Taxa de arbitragem no Estadual 2018 vai de R$ 2,7 mil a 13,7 mil. O mandante paga

As taxas de arbitragem para o mata-mata decisivo do Estadual 2018. Crédito: FPF/reprodução

Além da taxa de 8% sobre a renda bruta dos jogos, a FPF ainda cobra outros encargos aos clubes no Campeonato Pernambucano. Em 2018, os mandantes precisam pagar por inúmeros serviços administrativos a cada partida, com estruturas distintas a partir das fases ou clubes envolvidos. A formação mais básica envolve os jogos entre intermediários, com a arbitragem, o delegado do jogo e um assessor, enquanto a mais complexa (e cara) é a da final, com oito funções: árbitro, dois assistentes, 4º árbitro, delegado de arbitragem, delegado do jogo, supervisor de protocolo e assessor de protocolo.

Soma das taxas de arbitragem em cada jogo
Semifinal e final – de R$ 11.985 a R$ 13.774
Clássicos/3º lugar – de R$ 9.809 a R$ 11.257
Mando dos grandes (turno) – de R$ 5.946 a R$ 6.279
Mando dos intermediários (turno) – de R$ 2.705 a R$ 2.955

Como indicam as reproduções do documento emitido pela federação pernambucana de futebol, cada partida é precificada de uma forma, inclusive pelo nível dos árbitros escalados. Logo, os valores da final podem chegar a 11 mil reais de diferença sobre os do turno, de R$ 2,7 mil a R$ 13,7 mil – no caso dos assistentes, a cota equivale a 60% do valor pago ao árbitro, com o 4º árbitro tendo 30% no mesmo modelo. Em comparação com o ano passado, um aumento de 2,9%. Não para aí. Também há a despesa com diárias para os árbitros, com valores pré-determinados pela cidade da partida, tendo o Recife como marco zero (e R$ 40). A diária mais alta é a de Salgueiro, R$ 210.

A responsabilidade de pagamento do mandante, detalhada no artigo 19 no regulamento do Estadual, não é regra geral. Num viés local, basta dizer que na Copa do Nordeste as taxas de arbitragem são pagas pela CBF. No estado, os valores foram estipulados pela diretoria de competições da federação e pela comissão de arbitragem. No documento de 2 de janeiro, as assinaturas dos respectivos diretores, Murilo Falcão e Emerson Sobral.

Na nova fórmula, cada time joga 5 vezes como mandante e 5 como visitante no turno. Descontando os 3 clássicos, o quadro abaixo vale para 12 jogos

As taxas de arbitragem para os jogos com mando dos grandes (no turno) do Estadual 2018. Crédito: FPF/reprodução

O quadro mais barato contempla 8 times, à parte do Trio de Ferro. A escala vale inclusive para confrontos contra os próprios grandes. Ao todo, 40 partidas

As taxas de arbitragem para os jogos com mando dos intermediários (no turno) do Estadual 2018. Crédito: FPF/reprodução

O plano comercial do Estadual 2018, com alcance de 2,2 milhões de telespectadores

Capa do plano comercial do Pernambucano 2017. Crédito: reprodução

A capa do plano comercial do Pernambucano 2018. Slogan ousado…

A média de público no Campeonato Pernambucano de 2017 foi a segunda pior desde que a FPF passou a contabilizar os dados, há 28 anos. Com índice de 2.402 espectadores, só ficou à frente de 1997, com 2.080. Mesmo considerando apenas a fase principal, a partir do hexagonal do título, o dado foi ruim, com 4.808. Agora, o contraponto. Arquibancadas vazias e muita gente sintonizada diante da televisão. As transmissões da Globo Nordeste, 13 ao todo, tiveram uma audiência média de 2,2 milhões de telespectadores, número revelado durante o evento de lançamento do Estadual 2018, na sede da emissora. O blog analisa os planos comerciais da competição desde 2010. Durante sete anos, os dados da audiência consideraram o Grande Recife, a área de maior atuação, variando de 524 mil a 974 mil pessoas/jogo. Desta vez, o relatório trouxe os números do estado, considerando todos os municípios cobertos pela Globo Nordeste (Região Metropolitana e Zona da Mata), TV Asa Branca (Agreste) e TV Grande Rio (Sertão).

