Classificação da Série A 2016 – 5ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 5 rodadas. Crédito: Superesportes

A vitória do Sport sobre o Santa Cruz, no Arruda, tirou o rubro-negro da lanterna, mas não foi suficiente para a saída do Z4. No caso coral, a primeira derrota custou o lugar no G4, talvez reativando no time o objetivo principal na temporada, a permanência. Na briga pelo título, o Grêmio deixou o rival Inter isolado na ponta ao perder para o Palmeiras num jogo eletrizante (4 x 3).

Variações na classificação:
Santa do 3º para o 7º
Sport do 20º para o 18º

A 6ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

04/06 (16h00) – Atlético-PR x Santa Cruz (Arena da Baixada, Curitiba)
Histórico em Curitiba pela elite: 1 vitória coral, 1 empate e 3 derrotas 

05/06 (16h00) – Sport x Atlético-MG (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 6 vitórias leoninas, 8 empates e 2 derrotas

O descabido artigo 15 do regulamento da Série A, quase ignorado pelos clubes

Regulamento sobre o preço dos ingressos na Série A de 2016. Crédito: CBF

Dos vinte clubes inscritos no Brasileirão de 2016, apenas seis respeitaram, em suas respectivas estreias como mandantes, ao artigo 15 do regulamento da competição, que estipula um preço mínimo para o ingresso, de R$ 40 para a inteira e R$ 20 para a meia. Seja por promoções ou descontos para sócios, os demais times baratearam os valores de alguma forma. Desconsiderando os programas de acesso livre (que o texto não especifica como deve agir), o ingresso mais barato custou R$ 7,50, do plano de sócios “Sou Mais Vitória”. Ao todo, 6.003 bilhetes foram vendidos no primeiro jogo do leão baiano no Barradão.

Em Salvador, o borderô apontou 12.417 espectadores. Em Porto Alegre, Grêmio e Inter atenderam à norma, com dados semelhantes, 12.092 torcedores no Beira-Rio e 15.976 na Arena. Na visão do blog, essa norma da CBF é descabida, ignorando realidades econômicas distintas, além de tirar do mandante a decisão de avaliar situações de jogo. Deveria haver, sim, um preço mínimo para o visitante, para evitar abuso, com preços distorcidos em setores equivalentes.

Entretanto, como o regulamento não detalha a consequência, os clubes vêm driblando a situação. Não por acaso, a regra foi criada em 2015, com inúmeras promoções na ocasião. Inclusive do Sport, que após a estreia nesta temporada com apenas seis mil espectadores, bancando os valores mínimos, consultou a confederação e realizou uma venda promocional na segunda partida na Ilha do Retiro, contra o Corinthians. Com o alinhamento, a tendência deve se manter, até que ocorra algum posicionamento definitivo da entidade. Abaixo, a situação de cada clube, segundo o borderô publicado no site da CBF e os sites oficias dos clubes (São Paulo e Colorado). Entre os pernambucanos, o blog analisou a venda de ingressos dos dois primeiros jogos de cada um.

Obs. No caso de ingressos de sócio de acesso livre, os clubes lançam valores na renda bruta, para efeitos de descontos de INSS, ISS e do IRRF.

5 times respeitaram a norma plenamente
9  times atenderam parcialmente a norma (com público geral ou sócios)
6 times não atenderam à norma

Situação dos clubes pernambucanos:
Sport
2ª rodada (situação: ok)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 20

4ª rodada (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 15 (geral, antecipado)
Sócio – R$ 10 (antecipado)

Santa Cruz
1ª rodada (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 15 (anel superior)
Sócio – R$ 15

3ª rodada (situação: apenas para o sócio)
Público geral – R$ 15 (anel superior)
Sócio – R$ 20

Demais clubes…

Situação ok:
Botafogo (situação: ok)
Público geral – R$ 60 (meia a R$ 30)
Sócio – R$ 30

Santos (situação: ok)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 20

Internacional (situação: ok)
Público geral – R$ 60 (meia a R$ 30)
Sócio – R$ 20 (antecipado)

Grêmio (situação: ok)
Público geral – R$ 50 (meia a R$ 25)
Sócio – R$ 20

Coritiba (situação: ok)
Público geral – R$70 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 20

Atenderam apenas de forma parcial:
Corinthians (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 50 (meia a R$ 25)
Sócio – embutido na mensalidade

