Começou o Nordestão de 2016. A estreia pernambucana foi no sábado, com o empate sem gols do Salgueiro em Imperatriz. No domingo, mais dois representantes e um desfecho curioso. O Sport jogou mal e venceu o Botafogo fora de casa, enquanto o Santa jogou bem e perdeu do Bahia no Arruda. No 45 minutos, analisamos os jogos, com os erros e acertos de Falcão e Martelotte, já projetando o restante da fase de grupos. No fim, um debate sobre a história do Nordestão, com os títulos oficiais (desde 1994) e não oficiais (desde 1946).
Confira um infográfico com a pauta do programa aqui.
Neste podcast, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Falcão teve que quebrar a cabeça para escalar o Sport, improvisando um lateral no ataque e com volantes na criação. Reflexo de uma irresponsável montagem de elenco até o momento, sem um meia de ofício com dois torneios em andamento. Em João Pessoa seria mesmo preciso superar obstáculos. A começar pela torcida, que aguardou até o último instante para para saber se entraria, após a recomendação do Ministério Público da Paraíba por causa das obras de um viaduto no entorno do Almeidão. Se não havia condições, então o veto deveria ser duplo, pois o Estatuto do Torcedor regulamenta a torcida visitante. Acabaram liberando torcedores sem uniformes. Decisão tosca.
Em campo, o rubro-negro também não se fazia presente. Tanto pelo padrão azul quanto pelo rendimento. Apesar da posse de bola, em 60%, o Sport não criou nada no primeiro tempo, numa atuação lamentável, em desvantagem desde os 11 minutos após mais uma falha de Matheus Ferraz nesta temporada. A bola sobrou limpa para Müller Fernandes, na cara do gol. Quanta diferença em relação ao time que terminou o Brasileirão. A falta de um pensador na equipe acabou gerando um estilo completamente distinto, basicamente uma busca incessante pela linha de fundo e bolas alçadas para Túlio de Melo.
Com tantos desfalques, a base foi lançada outra vez de maneira forçada. Ao menos um nome funcionou, Fábio. Deu um mínimo de mobilidade a um meio-campo marcador, porém acéfalo, mesmo diante de um adversário frágil. Ainda assim, os gols saíram, sem surpresa, em cruzamentos. Com Túlio de Melo pegando a sobra de um escanteio e com Rithely, a dez minutos do fim, se antecipando entre os marcadores, 2 x 1. Uma vitória na camisa, essencial nesta primeira fase do Nordestão. Sobretudo se o futebol continuar assim, pobre.
A pré-temporada de um mês, em janeiro, foi instituída oficialmente pela CBF em 2015. Com mais tempo de preparação, os clubes da capital pernambucana ganharam datas para a realização de amistosos, do âmbito regional ao internacional. Até valendo taça, com as copas amistosas Ariano Suassuna e Chico Science, negociadas com a televisão. Em dois anos foram sete partidas (Arena, Arruda e Ilha), reunindo 63 mil torcedores, com média de 7.957. A arrecadação bruta chegou a R$ 1.190.305, com índice de R$ 148 mil, próximo ao número da fase principal do campeonato estadual, no hexagonal do título de 2015.
Os três calendários foram bem distintos. No Náutico foi o único a se apresentar fora de casa. Enfrentou o Botafogo em João Pessoa e em São Lourenço neste ano. Já o Santa Cruz foi o único a mandar mais de um jogo em casa no período preparatório, com dois, levando quase 16 mil pessoas contra o Fla em 2012. O Sport, por sua vez, manteve a agenda nos dois anos. Apenas um jogo, em casa. Contra o Nacional, em 2015, registrou o maior público e a maior renda da pré-temporada local até o momento.
Exceção feita ao Timbu, que não conseguiu passar de três mil espectadores, no geral o período tem sido positivo financeiramente, o que deve influenciar no planejamento de 2017, valorizando cada vez mais o período, antes de a bola rolar pra valer.