Aqui, alguns registros do plano comercial oficial, com as audiências de todos os jogos exibidos em 2017, com a decisão entre Sport e Salgueiro, no Cornélio de Barros, alcançando 41,9 pontos, de acordo com a medição do canal. O ‘share’ daquela partida indica que a cada 100 televisões ligadas no horário, 70 estavam sintonizadas na peleja. É bastante coisa, levando à reflexão sobre o porquê de tanta audiência num torneio tecnicamente fraco como foi o último. Então, imagine num campeonato mais organizado…

Audiência média do Pernambucano na TV aberta
2010 – 541 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2011 – 526 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2012 – 524 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2013 – 555 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2014 – 696 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2015 – 974 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)*
2016 – 700 mil telespectadores (RMR, 14 municípios)
2017 – 2,2 milhões de telespectadores (Pernambuco, 186 municípios)

* Não foram divulgados dados exclusivos do Estadual, mas o balanço entre o Pernambucano e o Nordestão

As maiores audiências da história da Globo NE no Estadual (Grande Recife)
1.153.620 – Sport 1 x 0 Náutico (05/05/2010, final)
1.050.763 – Sport (5) 1 x 0 (3) Santa Cruz (13/04/2014, semifinal)
1.040.976 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (15/2011, final)

As 4 maiores audiências de 2017 foram nos mata-matas. Curiosamente, em 2018 a fórmula ampliou a fase eliminatória, agora com quartas de final

As maiores audiências do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: Plano comercial do Estadual 2018/FPF

Apesar da vantagem na audiência, numa comparação proporcional com o Paulistão e o Carioca, o dado local utilizado na arte foi o da decisão. Distorceu

A audiência do Pernambucano 2017. Crédito: Plano Comercial do Estadual 2017/FPF

A seguir, as propostas de propaganda para 2018 e as ações planejadas para promover a competição. Naming rights, exposições, redes sociais etc.

O plano comercial do Pernambucano 2018. Crédito: reprodução

O plano comercial do Pernambucano 2018. Crédito: reprodução

A quarta versão do aplicativo oficial do Pernambucano, na evolução como bolão

O aplicativo oficial do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: Google Play/reprodução

Entre 2013 e 2017, o Campeonato Pernambucano teve três aplicativos oficiais, desenvolvidos pela Look Mobile. Para a edição de 2018, a FPF firmou uma parceria com uma nova empresa de softwares, a Pronto Tecnologia, que opera no RJ, SP e PE. Desta vez, trata-se de uma plataforma de entretenimento – para smartphones e computadores – idealizada para operar com diversas competições, embora o Estadual tenha sido o primeiro da lista. Além de tabela e classificação atualizadas, detalhes dos times, estádios e cidades, o app (gratuito) foca num ‘bolão’, com os usuários tentando acertar os resultados do torneio selecionado, com direito a ranking e premiações. No caso do Estadual, o torcedor, após escolher o seu time, entre os 11 clubes participantes, passa a arriscar o placar rodada a rodada – ao todo, 63 partidas.

Eis a lógica da pontuação no aplicativo ‘Futebol Conectado’:

60 pontos – placar exato
15 pontos – resultado certo (vitória do mandante, do visitante ou empate)
10 pontos – acertar qual clube faz o primeiro gol do jogo (ou 0 x 0 também)
5 pontos – acertar o tempo do primeiro gol (1T, 2T ou 0 x 0 também) 

Bônus em caso de placares exatos na rodada: 3 (200 pts), 4 (500) e 5 (1.000)
Bônus em caso de resultados certos na rodada: 3 (50 pts), 4 (125) e 5 (180)

Em relação aos smartphones e tablets, o aplicativo, na versão 1.0, demanda 52 megas. Já a compatibilidade vai a partir de 4.1 no Android e 8.0 no iOS.

Links para baixar o aplicativo: iOS e Android.

Link para jogar no site: futebolconectado.com.br

Layouts do aplicativo, com capa e menu : 20132014, 2016 e 2018

O aplicativo oficial do Campeonato Pernambucano de 2017. Crédito: Google Play/reprodução

Evandro Carvalho: “Nós temos estádios no interior em ótimas condições”

Evandro Carvalho, o presidente da FPF em 2018. Foto: FPF/site oficial

Ao site da FPF, o presidente da entidade, Evandro Carvalho, deu um depoimento sobre a expectativa para o Campeonato Pernambucano de 2018, programado entre 17 de janeiro e 8 de abril, com 63 partidas.

A seguir, as aspas do dirigente e em negrito as observações do blog.

“Tenho certeza de que esta será uma das edições mais emocionantes do campeonato. Primeiro porque nós conseguimos restabelecer e restaurar, devido a nova interpretação da legislação, a disponibilidade de datas.”
A tal interpretação da legislação foi a única saída para possibilitar jogos com intervalos abaixo de 66 horas, o recomendado pela CBF. Como consequência forçou o calendário. O blog já detalhou a agenda do Trio de Ferro, com apresentações em menos de 24 horas ou até duas partidas – de torneios diferentes – agendadas para o mesmo dia! 