Palmeiras (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 80 (meia a R$ 40)
Sócio – embutido na mensalidade

Ponte Preta (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 10

Cruzeiro (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – embutido na mensalidade

América-MG (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 80 (meia a R$ 40)
Sócio – embutido na mensalidade

Atlético-PR (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 100 (meia a R$ 50)
Sócio – R$ 10

Vitória (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 100 (meia a R$ 50)
Sócio – R$ 7,5

Figueirense (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 40 (meia a R$ 20)
Sócio – R$ 10

Chapecoense (situação: apenas público geral)
Público geral – R$ 60 (meia a R$ 30)
Sócios – R$ 10

Não atenderam ao artigo:
Flamengo (situação: não atendeu)
Promocional – R$ 10 (antecipado)
Sócio – R$ 10 (meia)

Fluminense (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 20 (promocional)
Sócio – não divulgado

São Paulo (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 20 (meia a R$ 10)
Sócio – R$ 10

Atlético-MG (situação: não atendeu)
Público geral – R$ 30 (meia a R$ 15)
Sócio – embutido na mensalidade

Podcast – A 3ª rodada de Santa (líder), Sport (sem ataque) e Náutico (marasmo)

A 246ª edição do 45 minutos começou com a goleada do Santa Cruz sobre o Cruzeiro, na impressionante arrancada coral, com dez gols marcados em três jogos. Analisamos as mudanças de Milton Mendes, acionando João Paulo e Wallyson, o rendimento do time e a postura da torcida, ainda devendo. Em seguida, o Sport, que segue sem chutar a gol. Não por acaso, segue no Z4, com 1 golzinho na Série A. Por fim, o Náutico, que até finaliza, mas não consegue balançar as redes como visitante, com duas derrotas no Sul, já a quatro pontos do G4 da Série B. Claro, já projetamos as próximas partidas do Trio de Ferro.

Neste podcast, estive ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2016 – 3ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 3 rodadas. Crédito: Superesportes

Impondo mais uma goleada no Arruda, o Santa Cruz manteve a liderança do Brasileirão, com dez gols marcados em três jogo, tendo Grafite como artilheiro isolado. Por sinal, nos pontos corridos, ninguém jamais havia marcado tantos gols em tão pouco tempo como o camisa 23. É o cara da competição até o momento, destaque no 4 x 1 do Tricolor sobre o Cruzeiro.

No Beira-Rio, o oposto – sim, você leu isso na última postagem sobre a classificação, mas o cenário segue o mesmo. Sem poder ofensivo, com apenas um chute na barra, o Sport perdeu do Inter, afundando na zona de rebaixamento do Brasileiro, num mau início que condiz com a montagem do time.

A 4ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

28/05 (21h00) – Chapecoense x Santa Cruz (Arena Condá, em Chapecó)
Sem histórico de jogos na elite

29/05 (11h00) – Sport x Corinthians (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 9 vitórias do Leão, 4 empates e 6 derrotas

Com gol contra de Renê e sem ataque, Sport perde do Inter e segue no Z4

Série A 2016, 3ª rodada: Inter x Sport. Foto: Inter/twitter (@SCInternacional)

Em um cruzamento colorado da esquerda, por baixo, Renê desviou para as próprias redes. Em péssima fase, o lateral-esquerdo não tem sombra no elenco, numa lacuna que não condiz com a competição. Em Porto Alegre, a infelicidade deixou a situação quase irreversível para o Sport. O jogo ainda corria aos 12 minutos do segundo tempo, à tarde, mas o poder de reação dos rubro-negros é baixíssimo. Em toda a partida, o time finalizou apenas uma vez contra a meta do ex-leonino Danilo Fernandes, com Serginho, ainda na primeira etapa.

As outras sete tentativas foram sem direção, inclusive do próprio Renê, que no fim da partida teve a chance de se redimir, mas bateu de canela. Um retrato de um problema crônico no elenco. A falta de ataque do Sport, hoje, é sinal de irresponsabilidade. Do baixo nível técnico de que vem entrando em campo, de Falcão, que indicou parte dessa trupe, e da direção, que deu aval a isso tudo, incluindo a liberação cada vez mais inexplicável de Hernane Brocador. Hoje dependendo de Edmílson, está aguardando a abertura da janela internacional, em 20 de junho. Até lá, o time parece sem perspectiva ofensiva.

