Santa faz 5 x 1 no Grêmio na despedida do Arruda, na maior goleada do Brasileiro

Série A 2016, 37ª rodada: Santa Cruz 5x1 Grêmio. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Era o último jogo do Santa Cruz no Mundão em 2016. A despedida do Brasileirão após uma campanha melancólica, mas o público estava lá. Diminuto ou não, os 2.227 torcedores queriam ver o time vestido de preto, branco e encarnado jogando o melhor futebol possível, com dignidade. Encararia o Grêmio, virtual campeão da Copa do Brasil. Nome de peso no futebol nacional. O adversário não mandou o time principal? Nem mesmo o técnico Renato Gaúcho? Pouco importa. Aliás, importa sim, para o próprio tricolor gaúcho, que amargou a maior derrota da história do confronto.

Com vontade de sobra, os corais fizeram 5 x 1, com direito a três gols após os 40 do segundo tempo. Superaram o 4 x 0 aplicado pelos gremistas em 1973. O dilatado (e surpreendente) placar é, também, o maior deste Brasileirão, igualando o 5 x 1 do Sport sobre a Chapecoense. Impressiona se dar conta disso, considerando as campanhas ruins dos dois pernambucanos. De volta ao Arruda, o torcedor tricolor viu Grafite marcar duas vezes, de cabeça. Chegou a 13 gols e é um dos vice-artilheiros da competição, a um de Fred, do Galo.

Se na rodada final, contra o São Paulo, o jogo seria apenas para cumprir tabela, um objetivo de última hora se faz presente. Que a equipe jogue por seu atacante, por seu principal nome, que pode se tornar um dos goleadores mais experientes da história da Série A – e repetir o feito de Ramón, goleador da edição de 1973. Por sinal, conforme já dito anteriormente, o ataque até funcionou. É, hoje, o 10º mais positivo, com 45 gols. Infelizmente, o sistema defensivo (marcação lá na frente, recomposição e defesas) não contribuiu, sendo vazado 64 vezes. Por isso, essa alegria vista no domingo foi um ponto fora de curva.

Série A 2016, 37ª rodada: Santa Cruz 5x1 Grêmio. Foto: Marlon Costa/Grêmio (site oficial)

Os copos colecionáveis se espalham no futebol brasileiro. Já presentes no Recife

Copos colecionáveis. Crédito: M&L Sport Innovation/facebook (divulgação)

Mania na Copa do Mundo, os copinhos colecionáveis, exclusivos em cada jogo do torneio, voltaram nos Jogos do Rio de Janeiro, com modelos de todos os esportes presentes. Na compra de cerveja ou refrigerante, uma lembrança do evento, com torcedores colecionando os copos. Na Olimpíada, aliás, foram 42 tipos diferentes, cada um custando R$ 13. Ou seja, a coleção completa saiu por R$ 546. Com dois fortes exemplos, em 2014 e 2016, esse mercado passou a mirar nos clubes de futebol, que licenciaram colecionáveis de norte a sul.

Como no Mundial, existem copos exclusivos para cada jogo, em “lembranças oficiais” de rodadas do Brasileirão e de fases decisivas de outros campeonatos. Até a Seleção Brasileira entrou na onda, com copos nas Eliminatórias. Porém, também foram criadas versões a partir da história de cada clube. Aí, são incontáveis caminhos. Acima, alguns exemplos, como o título mundial do Inter, em 2006, o aniversário de 113 anos do Grêmio, e o tri do Palmeiras na Copa do Brasil. No Recife, alvirrubros, tricolores e rubro-negros já contam com seus primeiros modelos, lançados em situações (e objetivos) bem distintos.

Qual partida e/ou título você gostaria ver em um colecionável do seu clube?

Colecionável para ajudar os Aflitos
O Náutico lançou o primeiro modelo no jogo contra o Atlético-GO, em 28 de outubro. Na Arena Pernambuco, o copo de 550 ml saiu por R$ 20, o mais caro no Recife. Parte da arrecadação da primeira edição colecionável, produzida pela Gift Way, foi destinada à reforma dos Aflitos, através da campanha “Voltando pra casa”, estampada no copo.

