Os públicos internacionais no Recife, com 19 partidas oficiais entre 1968 e 2016

Sul-Americana 2016, oitavas: Santa Cruz 3 x 1 Independiente Medellín. Foto: Wellington Araújo/CBN Recife 105.7 FM

Com a participação do Santa Cruz na Sul-Americana de 2016, o Trio de Ferro completou o ciclo de disputas internacionais, com ao menos uma para cada rival pernambucano. Entretanto, até hoje, uma série de campanhas fracas, com um brilhareco em 2009. Com isso, a ocupação nas arquibancadas seguiu o mesmo ritmo, como comprova o primeiro jogo de um torneio interclubes da Conmebol no Arruda. O retrospecto no Grande Recife conta com 19 jogos, incluindo quatro clássicos, mas nenhum borderô chegou sequer a 30 mil espectadores. No geral, uma média de 13 mil pessoas, que cai consideravelmente no recorte da Sula, com times locais presentes em quatro temporadas consecutivas.

Eis os públicos oficiais de todos os jogos internacionais oficiais no Recife

Taça Libertadores da América (3 participações)
21/01/1968 – Náutico 1 x 3 Palmeiras – 8.004 (Ilha)
11/02/1968 – Náutico 1 x 0 Deportivo Gailicia (VEN) – 7.302 (Ilha)
14/02/1968 – Náutico 3 x 2 Deportivo Portugués (VEN) – 6.513 (Ilha)
02/07/1988 – Sport 0 x 1 Guarani – 27.860 (Ilha)
16/08/1988 – Sport 5 x 0 Alianza (PER) – 15.213 (Ilha)
23/08/1988 – Sport 0 x 0 Universitario (PER) – 22.628 (Ilha)
04/04/2009 – Sport 2 x 0 LDU (EQU) – 20.184 (Ilha)
08/04/2009 – Sport 0 x 2 Palmeiras – 19.386 (Ilha)
22/04/2009 – Sport 2 x 1 Colo Colo (CHI) – 20.050 (Ilha)
12/05/2009 – Sport (1) 1 x 0 (3) Palmeiras – 28.487 (Ilha)

Total – 175.627 torcedores em 10 jogos (média de 17.562)
Sport – 153.808 pessoas em 7 jogos (21.972)
Náutico – 21.819 pessoas em 3 jogos (7.273)

Copa Sul-Americana (6 participações)
20/08/2013 – Sport 2 x 0 Náutico – 16.125 (Ilha)
28/08/2013 – Náutico (1) 2 x 0 (3) Sport – 8.320 (Arena PE)
23/10/2013 – Sport 1 x 2 Libertad (PAR) – 17.575 (Arena PE)
28/08/2014 – Sport 0 x 1 Vitória – 6.025 (Ilha)
27/08/2015 – Sport 4 x 1 Bahia – 8.201 (Ilha)
23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (ARG) – 7.726 (Ilha)
24/08/2016 – Santa Cruz 0 x 0 Sport – 5.517 (Arena PE)
31/08/2016 – Sport 0 x 1 Santa Cruz – 6.570 (Arena PE)
28/09/2016 – Santa Cruz 3 x 1 Independiente (COL) – 5.474 (Arruda)

Total – 81.533 torcedores em 9 jogos (média de 9.059)
Sport – 62.222 pessoas em 6 jogos (10.370)
Santa – 10.991 pessoas em 2 jogos (5.495)
Náutico – 8.320 pessoas em 1 jogo (8.320)

Libertadores + Sul-Americana (9 participações)
Total – 257.160 torcedores em 19 jogos (média de 13.534)

Sport – 216.030 pessoas em 13 jogos (16.617)
Náutico – 30.139 pessoas em 4 jogos (7.534)
Santa – 10.991 pessoas em 2 jogos (5.495)

Pesquisas de torcida do Ibope no Brasil (1969), Pernambuco (1969) e Recife (1971)

Pesquisas de torcida realizadas pelo Ibope em Pernambuco (1969) e Recife (1971). Arte: Cassio Zirpoli/DP