2016 (4 jogos) 15.858 pessoas (R$ 264.570) – Santa Cruz 3 x 1 Flamengo 24/01* 8.909 pessoas (R$ 216.865) – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (Argentina), 24/01*
4.268 pessoas (R$ 35.130) – Santa Cruz 3 x 1 Botafogo-PB, 27/01 1.597 pessoas (R$ 22.480) – Náutico 2 x 0 Botafogo-PB, 23/01
Público total: 30.632 (média de 7.658)
Renda total: R$ 539.045 (média de R$ 134.761)
2015 (4 jogos) 22.536 pessoas (R$ 547.250) – Sport 2 x 1 Nacional (Uruguai), 24/01* 5.011 pessoas (R$ 48.650) – Santa Cruz 1 x 1 Zalgiris Vilnius (Lituânia), 22/01 2.908 pessoas (R$ 32.220) – Náutico 0 x 0 Decisão, 17/01
2.572 pessoas (R$ 23.140) – Santa Cruz 3 x 0 Campinense, 25/01
Público total: 33.027 (média de 8.256) Renda total: R$ 651.260 (média de R$ 162.815)
A edição durou 2h02, uma das mais longas do 45 minutos. Iniciamos o podcast comentando a falta que Carlos Celso Cordeiro fará ao futebol pernambucano, numa lacuna irreparável. Como exemplo, estatísticas dos três clássicos, os maiores goleadores e quem atuou mais em cada um. Dados possíveis devido à sua pesquisa. Na sequência, analisamos as vitórias de Sport, Santa e Náutico no fim de semana, tanto o rendimento quanto a organização dos amistosos (Taça Ariano Suassuna e Troféu Chico Science). Por fim, uma rápida passagem nos jogos de Ceará e Bahia, futuros adversários no Nordestão.
Confira um infográfico com a pauta do programa aqui.
Nesta edição, estive ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
O Náutico realizou o seu último amistoso na pré-temporada de 2016 na Arena Pernambuco. Apesar do cenário esvaziado, havia um torcedor ilustre, o técnico Muricy Ramalho, bicampeão pernambucano em 2001 e 2002. Mais cedo, no centro de treinamento alvirrubro, o ex-comandante, hoje no Flamengo, já havia encontrado Kuki, uma parceria de sucesso nos Aflitos. Conselheiro vitalício do Timbu, Muricy não viu um grande jogo, tendo que esperar até a segunda etapa para ver o time deslanchar, no 2 x 0 sobre o Botafogo da Paraíba.
Dois gols de pênalti, ambos cobrados pelo zagueiro Ronaldo Alves. Quase um replay, pois chutou duas vezes no canto esquerdo do goleiro, que escolheu o lado direito duas vezes. Assista aos lances, registrados pela assessoria timbu.
Em João Pessoa, o Náutico fez a primeira apresentação de um grande clube pernambucano em 2016, empatando em 0 x 0 com o Botafogo, que se prepara para o Nordestão. Foi um amistoso sem grandes emoções, mas com domínio alvirrubro e a torcida matando a saudade no Almeidão. O principal objetivo do técnico Gilmar Dal Pozzo era movimentar o time. Dito e feito. Usou 22 atletas!
Fora do regional, o time dos Aflitos foca só o Estadual. Embora o investimento seja bem menor em relação aos rivais, na Série A, há a pressão pelo jejum de títulos, desde 2004. Falando nisso, no fim da partida o veterano Fabiano Eller recebeu um troféu dos organizadores. A partir de uma antiga gentileza para os visitantes, com o empate, o Náutico levou o Troféu Clássico da Paz, oferecido pela Rádio Tabajara, da capital paraibana, em parceria com um laboratório local. No próximo sábado, no segundo jogo agendado entre os clubes nesta pré-temporada, será a vez da Arena Pernambuco. Novamente com taça?
Primeira formação do Náutico: Rodolpho (Júlio César); Rafael Pereira (Guilherme), Ronaldo Alves (Fernando Pires), Fabiano Eller (Rafael) e Gastón (Gil Mineiro); Elicarlos (Niel), Eduardinho (João Paulo), Caíque (Rafael Ratão), Roni (Kau) e Bergson (Jefferson Nem); Thiago Santana (Daniel Morais)
Em 2014, quando entrou no futebol, a Caixa Econômica Federal patrocinou nada menos que 15 times das Séries A, B e C, sendo seis do Nordeste, incluindo o Sport. Um investimento de R$ 111,9 milhões. Em 2015, o momento econômico instável do país parecia indicar um freio neste gasto da Caixa, mas o noticiário em janeiro de 2016 aponta uma injeção R$ 188 milhões em 16 clubes. Uma ampla reportagem do globo.com projetou os valores de cada clube.
Após dois anos recebendo R$ 6 milhões, o Leão negocia um aumento para R$ 7,5 milhões no ano. A novidade é a inclusão do Santa, que enfim conseguiu as certidões negativas de débito, uma exigência no processo com o banco estatal – os documentos de órgãos públicos declaram que não existem pendências. Os corais receberiam R$ 3,5 milhões, o menor valor entre os integrantes da Série A, junto ao América. Porém, as duas receitas podem ser maiores.