A derrota para o Inter, por 1 x 0, manteve o time pernambucano na zona de rebaixamento. A primeira metade do jogo no Beira-Rio foi aceitável. Pela primeira vez, neste Brasileirão, se viu uma organização tática, com atuação firme na defesa e uma busca por espaços no ataque. Mas, a não ser que a barra fique aberta, ninguém chuta. Substituído na segunda etapa – numa mudança tripla de Oswaldo de Oliveira -, Vinícius Araújo completou 213 minutos sem finalizar. Trata-se do centroavante do time. Não existe. Aliás, existe. Infelizmente.

Série A 2016, 3ª rodada: Inter x Sport. Foto: Inter/twitter (@SCInternacional)

Classificação da Série A 2016 – 2ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 2 rodadas. Crédito: Superesportes

O Tricolor é o líder do Brasileirão. No sábado, o Santa Cruz empatou com o Fluminense, mantendo o nível de competitividade da temporada. Ajudado pelos dois gols de Grafite, o time permaneceu lá em cima na tabela. Para confirmar a colocação, esperou 24 horas. Com os demais resultados no domingo, terminou uma rodada da elite na liderança pela primeira vez na era dos pontos corridos. Astral lá nas alturas para o decorrer da longa competição.

Situação totalmente inversa na Ilha do Retiro, onde o Sport empatou com o Botafogo. Um ponto também? Porém, o pífio desempenho em casa, debaixo de vaias, manteve o time na zona de rebaixamento, num retrato da desorganização vista nos últimos cinco meses. E a sequência é dura.

A 3ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

25/05 (21h45) – Santa Cruz x Cruzeiro (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias da Cobra Coral, 2 empates e 3 derrotas

26/05 (16h00) – Internacional x Sport (Beira-Rio)
Histórico em Porto Alegre pela elite: 2 vitórias do Leão, 6 empates e 8 derrotas

Mapeamento de torcidas: Brasil (Paraná Pesquisas/2016)

Pesquisa de torcidas Paraná Pesquisas em 2016. Arte: Cassio Zirpoli

Três anos após a sua última pesquisa de torcidas, o Paraná Pesquisas voltou a mensurar as massas futebolísticas do Brasil. O estudo, o primeiro de âmbito nacional em 2016, foi encomendado pelo globoesporte.com e traz os 14 clubes mais populares, enquanto o anterior trouxe 22 – os demais times, desta vez, somam 10%. No topo do país, nenhuma mudança, com o tridente Flamengo, Corinthians e São Paulo representando 38%.

No cenário local, apenas o Sport foi listado. No entanto, em relação ao levantamento anterior do instituto, os números leoninos caíram, algo aceitável, dentro da margem de erro. Com 1,89% na ocasião, o Sport era o 11º no geral, à frente no Nordeste. Agora, aparece com 1,5%, caindo para o 14º lugar, na segunda colocação na região, atrás do Bahia, que foi de 1,73% para 1,8%. Considerando o dado mais recente da população, divulgado pelo IBGE em agosto de 2015, a projeção do Rubro-negro aponta três milhões de seguidores.

Uma novidade neste levantamento foi a inclusão de uma segunda pergunta. Além da clássica “Para qual time você torce?”, o questionário também tinha “Qual é o time que você mais odeia?”. Neste caso, deu Timão, com 14,6%, com o Fla tendo 8,6%. Quase metade dos entrevistados, 46,9%, alegou simpatizar com todos os times. Nenhum nordestino chegou a 1% neste quesito.

Obs. Caso a lista completa de clubes seja divulgada, com Santa Cruz e Náutico, o post será atualizado.

Paraná Pesquisas / Brasil 2016
Período: março e abril de 2016
Público: 4.066 (214 municípios)
Margem de erro: 1,5%
População estimada (IBGE/2015): 204.450.649

1º) Flamengo – 16,5% (33.734.357)
2º) Corinthians – 13,6% (27.805.288)
3º) São Paulo – 7,9% (16.151.601)
4º) Palmeiras – 5,6% (11.449.236)
5º) Vasco – 4,5% (9.200.279)
6º) Cruzeiro – 4,0% (8.178.025)
7º) Grêmio – 3,3% (6.746.871)
8º) Santos – 3,2% (6.542.420)
9º) Atlético-MG – 2,8% (5.724.618)
10º) Inter – 2,6% (5.315.716)
11º) Bahia – 1,8% (3.680.111)
12º) Botafogo – 1,8% (3.680.111)
13º) Fluminense – 1,6% (3.271.210)
14º) Sport – 1,5% (3.066.759)