A metodologia atual das pesquisas de torcida realizadas no Brasil considera o interesse por um clube em qualquer lugar (Flamengo no Recife, Náutico no Rio etc), além de registrar o percentual de pessoas à parte do futebol, sem preferência alguma. Isso foi estabelecido em 1983, pelo Gallup. Entretanto, bem antes, o Ibope já havia realizado incursões no tema, passando inclusive por Pernambuco, duas vezes. E os percentuais são bem diferentes dos dados atuais. Vamos às pesquisas, num achado do historiador paulista Clayton Silvestre, com o blog recuperando as reportagens do Diario de Pernambuco.

Começou em 1969, numa pesquisa encomendada pelo jornal carioca O Globo. O resultado foi divulgado em março no Diario, em dois momentos, com os dados nacionais no dia 4 (Santos de Pelé com quase metade do país!) e os dados locais, de onze estados, no dia 9. Se desde 1983 o Sport fica à frente de todas as pesquisas, catorze anos antes não foi assim. Longe disso. Em 1969, a liderança pernambucana era dos rivais. Náutico e Santa Cruz reunem preferências do torcedor, diz pesquisa feita pelo Ibope, estampou o Diario, com a reportagem sobre todos os locais pesquisados (Bahia e Ceará inclusos).

No questionário do Ibope foram feitas duas perguntas a cada entrevistado:
1) No seu entender, qual o clube de futebol mais querido em todo o Brasil?
2) No seu entender, qual o clube de futebol mais querido de seu estado? 

Atualmente, a pergunta é feita da seguinte forma:
Para qual clube de futebol você torce? (direta e sem distinção de localidade)

A explicação é necessária, pois a soma dos nove clubes no ranking nacional chega a 100%, assim como no local, com apenas três times. Ou seja, dá a entender que na pesquisa havia a preferência local e um segundo time de preferência nacional. Neste estudo não há detalhes sobre a quantidade de entrevistados ou mesmo a margem de erro. Em relação à dianteira alvirrubra, ainda que empatada, o Diario escreveu o seguinte: “A posição do Náutico (….) é uma decorrência da série de conquistas durante anos a fio, no futebol pernambucano, o que levou o clube dos Aflitos a se tornar até líder de arrecadações, como aconteceu no campeonato passado (1968)”. Hexa.

Já a segunda pesquisa, de 1971, ocorreu em sete municípios do Grande Recife, sob encomenda da Federação Pernambucana de Futebol (cujo último pedido do tipo data de 2008, ao Opine). Aqueles dados só foram divulgados no jornal em 18 de janeiro de 1972. Na ocasião, o título foi Nosso futebol visto pelo torcedor, pois também trouxe questionários como mobilidade (pela ordem, ônibus, carro particular, táxi e ônibus elétrico) e a dificuldade no acesso aos estádios (já naqueles tempos!). Tricampeão estadual, o Santa ficou na liderança graças à imensa maioria nas classes D/E, reforçando a aura popular. Também chama atenção a faixa etária coral, envelhecida, o que denota uma liderança anterior.

Para projetar as torcidas absolutas em cada pesquisa, o blog utilizou os dados do censo do IBGE de 1970, uma vez que naquela época não havia a atualização anual de estimativas – ou seja, dados antes, só em 1960, e depois, em 1980.

Ibope / Brasil 1969
Período: janeiro e fevereiro de 1969
Público: n/d (em 11 capitais e cidades vizinhas)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 94.508.583

1º) Santos – 49% (46.309.205)
2º) Flamengo – 20% (18.901.716)
3º) Corinthians – 14% (13.231.201)
4º) Vasco – 5% (4.725.429)
5º) São Paulo – 3% (2.835.257)
5º) Botafogo – 3% (2.835.257)
5º) Palmeiras – 3% (2.835.257)
8º) Fluminense – 2% (1.890.171)
9º) Atlético-MG – 1% (945.085)

Ibope / Pernambuco 1969
Período: janeiro e fevereiro de 1969
Público: n/d (dentro da pesquisa do Brasil)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 5.253.901

