A Seleção Olímpica já pediu passagem no Recife, seguindo a sua caminhada rumo aos Jogos do Rio de Janeiro. Ainda sem Neymar e sem chamar tanta atenção, apesar de alguns nomes promissores no time. Na Ilha do Retiro, onde o Brasil venceu os Estados Unidos, pouca gente acompanhou, mas com um comportamento cada vez mais incomum, infelizmente.
Sem qualquer rusga, camisas e bandeiras de Santa Cruz, Náutico e Sport ficaram lado a lado na arquibancada, entre as amarelas da Seleção Brasileira, misturadas entre os sete mil espectadores. Claro, a rivalidade surgiu em alguns momentos, mas apenas com gritos de guerra dos clubes – nada de brados desrespeitosos das organizadas. Nas cadeiras da Ilha do Retiro, o cazá cazá foi mais forte, naturalmente. Mas, acredite, também puxaram o N-A-U-T-I-C-O ali. O grito timbu foi abafado pelos rubro-negros, é verdade, mas o jogo seguiu.
No mesmo setor, dirigentes rivais acompanharam o amistoso, como Constantino Júnior, vice do Tricolor. Até o treinador coral, Marcelo Martelotte, compareceu. Nada de escolta, não precisava. O clima era mesmo outro, bom. Algo que a Seleção, com toda a sua crise técnica, ainda consegue promover…
O Santa Cruz se isolou na 4ª colocação a três rodadas do fim da Série B. A situação do campeão pernambucano foi o primeiro assunto no 45 minutos, abordando a atuação do time coral e as contas necessárias para conquistar o acesso. Na sequência, o empate do Náutico e as consequências, obrigando, na prática, o time a vencer os três jogos restantes para seguir com chances. E se somar sete pontos, há chance? Pequena, mas esmiuçamos. Por fim, a polêmica em torno do Sport, chamado pelo experiente comentarista José Trajano de “time pequeno” durante o programa Linha de Passe, da ESPN Brasil. O contexto se referia ao goleiro Danilo Fernandes, que só poderia ser convocado atuando em um clube maior. Rendeu um bom debate no podcast.
Confira um infográfico com as principais atrações do programa aqui.
Nesta 186ª edição, estive ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Foi a última “terça-feira cheia” da Série B em 2015. Uma noite repleta de emoção. No topo da tabela, o Botafogo ganhou mais uma e sacramentou a volta à primeira divisão. Vai agora pelo título, que escapou em 2003, quando também disputou a segundona (subiu como vice). Em relação aos pernambucanos, melhor para o Tricolor. O Santa Cruz venceu o Oeste e se consolidou na 4ª colocação, agora de forma isolada, com 58 pontos. O Timbu segue na briga, mas com mais pressão. O Náutico empatou com o Macaé, fora de casa, e caiu para a 6ª colocação, ainda pertinho do G4 – está a dois pontos.
Mais. Três concorrentes diretos se deram mal. O Bahia empatou em casa com o ABC (rebaixado) e o Paysandu ficou no 1 x 1 com o lanterna Mogi Mirim. Já o Bragantino foi arrasado pelo Ceará (3 x 0), que vai ensaiando uma permanência incrível. São cinco vitórias seguidas, todas sob o comando de Lisca.
No G4, um carioca (classificado), um mineiro, um baiano e um pernambucano.
A 36ª rodada dos representantes pernambucanos
14/11 (16h30) – Náutico x CRB (Arena Pernambuco)
14/11 (16h30) – Botafogo x Santa Cruz (Nilton Santos, Rio de Janeiro)
Aos 48 minutos do segundo tempo, o Macaé cobrou um escanteio pela esquerda e Marino desviou mal. O volante mandou a bola para a própria barra, mas a trave evitou o pior, no susto final dos alvirrubros no Rio de Janeiro, no empate em 1 x 1. O Náutico teve que se contentar com um pontinho, mesmo pressionando ainda mais as últimas três partidas. Tudo por causa do inoperante segundo tempo, onde não conseguiu criar e viu uma blitz do desesperado adversário, com Júlio César irritado com a defesa.
