As projeções de cotas dos clubes do Nordeste nas competições de 2018

A projeção de cotas dos maiores clubes nordestinos em 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP (via infogram)

Em 2018 o Nordeste terá quatro clubes na Série A, a maior representatividade da região na era dos pontos corridos, já na 16ª edição. Além disso, pela primeira vez, neste formato, a competição tem as maiores metrópoles: Salvador (Bahia e Vitória), Recife (Sport) e Fortaleza (Ceará). Sem surpresa, o quarteto concentra a receita do futebol da região nesta temporada, a partir das cotas de tevê. Dimensionando este quadro, o blog projetou as cotas do ‘G7’, entre verba de transmissão e o repasse por classificação – obviamente, existem outras fontes, como bilheteria, patrocínios, sócios, Timemania etc.

No levantamento estão todos os campeonatos oficiais, com os respectivos valores já divulgados. No caso do Brasileirão foi considerada a premiação do último ano, idem com a cota da Série B, com o montante ainda em negociação. As receitas de cada clube estão divididas em quatro colunas nos quadros abaixo, com o cenário mais pessimista na primeira, considerando o valor-base da televisão e a pior colocação possível na competição. Em seguida, duas colunas com campanhas acessíveis, passando uma fase nos respectivos torneios, ou, no caso do Brasileiro, nas primeiras posições acima da zona de rebaixamento, o mínimo esperado por qualquer participante.

No fim, considerando até o hipotético título da Copa do Brasil, com R$ 50 milhões de premiação apenas na decisão (!), chega-se a uma equação entre mercado e meritocracia esportiva, embora também exista uma enorme disparidade local, ainda mais acentuada após o duplo rebaixamento de Náutico e Santa. Na contramão dos rivais alencarinos, que subiram de divisão, alvirrubros e tricolores largam desta vez sem receita de tevê no nacional.

No mínimo, um apurado de R$ 188,5 milhões, com 78% com os três ‘cotistas’.

Cotas e premiações: Estaduais, Nordestão, Copa do Brasil, Série A e Sula.

Projeção de cotas do Náutico nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Náutico por mês: R$ 141.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: – R$ 5.214.200 (-75,4%)
Calendário: de 31 a 66 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 7.656.666

Após bater na trave na Série B durante dois anos seguidos, ambos em 5º lugar, o Náutico acabou desabando para a Série C, onde viverá o seu pior momento financeiro em quase duas décadas. Na terceirona, a princípio, tem apenas as despesas pagas (viagens, hospedagens e arbitragens), o máximo possível com o atual aporte da tevê. Pelo calendário, o timbu é o primeiro dos maiores clubes a entrar em campo, já em 8 de janeiro, num jogo vital pela fase preliminar da Lampions – caso elimine a Itabaiana, garante R$ 500 mil. Como na maioria dos casos, tem como maior ‘fonte de captação’ a turbinada Copa do Brasil, com R$ 600 mil caso avance à 2ª fase – o que não conseguiu em 2016 e 2017. A escassez fica clara na folha, com o clube projetando uma folha de R$ 200 mil. Pelas cotas garantidas, tem 70% disso.

Projeção de cotas do Santa Cruz nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Santa Cruz por mês: R$ 204.166
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: – R$ 5.094.200 (-67,5%)
Calendário: de 35 a 64 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 9.803.703

O segundo rebaixamento consecutivo tirou o Santa de um faturamento de R$ 36 milhões, aí considerando todas as receitas possíveis, para uma temporada estimada entre 12 e 14 milhões de reais. Para tudo, futebol, administrativo, dívidas e manutenção estrutural. Ainda assim, o tricolor, de volta à Série C após cinco anos, larga numa condição levemente melhor que o rival vermelho e branco devido à presença assegurada na fase de grupos do Nordestão – o que aconteceu após a desistência do Sport, o que também condicionou a própria entrada do Náutico, é verdade. O clube também enxerga na turbinada Copa do Brasil a oportunidade de capitalizar a temporada – e neste contexto há a possibilidade de um Clássico das Emoções na 2ª fase valendo R$ 1,4 milhão ao vencedor.

