Evandro Carvalho desarticula o ofício da CBF e Sport ganha tempo para resposta sobre a participação no Nordestão 2019

Sport na Copa do Nordeste de 2019? Arte: Cassio Zirpoli/DP, via pixlr.com

O agendamento da fase preliminar da Copa do Nordeste de 2019 para abril de 2018 antecipou bastante o prazo sobre a decisão do Sport acerca da participação na próxima edição, uma vez que o leão desistiu do torneio vigente – como havia alertado o blog. O jornalista Carlyle Paes Barreto, do Jornal do Commercio, trouxe a informação com a data máxima para o posicionamento do clube: 16 de março. O prazo foi dado pela CBF, num ofício encaminhado à FPF. Porém, na data específica, não haverá resposta… Não agora.

O documento foi protocolado em 7 de março e encaminhado à federação pernambucana de futebol. Em contato com o blog, o presidente da entidade, Evandro Carvalho, disse que o documento sequer chegou a ser validado na FPF, após um contato com a CBF. Ou seja, não foi repassado ao Sport e, nesta data, a exigência já teria sido revogada. Trechos da entrevista…

Evandro, você recebeu o ofício da CBF? Caso sim, repassou ao Sport?
“Eu estava no Rio de Janeiro, na CBF, quando soube dessa história. Na hora, mandei desconsiderar aqui (no Recife), porque não cabe o pedido de inclusão, só o de exclusão. Foi um erro de quem elaborou. Além disso, a indicação dos clubes participantes na Copa do Nordeste cabe às federações”

Então, o Sport não precisa responder se disputará o Nordestão de 2019?
“O Sport se desfiliou da Liga do Nordeste. Ele já está fora. Agora, tudo é uma questão de dinheiro. O Sport está buscando o que interessa a ele, que é um recurso maior. A Copa do Nordeste é um torneio particular, no qual a CBF só fornece as datas. Nenhum clube é obrigado a participar. E se o Sport quiser voltar, pode voltar, como classificado (pelo Ranking da CBF) e convidado da liga. Esse ofício não impediria isso”

Há razão para se esperar uma copa paralela ao Nordestão nessa saída?
“A Copa do Nordeste ficou enfraquecida com a saída da Globo. Ela (a copa) precisa de recursos para os próximos anos e, desse jeito, nem sei se chega em 2022 (último ano do acordo entre a Liga e a CBF, com direitos de TV junto ao Esporte Interativo). Sobre um outro torneio, não sei. É uma questão interna dos clubes, que sempre vão querer jogar o que for mais rentável” 

Nota do blog: de fato, não fazia sentido a CBF exigir a resposta prévia de apenas um clube sobre a participação, pois o pedido de desistência, para 2018, visava apenas um ano, sendo necessário protocolá-lo a cada edição. Sobre a resposta do Sport, embora o pleito do clube seja correto (a busca por cotas maiores), a saída isolada aponta um erro estratégico – sem tanto apoio da torcida, que já fez até petição pública pedindo a volta. A continuidade disso não teria lógica, influenciando inclusive no próximo mandato no clube.

Sobre a cota da Copa do Nordeste, confira um balanço das receitas aqui.

Aprovação na Série A reabre o caminho para campos sintéticos em Pernambuco. Devido ao custo, só um alvo: o Lacerdão

Modelo de grama sintética em estudo na FPF. Foto: Fred Figueiroa/DP

A decisão unânime sobre a utilização do gramado sintético no Brasileirão é em caráter definitivo, segundo o presidente da FPF, Evandro Carvalho, presente no arbitral da competição. Com isso, reabre a possibilidade de campos artificiais em centros periféricos, à parte da Série A. Em Pernambuco, devido à histórica crise hídrica, agravada por uma das maiores secas do século, o problema no interior, somado à falta de receita, é recorrente – em 2017 resultou em vetos no hexagonal, com Belo Jardim e Central jogando fora. Ao blog, o mandatário afirmou que a decisão traz uma situação nova ao futebol local, baseada no custo. Originalmente, a ideia era promover a instalação em três mesorregiões, a Zona da Mata (Vitória), o Agreste (Caruaru) e o Sertão (Serra Talhada). Assim, haveria um raio de alcance a cidades próximas, em caso de campos de grama natural sem condições. Porém, pelo regulamento aprovado, um campo sintético só pode receber um jogo de futebol profissional caso seja do “nível 5” – o grau máximo escalonado pela Fifa.