Não faltou raça, mas parecia claro que o time sentiu a ausência de João Ananias, que rompeu os ligamentos do joelho esquerdo. Além disso, o técnico Gilmar Dal Pozzo também não viveu a sua melhor noite nas mexidas. A própria escolha de Marino foi equivocada, com o volante – há muito sem jogar bem – cansando de dar espaço ao time alviazulino. No ataque, Douglas foi acionando no segundo tempo no lugar de Daniel Morais. A mudança não surtiu efeito. Na primeira etapa, Daniel se movimentou bem, mandou uma na trave, aos 8, e ainda teve um gol (bem) anulado aos 46, que seria o da virada (Ronaldo Alves empatara de cabeça). Já Douglas teve dificuldades até para dominar a bola.
No Moacyrzão, com apenas 1.915 espectadores nesta noite, os pernambucanos saíram do campo procurando saber junto à imprensa os resultados das demais partidas da rodada. O Timbu, agora com 56 pontos e com dois jogos na Arena Pernambuco na sequência, segue na disputa. No limite.
Pela primeira vez nesta temporada, os três grandes clubes pernambucanos ganharam no mesmo fim de semana pelo Campeonato Brasileiro. O 45 minutos fez um balanço completo (tática e campanhas) de Sport 1 x 0 Grêmio, Bahia 1 x 2 Santa Cruz e Náutico 2 x 0 Paraná, nesta ordem, com pitacos sobre a próxima rodada (a Série B terá rodada cheia já nesta terça-feira). Não por acaso, o podcast durou quase 2 horas. Enfim, uma sequência bem positiva do futebol local, com o G4 se aproximando.
Confira um infográfico com as principais atrações do programa aqui.
Nesta 185ª edição, estive ao lado de Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Um sábado de vitórias pernambucanas, com os dois tradicionais rivais chegando a 55 pontos. Na Fonte Nova, o Santa Cruz venceu o Bahia, de virada. Um resultado para levar o povão ao Arruda na próxima rodada. Na Arena Pernambuco, o Náutico ganhou do Paraná, com ampla superioridade. O atual campeão só está na frente por causa do saldo de gols (10 x 4).
Faltava apenas o complemento da rodada, no importantíssimo jogo entre Sampaio Corrêa e Oeste, no Castelão. Os pernambucanos (sobretudo o Santa, com o G4 à frente) torciam um por um tropeço da Bolívia Querida. O Paio até abriu o placar, mas numa trapalhada do goleiro, cedeu o empate no segundo tempo, ficando no 1 x 1. Com isso, o Santa voltou à zona de classificação à elite (em 4º lugar), com o Timbu na cola (em 5º). A briga pelo acesso promete!
No G4, um carioca (líder), um mineiro, um baiano e um pernambucano.
A 35ª rodada dos representantes pernambucanos
10/11 (18h00) – Macaé x Náutico (Cláudio Moacyr, em Macaé)
10/11 (20h30) – Santa Cruz x Oeste (Arruda)
O Náutico fez a sua parte na Arena Pernambuco. Venceu o Paraná sem dificuldades e se manteve firme na briga pelo acesso. Soma os mesmos 55 pontos do rival do Arruda, atrás somente no saldo de gols (10 x 4). Com outros concorrentes pelo caminho (Sampaio Corrêa, Bahia, Bragantino…), a briga será ponto a ponto até 28 de novembro. A quatro rodadas do fim, quem oscilar menos, leva. Para isso, é preciso jogar de forma compacta.
No 2 x 0 sobre o tricolor de Curitiba, os alvirrubros decidiram antes da primeira meia hora de bola rolando, com dois gols de cabeça. Primeiro com o zagueiro Rafael Pereira, chegando a quatro na competição, mesmo tendo estreado somente na 15ª rodada, e com o atacante Daniel Morais, com cinco tentos. A partir dali, com um adversário sem tantas pretensões, o 8.818 torcedores presentes só tiveram uma preocupação em campo, a lesão do volante João Ananias, vetado desde já para a próxima rodada, terça-feira.
Preocupa, sobretudo por ser um dos mais regulares jogadores da equipe, pilar na estrutura defensiva. E para não oscilar, o Timbu precisará contar com o volante na sequência. A tarde de sábado terminou com a informação via rádio do gol do Santa, desempatando o clássico nordestino em Salvador. Até ali, o Alvirrubro ultrapassava os dois. Ao menos o Bahia ficou para trás. Conforme dito, será ponto a ponto, numa disputa imprevisível.