Copo colecionável do Náutico. Crédito: divulgação

Copo mais barato e sustentabilidade no Arruda
No Nordeste, o pioneirismo coube ao Santa, que iniciou a comercialização, via Meu Copo Eco, contra o Flu, em 21 de agosto, no Arruda. Modelo mais barato no Trio de Ferro (R$ 5), o colecionável coral foi lançado com a curiosa opção de devolução, visando a sustentabilidade – o copo reutilizável evita, em tese, quatro copos descartáveis no chão. Na estreia da Sula foi apresentado outro modelo.

Copo colecionável do Santa Cruz. Crédito: divulgação

Estrelas douradas nos copos da Ilha
O Sport lançou logo dois modelos de uma vez, ambos por R$ 10. Baseado em seus principais títulos, “87 é nosso” e “2008 também”, os copos começaram a ser vendidos na Ilha do Retiro em 5 de outubro. No duelo contra o São Paulo. Os modelos foram produzidos pela M&L Sport Innovation, que já havia licenciado modelos de Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, Atlético-PR e Bahia.

Copo colecionável do Sport. Crédito: divulgação

Classificação da Série A 2016 – 34ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 34 rodadas. Crédito: Superesportes

Santa e Sport venceram numa mesma rodada pela segunda vez neste Brasileirão. Curiosamente, contra os mesmos adversários, América e Grêmio, como já havia ocorrido no primeiro turno. Agora, os corais bateram o Coelho no Arruda e os leoninos golearam o tricolor gaúcho em Porto Alegre.

No caso tricolor, em termos de tabela, o resultado serviu apenas para largar a lanterna. No caso leonino, numa disputa viva contra o descenso, a vitória abriu cinco pontos sobre o Z4. Por sinal, nesta 34ª rodada, o Internacional foi o grande derrotado. Perdeu do Palmeiras no Allianz Parque. Revés na conta. Porém, os três concorrentes, Vitória, Coritiba e Sport, venceram, mesmo diantante de adversários brigando por Libertadores.

As dez maiores probabilidades de rebaixamento após 34 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 34 rodadas

Sport – soma 43 pontos em 34 jogos (42,2%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 3 pontos em 4 rodadas
…ou 25,0% de aproveitamento
Simulações mínimas: 1v-0e-3d e 0v-3e-1d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 1 ponto em 4 rodadas
…ou 8,3% de aproveitamento
Simulação mínima: 0v-1e-3d

Permanência: 98.0% (Infobola)

Santa Cruz – soma 27 pontos em 34 jogos (26,4%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura): não é mais possível
Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º): não é mais possível
Única possibilidade: vencer os quatro jogos, chegar a 39 pontos e torcer para que o Vitória perca os seus quatro jogos e que o Inter não some dois pontos

Permanência: 1.0% (Infobola) 

A 35ª rodada dos representantes pernambucanos 

16/11 (20h00) – Coritiba x Santa Cruz (Couto Pereira, Curitiba)
Histórico no Paraná pela elite: 1 vitória coral, nenhum empate e 2 derrotas

16/11 (20h45) – Sport x Cruzeiro (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 7 vitórias leoninas, 7 empates e 5 derrotas

Com goleada, Sport vence o Grêmio pela primeira vez em Porto Alegre na Série A

Série A 2016, 34ª rodada: Grêmio x Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Demorou 46 anos, mas finalmente o Sport venceu o Grêmio em Porto Alegre em um jogo oficial. Até hoje, eram 18 derrotas e 4 empates, incluindo o revés na final da Copa do Brasil de 1989. Algoz de longa data. Mas o primeiro triunfo, que deixou o rubro-negro a um triz da permanência no Brasileirão, foi categórico, 3 x 0. O placar tem nome: Diego Souza. Além de ditar o ritmo do jogo, o meia balançou as duas redes da arena gaúcha.