Projeção de cotas do Sport nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Sport por mês: R$ 3.662.500
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: – R$ 831.375 (-1,8%)
Calendário: de 49 a 66 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 54.030.320

O Sport chega ao 5º ano seguido na elite, recorde na região nos pontos corridos. Com isso, vai sustentando a integralidade da cota de transmissão bancada pela Globo. E além da cota fixa de R$ 35 milhões há um importante acréscimo pelo pay-per-view. Embora haja a previsão de um novo cálculo do PPV para 2018, considerando o cadastro de assinantes no Premiere (algo que já deveria ter sido feito há tempos), o blog manteve a projeção de 2017 (R$ 7 mi) por não existir mais informações a respeito. Sobre o calendário, desta vez será mais enxuto, ainda que por caminhos distintos. Se em 2017 o clube jogou 80 vezes, abaixo apenas do Flamengo, agora pode nem chegar a 60. De cara, o leão tem dois torneios a menos: Nordestão (desistiu) e Sula (não se classificou). Só por participar das duas o clube teria direito a R$ 1,8 mi.

Projeção de cotas do Bahia nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Bahia por mês: R$ 4.725.208
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: + R$ 3.162.500 (+5,9%)
Calendário: de 57 a 83 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 57.692.335

O tricolor da Boa Terra terá cinco competições na temporada, num cenário vivido pelo rubro-negro pernambucano no último ano, que chegou a jogar todos os torneios simultaneamente. Como estamos em ano de Copa do Mundo, a agenda do Baêa também deve ser apertada, restando poucas datas no meio de semana. Por outro lado, o clube vai colher as benesses (esportiva e financeira) das boas campanhas em 2017, largando nas oitavas da Copa do Brasil devido ao título do Nordestão e retornando à Sul-Americana após a vaga obtida no Brasileirão. Para completar, tem a maior receita da Globo na região, considerando a última divisão do pay-per-view, numa projeção a partir da pesquisa Ibope/Datafolha. No geral, larga com R$ 8,6 milhões a mais que o Vitória e R$ 12,7 mi a mais que o Sport.

Projeção de cotas do Vitória nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Vitória por mês: R$ 4.006.666
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: + R$ 840.000 (+1,7%)
Calendário: de 54 a 77 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 51.374.030

Já são dois anos com o rubro-negro baiano encerrando o Brasileirão em 16º lugar, escapando por triz. Mantido na elite e com quatro competições a disputar, o Vitória é o segundo da região considerando a projeção mínima de cotas, só abaixo do arquirrival. Há oito anos sem levantar a Copa do Nordeste, o clube mira o pentacampeonato como preferência em relação ao Baiano, onde é o atual campeão, num torneio sem premiação – por sinal, isso acontece na BA, PE e CE. E de fato precisa corresponder competitivamente, não só no regional, pois em 2017 acabou tendo menos receita que o Sport justamente por causa dos mata-matas, com o time do Recife disputando nove mata-matas entre Copa do Brasil e Sula – tirando 5 milhões de reais de diferença entre os clubes.

Projeção de cotas do Ceará nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Ceará por mês: R$ 2.556.666
Variação sobre ao mínimo absoluto de 2017: + R$ 23.825.800 (+347,6%)
Calendário: de 54 a 82 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 6.311.111

Sem dúvida, é a maior transformação (positiva) da temporada entre os principais clubes do Nordeste. A volta à elite já renderia um aporte milionário ao vozão, ainda que seja o ‘piso’ da competição, mas o clube conseguiu negociar junto à Globo um aumento da cota, passando de R$ 23 milhões, o valor recebido pelo Santa em 2016, para R$ 28 milhões – válido só para 2018 e já incluindo o PPV. E o ano marca também a volta à Copa do Nordeste, já como cotista principal, na condição de cabeça de chave – em 2017, quando não se classificou ao regional e disputou a Primeira Liga, como convidado, não recebeu nada na fase de grupos. Mesmo que o alvinegro não avance em nenhum torneio, o mínimo estabelecido já é suficiente para quebrar o recorde de faturamento – neste caso, contando todas as receitas.