Embora seja sintético, esse gramado contém uma mistura com material orgânico, para tirar a percepção ‘emborrachada’ das primeiras versões – acima, a amostra exposta na federação. Também demanda irrigação, devido à temperatura e à resistência, embora numa escala muito menor. Trata-se do piso instalado na Arena da Baixada, do Atlético-PR, o único palco da Série A 2018 neste contexto – Fonte Nova e Allianz Parque podem ser os próximos.

O custo deste modelo? Aí está o motivo do ‘refinamento’ da ideia…

R$ 2.783.000, somando a aquisição do campo e a instalação.

Para Evandro, num primeiro momento, só é possível projetar um campo no interior – com investimentos externos. No caso, o Lacerdão, em Caruaru. Pelo tamanho do estádio (19.478 lugares), pelo porte econômico da cidade (356 mil habitantes) e pela localização estratégica, com clubes num raio de 85 km (Belo Jardim, Chã Grande, Decisão, Pesqueira, Porto e Ypiranga).

Existem dois caminhos:

1) Via Ministério do Esporte
Através de projetos de fomento, mesmo num campo privado, poderia haver o repasse do governo federal. Em Pernambuco, a FPF vem firmando parcerias com prefeituras. Já foram aprovados dois projetos de modernização de estádios municipais: o Valdemar Viana, em Afogados (R$ 590 mil), e o Laura Bandeira, em Paudalho (R$ 585 mil). Os dois empreendimentos estão listados no Portal da Transparência. No caso do campo do Central, o local poderia ser utilizado – além de jogos profissionais – em ações de inclusão, numa lógica semelhante aos centros de treinamento financiados pelo ministério

2) Via Fifa
Pelo contrato de organização da Copa do Mundo de 2014, o Brasil teria direito, após o evento, a um aporte de US$ 100 milhões para obras de infraestrutura e capacitação. O tal ‘Legado da Copa’. Com a bronca da entidade na justiça, quase todo o dinheiro segue na Suíça. Apenas 8,7 mi foram liberados – segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a liberação pode ocorrer, finalmente, em 2018. Portanto, haveria, em disputa por projetos, cerca de 91,3 milhões de dólares (ou R$ 289 milhões). Em tese, bastaria a Pernambuco conseguir 1% disso para viabilizar o campo em Caruaru.

Explicação de Evandro Carvalho sobre a escolha prévia do Lacerdão
“Nunca deixamos de discutir ou ventilar a possibilidade. Mas agora, com a decisão definitiva, que ficará no Regulamento Geral de Competições da CBF, podemos seguir. Temos dois caminhos e hoje, na nossa visão, precisamos de um estádio no interior com regularidade. E seria muito bom para nós, e até para estados vizinhos, se um estádio como o do Central pudesse receber um gramado artificial. Porque haveria a garantia de 10 anos e a possibilidade de jogos seguidos, sem danificar o campo.”

Obviamente, o Trio de Ferro também poderia optar pela mudança no piso (no Arruda, na Ilha e nos Aflitos), mas, a princípio, através de outras parcerias.

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Central 1 x 1 Sport. Foto: Tetto Drone, via Caruaru no Face (cortesia)

Evandro Carvalho: “Nós temos estádios no interior em ótimas condições”

Evandro Carvalho, o presidente da FPF em 2018. Foto: FPF/site oficial

Ao site da FPF, o presidente da entidade, Evandro Carvalho, deu um depoimento sobre a expectativa para o Campeonato Pernambucano de 2018, programado entre 17 de janeiro e 8 de abril, com 63 partidas.

A seguir, as aspas do dirigente e em negrito as observações do blog.

“Tenho certeza de que esta será uma das edições mais emocionantes do campeonato. Primeiro porque nós conseguimos restabelecer e restaurar, devido a nova interpretação da legislação, a disponibilidade de datas.”
A tal interpretação da legislação foi a única saída para possibilitar jogos com intervalos abaixo de 66 horas, o recomendado pela CBF. Como consequência forçou o calendário. O blog já detalhou a agenda do Trio de Ferro, com apresentações em menos de 24 horas ou até duas partidas – de torneios diferentes – agendadas para o mesmo dia! 