No último lance do primeiro tempo, ele marcou um golaço, batendo de fora da área – após quatro chutes sem direção dos companheiros. O lance foi aplaudido até pela torcida tricolor (pela pintura ou por complicar ainda mais o Inter?). A vantagem era a tranquilidade que o time pernambucano precisava para apurar os contragolpes na volta do intervalo. E logo na retomada praticamente matou o jogo, com Ruiz (muito bem) arrancando pela direita e cruzando para Rogério bater de prima. Outro golaço. A partir dali, o mandante, com uma formação mista, tentou diminuir de forma afobada, com a zaga leonina ligadíssima (apesar de algumas espanadas de Matheus Ferraz). Vale frisar que o próprio Sport jogou desfalcado de quatro peças, incluindo Rithely (neste ano, não havia vencido os noves jogos anteriores sem o camisa 21).

O jogo seguiu com muita aplicação e obediência tática do Sport, recuando quando preciso e trabalhando a bola. Durante a transmissão do Premiere foi possível ouvir a orientação de Daniel Paulista na beira do campo. O resultado, que abria cinco pontos em relação ao Z4, já era ótimo, mas Diego Souza parecia querer mais. Num contra-ataque, livre, tocou por cima de Grohe, mas a bola, caprichosamente, bateu na trave. No finzinho, após longa troca de passes (103!), DS recebeu livre e completou. Chegou a 13 gols na competição, assumindo a artilharia ao lado de Fred. Lembrando que DS87 é meia. Eis um indício claro de sua importância para essa recuperação do Sport, com direito a vitórias improváveis.

Série A 2016, 34ª rodada: Grêmio x Sport. Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Forbes aponta os 50 clubes mais valiosos da América, com o Sport fechando a lista

A revista Forbes, uma das mais conceituadas em economia no mundo, costuma aventurar-se no âmbito esportivo, com listas de atletas mais bem pagos, clubes mais ricos, maiores audiências etc. Desta vez, a Forbes focou o mercado das Américas, apontando os 50 clubes valiosos. O ranking avaliou as 16 principais ligas dos três continentes, com mais de 150 clubes envolvidos.

Segundo a revista, “o ranking é elaborado a partir de quatro quesitos: os valores dos jogadores que pertencem a cada clube (não estão inclusos os atletas emprestados), as receitas com direitos de transmissão na televisão, o custo do estádio (caso pertença ao clube) e o valor da marca do clube”.

Número de clubes por país
17 – Estados Unidos
13 – Brasil
11 – México
4 – Argentina
3 – Canadá
1 – Colômbia
1 – Chile

A força da Major League Soccer. Além da maior média de público (acima de 21 mil torcedores), conta com 20 clubes no estudo, com pleno domínio norte-americano, com 17 equipes. Os canadenses, que também jogam a MLS (como ocorre na NBA), são representados por três equipes. O futebol brasileiro vem logo depois, mas com a vantagem de ocupar todo o pódio Historicamente, os times brasileiros já levavam vantagem em relação aos valores dos direitos econômicos dos jogadores – descontando as estrelas negociadas com os EUA.

Para a lista de 2016, o país acabou beneficiado também pelo “fator arena” (pós-Copa 2014), com os donos das novas e modernas Arena Corinthians, Allianz Parque e Arena do Grêmio no pódio. Talvez por não contar um estádio e o ter um centro de treinamento ainda sendo aparelhado, o Flamengo apareça apenas em 27º lugar, mesmo tendo a maior cota de tevê do Brasil. Entre os treze brasileiros cistados, apenas um nordestino, o Sport, que fecha o Top 50 do continente. A Forbes não detalhou o quadro pernambucano. Também surpreende a presença do América Mineiro, à frente. Neste caso, a posse da Arena Independência (utilizada inclusive pelos rivais Cruzeiro e Atlético) parece decisiva.

Justificavas da revista para (algumas) posições polêmicas
Argentinos – crise econômica, problemas de corrupção e disputas políticas
Santos – apesar da grande história, segue sem renovação em suas instalações

Abaixo, os 50 clubes listados, com os valores em dólar, a moeda utilizada pela revista, e em real, com a cotação de 7 de novembro (R$ 3,19 = US$ 1,00).