Projeção de cotas do Fortaleza nas competições oficiais de 2018. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Previsão mínima de cotas do Fortaleza por mês: R$ 414.074
Variação sobre o mínimo absoluto de 2017: + R$ 3.318.888 (+201,1%)
Calendário: de 47 a 56 jogos oficiais
Cotas e premiações captadas em 2017: R$ 1.700.000

Foram oito longos anos jogando na Série C, sem cota de televisão e dependendo basicamente da bilheteria proporcionada por sua torcida, que até fez a sua parte, enchendo o Castelão várias vezes na fase decisiva. Após finalmente passar das quartas de final, o tricolor alencarino voltou a ter uma cota de tevê à parte das despesas pagas. Pelo modelo implantado em 2017, o clube fica com a menor cota da Série B, junto aos outros três times que ascenderam. Ainda assim, triplicou a sua receita mensal – o que deixa claro a situação anterior -, além de aumentar o seu calendário, de 24 para 38 jogos no Brasileiro. Mas as boas notícias param aí, com o clube fora tanto do Nordestão quanto da Copa do Brasil, torneios com cotas fortalecidas – pela simples participação, teria embolsado R$ 1,3 milhão.

A evolução das redes sociais dos clubes brasileiros de janeiro a dezembro de 2017

A evolução das redes sociais dos clubes brasileiros de janeiro a dezembro de 2017. Crédito: Ibope-Repucom

O Ibope-Repucom divulgou o seu balanço anual sobre as redes sociais de 40 clubes brasileiros, incluindo dez nordestinos – entre eles, Sport, Santa Cruz e Náutico. Como o instituto costuma fazer levantamentos mensais sobre o tema, este quadro compara a evolução de seguidores de janeiro a dezembro de 2017, considerando os perfis oficiais de cada um em quatro plataformas: facebook, twitter, instagram e youtube. No critério do instituto, os vinte times da Série A e os vinte com as maiores bases digitais nas demais divisões.

Na lista combinada, o Flamengo assumiu a liderança nacional ao tirar uma diferença de 1 milhão de usuários em relação ao Corinthians, mesmo com o time paulista sendo alavancado pelos títulos no ano (estadual e nacional). Hoje, a disputa segue bem aperta, com 8.833 de vantagem. Empate técnico.

As maiores evoluções nas redes sociais dos nordestinos em 2017*
1º) Sport +441.417 (+17.6%)
2º) Bahia +346.414 (+14.9%)
3º) Vitória +287.069 (+20.6%)
4º) Fortaleza +155.819 (+19.2%)
5º) Ceará +139.998 (+14.3%)
6º) Santa Cruz +115.758 (+14.5%)
7º) CRB +48.424 (+22.6%)
8º) Náutico +40.177 (+12.1%)
9º) ABC +38.227 (+10.8%)
10º) América-RN +25.953 (+7.0%)
* Soma de usuários em todos os perfis oficiais de janeiro a dezembro

A evolução das redes sociais dos clubes brasileiros de janeiro a dezembro de 2017. Crédito: Ibope-Repucom

Análise do mapa de curtidas dos maiores clubes do Nordeste, via Globo/Facebook

Nº de curtidas dos clubes no facebook. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O globoesporte.com lançou a nova versão do Mapa de curtidas dos times do Brasil no facebook, numa parceria com a rede social de Mark Zuckerberg. Com 102 milhões de usuários ativos no país, o face é um bom termômetro acerca das torcidas, embora qualquer pessoa possa curtir quantos times quiser – seja por empatia, em maior ou menor grau, ou por curiosidade sobre as atividades dos rivais. De toda forma, o mapa interativo de 2017 traz dados interessantes. Aqui, um viés sobre os sete principais clubes do Nordeste.

Embora a recorrente influência de Flamengo e Corinthians seja grande no interior da Bahia, do Ceará e de Pernambuco, nas respectivas regiões metropolitanas a força dos times locais ainda é enorme. Por sinal, nesta temporada o levantamento também trouxe um gráfico com os dois clubes mais curtidos em cada município. E a dupla Ba-Vi aparece em 17 cidades (sendo a 6º dupla com mais cidades), enquanto o Clássico das Multidões está presente em 14 (7º lugar) e o Clássico-Rei em 9 (10º lugar).