Nas pesquisas de torcida, um ponto que gera bastante discussão é a “margem de erro”, ampliando ou reduzindo as massas a cada ano, na visão dos mais variados institutos. Tudo na base da projeção, obviamente. Daí, a curiosidade ao comparar as duas pesquisas de uma mesma empresa, numa mesma região e em épocas bem próximas. Paralelamente à análise de satisfação para clientes, a Plural Pesquisa questionou as 1.600 pessoas abordadas no Recife sobre a preferência clubística. Metade em junho e a outra em setembro. Num intervalo de apenas 90 dias, resultados distintos no futebol local.
A metodologia foi a mesma, com uma margem de erro de 3,46%. E aí está o dado interessante, pois nenhuma resposta quantificada na segunda pesquisa ultrapassou a margem do levantamento anterior. O Sport subiu de 36% para 39%, chegando a 630 mil rubro-negros, já mensurados com a nova estimativa do IBGE para a cidade, divulgada em agosto. Curiosamente, a projeção do Santa caiu na mesma proporção, de 31% para 28%. Numa leitura mais simples, trata-se da parcela volátil da torcida, seja por resultados dos jogos, audiência, relações sociais etc. Já o Náutico é outro ponto “a favor” do universo estatístico, pois manteve os 10% nas duas pesquisas, com entrevistados diferentes, mas dentro do mesmo raio x (sexo, idade, escolaridade e renda familiar).
Para terminar, a inserção do Corinthians na capital pernambucana. Se até junho aparecia junto a outros times, agora já se destaca com o percentual próprio (1%), justamente na diminuição dos não torcedores (de 22% para 20%).
Plural / Recife 2015 (2)
Período: setembro de 2015
Público: 800 entrevistados
Margem de erro: 3,46%
População estimada (IBGE/2015): 1.617.183
A premiação total da Copa do Nordeste de 2016 aumentou em 33% em relação à última edição. Em quatro anos, são quase R$ 10 milhões a mais. A curiosidade é que das cinco campanhas possíveis (primeira fase, quartas, semi, vice e campeão), justamente a cota do primeiro lugar sofreu uma baixa. No acordo costurado entre os clubes na reunião da Liga do Nordeste, no Recife, a receita foi distribuída de forma mais equânime. Em 2015, por exemplo, o campeão Ceará ganhou R$ 2,74 milhões, ou R$ 1,5 milhão a mais que o Bahia, o vice. Na próxima temporada, o campeão ganhará R$ 2,3 milhões (mais a vaga na Sul-Americana, claro), com a diferença para o vice caindo para R$ 500 mil.
Além da redistribuição de R$ 250 mil aos classificados às quartas, pesou na redução do campeão a ausência do bônus da CBF, de R$ 1 milhão, ofertado em 2015. Por outro lado, chegar às quartas da Lampions League, numa campanha básica, superando a fase de grupos, representará quase R$ 1 milhão a oito times, num acréscimo de 52%. A simples participação significa meio milhão.
Nesta nova equação financeira, bancada pelo Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão até 2022, ainda há outra particularidade. Na primeira fase, com vinte equipes, os dois maranhenses e os dois piauienses não ganham cota. Sob contrato, os novos integrantes estão num período de testes, até 2017, e a liga já tinha um acordo de divisão para os 16 times originais. Portanto, Imperatriz, Sampaio Corrêa, River e Flamengo só podem receber a premiação a partir das quartas. Finalizando o acordo, os clubes não terão despesas com arbitragem, viagens e hospedagens. A regra para as viagens é a seguinte: até 500 km, ônibus; acima de 500 km, avião, com 26 passagens garantidas.
As cotas absolutas (somando as fases) para as campanhas no Nordestão:
2016
Campeão – R$ 2,385 milhões
Vice – R$ 1,885 milhão
Semifinalista – R$ 1,385 milhão
Quartas de final – R$ 935 mil
Primeira fase – R$ 505 mil*
Total: R$ 14.820.000 * Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão.
2015
Campeão – R$ 2,74 milhões
Vice – R$ 1,24 milhão
Semifinalista – R$ 890 mil
Quartas de final – R$ 615 mil
Primeira fase – R$ 365 mil*
Total: R$ 11.140.000 * Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão.