Outros times – 10,0% (20.445.064)
Sem clube – 19,4% (39.663.425)

Projetando as cotas do Esporte Interativo na Série A, já considerando o Santa Cruz

Projeção de cotas do Esporte Interativo no Brasileiro em 2019. Crédito: Douglas Batista Cruz (@dbatistadacruz)

A partir de 2019 a transmissão da Série A na televisão por assinatura ficará dividida entre os canais Sportv (da Globo) e Esporte Interativo (da norte-americana Turner). A cisão, a primeira em vinte anos, ocorre porque o EI vem seduzindo os clubes com propostas mais vantajosas na plataforma fechada. A promessa é repartir R$ 550 milhões entre os vinte clubes a cada ano, seguindo o modelo inglês: 50% igualitário, 25% pela última campanha e 25% por audiência. A partir dos clubes já acertados, o torcedor Douglas Batista Cruz, com outras colaborações no blog, fez uma projeção sobre a divisão “hoje”.

O quadro inclui o Santa, com forte indício da negociação com o EI, há mais de um mês. Assim, seriam sete clubes na elite. Logo, o bolo (proporcional) seria de R$ 192,5 milhões. Para o cálculo, foi tomado como base de dados a audiência de 2016 (ou seja, a divisão feita pela Globo, o único modo conhecido para mensurar) e as campanhas no Brasileiro de 2015. Os números mudam dependendo da representatividade de cada time, técnica e televisiva.

No caso coral, vice-campeão da Segundona e no piso das cotas globais, o montante seria de R$ 19.813.000 – só pela tevê fechada, reforçando. Em tempo: neste ano o tricolor receberá R$ 26 milhões, somando os cinco contratos possíveis (aberta, fechada, pay-per-view, internet e internacional). Ou seja, com a projeção via Esporte Interativo, os corais precisariam captar R$ 7 milhões na tevê aberta e no PPV para superar o valor atual (e real). Difícil?

Veja o gráfico em uma resolução melhor aqui

Confira uma projeção de cotas do Brasileirão via Premier League aqui.

Todos os campeões da Taça das Bolinhas

Todos os campeões da Taça das Bolinhas, de 1975 a 1992

De símbolo-mor do Campeonato Brasileiro a sinônimo de polêmica. Durante 18 anos, a Taça das Bolinhas foi entregue ao capitão do clube campeão na imagem definitiva de cada temporada do nosso futebol. O tradicional troféu, batizado de “Copa Brasil”, foi criado em 1975 num oferecimento da Caixa Econômica Federal. Obra do artista plástico Maurício Salgueiro, com 60 centímetros e 5,6 quilos, numa composição de 156 esferas, sendo uma de ouro, banhadas a ródio para proteger a prata. Todas suspensas numa base de madeira de lei de jacarandá. Apesar da volta olímpica, a taça acabava voltando ao cofre do banco, com o clube recebendo uma réplica em tamanho reduzido, de 30 centímetros.

A curiosidade era o regulamento específico para a posse definitiva do troféu original: era preciso vencer a competição em três anos seguidos ou cinco vezes de forma alternada. Atlético Mineiro (1971), Palmeiras (1972 e 1973) e Vasco (1974) não receberam taças retroativas. Logo, a história começou com o Inter. E a primeira foto reuniu os ídolos Manga e Figueiroa, num  Beira-Rio com 82.568 torcedores. Fortíssimo, o Colorado seria bicampeão em 1976, ficando a um ano da posse. Entretanto, a má campanha em 1977 (25º lugar) acabou com a chance. Ao todo, onze clubes ganharam a Taça das Bolinhas, até 1992.

Só um não recebeu no campo, o Grêmio. Em 1981, após o triunfo no Morumbi, o tricolor fez a festa sem a taça. Tudo por causa de um recurso do Botafogo, eliminado na semifinal, evitando a homologação, o que aconteceria semanas depois, em uma entrega de faixas no Olímpico. Entre 1980 a 1985, os times também receberam um outro troféu, de mais de um metro, devido ao nome do nacional na época, “Taça de Ouro”. Voltando à Taça das Bolinhas, ela saiu de cena em julho de 1992, no Maracanã, quando o Flamengo, liderado por Júnior, sagrou-se campeão brasileiro mais uma vez. O rubro-negro carioca alegava ter sido aquela a sua quinta conquista, colocando até faixa de pentacampeão no palco, com a presença de Ricardo Teixeira, então presidente da confederação.