Número de curtidas no facebook em 2017. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

A partir dos dados também é possível conferir o número de pessoas presentes em cada página oficial no face dentro e fora do estado de origem. E a massificação da informação via internet parece ter elevado esse segundo dado, numa surpresa positiva. O menor percentual de ‘torcida forasteiro’ está na casa de 28%, com o Ceará, um dado já alto. O Santa chegou a 40%! O G7 do Nordeste, aliás, está presente em todos os 27 estados brasileiros, com São Paulo sendo, disparado, o maio centro de curtidas fora da região.

Número de curtidas em 20/12/2017 (% estado de origem x % demais locais)
1.114.404 (69,3% x 30,6%) – Bahia (ecbahia)
1.086.005 (69,5% x 30,4%) – Sport (sportclubdorecife)
668.424 (71,1% x 28,8%) – Ceará (cearasc)
626.168 (63,7% x 36,2%) – Fortaleza (fortalezaec)
570.386 (58,9% x 41,0%) – Santa Cruz (oficialsantacruzfc)
433.351 (68,7% x 31,2%) – Vitória (ecvitoriaoficial)
211.608 (60,6% x 39,3%) – Náutico (nauticope)

Abaixo, os cinco estados com mais curtidas de cada clube e o mapa de influência na região, segundo o globoesporte/facebook, com a cor mais escura indicando uma presença mais forte.

Curtidas do Náutico no facebook, em 20/12/2017. Crédito: globoesporte.com/reprodução (+ arte de Cassio Zirpoli/DP)

Curtidas do Santa Cruz no facebook, em 20/12/2017. Crédito: globoesporte.com/reprodução (+ arte de Cassio Zirpoli/DP)

Curtidas do Sport no facebook, em 20/12/2017. Crédito: globoesporte.com/reprodução (+ arte de Cassio Zirpoli/DP)

Curtidas do Bahia no facebook, em 20/12/2017. Crédito: globoesporte.com/reprodução (+ arte de Cassio Zirpoli/DP)

Curtidas do Vitória no facebook, em 20/12/2017. Crédito: globoesporte.com/reprodução (+ arte de Cassio Zirpoli/DP)

Curtidas do Ceará no facebook, em 20/12/2017. Crédito: globoesporte.com/reprodução (+ arte de Cassio Zirpoli/DP)

Curtidas do Fortaleza no facebook, em 20/12/2017. Crédito: globoesporte.com/reprodução (+ arte de Cassio Zirpoli/DP)

A projeção das cotas da Série A de 2018 a partir modelo da Globo previsto para 2019

A distribuição de cotas do Brasileirão a partir de 2019, segundo a Rede Globo. Crédito: Globo/reprodução

O formato de distribuição de cotas do Campeonato Brasileiro, a partir das vendas dos direitos de transmissão na televisão, mudará em 2019. A edição de 2018 será a última com todos contratos possíveis através da Rede Globo – tv aberta, tv fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet. A partir de 2019, com a entrada do Esporte Interativo na tevê por assinatura, haverá uma divisão, de clubes e receitas. Forçada pela concorrência, a Globo resolveu adotar um sistema semelhante ao da Premier League. A divisão será 40% em parcelas iguais, 30% em rendimento e 30% em audiência, em vez de 50%, 25% e 25% da liga inglesa. Conforme informado pela empresa em 24 de março de 2017, o modelo valerá por seis edições, englobando a transmissão aberta – o PPV segue à parte. Hoje, 21* clubes estão acordados com a emissora para o período, incluindo NáuticoSanta Cruz e Sport.

Embora clubes como Santos e Inter tenham firmado com o Esporte Interativo, a tendência é que todos sigam com a Globo no sinal aberto. Logo, a regra deve ser geral. Como curiosidade, o blog simulou as cotas da Série A de 2018 com o futuro modelo. O montante de “cotas fixas” é de R$ 1,346 bilhão, já com a ampliação do ‘piso’, de R$ 23 mi para R$ 28 milhões, a partir do acordo feito pelo Ceará, informado pelo repórter Mário Kempes, de Fortaleza – o blog considerou este valor para os demais ‘não cotistas’ oriundos da segundona. Nesta projeção, a única ressalva é a receita do SporTV, incorporada ao montante, mas que seria repassada apenas aos contratados da Globo, claro. Portanto, em vez do atual sistema de (oito) castas, com um hiato de R$ 142 milhões entre a maior cota (Flamengo e Corinthians) e a menor (América, Ceará e Paraná), a diferença máxima seria de R$ 79 milhões, numa redução de 44%. E seria justamente o máximo possível, entre o atual campeão/maior cotista (Corinthians) e 4º lugar da Série B/menor cota (Paraná).

