ESPN inaugura estúdio no Recife, sendo o terceiro canal pago com estrutura local

ESPN Nordeste, o estúdio pernambucano do canal

Inaugurada em 1995, a ESPN Brasil passa contar, a partir de 4 de julho de 2016, com um estúdio no Recife, reduzindo uma antiga lacuna de cobertura em relação ao futebol nordestino. Com o espaço montado na Boa Vista, a emissora se junta a Sportv (via Globo Nordeste) e Esporte Interativo, que também contam com estrutura e profissionais na capital pernambucana, com inserções regulares em programas ao vivo em rede nacional.

No caso da ESPN, Pernambuco passa a ser sede do Bate-Bola Bom Dia Nordeste, um bloco com duas edições semanais no primeiro Bate-Bola da grade, comandado pelo comentarista Léo Medrado, com experiência em jornalismo esportivo tanto na tevê quanto na rádio. No programa inaugural, os presidentes de Náutico, Santa e Sport e o vice do canal, João Palomino. Anteriormente, a participação era limitada a algumas participações via Skype. A expansão enxerga o óbvio, pois a audiência sempre existiu.

No Sportv as inserções locais ocorrem no Redação Sportv e no Seleção, enquanto no Esporte Interativo há um programa específico, o Resenha Esporte Clube. Nos demais canais de tevê paga, voltados para o futebol, seguem sem estúdios no estado a Fox Sports e a Band Sports.

Observação: Os direitos de transmissão da Copa do Nordeste seguem com o EI até 2022. Neste ano, a ESPN manifestou desejo na exibição…

Classificação da Série A 2016 – 12ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 12 rodadas. Crédito: Superesportes

Uma péssima rodada para os times pernambucanos, derrotados e na zona de rebaixamento do Brasileiro. Pior, perderam para concorrentes diretos (em potencial). Na quarta, o Sport perdeu de virada para o Vitória. Na quinta, o Santa foi goleado pela Ponte. Outra coincidência local foi o trabalho equivocado de Oswaldo de Oliveira e Milton Mendes, com mexidas sem nexo nos jogos.

O leão até chegou a sair do Z4 no domingo, ao golear a Chape, mas já voltou ao último pelotão – presente lá em 10 das 12 rodadas. Já o Santa desceu mais um degrau, agora figurando na penúltima posição, à frente apenas do já combalido América Mineiro. Na ponta, o Palmeiras, já abrindo três pontos de vantagem. Na segunda-feira vem ao Recife estrear o novo horário, diante do Sport.

A 13ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

03/07 (16h00) – Botafogo x Santa Cruz (Mário Helênio, Juiz de Fora-MG)
Histórico como visitante na elite: 2 vitórias corais, nenhum empate e 5 derrotas 

04/07 (20h00) – Sport x Palmeiras (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 6 vitórias leoninas, 5 empates e 7 derrotas

Santa Cruz é goleado pela Ponte Preta no Arruda, na 7ª derrota em 8 partidas

Série A 2016, 12ª rodada: Santa Cruz 0x3 Ponte Preta. Foto: Paulo Paiva/DP

Uma estatística que piora a cada rodada. Desde a perda da invencibilidade, no clássico, o Santa Cruz só fez descer a ladeira no Brasileirão. Com 24 pontos em disputa, só ganhou 3. Do alto da tabela, despencou para a penúltima colocação, numa crise técnica e tática já escancarada. O sistema com atacantes abertos, de pouca posse de bola e voltado para os contragolpes ficou manjado, com adversários (mais preparados) conseguindo superar o tricolor seguidamente. No Arruda, contra a Ponte Preta, o time sofreu a quarta derrota como mandante. Aliás, neste recorde de oito jogos foram cinco em casa, o que só piora o cenário futuro, quando terá que atuar mais como visitante.