1º) Náutico – 36% (1.891.404)
1º) Santa Cruz – 36% (1.891.404)
3ª) Sport – 28% (1.471.092)

Ibope / Grande Recife 1971
Período: 15/04 a 16/05 de 1971
Público: 400 entrevistados (7 cidades*)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 1.664.865
* Recife, Jaboatão, Olinda, Cabo, São Lourenço, Paulista e Moreno

1º) Santa Cruz – 39% (649.297)
2º) Sport – 34% (566.054)
3º) Náutico – 24% (399.567)
4º) América – 2% (33.297)
5º) Central – 1% (16.648)

Ibope / Recife 1971
Período: 15/04 a 16/05 de 1971
Público: n/d (dentro da pesquisa do Grande Recife)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 1.060.701

1º) Santa Cruz – 35% (371.245)
2º) Sport – 33% (350.031)
3º) Náutico – 29% (307.603)
4º) América – 3% (31.821)

Dados da pesquisa de 1971 por classe social, idade e localidade…

Pesquisa de torcida realizadas pelo Ibope no Grande Recife em 1971. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Exigências do MPPE para liberar o Arruda com 60 mil e Ilha com 32 mil. Até 2018

Arruda e Ilha do Retiro. Fotos: DP

Até 2018, Santa Cruz e Sport podem voltar a ter a autorização para a capacidade máxima de seus estádios, Arruda e Ilha. Isso caso consigam atender às exigências definidas numa reunião envolvendo representantes dos clubes com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através da Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor, e com Corpo de Bombeiros. São quatro tópicos na casa coral e cinco no reduto leonino, com prazos distintos. Desde 25 de setembro de 2015, quando os bombeiros emitiram atestados sobre o José do Rego Maciel e o Adelmar da Costa Carvalho, as respectivas capacidades foram reduzidas. Não por questão de espaço físico para o público, mas pela estrutura oferecida para a evacuação da torcida, apontando escadas, portas e corredores afunilados. Então, vamos aos tópicos para o laudo definitivo.

Lembrando que os dois clubes já tinham começado a agir – veja aqui e aqui.

Arruda
Termos de Ajustamento de Conduta, em 27/09/2016

1) Limpeza de banheiros, troca de tubulações e plano de manejo de lixo (6 meses)
2) Mais rampas e assentos para cadeirantes, mapa tátil para cegos e vagas de estacionamento para idosos e deficientes (18 meses)
3) Construção de uma sala para a central de comando da PM (20 meses)
4) Impermeabilização da armação em concreto, conserto das juntas de dilatação e das armaduras expostas (24 meses)

Cronologia da capacidade
1972 – 64.000 lugares *inauguração
1982 – 110.000 (+53.000) *construção do anel superior
1993 – 85.000 (-25.000)
2001 – 75.000 (-10.000)
2005 – 65.000 (-10.000)
2012 – 60.044 (-4.956)
2015 – 50.582 (-9.462)
2018 – 60.044 (+9.462)?

Recorde: 96.990 (Brasil 6 x 0 Bolívia, em 29/08/1993)

Ilha do Retiro
Termos de Ajustamento de Conduta, em 27/09/2016

1) Compra de lixeiras (para os boxes de venda) e sanitários (15 dias)
2) Impermeabilização de lajes, retirada de infiltrações, manutenção da infraestrutura elétrica e de armaduras aparentes (7 meses).
3) Vagas de estacionamento para idosos e deficientes (15 dias)
4) Mais espaço na arquibancada a deficientes, nova sinalização e melhora nas rampas de acesso para cadeirantes (14 meses)
5) Melhorar o sistema de combate a incêndio e pânico (24 meses)

Cronologia da capacidade
1950 – 20.000 lugares *reforma para a Copa do Mundo
1960 – 36.000 (+16.000) *ampliação da cadeira central e da arquibancada
1984 – 45.000 (+9.000) *construção das gerais e ampliação da cadeira central
1998 – 50.000 (+5.000) *construção da ‘curva especial’
2001 – 45.000 (-5.000)
2005 – 32.500 (-12.500)
2006 – 30.520 (-1.980)
2007 – 34.500 (+3.980) *construção da ‘curva da ampliação’
2012 – 34.200 (-300)
2013 – 32.983 (-1.217)
2015 – 27.435 (-5.548)
2018 – 32.983 (+5.548)?