Premiações: Sport R$ 890 mil, Salgueiro R$ 615 mil, Náutico R$ 365 mil
2014
Campeão – R$ 1,9 milhão
Vice – R$ 1,2 milhão
Semifinalista – R$ 850 mil
Quartas de final – R$ 600 mil
Primeira fase – R$ 350 mil
Total: R$ 10.000.000
Premiações: Sport R$ 1,9 milhão, Santa Cruz R$ 850 mil, Náutico R$ 350 mil
A permanência na primeira divisão garante, naturalmente, a manutenção da cota de transmissão àqueles clubes sem contratos duradouros no Brasileirão. Entretanto, ainda há um bônus às campanhas anuais, ao alcance de todos os participantes. Através da verba repassada pela Rede Globo, a detentora dos direitos de transmissão do campeonato (até 2018), a premiação oficial contempla do campeão ao 16º lugar, o primeiro time acima da zona de rebaixamento. O valor passou três anos congelado em R$ 30 milhões, subindo nesta temporada para R$ 35,8 mi, num acréscimo de 19%.
Agora, os quatro primeiros clubes (os classificados à Libertadores, claro) recebem 66% de toda a premiação, com o restante distribuído da mesma forma, com a meritocracia através das colocações. Confira então a premiação de 2015, já confirmada pela CBF, e os valores das edições anteriores, com destaque para o desempenho pernambucano.
2015 (R$ 35,8 milhões)
Campeão: R$ 10 milhões
Vice: R$ 6,3 milhões
3º: R$ 4,3 milhões
4º: R$ 3,2 milhões
5º: R$ 2,2 milhões
6º: R$ 1,4 milhão
7º: R$ 1,3 milhão
8º: R$ 1,2 milhão
9º: R$ 1,1 milhão
10º: R$ 1,0 milhão
11º: R$ 900 mil
12º: R$ 800 mil
13º: R$ 700 mil
14º: R$ 600 mil
15º: R$ 450 mil
16º: R$ 350 mil
17º ao 20º: sem premiação
2014 (R$ 30 milhões)
Campeão: R$ 9,0 milhões (Cruzeiro)
Vice: R$ 6,0 milhões (São Paulo)
3º: R$ 4,0 milhões (Inter)
4º: R$ 3,0 milhões (Corinthians)
5º: R$ 1,4 milhão (Atlético-MG)
6º: R$ 1,1 milhão (Fluminense)
7º: R$ 1,0 milhão (Grêmio)
8º: R$ 900 mil (Atlético-PR)
9º: R$ 800 mil (Santos)
10º: R$ 700 mil (Flamengo) 11º: R$ 600 mil (Sport)
12º: R$ 500 mil (Goiás)
13º: R$ 400 mil (Figueirense)
14º: R$ 300 mil (Coritiba)
15º: R$ 200 mil (Chapecoense)
16º: R$ 100 mil (Palmeiras)
17º ao 20º: sem premiação (Vitória, Bahia, Botafogo e Criciúma)
2013 (R$ 30 milhões)
Campeão: R$ 9,0 milhões (Cruzeiro)
Vice: R$ 6,0 milhões (Grêmio)
3º: R$ 4,0 milhões (Atlético-PR
4º: R$ 3,0 milhões (Botafogo)
5º: R$ 1,4 milhão (Vitória)
6º: R$ 1,1 milhão (Goiás)
7º: R$ 1,0 milhão (Santos)
8º: R$ 900 mil (Atlético-MG)
9º: R$ 800 mil (São Paulo)
10º: R$ 700 mil (Coritinthians)
11º: R$ 600 mil (Coritiba)
12º: R$ 500 mil (Bahia)
13º: R$ 400 mil (Inter)
14º: R$ 300 mil (Criciúma)
15º: R$ 200 mil (Fluminense)
16º: R$ 100 mil (Flamengo) 17º ao 20º: sem premiação (Portuguesa, Vasco Ponte Preta e Náutico)
2012 (R$ 30 milhões)
Campeão: R$ 9,0 milhões (Fluminense)
Vice: R$ 6,0 milhões (Atlético-MG)
3º: R$ 4,0 milhões (Grêmio)
4º: R$ 3,0 milhões (São Paulo)
5º: R$ 1,4 milhão (Vasco)
6º: R$ 1,1 milhão (Corinthians)
7º: R$ 1,0 milhão (Botafogo)
8º: R$ 900 mil (Santos)
9º: R$ 800 mil (Cruzeiro)
10º: R$ 700 mil (Inter)
11º: R$ 600 mil (Flamengo) 12º: R$ 500 mil (Náutico)
13º: R$ 400 mil (Coritiba)
14º: R$ 300 mil (Ponte Preta)
15º: R$ 200 mil (Bahia)
16º: R$ 100 mil (Portuguesa) 17º ao 20º: sem premiação (Sport, Palmeiras, Atlético-GO e Figueirense)