Os 50 clubes mais valiosos da América em 2016, segundo a revista Forbes

Recorde de ex-campeões nas quartas de final da Copa do Brasil de 2016: oito times

O mata-mata final da Copa do Brasil de 2016. Crédito: CBF/youtube

Pela primeira vez, em 28 edições, todos os oito clubes classificados às quartas de final da Copa do Brasil chegam com status de “ex-campeões”. No currículo, ao menos uma taça para cada. Ao todo, 18 títulos, que correspondem a 66% de todas as copas já erguidas. Na reta final de 2016 seguem os recordistas Grêmio e Cruzeiro, tetracampeões, o atual campeão Palmeiras e uma surpresa, o Juventude, campeão em 1999 diante de 100 mil botafoguenses no Maracanã.

Curiosamente, o clube gaúcho definiu o último confronto, contra São Paulo. Embora tricampeão mundial. o tricolor paulista jamais conquistou a Copa do Brasil – foi vice em 2000, sofrendo um gol aos 45 minutos do segundo tempo. Ou seja, a zebra (?) garantiu um mata-mata 100% copeiro nesta temporada. Na manhã seguinte ao encerramento das oitavas de final, com a eliminação de nordestinos e cariocas, a CBF sorteou o chaveamento até a decisão. Nas quartas, decidem em casa Juventude, Inter, Palmeiras e Cruzeiro.

Pitacos para as semifinais?
Pelo blog: Atlético-MG x Santos e Palmeiras x Cruzeiro

Títulos da Copa do Brasil entre os quadrifinalistas de 2016
4 – Grêmio (1989, 1994, 1997 e 2001) e Cruzeiro (1993, 1996, 2000 e 2003)
3 – Corinthians (1995, 2002 e 2009) e Palmeiras (1998, 2012 e 2015)
1 – Inter (1992), Juventude (1999), Santos (2010) e Atlético-MG (2014)

Número de clubes campeões nas quartas de final em cada edição*
8 campeões – 2016
7 campeões – nenhuma edição
6 campeões – 1996 e 2015
5 campeões – 2013
4 campeões – 1997, 2004, 2009 e 2014
3 campeões – 1995, 1999, 2000, 2001 e 2010
2 campeões – 1992, 1993, 1994, 2003, 2006, 2008, 2011 e 2012
1 campeão – 1991, 1998, 2002 e 2005
Nenhum campeão – 1989, 1990 e 2007
*Obviamente, a pesquisa sobre os campeões vai até o ano de cada edição

Ceará entra na Primeira Liga e levanta dúvidas sobre a Liga do Nordeste

Reunião da Primeira Liga em 13/09/2016, em Brasília. Foto: Primeira Liga/facebook

Em 10 de setembro de 2015, após discussão acerca da legalidade, o estatuto da Primeira Liga foi publicado. Dizia o seguinte: “(…) composta exclusivamente por entidades de prática desportiva da modalidade futebol, que disputem competições na categoria profissional sediadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com patrimônio e autonomia administrativa, financeira e jurídica própria, distinta de seus filiados”.

Fundadores
América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Inter, Joinville e Paraná

Um ano depois, no balanço da agremiação, houve uma reunião em Brasília, definindo o modelo comercial de venda de direitos de transmissão da televisão, naming rights e patrocínios, além da inclusão de novos membros. Na primeira ampliação, seguindo o estatuto, entraram Brasil de Pelotas, Londrina e Tupi, reforçando o interior gaúcho, paranaense e mineiro. Porém, o encontro acabou abrindo espaço para Mato Grosso (Luverdense), Goiás (Atlético-GO) e, o mais surpreendente, Ceará. Sim, o Ceará Sporting, campeão nordestino em 2015, aderiu à liga, que, na prática, concorre justamente com a Lampions League, organizada pela Liga do Nordeste, na qual o clube alencarino é um dos 16 membros fundadores (em 2001). Segundo a resolução na capital federal, os seis novos membros não vão participar da Primeira Liga em 2017, deixando em aberto a possibilidade a partir de 2018, data-chave no Nordeste.