Recorde: 56.875 (Sport 2 x 0 Porto, em 07/06/1998)

Libertadores e Sula simultâneas, com mudança à vista no calendário da CBF

Reunião da Conmebol para decidir o formato dos torneios continentais de 2017. Crédito: Conmebol/twitter (@conmebol)

A Conmebol reformulou os formatos e períodos de disputa de Taça Libertadores e da Copa Sul-Americana, numa mudança que será refletida no futebol brasileiro, cujo calendário oficial já foi divulgado pela CBF. Na sede da entidade, em Assunção, foi decidida (texto abaixo, em espanhol) a ampliação de Liberta, que agora irá de fevereiro a novembro, com 15 semanas a mais de duração (42 ao todo). Ou seja, a definição do representante no Mundial de Clubes acontecerá faltando um mês para o torneio da Fifa. Já a Sula finalmente acontecerá de forma paralela ao principal torneio interclubes do continente, durante seis meses, sendo finalizada em dezembro – como já ocorre. Iniciando antes, a Libertadores emulará a transição da Champions League para a Liga Europa, com os dez eliminados de melhor campanha, antes das oitavas de final, sendo incorporados à Sul-Americana. A partir de agora, então, um clube poderá chegar no fim do ano disputando o Brasileiro, a Copa do Brasil e um torneio internacional. Somente!

Segundo Alejandro Domínguez, o presidente da Conmebol, “as mudanças nos torneios de clubes da Conmebol surgem a partir de uma análise técnica e rigorosa das necessidades e características da América do Sul”.

Com a mudança, deve acabar, aleluia, a escolha dos brasileiros entre seguir na Copa do Brasil e disputar a Sula, que ocorrem juntas a partir das oitavas.

“Os clubes não deveriam ter que decidir entre competir o torneio nacional e o continental”, comentou Domínguez. A declaração parece direcionada à CBF, a única a praticar tal norma. Ou então aos times mistos escalados na Sula…

Com isso, as seis vagas da Sula oriundas do Brasileiro (as demais são via Nordestão e Copa Verde) tendem a ser diretas, do 7º ao 12º lugar, sem a necessidade de uma “fila de espera”, como ocorreu de 2013 a 2016 – com queixa recorrente no blog. Caberá à confederação brasileira, portanto, readequar o seu calendário, possivelmente por completo. De antemão, duas alternativas:

1) Qualquer clube poderia disputar a Copa do Brasil simultaneamente à Libertadores ou à Sul-Americana. Com as decisões em períodos próximos, as datas seriam revistas. Em vez de 3 ou 4 datas por fase, apenas 2, no limite. 

2) Os clubes seriam obrigados a fazer uma escolha prévia, entre a copa nacional e o torneio internacional, sem a necessidade de ir a campo e “perder” para confirmar a vaga. Porém, seguindo a afirmação de Domínguez, essa parece ser a vertente mais fraca.

No viés pernambucano, hoje, o Trio de Ferro precisa ficar atento. O Santa Cruz, na condição de campeão regional, já tem a pré-vaga (ou vaga?) para a Sula de 2017. Já o Sport deve buscar o 12º lugar na Série A para ficar na mesma situação. E o Náutico, caso suba, ficaria numa hipotética fila, aguardando desistências (caso os clubes tenham que optar, conforme a segunda alternativa). Complicado? Demais. É o saldo da mistura entre Conmebol e CBF.