“Então, poderemos fazer um campeonato com datas que permite que o Trio de Ferro visite o interior, que essas equipes joguem com as cidades do interior do estado. Segundo, nós temos uma dado importantíssimo e que orgulha o nosso Pernambucano, nós temos estádios no interior em ótimas condições.
Ao menos os times da capital voltam, de fato, a pegar a BR-232, mas o otimismo do dirigente acerca dos campos soa exagerado. O Vitória, por exemplo, não jogará no Carneirão, em péssimo estado – deve mandar seus jogos na Arena Pernambuco. O Belo Jardim corre contra o tempo para deixar o Mendonção em condições, o que não conseguiu em 2017. Nos demais palcos no interior (5), pequenas reformas e gramados irrigados entre outubro e janeiro.

E terceiro, nós temos um modelo de competição inusitado – nós teremos uma única partida nas quartas de final e nas semifinais. Então, um clube grande que não for bem pode perder a chance de ir para a final.”
Pela primeira vez na história o torneio local terá a fase quartas de final. Embora a fórmula com mais disputas eliminatórias possa ser uma alternativa para os Estaduais, por outro a edição de 2018 classificará 8 dos 11 participantes. É muita coisa, podendo comprometer a intensidade das equipes nas 11 rodadas do turno – a vantagem seria terminar no G4, restando, na prática, uma vaga.

Flamengo de Arcoverde goleia o Íbis e ganha a inédita Taça Evandro Carvalho

Taça Evandro Carvalho 2018: Flamengo de Arcoverde x Íbis. Foto: FPF/twitter (@fpfpe)

Mais uma taça erguida na pré-temporada sertaneja. Após a Taça Aderval Viana, conquistada pelo Salgueiro, em Afogados da Ingazeira, foi a vez de Arcoverde contar uma disputa do tipo. Na reabertura do estádio Áureo Bradley, com nova pintura, novas saídas para os vestiários e gramado ampliado para o padrão 105m x 68m, o Flamengo atropelou o Íbis.

O duelo rubro-negro na tarde de domingo terminou em 6 x 0 a favor do mandante, que estreia no Campeonato Pernambucano dentro de dez dias, no mesmo local e contra outro rubro-negro, justamente o atual campeão Sport.

Com a vitória, o Flamengo de Arcoverde levou a Taça Evandro Carvalho. Isso mesmo, o troféu simbólico faz homenagem ao presidente da FPF. Ao menos não foi uma auto-homenagem, pois foi o próprio clube que ofereceu o troféu, celebrando os seus 59 anos de fundação. Como na noite de sábado, o dirigente esteve presente no amistoso, a 256 km do Recife

Quanto ao pássaro preto, que no segundo semestre irá disputar novamente a segundona do futebol local, fica a má atuação, como nos seus velhos tempos de ‘pior time do mundo’, com direito à pênalti cobrado na lua.

Taça Evandro Carvalho 2018: Flamengo de Arcoverde x Íbis. Foto: FPF/twitter (@fpfpe)

Estreando a iluminação em Afogados, o Salgueiro ganha a Taça Aderval Viana

Taça Aderval Viana 2018: Afogados (2) 1 x 1 (4) Salgueiro. Foto: FPF/instagram (@fpfpe)

O primeiro troféu da temporada pernambucana foi erguido no sertão, embora ainda no contexto de ‘pré-temporada’, no duelo sertanejo entre Afogados e Salgueiro. O amistoso foi simbólico, marcando o primeiro jogo profissional noturno da história de Afogados da Ingazeira, a 386 quilômetros do Recife.

Como a Coruja – apelido do time da casa – havia disputado apenas a segunda divisão e a primeira fase do Estadual, sem os grandes clubes da capital, até então não havia a exigência de refletores por parte da FPF. Porém, com o novo regulamento, agora com turno único envolvendo todos os participantes, a prefeitura precisou adequar o Estádio Municipal Valdemar Viana, o Vianão.

Taça Aderval Viana 2018: Afogados (2) 1 x 1 (4) Salgueiro. Foto: Afogados/instagram (@afogadosfcoficial)

A obra ocorreu após o aporte de R$ 590 mil junto ao Ministério do Esporte. O novo sistema tem seis torres e 108 lâmpadas de LED. Com o investimento também foi possível reformar os dois vestiários e os bancos de reservas.