No 3 x 0 a favor do time paulista, os corais não agrediram em momento algum. Curiosamente, no primeiro tempo até teve o controle da bola, com 64%, mas sem criatividade. A falta de um armador qualificado é a maior lacuna no elenco – não dá mais para ir com Lelê, Leandrinho, Daniel Costa, Wallyson etc. Além disso, teve falhas individuais graves, com Danny Morais e Lelê. Resultaram nos gols de Pottker. O camisa 9 foi bem nos dois lances. Em desvantagem e extremamente vaiado no intervalo, o Santa voltou para o tudo ou nada, totalmente desorganizado. Parecia esperar por um lampejo de Grafite e olhe lá. Na única chance que teve, o então artilheiro do torneio chutou em cima de João Carlos – finalizações semelhantes ao jogo passado no Mundão, contra o Fla.

A goleada foi consumada por Felipe Azevedo, com o time coral já entregue. No chute, ainda contou com a colaboração de Tiago Cardoso, que espalmou pra dentro. Depois, o técnico Milton Mendes conseguiu piorar, ao tirar Danny e deixar o time sem zagueiros. Sim, pois o único defensor era o lateral Allan Vieira, improvisado. Mexida para irritar ainda mais o povão, à espera de mudanças.

Série A 2016, 12ª rodada: Santa Cruz 0x3 Ponte Preta. Foto: Paulo Paiva/DP

Expulsões irresponsáveis e leitura errada de Oswaldo minam o Sport em Salvador

Série A 2016, 12ª rodada: Vitória 3 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O Sport terminou o jogo no Barradão com dois a menos, destemperado. Derrotado pelo Vitória por 3 x 2, o rubro-negro pernambucano desperdiçou uma grande chance para pontuar como visitante. Enfrentou um adversário bem desfalcado, sem os atacantes Kieza (suspenso) e Marinho (machucado), e que não atuou bem. Tanto que saiu vaiado, apesar do resultado. Após a pressão inicial do mandante, o Leão da Ilha ainda abriu o placar com Matheus Ferraz. O zagueiro foi lançado por Rodney, matou no peito e fuzilou. Belo gol, aos 17. Cinco minutos depois, Everton Felipe, inocente além da conta, deu um carrinho e tomou o segundo amarelo. Ainda que se discuta se era falta pra cartão, ele estava pendurado e foi imprudente, sobrecarregando os companheiros.

Sobretudo Edmílson, deslocado para a ponta, tendo que descer para recompor o tempo todo. Obviamente, não deu conta, com o Vitória usando bem o seu lado. Enquanto isso, Oswaldo de Oliveira só fazia reclamar e não se preocupava em enxergar o jogo. Também foi expulso. Ainda assim, o time quase foi para o vestiário em vantagem. Aos 44, Samuel Xavier escorreu num cruzamento e Vander empatou. O gol só acelerou a necessidade de mudança, para estabilizar o time defensivamente e oferecer a chance de um contragolpe. Limitando-se à defesa, o time não suportou.

Quando o treinador (ou o auxiliar, na beira do campo) resolveu mexer, a escolha foi equivocada. Trocou Gabriel Xavier por Lenis. Se Edmilson estava sacrificado, o volante Ronaldo (no lugar de Rithely, uma lacuna imensa) era o pior em campo. Marcou mal e tocou errado o quanto pôde. Num instante, Oswaldo viu dois gols baianos e o colombiano ser expulso de forma irresponsável. Aí, finalmente, fez o óbvio de uma hora antes, Edmílson por Rogério. Mesmo com o cenário totalmente adverso, o atacante recém-contratado foi agudo, ganhando o escanteio que gerou o segundo gol, outra vez com Matheus. No fim, no desespero, o time tentou o empate. Mas aí, com Vinícius Araújo em campo, não havia muita esperança. Derrota na conta do técnico.