Decisão da Conmebol sobre a Libertadores e a Sul-Americana de 2017

O intercâmbio colombiano na Ilha antes da Sul-Americana contra o Santa Cruz

Delegação do Independiente Medellín na Ilha do Retiro. Foto: Independiente/twitter (@DIM_Oficial)

Em 2015, no confronto internacional no Recife, pela Sul-Americana, o Santa Cruz cedeu o campo do Arruda para o primeiro treinamento do Huracán. O time argentino havia acabado de chegar para a ida das oitavas, contra o Sport. 

Em 2016, no confronto internacional no Recife, pela Sul-Americana, o Sport cedeu o campo da Ilha para o primeiro treinamento do Independiente. O time colombiano havia acabado de chegar para a volta das oitavas, contra o Santa. 

Delegação do Independiente Medellín na Ilha do Retiro. Foto: Independiente/twitter (@DIM_Oficial)

A situação é plenamente normal na disputa do Brasileirão – embora os locais mais utilizados sejam os centros de treinamento de alvirrubros e rubro-negros -, mas no cenário internacional a simples movimentação gera uma (rara) exposição gratuita, com informações e imagens dos clubes locais e da cidade, como no conteúdo compartilhado pelo DIM em suas redes sociais.

Em ambos os casos, os gringos também agendaram treinos nos palcos das partidas, seguindo o regulamento do torneio, para a véspera. Ilha do Retiro e Mundão. Neste século, esta é apenas a 5ª partida oficial de um clube estrangeiro na capital pernambucana: LDU (2009), Colo Colo (2009), Libertad (2013), Huracán (2015) e Independiente Medellín (2016). Muito pouco…

Relembre a passagem do Huracán no Arruda clicando aqui.

Delegação do Independiente Medellín na Ilha do Retiro. Foto: Independiente/twitter (@DIM_Oficial)

Sport, Santa, Náutico e Salgueiro no Guia Oficial do Campeonato Brasileiro de 2016

Em três volumes, a CBF lançou o Guia do Campeonato Brasileiro de 2016, com detalhes sobre os 128 clubes participantes – bem atrasado, é verdade. Para a Série A, 99 páginas, sendo quatro páginas dedicadas a cada time, com textos em português e inglês, incluindo uma formação memorável de um ídolo. No Santa, Ramón, que escalou o time semifinalista do Brasileirão em 1975. No Sport, Magrão, com o time campeão da Copa do Brasil de 2008 – no lugar de Carlinhos Bala, o goleiro colocou Enílton. Na Série B, com 59 páginas, são duas para cada clube, com as Séries C e D dividindo outras 59, com duas páginas aos integrantes da terceirona e a tabela para a última divisão. Portanto, vamos aos principais registros dos representantes pernambucanos…

Para ter acesso à integra do guia, clique aqui.

Em tempo: no guia, o Flamengo aparece com 5 títulos brasileiros e 1 Copa União, em 1987. Ao contrário do que ocorre na Taça Brasil e no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, conquistados por outros clubes, nesse caso não há o asterisco de reconhecimento, da confederação, como Campeonato Brasileiro.

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Sport

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Sport

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Sport

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Santa Cruz

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Santa Cruz

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Santa Cruz

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Náutico

Guia da CBF sobre o Brasileirão 2016: Salgueiro

Classificação da Série A 2016 – 27ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 27 rodadas. Crédito: Superesportes

Em duelos contra alvinegros, o Sport venceu o Santos, no sábado, na Ilha, e o Santa Cruz perdeu do Figueirense, em Florianópolis. Enquanto o rubro-negro respirou um pouco, numa rodada onde concorrentes também venceram, os corais afundaram de vez no Brasileirão, vendo a ameaça até da lanterna, hoje nas mãos do América Mineiro (dois pontos).