“Então, poderemos fazer um campeonato com datas que permite que o Trio de Ferro visite o interior, que essas equipes joguem com as cidades do interior do estado. Segundo, nós temos uma dado importantíssimo e que orgulha o nosso Pernambucano, nós temos estádios no interior em ótimas condições.
Ao menos os times da capital voltam, de fato, a pegar a BR-232, mas o otimismo do dirigente acerca dos campos soa exagerado. O Vitória, por exemplo, não jogará no Carneirão, em péssimo estado – deve mandar seus jogos na Arena Pernambuco. O Belo Jardim corre contra o tempo para deixar o Mendonção em condições, o que não conseguiu em 2017. Nos demais palcos no interior (5), pequenas reformas e gramados irrigados entre outubro e janeiro.

E terceiro, nós temos um modelo de competição inusitado – nós teremos uma única partida nas quartas de final e nas semifinais. Então, um clube grande que não for bem pode perder a chance de ir para a final.”
Pela primeira vez na história o torneio local terá a fase quartas de final. Embora a fórmula com mais disputas eliminatórias possa ser uma alternativa para os Estaduais, por outro a edição de 2018 classificará 8 dos 11 participantes. É muita coisa, podendo comprometer a intensidade das equipes nas 11 rodadas do turno – a vantagem seria terminar no G4, restando, na prática, uma vaga.

Flamengo de Arcoverde goleia o Íbis e ganha a inédita Taça Evandro Carvalho

Taça Evandro Carvalho 2018: Flamengo de Arcoverde x Íbis. Foto: FPF/twitter (@fpfpe)

Mais uma taça erguida na pré-temporada sertaneja. Após a Taça Aderval Viana, conquistada pelo Salgueiro, em Afogados da Ingazeira, foi a vez de Arcoverde contar uma disputa do tipo. Na reabertura do estádio Áureo Bradley, com nova pintura, novas saídas para os vestiários e gramado ampliado para o padrão 105m x 68m, o Flamengo atropelou o Íbis.

O duelo rubro-negro na tarde de domingo terminou em 6 x 0 a favor do mandante, que estreia no Campeonato Pernambucano dentro de dez dias, no mesmo local e contra outro rubro-negro, justamente o atual campeão Sport.

Com a vitória, o Flamengo de Arcoverde levou a Taça Evandro Carvalho. Isso mesmo, o troféu simbólico faz homenagem ao presidente da FPF. Ao menos não foi uma auto-homenagem, pois foi o próprio clube que ofereceu o troféu, celebrando os seus 59 anos de fundação. Como na noite de sábado, o dirigente esteve presente no amistoso, a 256 km do Recife

Quanto ao pássaro preto, que no segundo semestre irá disputar novamente a segundona do futebol local, fica a má atuação, como nos seus velhos tempos de ‘pior time do mundo’, com direito à pênalti cobrado na lua.

Taça Evandro Carvalho 2018: Flamengo de Arcoverde x Íbis. Foto: FPF/twitter (@fpfpe)

Taça Evandro Carvalho, a disputa amistosa entre Flamengo e Íbis

A Taça Evandro Carvalho de 2018, entre Flamengo de Arcoverde e Íbis. Crédito: FPF/site oficial

Taça Ariano Suassuna, Troféu Chico Science, Taça Mauro Shampoo…

…e Taça Evandro Carvalho.

Após Sport, Santa e Íbis, foi a vez do Flamengo de Arcoverde propor uma disputa amistosa. Em 2018, faz homenagem ao atual presidente da Federação Pernambucana de Futebol na reabertura do estádio Áureo Bradley, após um período fechado para a reforma do gramado e pintura das arquibancadas. Pela taça, encara o Íbis, que não se classificou na última segundona.

O amistoso foi agendado para o dia 7 de janeiro, a dez dias da estreia no Estadual de 2018, contra o Sport, no mesmo local. Homenageado, Evandro publicou uma mensagem de agradecimento no site oficial da FPF.