Série A 2016, 12ª rodada: Vitória 3 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

No Sport, Diego Souza emplaca o golaço da rodada do Brasileiro pela segunda vez

O gol de voleio de Diego Souza, o quarto da goleada do Sport sobre a Chape por 5 x 1, foi eleito pela CBF como o mais bonito da 11ª rodada da Série A. Foi a segunda vez que o camisa 87 venceu a votação, repetindo o resultado da 9ª rodada, quando arrancou do meio-campo para decidir o jogo contra o Flu.

O gol de DS87 teve 69% dos votos no FaceGol, a enquete promovida na página oficial da confederação no facebook. Superou Lucas Lima (28%), do Santos, e Camilo (3%), do Botafogo. Em onze rodadas, esta foi a 4ª vez que um jogador atuando em Pernambuco ganhou a enquete, com dois golaços do meia rubro-negro e dois de Grafite. O tricolor levou a melhor na 1ª e 3ª rodadas.

Podcast – A análise da goleada do Sport e das derrotas de Náutico e Santa Cruz

O 45 minutos analisou as apresentações do Trio de Ferro no fim semana. Apenas uma vitória, com o Leão, no jogo que encerrou a 11ª rodada do Campeonato Brasileirão. Aliás, foi a melhor atuação do time até aqui, com um papel fundamental de Oswaldo de Oliveira. Destacamos as principais mudanças. Também comentamos, em gravações exclusivas, as derrotas de alvirrubros (no Castelão, num confronto direto pelo G4 da Série B) e tricolores (num resultado considerado normal, na arena corintiana). Ao todo, 66 minutos.

25/06 – Ceará 2 x 1 Náutico

25/06 – Corinthians 2 x 1 Santa Cruz

26/06 – Sport 5 x 1 Chapecoense

Classificação da Série A 2016 – 11ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 11 rodadas. Crédito: Superesportes

Na 4ª rodada do Brasileirão, o Santa abriu 7 pontos diferença sobre Sport (8 x 1), afundado na lanterna. Sete rodadas depois, com os corais perdendo seis jogos e os leoninos somando onze pontos, o cenário se inverteu, com o rubro-negro à frente (12 x 11). Custou o lugar fora da zona de rebaixamento. Na noite de sábado, o Santa Cruz perdeu do Corinthians, passando mais uma rodada sem pontuar. Encerrando a rodada, na noite de domingo, o Sport goleou a Chapecoense, fazendo o resultado necessário para deixar o Z4.

Vitória e Ponte, que se enfrentaram no domingo, num empate em Salvador, são os próximos adversários, em confrontos diretos nesta luta atual contra o descenso. Em relação à liderança, o Palmeiras tem agradecer ao Botafogo. Derrotado pelo Cruzeiro no sábado, de virada, precisou torcer por uma improvável derrota do Inter no Beiro-Rio. Dito e feito.

A 12ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

29/06 (19h30) – Vitória x Sport (Barradão)
Histórico na Bahia pela elite: 2 vitórias leoninas, 2 empates e 5 derrotas 

30/06 (19h30) – Santa Cruz x Ponte Preta (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: nenhuma vitória coral, 4 empates e 2 derrotas

Sport aplica a maior goleada do Brasileiro sobre a Chapecoense e volta a sair do Z4

Série A 2016, 11ª rodada: Sport 5x1 Chapecoense. Foto: Paulo Paiva/DP

Coletivamente, o Sport fez a sua melhor atuação no Brasileiro de 2016 até o momento. A goleada por 5 x 1 falaria por si só, mas o domínio sobre um adversário duro, com apenas uma derrota em dez apresentações até então, evidencia o comportamento de um time que há poucas semanas não demonstrava sinais de competitividade. Quem se arriscou à Ilha do Retiro no fim do feriadão viu um jogo de apenas uma equipe.