* América-MG, Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Brasil-RS, Chapecoense, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Inter, Londrina, Náutico, Ponte Preta, São Paulo, Sport, Santa, Vasco, Vila Nova e Vitória.

A projeção de cotas do Brasileiro de 2018 com o modelo a ser adotado a partir de 2019. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

No quadro, o blog projetou a cota conferindo os seguintes valores na divisão por classificação em 2017: 20x para o campeão (ou seja, 20 x R$ 1.922.857, o valor base), 19x para o vice, 18x para o 3º lugar e assim sucessivamente, até o 4º da Série B, com 1x. Já na coluna de audiência, o valor considerado foi 30% da verba que cada clube receberá de fato, pois trata-se da única fonte de informação para definir a atual visibilidade de cada um neste momento.

Lembrando que essa demonstração é referente apenas às cotas fixas. É importante reforçar isso pois há o rateio de meio bilhão de reais no PPV, através do Premiere, até então calculado pelo número de assinantes apurado em pesquisa do Datafolha. Esta receita é repartida apenas entre os 16 ‘cotistas da TV’, com os demais somando o valor do PPV já no acordo pontual para a temporada, caso do Vozão. Em 2015, o Sport, com 1,4% dos assinantes, teve um ‘bônus’ de R$ 6,75 milhões. O Fla, com 19,2%, recebeu R$ 68 mi. E aí deve estar o grande segredo sobre a mudança no formato, pois o impacto econômico do PPV segue ascendente no bolo – mantendo Fla e Timão bem à frente. Em 2019, a previsão é de que apenas este contrato represente 33,2% do total, ou 650 milhões de reais. Imagine em 2024…

A projeção de cotas do Brasileiro de 2018 com o modelo a ser adotado a partir de 2019. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Ranking da CBF confirma 11 clubes no Nordestão 2019, incluindo Sport e Santa

O regulamento sobre as vagas da Copa do Nordeste de 2019. Crédito: CBF/reprodução

Com a atualização do Ranking da CBF em dezembro de 2017, onze clubes já estão confirmados na Copa do Nordeste de 2019. Continuando a reformulação do torneio, após a criação de uma fase preliminar, com a etapa principal voltando a ter 16 times, a entidade incorporou o ranking nacional como critério de classificação. E o peso é enorme, com 55% das vagas através da lista.

A partir de agora, os Estaduais só classificam, de forma direta, os campeões. Ou seja, nove. Os demais participantes vêm do ranking, com Pernambuco e Bahia tendo duas vagas devido à classificação das federações. Os outros sete estados têm direito a uma, cada. Caso um clube já garantido no ranking obtenha o título no campeonato estadual, ele será classificado à Lampions como ‘campeão estadual’, com o ranking local beneficiando o time seguinte.

Portanto, confira abaixo os times já classificados, as respectivas fases de cada um e as equipes que podem herdar as vagas em cada federação. Melhor rankeado no Nordeste, o Sport já está assegurado em 2019 – e, na prática, até 2020. Contudo, vale lembrar que o leão pernambucano desistiu do Nordestão 2018, em decisão tomada pelo presidente Arnaldo Barros. Caso o clube rubro-negro queira seguir fora, terá que protocolar um novo ofício à CBF.