“É um orgulho receber essa homenagem por parte dos meus filiados. Isso só mostra que o meu trabalho vem sendo reconhecido e me motiva a continuar fazendo mais e melhor por todos eles”

Com a taça em jogo nos 90 minutos, o desempate pode ocorrer até na disputa de pênaltis. Evandro Cup à parte, na sua opinião quais nomes poderiam ser homenageados em taças amistosas envolvendo clubes locais?

Fifa suspende o presidente da CBF, que logo recebe apoio da FPF. Sem surpresa

Sedes da Fifa (Zurique, Suíça), CBF (Rio de Janeiro) e FPF (Recife)

Há tempos o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, evita viagens para o exterior, com a Seleção Brasileira atuando sem o seu representante máximo presente. Um vexame internacional ao qual o dirigente se submete para não sofrer sanções enérgicas do FBI, que em 2015 deflagrou uma investigação internacional sobre corrupção na cúpula da Fifa, num esquema de lavagem de dinheiro que funcionava há pelo menos 24 anos – não por acaso, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, segue preso em Nova York. Demorou, mas a Fifa resolveu punir o atual mandatário da confederação.

Começou com a abertura de um processo administrativo na Fifa, com o resultado saindo agora. São 90 dias de suspensão de todas as atividades no futebol. O cartola está obrigado a deixar a presidência da CBF. E o ato logo repercutiu no cenário local, ainda que de maneira constrangedora. Pouco depois do comunicado divulgado no site da fifa, direto de Zurique, a Federação Pernambucana de Futebol emitiu uma nota oficial de apoio ao dirigente. A seguir, trechos entre aspas e observações do blog.

1) “A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) recebeu com muita surpresa a notícia da suspensão do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, por 90 dias. Período esse em que o mandatário ficará impedido de realizar qualquer atividade ligada ao futebol”

Surpresa? Mesmo após dois anos da operação do FBI e do indiciamento do dirigente por corrupção sob benefício de US$ 6,5 milhões em propina?

2) “O presidente da FPF, Evandro Carvalho, manifesta solidariedade a (…) Del Nero e informa que nenhum movimento contrário ao presidente da CBF deve ser realizado, já que essa decisão é injustificável e trata-se de uma manobra política da Fifa com o intuito de interferir no processo eleitoral da CBF” 

Como sempre, federações estaduais operam em conchavo, à parte da razão. Se a manobra da Fifa é política, o que dizer desta?

3) “‘Pernambuco mantém um alinhamento e sua integral participação junto ao presidente Marco Polo Del Nero’, disse Evandro Carvalho”

Alinhamento e integral participação, sem surpresa. Afinal, as federações conseguem ser superavitárias mesmo com campeonatos deficitários e filiados capengando, tendo sempre o apoio da CBF para a manutenção dos calendários locais. Foi assim com a FPF, que, segundo o último balanço, teve a sua maior receita, mesmo com o Estadual tendo o pior público em 13 anos.

O troféu do Campeonato Pernambucano de 2018 mantém padrão da “Champions”

O troféu do Campeonato Pernambucano de 2018. Foto: João de Andrade Neto/DP

Pela primeira vez em muito tempo, a Federação Pernambucana de Futebol apresentou o troféu do campeonato estadual antes da disputa da competição. Foi a primeira novidade na tarde reservada ao conselho arbitral de 2018, embora ainda com a imagem do projeto numa tela de computador.

Após os dois modelos idênticos, em 2016 e 2017, a nova peça, com 60 cm de altura, traz características distintas, a partir da bandeira do estado. No entanto, mantém o formato semelhante das precursoras, livremente inspirado no sucesso da “orelhuda” da Champions League, também seguida no Nordestão.

O que você achou do troféu do Campeonato Pernambucano de 2018?

A competição será disputada por onze clubes num novo formato. Veja aqui.

As dez taças anteriores do Campeonato Pernambucano
2008 – Troféu Radialista Luiz Cavalcante (Sport)
2009 – Troféu Governador Eduardo Campos (Sport)
2010 – Troféu Tribunal de Justiça de Pernambuco (Sport)
2011 – Troféu 185 anos da Polícia Militar de Pernambuco (Santa Cruz)
2012 – Troféu Rede Globo Nordeste (Santa Cruz)
2013 – Troféu FPF (Santa Cruz)
2014 – Troféu 100 anos do Campeonato Pernambucano (Sport)
2015 – Troféu Centenário da FPF (Santa Cruz)
2016 – Troféu Pernambucano Celpe A1 (Santa Cruz)
2017 – Troféu Bicentenário da Revolução de 1817 (Sport)

2018 – Nome a definir

Os troféus do Campeonato Pernambucano de 2008 a 2017

A voz do torcedor sobre o Pernambucano de 2018: pontos corridos ou mata-mata?