Entre os sete principais clubes da região (três do Recife, dois de Salvador e dois de Fortaleza), o Vozão é, curiosamente, a única ausência do torneio de 2017. Perdeu a vaga no campo, ao ficar de fora da decisão estadual. Difícil desvincular essa ausência da entrada na outra liga, até porque financeiramente o Ceará vem ganhando bastante dinheiro na Copa do Nordeste – cuja movimentação financeira nesta temporada foi de R$ 26 milhões. Em 2015, quando o clube conquistou o inédito título, faturou R$ 5.895.664 entre cotas e bilheteria. Por outro lado, num olhar inicial, a articulação pode ser uma pressão indireta sobre a definição do futuro do Nordestão, com o supracitado G7 do Nordeste discutindo a formação de duas divisões a partir de 2018, cada uma com doze clubes, o que, a médio prazo, garantiria a participação à parte dos certames locais.

As primeiras dúvidas do blog e alguns pitacos:

A presença do Ceará na Primeira Liga pode ser vista como uma ameaça à Liga do Nordeste?
Em relação à imagem da liga nordestina, sim. E também na composição do Nordestão, pois os torneios ocorrem em datas semelhantes.

Algum clube pernambucano faria o mesmo caso não se classificasse à Copa do Nordeste?
Nos bastidores, convites já foram feitos, também em caso de ausência…

Tecnicamente, seria mais vantajoso disputar qual torneio?
Pelo calendário da CBF, o Nordestão deve ter 12 datas, contra apenas 7 da Primeira Liga, além de oferecer uma vaga na Sul-Americana. Para o próximo triênio, já em negociação na Primeira Liga, a questão financeira pode pesar.

Com o Ceará na Primeira Liga, abre a possibilidade de a Liga do Nordeste também aceitar clubes de outras regiões?
Com a Copa Verde em vigor, todas as regiões estão contempladas. Ou seja, neste momento parece surgir uma disputa de “mercado”. Cabe à Liga NE se proteger. Em 2014, na condição de única liga do país, vetou o Flamengo.

Essa interseção pode ser o embrião de uma fusão para a liga nacional?
Num viés positivista, sim. Porém, com a leitura anterior… dificilmente.

Outras dúvidas? Outros pontos de vista? Está aberto o necessário debate.

No papel, junto à CBF e à tevê, a Copa do Nordeste está garantida até 2022. É um sucesso, entre vários motivos, também pela presença do próprio Ceará.

Podcast – A análise dos empates de Náutico, Sport e Santa no Brasileiro

A semana pré-olímpica dos clubes pernambucanos foi repleta de empates no Campeonato Brasileiro. Na terça, o Náutico encerrou o turno na Segundona desperdiçando inúmeras chances. Na quarta, na elite, o Sport não conseguiu superar o lanterna. Na quinta, o Santa estancou a sangria e igualou as ações com o Grêmio. O 45 minutos analisou todas as partidas, tanto os sistemas adotados quanto as atuações individuais, já projetando as rodadas seguintes.

Ao todo, somando as três gravações, 88 minutos de podcast… Ouça!

02/08 – Oeste 0 x 0 Náutico (28 min)

03/08 – Sport 1 x 1 América-MG (35 min)

04/08 – Grêmio 0 x 0 Santa Cruz  (25 min)

Classificação da Série A 2016 – 18ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 18 rodadas. Crédito: Superesportes

Os times pernambucanos empataram seus jogos na 18ª rodada do Brasileirão, mas com sensações bem distintas. Na Ilha, o Sport empatou com o América Mineiro, marcando um gol contra o lanterna somente nos descontos, enquanto o Santa Cruz parou o Grêmio, que buscava em casa a liderança da competição. Se por um lado o Leão não saltou na tabela (em caso de vitória, teria ficado em 9º), por outro aumentou a distância em relação ao Z4, de 3 para 4 pontos. Com o empate no Sul, os corais subiram para o 17º lugar, mantendo a condição matemática de sair da zona em uma rodada. Por sinal, esta rodada não foi “finalizada”, pois Flu x Figueira foi adiado (para 03/09) por causa dos Jogos Olímpicos, a pedido da polícia militar, com demanda além da conta no Rio.