Ainda que a Chapecoense tenha empatado no primeiro lance do segundo tempo, com o ex-rubro-negro Ananias, o jogo seguia aberto, com as jogadas leoninas fluindo, enfim com Everton Felipe. Se a sombra de Rogério fez diferença, talvez seja apenas coincidência, mas o meia (ponta direita no esquema de Oswaldo de Oliveira) foi agudo, teve um bom índice de passes e, acima de tudo, foi inteligente nas jogadas, enxergando o jogo. Viu oportunidades claras em contragolpes bem armados – e bem definidos. Do outro lado, Rodney Wallace, mantido na lateral-esquerda no lugar de Renê, após a suspensão, justificou a oportunidade recebida. E como! Marcou dois gols e foi seguro na cobertura.

Para completar, o maestro do time, Diego Souza, segue implacável na estatística do Sport, colaborando diretamente com todos os (12) pontos conquistados pelo time. Desta vez, meteu um voleio engatando a goleada, a maior da competição. Um resultado que fez a equipe pernambucana, de roupa nova, voltar a respirar, fora da zona de rebaixamento. Sim, o saldo de gols foi determinante. E sem margem para queixas desta vez.

Série A 2016, 11ª rodada: Sport 5x1 Chapecoense. Foto: Paulo Paiva/DP

Santa Cruz desperdiça chances e perde do Corinthians, no 6º revés em 7 partidas

Série A 2016, 11ª rodada: Corinthians 2x1 Santa Cruz, com Romero comemorando o segundo gol. Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dois sábados seguidos atuando na capital paulista, com derrotas diante de Palmeiras e Corinthians e roteiros semelhantes para o Santa. No primeiro tempo, uma enorme pressão dos mandantes, abrindo dois gols de vantagem. No comecinho da segunda etapa, Grafite mandando para as redes, ensaiando a reação. No Allianz Parque, o time pernambucano acabou sofrendo outro gol, que matou o jogo, apesar da bola na trave e das defesas de Fernando Prass. Na arena do Timão, o 2 x 1 se manteve até o fim, deixando um gosto mais amargo no povão, que viu o time equilibrar o jogo e criar oportunidades claras.

Em vez de Prass, a insegurança de Cássio, que entregou o gol coral, que deixou o Grafa na artilharia isolada do Brasileiro, com 8 gols, a 7 de sua meta para a competição. Jogando de forma mais veloz, já sem o meia Daniel Costa, substituído, o tricolor voltou a ter a seu favor a velocidade de Keno pela ponta esquerda. Por lá, a grande chance da noite, aos 32 minutos. Num cruzamento, Wallyson recebeu livre, mas cabeceou pra fora. A diferença na qualidade para definir foi clara no jogo, uma vez que o primeiro gol corintiano foi parecidíssimo, mas com Luciano não dando qualquer chance a Tiago Cardoso.

Com a derrota, o Santa chegou a 6 derrotas nas últimas 7 rodadas, com o pior desempenho neste recorte, que marca o fim de sua invencibilidade. Não por acaso, o Z4 nunca esteve tão próximo. Contra Ponte Preta (casa) e Botafogo (fora), tem a chance de recuperação, até pelo perfil dos adversários, agora concorrentes diretos. E sem mais espaço para tanto desperdício, Grafite à parte.

Série A 2016, 11ª rodada: Corinthians 2x1 Santa Cruz. Foto: Rodrigo Gazzanel/Futura Press/Estadão conteúdo

Podcast – A análise dos empates de Sport e Náutico e da derrota do Santa Cruz

O 45 minutos analisou as apresentações do Trio de Ferro durante a semana, com atuações atípicas. Em 270 minutos de bola rolando, nenhum gol local. Ainda assim, dois pontinhos conquistados fora de casa, com alvirrubros, na gelada Caxias do Sul, e com rubro-negros, pela primeira vez evitando uma derrota para o São Paulo lá. O único revés foi justamente no Recife, com o Santa Cruz parando no goleiro Muralha (!), com Grafite perdendo duas ótimas chances. Confira as impressões do podcast, em gravações exclusivas.

21/06 – Brasil-RS 0 x Náutico

22/06 – Santa Cruz 0 x 1 Flamengo

23/06 – São Paulo 0 x 0 Sport