Clubes já assegurados via Ranking da CBF
PE (1º) – Sport* (15º lugar) e Santa Cruz** (25º)
BA (2º) – Vitória* (18º) e Bahia** (21º)
CE (3º) – Ceará* (27º)
AL (4º) – CRB** (36º)
RN (5º) – ABC** (31º)
MA (6º) – Sampaio Corrêa** (39º)
PB (7º) – Botafogo** (45º)
SE (8º) – Confiança** (54º)
PI (9º) – River** (60º)
* Fase de grupos do Nordestão 2019
** Fase preliminar do Nordestão 2019

Na fila de espera***
PE (1º) – Náutico (32º lugar)
BA (2º) – Juazeirense (82º)
CE (3º) – Fortaleza (42º)
AL (4º) – ASA (47º)
RN (5º) – América de Natal (43º)
MA (6º) – Moto Club (66º)
PB (7º) – Campinense (70º)
SE (8º) – Sergipe (99º)
PI (9º) – Parnahyba (92º)
*** Entra caso um clube à frente no ranking local conquiste o Estadual 2018

Participação no Nordestão 2019 (20 clubes)
Fase de grupos: os 9 campeões estaduais, os melhores rankeados de PE, BA e CE (3 times) e os 4 classificados na fase preliminar 

Fase preliminar: os melhores rankeados de AL, RN, MA, PB, SE e PI (6 times) e os segundos melhores rankeados de PE e BA (2 times)

Obs. No regional de 2020 valerá o ranking a ser divulgado em 12/2018.

As melhores campanhas do Nordeste no Campeonato Brasileiro, de 1959 a 2017

De 1959 a 2017 foram realizadas 61 edições do Campeonato Brasileiro, considerando a unificação da CBF. Na conta, a Série A (1971-2017), a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970), com formatos bem distintos. Em termos de competitividade, a participação nordestina variou bastante, com números consistentes na primeira década. Ao todo, 15 clubes da região já terminaram ao menos uma vez entre os 10 primeiros colocados – apenas o Rio Grande Norte não emplacou uma classificação do tipo. Foram 68 campanhas neste contexto, sendo que em 19 delas os times chegaram à semifinal. No auge, três títulos e seis vices.

Abaixo, uma compilação do blog com s 20 melhores nordestinos (quando possível) em cada recorte do Brasileirão, tanto em campanhas finais quanto em pontos acumulados. Neste caso, para uniformizar o ranking, a vitória valeu três pontos em todos os jogos – oficialmente, no país, começou em 1995.

Nordestinos na elite em 2018: Bahia, Ceará, Sport e Vitória.

Os clubes do Nordeste com as melhores pontuações no Campeonato Brasileiro na era unificada (1959-2017). Arte: Cassio Zirpoli/D

A unificação ocorreu em 2010, com o Bahia tornando-se, de fato e de direito, bicampeão brasileiro. O tricolor soteropolitano ainda foi vice outras duas vezes (diante do Santos), com os melhores resultados da região. Entretanto, somando todas as campanhas Top Ten, segue com uma campanha a menos que o Sport, que emplacou a 14ª em 2015, ao terminar a Série A em 6º lugar. Dominando o cenário pernambucano na década de 1960, o Náutico somou mais seis campanhas (incluindo cinco no G4!), ocupando o 4º lugar geral. Justamente por ter disputar apenas uma vez a Taça Brasil, o Santa figura em 6º, mesmo tendo resultados melhores que os cearenses na Série A.

As 68 campanhas entre os 10 primeiros colocados (era unidicada):
1º) Sport (14) – 1º (87), 4º (62), 5º (59/63/85/00), 6º (15), 7º (88/98), 8º (78/83), 9º (82) e 10º (81/96)
2º) Bahia (13) – 1º (59/88), 2º (61/63), 4º (90), 5º (60/68/86), 7º (78/94), 8º (76/01) e 10º (62)
3º) Vitória (11) – 2º (93), 3º (99), 5º (13) 7º (66), 8º (65/74/79), 9º (97) e 10º (73/02/08)
4º) Náutico (7) – 2º (67), 3º (65/66), 4º (61/68), 6º (84) e 7º (64)
5º) Ceará (5) – 3º (64), 7º (59/62/85) e 8º (63)
6º) Fortaleza (4) – 2º (60/68), 6º (61/65)
6º) Santa Cruz (4) – 4º (60/75), 5º (78) e 10º (77)
8º) Campinense (2) – 5º (62), 10º (61)
8º) Moto Club (2) – 8º (68), 9º (60)
10º) Fluminense de Feira (1) – 6º (64)
10º) América-CE (1) – 7º (67)
10º) Treze (1) – 8º (67)
10º) Confiança (1) – 9º (64)
10º) Capelense (1) – 10º (60)
10º) Piauí (1) – 10º (68)

