Jogando mal de novo, o Náutico fica no empate na Arena e a oito pontos do G4

Série B 2015, 26ª rodada: Náutico x Atlético-GO. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Náutico empatou com o Atlético-GO, na arena, e se complicou bastante na luta pelo acesso. Outrora líder, agora está há cinco jogos sem vitória e viu a diferença ao G4 subir para de seis para oito pontos, obrigado-o a gastar no mínimo três rodadas para entrar na zona de classificação. Isso se tudo der certo, o que ultimamente, convenhamos, não vem acontecendo. Se fora de casa os pontos não vêm, que em casa mantivesse o alto rendimento. Contudo, o clube já vai para o segundo empate seguido – em ambos saiu atrás no placar.

Contra os goianos, na bica do Z4, a verdade é que o pontinho somado foi lucro. Sobre o primeiro tempo, basta dizer que foi horrível, com as duas equipes apáticas. Na volta do intervalo, o jogo deu uma melhorada. É digno de registro que o Atlético marcou um gol irregular, com Juninho, impedido, completando um cruzamento aos 18. Dez minutos, depois, em boa jogada de Gastón, Bruno Alves bateu consciente para igualar o marcador, 1 x 1.

O que poderia animar o time de Gilmar Dal Pozzo, ainda com a cara de Lisca, em busca da virada se transformou em afobação, cedendo espaço para o adversário jogar. E o visitante mandou uma bola no travessão, outra raspando a trave, teve finalização desviada etc. As vaias dos 2.066 espectadores pouco ecoaram no estádio. Com a brusca queda de rendimento na Série B, a própria torcida parece estar abdicando da campanha que parece já em seu limite.

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Evandro Carvalho e o otimismo para o Estadual 2015/2016, sem Disney World

Messi e Mickey Mouse

“Já fizemos estudos e as consultorias concordaram que o melhor período para a primeira fase do campeonato estadual é em dezembro, janeiro e fevereiro. O Bom Senso F. C. não concorda, porque diz que é o período de férias e pré-temporada, mas eles devem pensar que todo jogador atua em clube grande, é rico e vai para a Disney em janeiro. Mas tem gente desde abril sem trabalho”

A declaração de Evandro Carvalho, em entrevista ao blog, respondeu ao questionamento sobre o início do Pernambucano de 2016, que pode começar ainda em 2015, como nas das últimas duas edições. Segundo o próprio Bom Senso, existem 20 mil atletas profissionais no Brasil, dos quais 16 mil recebem menos de dois salários mínimos e ficam desempregados por seis meses. De fato, o parque temático em Orlando não faz parte desta realidade. A princípio, o presidente da FPF não se mostrou preocupado com o calendário da CBF, que liberou apenas 13 datas para os estaduais. O dirigente mantém a expectativa de 16 a 18 datas – confira os regulamentos possíveis aqui.

“O prazo para a decisão do calendário não preocupa, porque a lei permite a alteração da competição até dez dias antes da abertura. Temos a lei ao nosso lado. Junto ao pessoal do Ceará e do Rio Grande do Norte, mostramos na CBF que é possível fazer com mais datas. E lá na reunião (início de setembro) nos foi dito para ‘desconsiderarmos as 13’ datas. Estão avaliando ainda.” 

Em relação ao poder econômico do Estadual, Mickey Mouse à parte, Evandro aponta o certame como um dos únicos superavitários do país, ao lado do Paulistão. Soa como exagero, mas foi dito. E olhe que não há garantia sobre a volta do Todos com a Nota em 2016. Até o fim de setembro devem sair as respostas, com o conselho técnico, a tabela e o naming rights (de 2016-2019).

“Sem o TCN, também somos superavitários. A diferença é que podemos ser mais ou menos superavitários. Temos que aglutinar os times intermediários em uma fase, apurando os classificados para jogar com os grandes. É o único modelo viável. Os outros estados da região, tirando a Bahia, sabem disso”. 