Site "A Voz do Torcedor", sobre sugestões para o Pernambucano 2018. Crédito: FPF/reprodução

O torcedor pernambucano poderá sugerir o formato do campeonato estadual de 2018. O blog já havia antecipado a possibilidade, confirmada com o lançamento do site especial vozdotorcedor.com.br.

“A FPF abre um canal exclusivo para dar voz ao torcedor. Uma janela virtual para que o torcedor, de forma livre e democrática, contribua com a sua opinião para um Campeonato Pernambucano forte. É possível participar desde a indicação de uma fórmula para o campeonato até a opinião de quais pontos são fundamentais para que o torcedor esteja motivado a comparecer aos jogos no estádio. As sugestões serão apresentadas ao Conselho Arbitral.”

As respostas podem ser enviadas até 20 de agosto. Após o cadastro com idade, gênero e clube do coração, o torcedor responde imediatamente sobre a melhor fórmula: pontos corridos ou mata-mata. Pois é. Em tese, o campeonato pode deixar de ter uma final garantida após oito edições consecutivas.

Há um mês, a FPF anunciou que o Estadual de 2018 teria 11 times, subindo só um da segundona. Segundo o novo site, as 12 equipes seriam mantidas.

Nos pontos corridos, com 11 rodadas (supostamente), leva quem somar mais pontos. Entre 2004 e 2010, a competição ocorreu de forma parecida, com pontos corridos nos turnos. Porém, em caso de igualdade o regulamento previa jogos extras. Pelo novo questionário, o desempate seguiria o formato tradicional (vitórias, saldo, gols marcados, confronto direto e sorteio).

Caso o torcedor opte pelo mata-mata, é preciso responder duas perguntas.

Quantos grupos na primeira fase?
1 (12 times)
2 (6 times)
3 (4 times)
4 (3 times) 

Quantos jogos de mata-mata?
Quartas de final, semifinal e final
Semifinal e final (formato em vigor desde 2010)
Apenas final

O projeto foi apresentado na sede da FPF durante a primeira reunião para a formatação do torneio, com a presença de dirigentes e de jornalistas. Qual seria a sua sugestão para o Campeonato Pernambucano de 2018? Comente.

Abaixo, à parte do questionário da FPF, uma enquete sobre o formato…

Qual a sua fórmula ideal para o Campeonato Pernambucano de 2018?

  • Mata-mata (50%, 522 Votes)
  • Pontos corridos (50%, 518 Votes)

Total Voters: 1.040

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Reunião na sede da FPF para debater o formato do Pernambucano 2018. Foto: FPF/twitter (@fpfpe)

Emerson Sobral, de árbitro recordista de mata-matas e geladeiras a diretor da Ceaf

Emerson Sobral como árbitro e dirigente. Fotos: Ricardo Fernandes/DP e FPF/divulgação

A formação de Emerson Sobral na arbitragem ocorreu em 1995. Trabalhou no futebol pernambucano, onde chegou a obter a categoria “CBF”, deixando o quadro em 2017, já aos 43 anos. Na verdade, ocorreu uma transferência, assumindo imediatamente a Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol, a Ceaf-PE, no lugar de Salmo Valentim. Como se sabe, o quadro local não é dos melhores – na visão do blog -, com um número elevado de lambanças. E Emerson Sobral está intimamente ligado a isso. Embora seja o recordista de jogos na fase decisiva do Campeonato Pernambucano, com sete aparições entre semifinais e finais (apitou a decisão de 2015), o agora dirigente também acumulou o maior número de punições por erros cometidos. Nesta década, foi três vezes para a “geladeira” (abaixo), sendo duas no cenário local e uma no Brasileirão. Com essa experiência, terá bastante trabalho a partir de agora.

“Participamos de um dos estaduais reconhecidamente mais difíceis do país pela sua tradição e competitividade e tudo isso nos coloca como sendo um dos melhores quadros de árbitros do Brasil.”