Na briga contra o descenso, vamos às contas. São duas projeções, uma com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). A segunda considera a campanha do 16º lugar (primeiro fora do Z4). Hoje é o Figueirense, que tem um jogo a menos, mas o Botafogo (logo acima) tem os mesmos 20 pontos. O aproveitamento atual é de 37,0%. Ao final de 38 rodadas, esse índice (arredondado) resultaria em 43 pontos – a mesma projeção da rodada passada. Veja o que tricolores e rubro-negros precisam fazer a partir de agora…

Sport – soma 22 pontos em 18 jogos (40,7%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 24 pontos em 20 rodadas
…ou 40,0% de aproveitamento
Simulações: 8v-0e-12d, 7v-3e-10d, 6v-6e-8d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 21 pontos em 20 rodadas
…ou 35,0% de aproveitamento
Simulações: 7v-0e-13d, 6v-3e-11d, 5v-6e-9d 

Santa Cruz – soma 18 pontos em 18 jogos (33,3%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 28 pontos em 20 rodadas
…ou 46,6% de aproveitamento
Simulações: 9v-1e-10d, 8v-4e-8d, 7v-7e-6d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 25 pontos em 20 rodadas
…ou 41,6% de aproveitamento
Simulações: 8v-1e-11d, 7v-4e-9d, 6v-7e-7d

A 19ª rodada dos representantes pernambucanos 

07/08 (16h15) – Santa Cruz x São Paulo (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 1 vitória coral, 3 empates e 6 derrotas

07/08 (18h30) – Figueirense x Sport (Orlando Scarpelli)
Histórico em Floripa na elite: 2 vitórias leoninas, 2 empates e 2 derrotas

Em jogo com três bolas na trave, Santa empata com o Grêmio em Porto Alegre

Série A 2016, 18ª rodada: Grêmio x Santa Cruz. Foto: Rodrigo Rodrigues/Grêmio FBPA

O Santa atuou bem em Porto Alegre, diante do Grêmio, estancando a série de derrotas. Com uma postura bem mais segura em relação àquela no Independência, sobretudo com a volta de Néris, o campeão nordestino empatou em 0 x 0. Permanece no Z4, mas deu um alento para a campanha, indo à rodada final do primeiro turno em condições de sair. Para isso, em vez de quatro volantes (um 4-4-2 travado), como na rodada anterior, foram três meias de contenção e um apoiador (4-4-2 sem a bola e 4-2-2-2 com a bola). Coube a João Paulo o papel mais avançado, e ele esteve muito bem, tanto na reposição quanto na armação, com o tricolor engatando bons contragolpes.

Naturalmente, o time de Milton Mendes foi pressionado. Até porque qualquer time que vá à Arena do Grêmio passa por isso, mas o tricolor pernambucano acabou ajudado pela má pontaria do tricolor gaúcho, que sentiu a falta de do atacante Luan, servindo à Seleção Olímpica. No segundo tempo, o jogo ficou mais controlado, com os corais povoando a área. Ainda assim o Grêmio acertou a trave duas vezes, com Miller Bolãnos (falta) e Douglas (cabeça). O camisa 10 do Santa respondeu com uma bela cobrança de falta, explodindo no travessão.

Em contragolpes, o Santa ainda teve duas chances com Grafite, parando em Grohe. Após o abafa, o resultado irritou a torcida gaúcha – que já vinha de um empate com o América – , mas ficou ok para os pernambucanos, sobretudo pelo turbulento momento, em busca de uma nova formação e à espera de peças. Ao menos uma foi anunciada, o meia Pisano, argentino emprestado pelo Cruzeiro. Era uma carência enorme no Santa, que precisará bastante de alternativas no returno, e de resultados fora da curva, como nesta noite.

Série A 2016, 18ª rodada: Grêmio x Santa Cruz. Foto: Rodrigo Rodrigues/Grêmio FBPA