Ficaria mesmo na propriedade da Gávea? Como o notório imbróglio de 1987 seguia no tribunal – a decisão da Justiça Federal, a favor do Sport, só viria em 1994 -, a CBF instituiu um novo troféu no ano seguinte. Assim, o objeto de desejo da Série A foi esquecido. Até 2007, quando o São Paulo ganhou o seu quinto título e pleiteou (e recebeu) a Taça das Bolinhas. Ato administrativo logo desfeito após uma liminar do Fla, alegando que o troféu não estava mais em jogo naquele ano – de fato, a visão tem sentido. Ainda que 1987 já tenha um posicionamento do Supremo Tribunal Federal, o troféu segue fora do alcance…

Campeões da Taça das Bolinhas:
4 – Flamengo (1980, 1982, 1983 e 1992)
3 – Internacional (1975, 1976 e 1979) e São Paulo (1977, 1986 e 1991)
1 – Guarani (1978), Grêmio (1981), Fluminense (1984), Coritiba (1985), Sport (1987), Bahia (1988), Vasco (1989) e Corinthians (1990)

Barcelona chega ao 10.000º gol. Raro no Brasil e com os pernambucanos na mira

Barcelona chega a 10 mil gols em sua história. Arte: Barcelona/site oficial

Melhor do mundo, Lionel Messi deu sequência à forma excepcional e marcou os dois gols da vitória do Barcelona sobre o Arsenal, por 2 x 0, nas oitavas da Champions League. Acabou estabelecendo uma marca impressionante para o clube. O segundo gol em Londres foi simplesmente o tento de número 10.000 da história blaugrana, desde 20 janeiro de 1901, quando George Girvan tornou-se o pioneiro goleador catalão. Sem surpresa, Messi é o maior responsável, com 441 gols. Para tanto, o Barça precisou de 4.375 partidas, todas em torneios oficiais, resultando numa média de 2,28, segundo as contas do próprio clube.

Raro, o gol 10 mil já foi alcançado por nove clubes brasileiros, de acordo com o levantamento do site Futebol 80, com os dados de 2016 atualizados pelo blog até esta data, considerando jogos oficiais e amistosos. O maior destaque é o Santos, o primeiro a chegar lá, em 20 de janeiro de 1998, quando Jorginho (hoje treinador) marcou no 4 x 3 sobre o Villa Nova, em Minas Gerais, pela Copa do Brasil. O time da baixada também lidera a artilharia nacional, com mais de 12 mil gols, com uma baita colaboração do Rei Pelé, autor de 1.091 (recorde mundial).

Clubes brasileiros com mais de 10 mil gols marcados
12.298 gols – Santos (5.961 jogos) – média de 2,06

11.902 gols – Flamengo (5.959 jogos) – média de 1,99
11.229 gols – Vasco (5.801 jogos) – média de 1,94
11.218 gols – Palmeiras (5.802 jogos) – média de 1,93
10.657 gols – Corinthians (5.632 jogos) – média de 1,89
10.638 gols – Internacional (5.283 jogos) – média de 2,01
10.547 gols – Fluminense (5.442 jogos) – média de 1,93
10.539 gols – Botafogo (5.476 jogos) – média de 1,92
10.358 gols – Atlético-MG (5.384 jogos) – média de 1,92

No futebol pernambucano, a estatística só é possível devido à pesquisa de Carlos Celso Cordeiro. Alguns jogos não têm resultados conhecidos na era amadora – o que ocorre em outros clubes -, mas no geral é possível enxergar o dado como oficial. Assim, o clube com mais gols é o Tricolor, que pode ser o primeiro a chegar ao 10.000º, caso alcance um índice de 64 gols nas próximas sete temporadas. Factível. O blog tentou estabelecer um ranking nordestino, mas os dados de Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza estão incompletos.

Número de gols dos clubes pernambucanos
9.550 gols – Santa Cruz (4.902 jogos) – média de 1,94

9.232 gols – Sport (4.916 jogos) – média de 1,87
8.461 gols – Náutico (4.610 jogos) – média de 1,83