O Rei Pelé segue como o maior ídolo no futebol dos brasileiros. É o que aponta uma pesquisa do Ibope produzida em 2016, com respostas espontâneas. Entretanto, o que já foi a suprema maioria da torcida do país hoje representa apenas 13%. O tricampeão mundial (58, 62 e 70), hoje com 76 anos, é seguido de perto por Neymar e Zico, ambos com 10%, numa lista com outras surpresas midiáticas. O argentino Lionel Messi, em 5º lugar, e o português Cristiano Ronaldo, em 7º, são os estrangeiros presentes entre os 14 principais nomes, divulgados pelo diretor-executivo do Ibope-Repucom, José Colagrossi.
A liderança de Pelé e a ascensão de craques do “presente” são sinais das faixas etárias pesquisadas. Com a renovação da população, diminui a parcela de pessoas que viram Pelé, in loco ou na tevê (uma dura concorrência atual).
Obs 1. O quadro mediu a idolatria, com o “melhor jogador” em outra questão.
Obs 2. Entre os brasileiros eleitos pela Fifa como melhor do mundo, só Rivaldo não foi lembrado: Ronaldo 9%, Ronaldinho 3%, Kaká 2% e Romário 2%.
Obs 3. Também chama a atenção as citações de Ceni, Marcos e Sócrates, indicando uma visão clubista em São Paulo, epicentro das pesquisas no país.
Criado em 2005, o Cartola FC alcançou 6,4 milhões de usuários em 2016, um recorde no fantasy game criado e mantido pela Globo. No cadastro dos “cartoleiros”, a cada ano, é preciso informar o clube do coração, somando a outras ligas gerais do jogo, patrocinadas. A partir da ligas oficiais (“clássicas”) dos times brasileiros, é possível conferir os mais populares nesta temporada. Como ocorre em qualquer pesquisa, o Flamengo aparece à frente, numa disputa acirrada com o Corinthians – 1,16% de diferença, abaixo dos 2,60% registrados na última pesquisa tradicional feita pelo Ibope, em 2014.
Como curiosidade, o blog levantou todos os times com pelo menos dez mil participantes, chegando a 24. Entre os presentes na elite, apenas Ponte (8.470) e América-MG (7.369) não alcançaram a marca. O Trio de Ferro, que mantém a ordem das pesquisas de torcida, soma 187.317 pessoas, ou 2,92%. Este ranking considera o número bruto de cadastrados, mas não necessariamente o de cartoleiros ativos, com escalações e atualizações das equipes em todas as rodadas (afinal, quem nunca esqueceu de mexer no time?).
Com este universo, é possível traçar um paralelo com os resultados das pesquisas? Seria bem difícil devido às variáveis neste caso. Começando pelo fato de não ter como medir o público que não gosta de futebol, que costuma representar 20%. Além disso, a composição da Série A exerce uma influência sobre a participação no Cartola – uma vez que o fantasy só escala jogadores da primeira divisão. Nas demais séries a adesão tende a ser menor, como ocorre com Vasco (bem abaixo do Palmeiras) e Bahia (quase a metade do Sport).
G12 se reagrupa, sem “forasteiros”
Implodido há cinco anos, o Clube dos 13 começa a ser articulado novamente. Ao menos a sua ideia original, de 1987, concentrando uma casta do futebol brasileiro. Assim como o número já não fazia sentido na versão anterior – já eram vinte clubes, na verdade -, agora também seria distinto, com doze participantes. Aqueles de sempre. Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio e Inter. Eixo Rio-SP-MG-RS. A negociação em bloco, com níveis bem divididos (e já com queixas) dentro do próprio C13, durou até 2011, quando Corinthians e Flamengo passaram a negociar os seus direitos de transmissão de forma individual, tomando boa parte do bilionário do contrato com a televisão. Sendo claro: R$ 340 milhões do bolo de R$ 1,23 bilhão (ou seja, 27%).
