8.250 m² (110m x 75m) – Ilha do Retiro
8.190 m² (105m x 78m) – Arruda
7.665 m² (105m x 73m) – Aflitos
7.350 m² (105m x 70m) – Carneirão
7.140 m² (105m x 68m) – Arena Pernambuco

Qual clube tem mais chance de obter o “selo de qualidade” em 2016?

Seminário sobre gramados na CBF em 2015. Foto: Fernando Torres / CBF