Sobre o rebaixamento, a cada rodada o blog projeta dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo considera a atual campanha do 16º, hoje o Figueirense. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado, resultaria em 44 pontos, um a mais que a rodada passada. Veja o que é preciso para sobreviver…

As nove maiores probabilidades de rebaixamento após 27 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 27 rodadas

Probabilidades das pontuações finais para evitar o descenso após 27 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 27 rodadas

Sport – soma 33 pontos em 27 jogos (40,7%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 13 pontos em 11 rodadas
…ou 39,3% de aproveitamento
Simulações mínimas: 4v-1e-6d, 3v-4e-4d, 2v-7e-2d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 11 pontos em 11 rodadas
…ou 33,3% de aproveitamento
Simulações mínimas: 3v-2e-6d, 2v-5e-4d, 1v-8e-2d  

Permanência: 85.0% (Infobola) e 83.8% (UFMG) 

Santa Cruz – soma 23 pontos em 27 jogos (28,4%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 23 pontos em 11 rodadas
…ou 69,6% de aproveitamento
Simulações mínimas: 7v-2e-2d, 6v-5e-0d

Para chegar a 44 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 21 pontos em 11 rodadas
…ou 63,6% de aproveitamento
Simulações mínimas: 6v-3e-2d, 5v-6e-0d

Permanência: 5.8% (UFMG) e 6.0% (Infobola) 

A 28ª rodada dos representantes pernambucanos 

01/10 (11h00) – Fluminense x Sport (Giulite Coutinho, Rio de Janeiro)
Histórico no Rio pela elite: 4 vitórias leoninas, 4 empates e 11 derrotas

03/10 (20h00) – Santa Cruz x Palmeiras (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: 3 vitórias corais, 3 empates e 5 derrotas

Podcast – Análise das vitórias de Náutico e Sport e da derrota do Santa Cruz

O sábado foi de vitórias para o futebol pernambucano, com o Alvirrubro somando três pontos em Curitiba, se mantendo firme na briga pelo acesso, e com o Leão surpreendendo o Peixe, integrante do G4 da Série A. No domingo, cenário adverso. Logo pela manhã, a 16ª derrota tricolor, num jogo crucial nas pretensões de permanência. No 45 minutos, analisamos as três partidas, com comentários sobre as formações, desempenhos individuais e as situações de cada um nas respectivas tabelas. Ao todo, 71 minutos. Ouça!

Paraná 1 x 2 Náutico (23 min)

Sport 1 x 0 Santos (21 min)

Figueirense 3 x 1 Santa Cruz (27 min)

Sport marca no começo, segura pressão do Santos e vence jogo importante na Ilha

Série A 2016, 27ª rodada: Sport x Santos. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O Sport fez um ótimo primeiro tempo contra o Santos, um adversário qualificado, no G4 e com três vitórias seguidas até então. Forçando bastante, marcou na terceira tentativa de Rogério em dez minutos, e ainda teve três chances incríveis em cruzamentos rasteiros, duas com Gabriel Xavier e uma com Everton Felipe. Não ampliou, viu o adversário paulista chegar com perigo e no segundo tempo tomou um sufoco danado, suportando. A vitória por 1 x 0, “trocando” com o revés diante do Coxa, há uma semana, acalma o ambiente na Ilha do Retiro, com seguidas mudanças no time titular. Estamos no fim de setembro e o técnico Oswaldo de Oliveira ainda busca a formação ideal.

Mesmo sem Ricardo Oliveira, o Peixe envolveu o dono da casa, com Lucas Lima (sobretudo) e Copete criando bastante e exigindo boas defesas de Magrão. Mas vale destacar que o início desta pressão, na etapa complementar, surgiu numa jogada errada do Sport, com Everton Felipe tentando um passe de letra no campo defensivo. O adversário pegou a bola e segundos depois já estava na cara do gol. No rebote, numa bomba, a bola bateu no braço de Ronaldo Alves. Reclamação justa de pênalti, não assinalado. E o jogo continuou favorável ao Santos, com Rithely e Paulo Roberto (acionado no lugar de Neto Moura, após a mudança de intensidade) se desdobrando para desarmar. Enquanto isso, o Leão não conseguia encaixar contragolpes. Diego Souza, marcado, encontrava dificuldade para prender a bola, especialidade sua.