A nova costura…
Desde então, o modelo segue em xeque, numa espanholização clara – negada basicamente por corintianos e flamenguistas. Com o formato já esgotado, apesar do contrato acertado até 2018, com vários times estendidos até 2024 (!), os próprios clubes (e a emissora de tevê) já admitem conversar. Hora, então, de reagrupar a velha guarda. Num primeiro momento, em março de 2016, no Morumbi, os doze times se reuniram com vinte nomes tradicionais do continente para criação da liga sul-americana. Em junho, já estariam trilhando caminho solo. Ao jornal Folha de S.Paulo, a direção do Atlético Paranaense alegou que o clube foi vetado na associação. Também não houve convite ao Coritiba. Nem mesmo ao Bahia, outrora membro fundador do C13. Idem com o Sport. Imagine então com Santa e Náutico, que sequer fizeram parte da união anterior.
A força do CEP na formação da casta
Em relação à torcida, o G12 não é nada uniforme – nunca foi, aliás. O grupo concentra 63,8% da população brasileira, segundo pesquisa do Ibope em 2014, o que corresponderia a 128 milhões de torcedores. Porém, apenas Fla e Timão somam 59,9 milhões, ou 29,8% do total. Não por acaso, nesta última pesquisa nacional o Bahia apareceu empatado com o Botafogo (1,7% cada). O que difere um do outro na hora de definir a presença em uma associação do tipo? Conquistas? Possivelmente, o mercado consumidor, o CEP. Os demais, à princípio de fora desta movimentação – que sabe-se lá até onde vai, como a liga nacional -, somam 12,8%, ou 27,7 milhões de seguidores. Tecnicamente, ostentam doze títulos nacionais, entre Brasileiro, Copa do Brasil, Taça Brasil e Copa dos Campeões. Em tese, faria diferença em qualquer negociação…
Primórdios do Clube dos 13
Originalmente, lá nos idos de 1987, a premissa era a mesma, de negociar patrocínios e diretos de televisão. Na ocasião, também seriam doze clubes. Campeão de público do Brasileiro em 1985 e 1986, ano em que também terminou a competição em 5º lugar, o Bahia acabou chamado para compor o grupo. Além do mérito técnico (e mercado/torcedor), um outro objetivo no convite foi incorporar o Nordeste, tentando tirar o rótulo de elitista – o que jamais aconteceria. Assim, em 11 de julho daquele ano, surgiu o Clube dos 13. O Módulo Verde, correspondendo à metade da competição, com 16 times, foi vendido por US$ 3,4 milhões.
Ampliações 06/1997 – Sport, Goiás e Coritiba (16 clubes)
12/1999 – Guarani, Atlético-PR, Vitória e Portuguesa (20 clubes)
Pesquisas de torcida, redes sociais, gestão e mercado do futebol. Esta edição do 45 Minutos vai muito além das quatro linhas em um amplo debate que contou com a participação do diretor-executivo do Ibope, José Colagrossi, e do consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi. Os dois estiveram no Recife para palestrar no workshop promovido pela FPF. Nos intervalos do evento, aceitaram o convite para gravar com o podcast.
Confira a pauta completa do programa clicando aqui.
Neste 250º podcast, estive ao lado de Celso Ishigami e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
O Ibope se organiza para lançar, em 2016, a maior pesquisa de torcida de sua história. Até hoje, o levantamento com mais entrevistados no país, aumentando a fidelidade da amostragem sobre a preferência futebolística, ocorreu em 2001, numa parceria com o jornal Lance!. Pouco menos de oito mil pessoas em 140 cidades. Agora, o instituto poderá ouvir até doze mil pessoas, num acréscimo de 50%. E a novidade vai além da amostragem e da resposta “direta”.
Número de entrevistados nas pesquisas de torcida do Ibope 1ª) 1993 – 3.503 2ª) 1998 – 3.000 3ª) 2001 – 7.700 4ª) 2004 – 7.207 5ª) 2010 – 7.109 6ª) 2014 – 7.005 7ª) 2016 – De 9.000 a 12.000
De passagem no Recife para uma palestra no workshop promovido pela FPF, o diretor-executivo do Ibope/Repucom, José Colagrossi, deu os primeiros detalhes da pesquisa. Além da tradicional pergunta “Para qual clube você torce?”, o questionário, em fase final de definição sobre a metodologia, terá “Você simpatiza por um outro time? Qual?”, numa segunda opção muito comum no futebol brasileiro, mas há tempos sem uma mensuração do tipo.