Você concorda com a proposta de Evandro Carvalho para o Estadual?

Podcast 45 (171º) – Fim do jejum do Sport, recuperação do Santa e revés do Náutico

O fim de semana registrou duas vitórias dos grandes clubes pernambucanos. Na Série A, que abriu a 171ª edição do 45 minutos, analisamos Sport 1 x 0 Flu, com o time leonino saindo do sufoco na classificação. Na sequência, o debate sobre o triunfo do Santa sobre o Luverdense, reaproximando o campeão pernambucano do G4. Por fim, as opiniões sobre a estreia de Gilmar Dal Pozzo no comando do Náutico, no revés em Belo Horizonte, para o América.

Confira um infográfico com as principais atrações da gravação aqui.

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

A 25ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 25 rodadas. Crédito: Superesportes

Após 25 rodadas, o Santa Cruz ultrapassou a pontuação do Náutico pela primeira nesta vez na Série B: 38 x 36. O “x” na classificação ocorreu com três pontos para um lado e nenhum para o outro. No Recife, o Santa venceu a Luverdense, chegando a dez vitórias como mandante. Subiu do 9º para o 7º lugar, ficando a quatro pontos do G4. Em Belo Horizonte, o Náutico perdeu do América-MG, somando a nona derrota como visitante. Assim, desceu um degrau na tabela, para a 9ª colocação, com a diferença para a zona de classificação aumentando de cinco para seis pontos. Na próxima rodada, uma terça-feira cheia, os papéis dos rivais se invertem. Resta saber se cada irá manter o histórico, tanto como mandante quanto como visitante.

Com o Serra Dourada reservado para um evento em 4 de setembro, Atlético-GO x Criciúma foi reagendado para 22/09. O resultado não interfere na campanha dos pernambucanos

No G4, um carioca(líder), um paraense e dois baianos.

A 26ª rodada dos representantes pernambucanos
15/09 (20h30) – Náutico x Atlético-GO (Arena Pernambuco)
15/09 (21h30) – Boa x Santa Cruz (Dizon Melo, Varginha)

Na estreia de Dal Pozzo, o Náutico com a cara de Lisca e outra derrota fora de casa

Série B 2015, 25ª rodada: América-MG 2x1 Náutico. Foto: Carol Lopes/América-MG/site oficial

Na área técnica, na beira do campo, estava Gilmar Dal Pozzo. Em campo, parecia o mesmo time sob as ordens de Lisca. Tanto pela escalação, com três volantes, quanto pela performance, apática. A estreia do novo técnico não trouxe, no Independência, o “fato novo” ao Náutico, previsível e frágil fora de seus domínios. A derrota para o América-MG, por 2 x 1, foi a 9ª em 13 jogos como visitante, reduzindo o já insignificante índice para 15,3%.

Mesmo adotando a estrutura anterior, Dal Pozzo não estava sob pressão, devido ao pouco tempo de trabalho. Só que isso não se aplicava ao elenco, calejado dos problemas táticos e técnicos fora de Pernambuco. Começar “ligado” era o mínimo. E o pênalti cometido três minutos, num lance esquisito (mão na bola de Guilherme?), foi um contrassenso. Mas houve o lampejo, com Júlio César espalmando o chute de Marcelo Toscano. Era a chance de injetar adrenalina no time, mas eram tantos erros, com Gil Mineiro perdido, que a esperança sumiu na segunda tentativa de Toscano, de longe, num golaço.

A partida seguiu num ritmo que só agradava ao Coelho, sem triangulações ou qualquer traço de ousadia do adversário. Sair do marasmo era questão de necessidade do Náutico, que se entregou em campo ao sofrer o segundo gol (impedido), com Felipe Amorim, aos 22 minutos do segundo tempo. Nos descontos, Guilherme diminuiu numa cobrança de falta. Deu nem tempo de esperar a reação. Ficou para a rodada seguinte, na Arena, como sempre.