O sinal de vitória só começou a aparecer numa bobeira de Elano. O experiente meia de 35 anos conseguiu ser expulso com dois amarelos por reclamação em dez segundos. Com um a mais nos quinze minutos finais, o Sport passou a ter um pouco mais de posse, mas o nervosismo pelo resultado atrapalhou, com o alvinegro indo com tudo. Nos acréscimos, numa trama enfim bem articulada, DS87 conseguiu finalizar com perigo. Acredite, o contra-ataque desta jogada quase acabou em empate, expondo a dificuldade do jogo. Mas deu Sport, que voltou a terminar um jogo sem sofrer gols, sendo apenas a 5ª vez em 27 apresentações. Nada mais justo para Magrão, com a camisa 600 nas costas.

Série A 2016, 27ª rodada: Sport x Santos. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Magrão completa 600 jogos no Sport e quebra o recorde em um clube do NE

Junto à família, Magrão recebe a camisa comemorativa pelos 600 jogos no Sport, em 24/09/2016. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Imagine um jogador presente durante 10% na vida de um clube de 111 anos. Quase sempre como titular, como ídolo, como símbolo. A história de Magrão já se confunde com a do Sport, com cada nova marca reafirmando o status. Contra o Santos, o goleiro chegou a 600 partidas vestindo a camisa rubro-negra. Além do número redondo, já um recorde na Ilha, Alessandro Beti Rosa tornou-se o atleta com mais jogos em um clube nordestino. Superou Givanildo Oliveira, que marcou época no Santa da década de 1970, chegando à Seleção.

No Leão, o goleiro sempre soube conviver com a concorrência, cruel em sua posição. O carisma manteve intacta a idolatria, mesmo em momentos adversos, naturais em uma passagem superior a uma década. Obviamente, para passar tanto tempo embaixo da trave com dez leoninos à frente, Magrão fez por onde, com bastante reflexo, elasticidade, saídas apuradas, 24 pênaltis defendidos e muitas taças, oito ao todo. Uma delas a da Copa do Brasil.

Lembrando que o goleiro tem contrato com o rubro-negro até o fim de 2017, onde deve encerrar a carreira, aos 40 anos e ainda mais recordista…

As marcas históricas de Magrão no Sport 
1º jogo (25/05/2005) – Sport 1 x 0 Guarani, Série B (Ilha do Retiro)
100º jogo (12/01/2008) – Sport 4 x 0 Salgueiro, Estadual (Ilha do Retiro)
200º jogo (07/06/2009) – Sport 4 x 2 Flamengo, Série A (Ilha do Retiro)
300º jogo (20/01/2011) – Sport 1 x 0 Ypiranga, Estadual (Ilha do Retiro)
400º jogo (30/08/2012) – Flamengo 1 x 1 Sport, Série A (Raulino de Oliveira)
500º jogo (21/05/2014) – Cruzeiro 2 x 0 Sport, Série A (Mineirão)
600º jogo (24/09/2016) – Sport 1 x 0 Santos, Série A (Ilha do Retiro)

Os jogadores com mais partidas nos maiores clubes do Nordeste*
600 jogos – Sport (Magrão, goleiro 2005-2016)
599 jogos – Santa Cruz (Givanildo Oliveira, volante 1969-1979)
589 jogos – Ceará (Edmar, volante 1971-1980)
492 jogos – ABC (Jorginho, atacante 1946-1965)
476 jogos – América-RN (Ivan Silva, lateral-direito 1973-1983)
448 jogos – Bahia (Baiaco, volante 1967-1980)
402 jogos – Fortaleza (Dude, volante 1998-2008)
387 jogos – Sampaio Corrêa (Rodrigo Ramos, goleiro 2009-2016)
386 jogos – Náutico (Kuki, atacante 2001-2010)

323 jogos – Vitória (Flávio Tanajura, zagueiro 1994-2000)
* Lista atualizada até 24/09/2016
** O zagueiro Miguel Rosas atuou no CRB de 1943 a 1963, sem dados oficiais

Os jogadores com mais partidas no Santa Cruz (Givanildo Oliveira), Bahia (Baiaco), Fortaleza (Dudé), Náutico (Kuki), Ceará (Edmar) e Flávio (Vitória)