Foi uma derrota constrangedora do Sport. Enfrentando o lanterna e teoricamente “mordido” após a saída repentina do técnico, esperava-se atitude no Maracanã. Com 1 minuto e 50 segundos, o placar já deixava clara a sonolência rubro-negra no returno. Num cruzamento da direita, Durval farrapou e Nenê chutou, com Ferrugem desviando para as próprias redes. Se ganhar fora de casa já era difícil (não obteve um triunfo sequer), virar parecia impossível, mesmo tão cedo.
No primeiro tempo, o time comandado interinamente por Daniel Paulista só melhorou a partir dos vinte minutos. Marlone, escolhido para a articulação no lugar do suspenso Diego Souza, demorou a se achar em campo. Aos poucos tentou alguns passes mais ousados. O mais bonito terminou também no tento leonino no Rio. Um lançamento para Elber, aos 39. O atacante dominou de costas, girou e marcou um belo gol. Àquela altura, o Leão tinha mais posse, 51%, mas marcava mal, numa desatenção que marcou toda o domingo.
Na volta do intervalo, a escalação se manteve. Bastava seguir controlando o jogo. Mas o filme negativo se repetiu na Ilha. Gol nos primeiros minutos e na bola aérea, com Rafael Vaz desempatando, 2 x 1. A partir daí, entraram Danilo (no lugar de Renê, ambos horríveis), Brocador (perdeu um gol feito) e Régis (que parece não ter força nem para levantar uma bola). Fim de jogo, com os cruz-maltinos, mesmo jogando muito mal, deixando a lanterna após nove rodadas e os pernambucanos sem palavras, evitando entrevistas. Faltou respeito à torcida.