Série B 2015, 25ª rodada: América-MG 2x1 Náutico. Foto: Cristiane Mattos/Futura Press

Fifa Football 2016 licencia 16 clubes brasileiros, sem o Sport por preciosismo

Os 16 clubes brasileiros no game Fifa 2016. Foto: EA Sports/twitter

A Eletronic Arts confirmou os clubes brasileiros no Fifa Football 2016. O game conseguiu as licenças oficiais de 16 times, todos da primeira divisão. Ficaram de fora Corinthians, Flamengo, Sport e Goiás. Os dois primeiros porque firmaram acordos de exclusividade (obtendo receitas maiores) com o rival Pro Evolution Soccer, da Konami, enquanto goianos e pernambucanos colocaram empecilhos burocráticos sobre a cessão de imagem dos atletas, inviabilizando a chancela e criando uma barreira antimarketing. Afinal, se ausentaram do jogo de futebol mais vendido do mundo – só estão presentes no PES.

Desta forma, o Rubro-negro só pode aparecer no Fifa (e olhe lá) de forma genérica (nome do clube, uniforme, escudo e nomes dos jogadores), como “S. Recife”, a mesma alcunha adotada na última referência ao clube na franquia, em 2013. A princípio, entretanto, a EA Sports não deve utilizar times genéricos…

Clubes brasileiros no Fifa
2001 – 13 times
2002 – 13 times
2003 – 15 times
2004 – 16 times
2005 – 16 times
2006 – 16 times
2007 – 22 times (Santa Cruz)
2008 – 24 times (Náutico, Santa Cruz e Sport)
2009 – 26 times (Náutico e Sport)
2010 – 20 times (N. Recife e S. Recife, os genéricos de Náutico e Sport)
2011 – 20 times
2012 – 20 times
2013 – 20 times (N. Recife e S. Recife)
2014 – 21 times (Náutico)
2015 – sem times brasileiros
2016 – 16 times (S. Recife, a confirmar na atualização)

Sobre os clubes brasileiros no PES 2016, clique aqui.

Árbitro de vídeo no Brasileirão a partir de 2016. Bravata ou não, a CBF pediu à Fifa

Tecnologia no futebol? Crédito: Fifa

A quantidade de erros dos árbitros no Campeonato Brasileiro de 2015 pode ter motivado uma mudança histórica. O “pode” se deve à vontade da International Football Association Board (Ifab), o órgão que regulamenta as regras do futebol, através da Fifa, acerca da solicitação da CBF, a pedido dos clubes, para o uso da tecnologia nas partidas da Série A a partir de 2016 (e posteriormente das demais séries). O tal “árbitro de vídeo”, consultado pelo juiz principal, analisaria os seguintes lances (polêmicos), de acordo com a confederação brasileira:

a) Dúvida se a bola entrou ou não no gol.
b) Saídas da bola pela linha de fundo, quando na mesma jogada ou contexto for marcado gol ou pênalti.
c) Definição do local das faltas nos limites da grande área, para definir se houve ou não pênalti.
d) Gols e pênaltis marcados, possibilitados e evitados em razão de erro em lances de faltas claras/indiscutíveis, não vistas ou marcadas equivocadamente.
e) Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.
f) Jogo brusco grave ou agressão física (conduta violenta) indiscutíveis não vistos ou mal decididos pela arbitragem.

Ou seja, o uso das imagens da televisão a caminho do Brasileirão seria uma espécie de “laboratório” para todas as competições mundo afora – em 2011, por exemplo, o Campeonato Pernambucano foi um teste em relação aos árbitros de linha de fundo. A infraestrutura para essa novidade nem seria um problema, pois todas as 380 partidas da competição são televisionadas, com pelo menos 16 câmeras instaladas. O mesmo cenário ocorre na Série B, diga-se.