Ou seja, um torcedor “misto” (caso opte por um segundo time, naturalmente) pode responder um questionário com Sport e Vasco, Real Madrid e Sport, Santa e Flamengo, Chelsea e Santa, Náutico e Palmeiras, Bayern e Náutico e por aí vai. Isso mesmo, as respostas estão abertas a qualquer canto do mundo. Haveria alguma grande mudança sobre as últimas pesquisas no estado? Claro, os times locais também podem ser beneficiados em outras localidades, num processo de mão dupla. A influência atual de Flamengo e Corinthians fora de seus domínios foi apresentada num gráfico, num destaque conhecido.
Sem pretensão científica, o blog antecipa a discussão, embora considere que o leitor deste canal seja mais definido sobre a preferência local. Vamos à enquete.
Como é a sua relação com o seu clube do coração?
Torço só por um clube, do Brasil (59%, 3.368 Votes)
Torço por um clube do Brasil e simpatizo por um segundo no exterior (24%, 1.384 Votes)
Torço por um clube do Brasil e simpatizo por um segundo no país (15%, 853 Votes)
Torço por um clube do exterior e simpatizo por um segundo do Brasil (1%, 38 Votes)
Torço por um clube do exterior e simpatizo por um segundo no exterior (1%, 30 Votes)
Torço só por um clube, do exterior (0%, 22 Votes)
Total Voters: 5.695
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A diferença no estudo deve aparecer na camada mais nova, a mais conectada em redes sociais, canais por assinatura e videogames – com ascendência sobre o futebol internacional, através do Fifa Football e do Pro Evolution Soccer.
“Eu não tenho dúvida que existe um percentual da população que torce exclusivamente por time de fora. Principalmente a “geração Y”, entre 16 e 24 anos. O pessoal de mais idade, não. Talvez ainda não chegue a 1%, mas pode ser uma ameaça a longo prazo.”
Sobre os pontos de pesquisa, Colagrossi tratou como “mito” a dúvida (recorrente) no Recife de que “pesquisa não sobe morro”:
“Sobe morro, entra em favela, vai nos sertões, rincões. Não adianta.”
A decisão da Liga dos Campeões da Uefa voltou à transmissão aberta no Brasil, via Globo e Band, em 2010. Considerando o mercado da Grande São Paulo, o principal polo de audiência, o acompanhamento da finalíssima de 2016, entre Real Madrid e Atlético, chegou a 5,1 milhões de telespectadores, no terceiro aumento consecutivo na praça, que também conta com exibição na tevê por assinatura. Paga-se caro pelos direitos, mas o retorno parece consolidado.
O site Máquina do Esporte divulgou os dados do Ibope das últimas sete finais, somando os pontos dos dois canais. A partir disso, o blog calculou o peso de cada ponto, uma vez que o número é atualizado anualmente após as projeções lançadas pelo IBGE, cujo último censo data de 2010. Num breve resumo, um ponto do Ibope corresponde em cada região estudada a 1% das casas e 1% da população – que não necessariamente crescem na mesma ordem.
Várias regiões metropolitanas contam com o serviço, inclusive o Recife. Contudo, para o viés de patrocínios e alcance real de público, usa-se bastante o resultado da metrópole paulista, onde existem 750 casas com o aparelho Peoplemeter, que capta o canal sintonizado 24 horas por dia.
2010 – Internazionale 2 x 0 Bayern de Munique (20 pontos, 3.559.800) 2011 – Barcelona 3 x 1 Manchester United (21 pontos, 3.852.920) 2012 – Chelsea (4) 1 x 1 (2) Bayern de Munique (19 pontos, 3.515.026) 2013 – Bayern de Munique 2 x 1 Borussia Dortmund (18 pontos, 3.344.652) 2014 – Real Madrid 4 x 1 Atlético de Madri (23 pontos, 4.445.463) 2015 – Barcelona 3 x 1 Juventus (25 pontos, 4.954.050) 2016 – Real Madrid (5) 1 x 1 (3) Atlético de Madri (26 pontos, 5.143.164)
Após a decisão alemã de 2013, com 18 pontos, onde a Globo, com apenas 12, teve seu pior resultado, os números voltaram a subir. Em 2016, o crescimento da emissora, aliás, sufocou a concorrente Band. Em relação às maiores audiências, Real ou Barcelona aparecem sem surpresa entre os (quatro) maiores jogos. A influência de Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar é real perante o público brasileiro. Até que ponto trata-se de entretenimento ou “paixão clubística”, aí já é outra questão. Que também vale ser mensurada…
O Ibope mensura audiência televisiva desde a década de 1950. Inicialmente, com visitas pessoas. No fim da década de 1960 surgiu o primeiro medidor, o Setmeters. Após várias versões, ampliando o relatório para todas as faixas horárias, veio o Peoplemeter, implementado em 1996. Considerando a volta da final da Champions League à televisão aberta, a medição do Ibope registrou na Grande São Paulo, de 2010 a 2016, um aumento de 9.553 casas (15,9%) e 19.824 telespectadores (11,1%) a cada ponto.