18/01/2012 (punido no Estadual)
Afastado ao errar em dois jogos. No 1º, deixou de expulsar o zagueiro André Oliveira, do Santa. No 2º, não marcou um pênalti em cima de Rogério, do Náutico, e depois assinalou um pênalti inexistente sobre o mesmo jogador.

24/03/2013 (punido no Estadual)
No jogo Ypiranga 2 x 2 Sport, na oitava rodada do segundo turno, assinalou um pênalti polêmico para a Máquina de Costura e marcou uma falta inexistente aos 44 do 2º tempo, no lance que acabou saindo o último gol.

02/09/2015 (punido na Série A)
Na partida entre Ponte Preta e Cruzeiro, pelo Brasileirão, em Campinas, deixou de marcar dois pênaltis, um para cada time. No caso do time mineiro, marcou a falta fora da área. No lance da Macaca, sequer assinalou falta.

Número de jogos de Sobral no Pernambucano (e o % sobre o torneio)
2014 – 16 jogos (11,4% de 140)
2015 – 14 jogos (11,2% de 124)
2016 – 11 jogos (11,4% de 96)
2017 – 11 jogos (11,5% de 95)

Ranking de jogos no mata-mata do Pernambucano (desde 2010)
7 partidas – Emerson Sobral (PE)
6 partidas – Sebastião Rufino Filho (PE)
4 partidas – Nielson Nogueira (PE)
3 partidas – Gilberto Castro Júnior (PE) e Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ / PE) e Wilton Sampaio (Fifa-GO)

Confira a lista completa de árbitros no mata-mata local clicando aqui.

Campeonato Pernambucano terá redução de clubes em 2018 e 2019. Talvez em 2020

FPF

Em 2007, a segunda divisão pernambucana foi vencida pelo Salgueiro, numa final contra o Sete de Setembro, no Gigante do Agreste. Entretanto, o torneio acabou na justiça, com Petrolina e Centro Limoeirense, eliminados na semi, pleiteando as duas vagas. O presidente da FPF na época, Carlos Alberto Oliveira, tomou uma decisão sui generis. O dirigente promoveu o acesso dos quatro clubes, inchando a primeira divisão, que a partir de 2008 teria 12 clubes, apertando como nunca o calendário. Embora a federação tivesse sinalizado posteriormente, já sob comando de Evandro Carvalho, que o ideal era reduzir, emperrou na vontade dos clubes, contra a queda de quatro times.

Ao menos esta era a versão da entidade, que realizou dez edições sem mexer na lista de participantes. Mas, até que enfim, o cenário deverá mudar. Para isso, em vez de ampliar o número de rebaixados, a FPF irá reduzir o acesso. Ao blog, o diretor de competições da FPF, Murilo Falcão, confirmou que a segunda divisão estadual de 2017, a “Série A2”, só irá promover o campeão, numa decisão administrativa já comunicada aos clubes – são 14 interessados na disputa. De 1995 a 2016, os dois melhores colocados sempre subiram. Logo, o objetivo é reduzir o tamanho da elite, de onde caíram dois, Serra Talhada e Atlético Pernambucano. Conforme preza o Estatuto do Torcedor, o regulamento irá vigorar por duas temporadas. Ou seja, uma redução paulatina na primeirona, com 11 clubes em 2018 e 10 clubes em 2019.

Hoje, o calendário oficial da CBF disponibiliza 14 datas para os estaduais do Nordeste, que tem, paralelamente, a Copa do Nordeste de fevereiro a maio. Com menos clubes, espera-se que a competição local adote um novo regulamento – a ser decidido no conselho arbitral em novembro -, deixando de lado o insosso (e previsível) hexagonal do título. E ainda há a possibilidade de uma extensão da redução, até 2020, chegando a 9 clubes. Número ímpar? Sim, pois, segundo federação, possibilitaria a realização de triangulares, com o Trio de Ferro como cabeça de chave. A conferir.

Abaixo, a movimentação de participantes no Pernambucano…

Entre os clubes que subiram, um asterisco em 1995, com o Sete de Setembro. O campeão da segundona pediu licença antes da estadual de 1996.

A movimentação dos clubes no Campeonato Pernambucano, de 1995 a 2017