Num campo cheio, 1 x 1, com Roger abrindo o placar para o Afogados, no 1T, e Maurício empatando para o Salgueiro, no 2T. Como estava em disputa a amistosa Taça Aderval Viana, em homenagem a um desportista local, os times encararam os pênaltis – experiência interessante a ambos, pois o Estadual de 2018 conta com três fases eliminatórias e penalidades em caso de igualdade. E o atual vice-campeão pernambucano venceu por 4 x 2. Começou copeiro…

Taça Aderval Viana 2018: Afogados (2) 1 x 1 (4) Salgueiro. Foto: FPF/instagram (@fpfpe)

Tour da FPF leva a taça do Pernambucano de 2018 aos sete municípios do interior

O troféu de campeão do Campeonato Pernambucano de 2018. Foto: FPF/site oficial

Há alguns anos a Liga do Nordeste promove o “tour da taça”, levando a orelhuda às cidades envolvidas na competição regional. Para isso, conta com o simbolismo do troféu dourado do Nordestão, com modelo fixo. Não é o que ocorre em Pernambuco, mas, por outros caminhos, a FPF também resolveu adotar o “tour da taça” na versão local. Alguns pontos colaboram para a ideia no Campeonato Pernambucano de 2018. O primeiro é a definição prévia do troféu, pois há bastante tempo as peças eram apresentadas já na reta final das competições. Desta vez, o design da taça foi revelada durante o conselho arbitral, em 3 de outubro. Passados dois meses, com a finalização da obra, o troféu será levado às sete cidades do interior nesta edição.

Segundo a entidade, o projeto é realizar exposições públicas do troféu de campeão estadual, título jamais conquistado pelo interior  – até hoje, quatro vices. A própria federação reconhece o distanciamento causado pela edição de 2017, com vários campos vetados fora do Grande Recife.

“O objetivo do tour da taça do Pernambucano 2018 é aproximar os torcedores dos clubes e da competição Estadual, que este ano sofreu modificações no regulamento e terá jogos do trio de ferro no interior do Estado”

Rota do Estadual 2018 no interior
50 km – Vitória de Santo Antão
130 km – Caruaru
187 km – Belo Jardim
215 km – Pesqueira
256 km – Flamengo
386 km – Afogados da Ingazeira
518 km – Salgueiro

Curiosamente, as primeiras exibições ocorrem paralelamente a outras taças. No primeiro fim de semana do ano, dois amistosos com taças em disputa. No dia 6, Afogados x Salgueiro, inaugurando os refletores do estádio Vianão. Ao vencedor, a Taça Aderval Viana. No dia 7, Flamengo x Íbis no Áureo Bradley, celebrando os 59 anos do rubro-negro sertanejo. Ao vencedor, a Taça Evandro Carvalho. Quem sabe a taça principal também não fica por lá…

Taça Evandro Carvalho, a disputa amistosa entre Flamengo e Íbis

A Taça Evandro Carvalho de 2018, entre Flamengo de Arcoverde e Íbis. Crédito: FPF/site oficial

Taça Ariano Suassuna, Troféu Chico Science, Taça Mauro Shampoo…

…e Taça Evandro Carvalho.

Após Sport, Santa e Íbis, foi a vez do Flamengo de Arcoverde propor uma disputa amistosa. Em 2018, faz homenagem ao atual presidente da Federação Pernambucana de Futebol na reabertura do estádio Áureo Bradley, após um período fechado para a reforma do gramado e pintura das arquibancadas. Pela taça, encara o Íbis, que não se classificou na última segundona.

O amistoso foi agendado para o dia 7 de janeiro, a dez dias da estreia no Estadual de 2018, contra o Sport, no mesmo local. Homenageado, Evandro publicou uma mensagem de agradecimento no site oficial da FPF.

“É um orgulho receber essa homenagem por parte dos meus filiados. Isso só mostra que o meu trabalho vem sendo reconhecido e me motiva a continuar fazendo mais e melhor por todos eles”

Com a taça em jogo nos 90 minutos, o desempate pode ocorrer até na disputa de pênaltis. Evandro Cup à parte, na sua opinião quais nomes poderiam ser homenageados em taças amistosas envolvendo clubes locais?

O regulamento oficial do Pernambucano 2018, com 7 vagas para outros torneios

Logo oficial do Campeonato Pernambucano de 2018. Crédito: FPF/reprodução

O regulamento oficial do Campeonato Pernambucano de 2018, publicado pela FPF no site oficial, confirma as novidades para a competição, que foi reduzida após dez anos. Em vez de doze, onze clubes, com todos voltando a se enfrentar após quatro anos – excluindo o ‘hexagonal do título’. Ah, a zona de rebaixamento segue com duas vagas, com apenas um time ascendendo. Assim, haverá uma nova redução, com o Estadual de 2019 tendo dez participantes, no fim do período de transição forçado pelo calendário.