A cada ano a Globo Nordeste elabora um plano comercial para negociar as inserções de patrocinadores nos jogos do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste. O documento sempre traz dados relacionados à audiência de futebol, assim como o perfil do público. O relatório de 2016 aponta uma audiência de 974 mil pessoas a cada minuto de transmissão, somando os jogos exibidos nos dois torneios, de acordo com Kantar Ibope Media Workstation. Numa visível evolução, as mulheres já representam metade da audiência.
No último ano, 14 jogos no estadual e 10 no regional tiveram transmissão aberta para a capital pernambucana. Todos lideraram a audiência, com 38,5% do público que assistiu à primeira partida acompanhando todos os jogos na grade – o número representa 1,2 milhão de recifenses. Apesar de o quadro focar na capital, o alcance da emissora chega a 54 municípios, com 5.205.882 telespectadores potenciais – as demais cidades têm a cobertura de outras filiadas, a TV Asa Branca, de Caruaru, e a TV Grande Rio, de Petrolina.
Voltando ao “perfil”, vale comparar com alguns dados apresentados no plano de 2012, na ocasião com 500 mil telespectadores por minuto – o que expõe a atual influência dos mata-matas do Nordestão. Sobre o Pernambucano, o canal paga R$ 3,84 milhões aos clubes, por edição. O contrato vai até 2018.
Além das cotas fixas no Campeonato Brasileiro, a Rede Globo paga aos 18 clubes com contratos duradouros – os acordos atuais vão até 2018 – parcelas extras referentes às vendas de pacotes do pay-per-view, com receitas proporcionais ao número de assinantes de cada clube. Trata-se de um adicional importantíssimo. Em 2013, o canal rateou R$ 280 milhões somente com o PPV. No ano seguinte, R$ 300 mi. Na temporada 2015 o aumento foi de 50%, chegando a R$ 450 milhões, segundo o site MKT Esportivo. E a tendência é que a televisão por assinatura siga ganhando força na negociação do futebol, até porque o Premiere exibe os 380 jogos da competição, vários deles exclusivos.
Em relação à divisão do dinheiro, há uma controvérsia, pois a apuração dos assinantes é feita através de uma pesquisa em conjunto entre Ibope e Datafolha, que em 2014 entrevistaram dez mil pessoas. Não seria mais fácil detalhar cada assinante logo na compra do pacote de PPV? Imagina-se que haja tecnologia para isso, até porque o único ranking oficial de assinantes difere da divisão das cotas. A Sky, uma das principais operadoras envolvidas, disponibiliza um ranking de torcedores, com o cliente indicando o seu clube do coração num cadastro no site da empresa, ação que ainda carece de uma divulgação maior, diga-se. A lista da Sky – que conta com 5,4 milhões de clientes, ou 28% do mercado nacional – engloba qualquer time do país. Comparando com o estudo encomendado pela emissora, restrito a 18 equipes, o Sport sobe 0,09%, enquanto o Bahia salta 1,46%. Pior para alvirrubros e tricolores, sequer citados.