O blog apurou que a cota do Rubro-negro pode chegar a R$ 8 mi, com o Tricolor recebendo até R$ 6 mi – ambos, até janeiro, sem assinatura. Pelo quadro, o valor faria mais sentido, ficando no patamar entre Coxa, Furacão, Vitória e Chape. Talvez o fato de ser o primeiro contrato puxe para baixo. Dos times listados, só um está na B, o Vasco. Entretanto, as negociações para mais times na Segundona não estão descartadas. Desde fevereiro de 2014 se articula a entrada do Trio de Ferro, inclusive politicamente. O Náutico também pode pintar em 2016 – receberia no máximo R$ 2 milhões. Ainda na região, o Bahia divulgou que conseguiu todas as certidões, num claro indício para este negócio.
Sobre o quadro divulgado, causa surpresa, sem dúvida, os R$ 17 milhões ao Botafogo, bem acima de Cruzeiro e Atlético-MG, que ganharam tudo nos últimos anos (Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil) e contam com públicos bem maiores, em projeção de torcida, consumo de pay-per-view e número de sócios, por exemplo. O endereço carioca certamente deve ter influenciado nisso.
Fim de temporada no futebol pernambucano, Hora do balanço do 45 minutos. Como em outras oportunidades, uma edição especial com o “tira-teima”, neste caso voltado para os resultados de Náutico, Santa e Sport em 2015. Perguntas diretas, sem direito a ficar “em cima do muro”. Qual foi a melhor atuação de cada um (Bahia 1 x 2 Santa, Sport 3 x 0 Inter, Vitória 2 x 3 Náutico)? E a pior? E o time que mais se destacou (Santa campeão estadual e vice da Série B ou Sport, o 6º da Série A)? Na sequência, a escolha da melhor contratação, da maior decepção, do pior jogador… E ainda uma debate sobre as mudanças entre os maiores times da região e o cada vez mais insustentável G12.
Bom humor e muita opinião num bate-papo de 2h37!
Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Acabou a Série B, em sua edição na era dos pontos corridos, sempre com vinte times. Vice-campeão, o Santa Cruz repetiu as colocações de Sport (2006) e Náutico (2011). Entretanto, em relação à pontuação, os corais estabeleceram a melhor marca. O Santa venceu o Vitória, pela 38ª rodada, e chegou a 67 pontos. O atual campeão pernambucano chegou ao terceiro vice-campeonato de sua história na Segundona (1999, 2005 e 2015). Enquanto isso, o Náutico venceu o Bragantino fora de casa e terminou em 5º lugar. A pontuação alvirrubra, 63 pontos, costuma terminar em acesso – basta lembrar que em 2011 o Sport subiu com 61 -, mas o G4 acabou acima da média.
Lá embaixo, numa arrancada espetacular, o Ceará venceu o Macaé no Castelão, com 47 mil torcedores, e evitou um rebaixamento que parecia certo – e que seria o primeiro do clube à Série C. Festa do campeão do Nordeste.
Série B 2015 Subiram: Botafogo, Santa Cruz, Vitória e América-MG Caíram: Macaé, ABC, Boa Esporte e Mogi Mirim
A 36ª rodada foi excelente para o tricolores. Além da categórica vitória do Santa Cruz sobre o Botafogo no Engenhão, por 3 x 0, os resultados ajudaram, com a derrota do Sampaio Corrêa e o empate do Náutico com o CRB, na Arena. O campeão pernambucano manteve a 4ª colocação e chegou a 61 pontos, quatro acima do 5º lugar. A duas rodadas do fim, isso significa que uma simples vitória recolocará a Cobra Coral na elite do futebol nacional. Tem duas chances, contra Mogi Mirim, que mudou o seu mando para Itu, e o Vitória, virtualmente classificado. Já o Náutico precisará vencer seus dois jogos e torcer para o Santa somar apenas um – ou então terá que decidir no saldo, onde hoje está bem atrás. A Série B de 2015 está quase decidida…
No G4, um carioca (classificado), um mineiro, um baiano e um pernambucano.
A 37ª rodada dos representantes pernambucanos
21/11 (16h30) – Náutico x Bahia (Arruda)
21/11 (16h30) – Mogi Mirim x Santa Cruz (Novelli Júnior, Itu)