Voltando à 104ª edição (ofício abaixo), o Estadual oferece sete vagas em outras competições, todas em 2019. Com a reformulação do Nordestão, apenas o campeão pernambucano irá assegurar a vaga, com as outras duas vagas locais no regional determinadas pelo Ranking da CBF. Como a Copa do Brasil mantém as três vagas, a FPF também resolveu manter a disputa pelo 3º lugar, que será disputada em apenas um jogo, seguindo o formato das quartas de final e da seminal. Apenas a decisão será em ida e volta.

Participantes: Sport, Salgueiro, Santa Cruz, Náutico, Belo Jardim, Central, Flamengo de Arcoverde, Afogados, América, Vitória e Pesqueira

As vagas para 2019 através do Campeonato Pernambucano de 2018
Nordestão – apenas o campeão
Copa do Brasil – campeão, vice e 3º lugar
Série D – os três melhores colocados na 1ª fase (à parte das Séries A, B e C)

Fórmula de disputa
1) Primeira fase com 11 clubes em turno único, avançando os 8 melhores
2) Quartas de final (1 x 8, 2 x 7, 3 x 6 e 4 x 5) em jogos únicos*
3) Semifinais em jogos únicos*
4) Final em ida e volta*
* Em caso de igualdade em pontos e saldo, pênaltis

Para o Estadual, a federação pernambucana de futebol exige uma capacidade mínima de público apenas nas duas últimas fases, com 10 mil lugares – Arruda, Arena, Ilha, Lacerdão e Cornélio atendem ao pré-requisito. Aos demais, porém, o parágrafo 3º do artigo 20 abre espaço para arquibancadas tubulares com laudos técnicos – o que não havia anteriormente.

Confira a tabela da primeira fase, já com a grade de tevê, clicando aqui.

Fifa suspende o presidente da CBF, que logo recebe apoio da FPF. Sem surpresa

Sedes da Fifa (Zurique, Suíça), CBF (Rio de Janeiro) e FPF (Recife)

Há tempos o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, evita viagens para o exterior, com a Seleção Brasileira atuando sem o seu representante máximo presente. Um vexame internacional ao qual o dirigente se submete para não sofrer sanções enérgicas do FBI, que em 2015 deflagrou uma investigação internacional sobre corrupção na cúpula da Fifa, num esquema de lavagem de dinheiro que funcionava há pelo menos 24 anos – não por acaso, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, segue preso em Nova York. Demorou, mas a Fifa resolveu punir o atual mandatário da confederação.

Começou com a abertura de um processo administrativo na Fifa, com o resultado saindo agora. São 90 dias de suspensão de todas as atividades no futebol. O cartola está obrigado a deixar a presidência da CBF. E o ato logo repercutiu no cenário local, ainda que de maneira constrangedora. Pouco depois do comunicado divulgado no site da fifa, direto de Zurique, a Federação Pernambucana de Futebol emitiu uma nota oficial de apoio ao dirigente. A seguir, trechos entre aspas e observações do blog.

1) “A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) recebeu com muita surpresa a notícia da suspensão do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, por 90 dias. Período esse em que o mandatário ficará impedido de realizar qualquer atividade ligada ao futebol”

Surpresa? Mesmo após dois anos da operação do FBI e do indiciamento do dirigente por corrupção sob benefício de US$ 6,5 milhões em propina?

2) “O presidente da FPF, Evandro Carvalho, manifesta solidariedade a (…) Del Nero e informa que nenhum movimento contrário ao presidente da CBF deve ser realizado, já que essa decisão é injustificável e trata-se de uma manobra política da Fifa com o intuito de interferir no processo eleitoral da CBF” 

Como sempre, federações estaduais operam em conchavo, à parte da razão. Se a manobra da Fifa é política, o que dizer desta?

3) “‘Pernambuco mantém um alinhamento e sua integral participação junto ao presidente Marco Polo Del Nero’, disse Evandro Carvalho”

Alinhamento e integral participação, sem surpresa. Afinal, as federações conseguem ser superavitárias mesmo com campeonatos deficitários e filiados capengando, tendo sempre o apoio da CBF para a manutenção dos calendários locais. Foi assim com a FPF, que, segundo o último balanço, teve a sua maior receita, mesmo com o Estadual tendo o pior público em 13 anos.