Nº de assinantes em 2015 Bahia Ibope – 3,7% Sky – 2,24%
Vitória Ibope – 2,3% Sky – 1,41%
Sport Ibope – 1,5% Sky – 1,41%
Santa Cruz Ibope – n/d Sky – 0,59%
Náutico Ibope – n/d Sky – 0,57%
Cotas de PPV Bahia 2013 – R$ 8,40 milhões 2014 – R$ 11,12 milhões 2015 – R$ 16,65 milhões
Vitória 2013 – R$ 7,28 milhões 2014 – R$ 6,87 milhões 2015 – R$ 10,35 milhões
Sport 2013 – R$ 3,36 milhões 2014 – R$ 4,43 milhões 2015 – R$ 6,75 milhões
O quadro deixa claro que alguns clubes presentes na Série A (Santa Cruz, Ponte Preta, América-MG, Chape e Figueirense) não devem ser inseridos no rateio de 2016, que por outro lado engloba três integrantes da Série B (Vasco, Bahia e Goiás). Isso porque os clubes “cotistas” ganham independentemente da Série, enquanto os demais, com contratos singulares na elite (renovados a cada edição), têm o PPV embutido no acordo. Justo? Não parece…
As cotas de transmissão do Campeonato Brasileiro atendem a dois perfis de mercado, a televisão aberta e a tevê paga. Neste segundo ponto há o critério “flutuante” nas verbas repassadas aos clubes, através do pay-per-view, com a distribuição de R$ 300 milhões. Quem vende mais pacotes, recebe mais, num levantamento feito em conjunto entre o Ibope e o Datafolha – em 2014 foram dez mil assinantes entrevistados. A Sky, uma das principais operadoras envolvidas, disponibiliza um ranking de assinantes, que ajuda a compreender o quadro. Entre os clientes, Sport 1,41%, Santa Cruz 0,58% e Náutico 0,57%.
Sobre a divisão, a explicação é direta. Mesmo com a “base” paga pela Globo, existe um “bônus” na receita total, via PPV. Sport e Bahia, por exemplo, têm a garantia de R$ 27 milhões. Neste ano, na Série B, o Tricolor recebeu mais por ter mais assinantes (R$ 42 mi x R$ 33 mi). Pelo mesmo motivo, o Galo aparece à frente do Palmeiras na lista absoluta, mesmo recebendo menos na base. No quadro divulgado pelo diretor-executivo do Ibope/Repucom, José Colagrossi, o Náutico aparece em 2013. Na ocasião, quatro times receberam a cota mínima (Criciúma, Náutico, Ponte e Lusa), mas o Timbu ganhou um pouco mais por causa dos assinantes do Premiere (1,88% x 1,79%).
O Ibope liberou um verdadeiro raio x da torcida do Santa Cruz, produzido na última pesquisa do instituto, encomendada pelo diário Lance! em 2014. Com 24% da preferência pernambucana, seriam 2.210.052 tricolores, mensurando com a estimativa populacional do Brasil no mesmo período. Seriam 1.370.232 homens e 839.819 mulheres. No quadro, também é possível conferir o perfil de escolaridade, idade, renda familiar e a região onde mora a torcida. Um mapeamento detalhado como esse poderia ser utilizado pelo departamento de marketing do clube para ações pontuais, bem direcionadas.
Como curiosidade, a justificativa da expressão “time do povo”, que se expande à forte presença nas camadas menos abastadas. Segundo o levantamento, 74% da torcida coral recebe no máximo dois salários mínimos. Outro ponto é a presença do público, 100% no Nordeste, numa questão meramente estatística, pois, naturalmente, existem torcedores do clube em todas as regiões do país.
Os percentuais foram revelados pelo diretor-executivo do Ibope/Repucom, José Colagrossi. Em breve, ele deve divulgar também os perfis de Náutico e Sport.
Confira os dados do Ibope projetados com a população segundo o IBGE 2014:
Idade
10 a 15 anos: 486.211
16 a 24 anos: 331.507
25 a 34 anos: 397.809
35 a 44 anos: 221.005
45 a 54 anos: 419.909
Mais de 55 anos: 353.608
Escolaridade
Até 4ª série do fundamental: 707.216
5ª a 8ª série do fundamental: 596.714
Ensino médio: 795.618
Superior completo: 110.502
Classe social
A/B: 265.206
C: 1.237.629
D/E: 707.216
Renda familiar
Mais de 5 a 10 salários mínimos: 154.703
Mais de 2 a 5 salários mínimos: 397.809
Mais de 1 a 2 salários mínimos: 751.417
Até 1 salário mínimo: 884.020
Não respondeu: 22.100
Confira o quadro numa resolução maior clicando aqui.