O debate entre a CBF e os clubes deve analisar, também, o número de ações durante a partida, para que a peleja não seja paralisada constantemente, como ocorre na NFL. Com o fraco rendimento dos árbitros do país, é capaz de o futuro “árbitro de vídeo” se tornar o verdadeiro árbitro do jogo…

Podcast 45 (170º) – Queda de rendimento do Sport e a dificuldade de G4 para PE

Com a 169ª edição focada nas apresentações de Náutico e Santa, o 170º podcast detalhou Goiás 1 x 0 Sport, com o revés no Serra Dourada, a queda de rendimento no campeonato e a pressão sobre o técnico Eduardo Batista. Além disso, o 45 minutos também entrou na resenha de filmes, música etc.

Confira um infográfico com as principais atrações da gravação aqui.

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Nas notas oficiais de Náutico e Santa, a miopia sobre o problema das organizadas

Miopia

A partir das notas oficiais de Náuticoe Santa Cruz após a confusão entre as torcidas organizadas nos Aflitos é possível entender um pouco a postura de cada clube com um problema histórico no futebol pernambucano.

Na nota alvirrubra, o “desconhecimento” por parte da direção de que a Terror Bicolor havia passado a tarde na sede, a convite dos integrantes da Fanáutico.

“A diretoria do clube fará uma rígida apuração interna dos fatos e tomará todas as providências para identificar os envolvidos e denunciar às autoridades competentes qualquer um que tenha tido participação no lamentável incidente.” 

nota tricolor soou ainda pior. O texto aponta o “extenso histórico de violência” da Terror Bicolor (facção do Paysandu), mas não diz uma linha sequer sobre o mesmo comportamento da Inferno Coral.

“Foi com surpresa que a diretoria do Santa Cruz tomou conhecimento de que a referida torcida (Terror), com um extenso histórico de violência, tinha sido acolhida na sede do Náutico durante a tarde de ontem.” 

Segue com o seguinte trecho: “se faz necessário identificar os envolvidos, caracterizando individualmente a ação de cada um”. Claro que isso é importante, mas ao mesmo tempo passa a imagem que a “generalização” caracterizaria a culpabilidade da torcida organizada (visão que só se ‘aplica” à Terror Bicolor).

“Punições genéricas, por mais espetaculares que possam parecer aos olhos da opinião pública, apenas reforçam a sensação de impunidade individual.” 

Pois é, o Náutico não sabia que a organizada do Papão estava em sua sede e o Santa não reconhece o histórico de violência da Inferno. Essa miopia beira a conivência. E o Sport neste contexto? Errou bastante, durante anos. Até o presidente do clube, João Humberto Martorelli, iniciar uma cruzada, só em 2015, para romper a relação, com a exclusão de sócios ligados à Torcida Jovem, a proibição do uso da marca, de espaços no clube e até ação na justiça.

Não há margem para clubismo na discussão, sobre um duradouro problema, que tem no estado a maior omissão, com o inoperante serviço de inteligência da secretaria de defesa social e a impunidade quase onipresente na justiça. Um cenário inseguro que vai minando a maioria (de bem) nos jogos de futebol…

Podcast 45 (169º) – Balanço da Série B, mudança tática no Sport e organizadas

Após um merecido feriadão para a equipe do 45 minutos, chega a nova edição, fazendo um balanço das duas últimas rodadas da Série B, entre sexta e terça-feira. Jogos que derrubaram Náutico e Santa na tabela. Detalhamos as atuações e a mira em Vitória e Bahia, com 41 pontos. Sobre o Sport, há nove jogos sem vencer na Série A, o foco foi na possível mudança na postura tática do time, com Diego Souza de segundo volante e Régis na articulação. Aprova a ideia de Eduardo Batista? Infelizmente, mais uma vez tivemos que tocar no assunto “violência”, após a confusão entre as organizadas no bairro dos Aflitos.

Confira um infográfico com as principais atrações da gravação aqui.

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!