Os clubes do Nordeste com as melhores pontuações no Campeonato Brasileiro (1971-2017). Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Campeonato Brasileiro, com esta alcunha, foi iniciado em 1971, com 20 clubes, sendo quatro da região: Bahia, Ceará, Santa e Sport. A partir dali, foram 32 regulamentos diferentes até 2002. No ano seguinte seria implantado o sistema de pontos corridos. Em termos de resultados, há de se destacar o fim dos anos 80, quando Recife e Salvador levaram a “taça das bolinhas”, o troféu mais conhecido, com o Sport em 1987 e o Bahia em 1988. Vitória, vice em 1993, e Santa, semifinalista em 1975, também conseguiram grandes resultados. Desde 1988 há acesso e descenso, período no qual apenas oito times conseguiram disputar a elite (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará, Fortaleza e América de Natal).

As 32 campanhas entre os 10 primeiros colocados (Série A):
1º) Sport (11) – 1º (87), 5º (85/00), 6º (15), 7º (88/98), 8º (78/83), 9º (82) e 10º (81/96)
2º) Vitória (9) – 2º (93), 3º (99), 5º (13) 8º (74/79), 9º (97) e 10º (73/02/08)
3º) Bahia (7) – 1º (88), 4º (90), 5º (86), 7º (78/94) e 8º (76/01)
4º) Santa Cruz (3) – 4º (75), 5º (78) e 10º (77)
5º) Náutico (1) – 6º (84)
5º) Ceará (1) – 7º (85)

Os clubes do Nordeste com as melhores pontuações na Taça Brasil(1959-1968). Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Taça Brasil foi a competição criada em 1959 pela CBD, a precursora da CBF, para designar o campeão nacional e o representante do país na recém-criada Libertadores. O mata-mata, bem semelhante à Copa do Brasil,  contava com os campeões estaduais. A particularidade era a pré-classificação de estaduais bem conceituados. O campeão pernambucano, por exemplo, estreou na semifinal algumas vezes, a primeira delas em 1960, com o Santa. Por sinal, mesmo tendo apenas um ponto no ranking geral, o tricolor tem uma 4ª colocação no torneio. O melhor desempenho, em pontos e campanhas, foi do Bahia, o primeiro campeão. Fortaleza (2x) e Náutico (1x) também chegaram à final, com o vice. A Taça Brasil foi extinta em 1968, quando já era realizada paralelamente ao Robertão.

As 36 campanhas entre os 10 primeiros colocados (Taça Brasil):
1º) Bahia (6) – 1º (59), 2º (61/63), 5º (60/68), 10º (62)
1º) Náutico (6) – 2º (67), 3º (65/66), 4º (61/68), 7º (64)
3º) Fortaleza (4) – 2º (60/68), 6º (61/65)
3º) Ceará (4) – 3º (64), 7º (59/62), 8º (63)
5º) Sport (3) – 4º (62), 5º (59/63)
6º) Campinense (2) – 5º (62), 10º (61)
6º) Vitória (2) – 7º (66), 8º (65)
6º) Moto Club (2) – 8º (68), 9º (60)
9º) Santa Cruz (1) – 4º (60)
9º) Fluminense de Feira (1) – 6º (64)
9º) América-CE (1) – 7º (67)
9º) Treze (1) – 8º (67)
9º) Confiança (1) – 9º (64)
9º) Capelense (1) – 10º (60)
9º) Piauí (1) – 10º (68)

Os clubes do Nordeste com as melhores pontuações no Robertão (1967-1970). Arte: Cassio Zirpoli/DP

Apelidado de Robertão, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi uma ampliação do Rio-São Paulo. Inicialmente, em 1967, foram convidados clubes do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Pernambucanos e baianos foram chamados na 2ª edição. O Bahia representou o seu estado três vezes, com o Náutico presente em 1968, no ano do hexa, e o Santa em 1969 e 1970, no início de sua fase áurea. Foi o único Nacional sem campanhas de destaque do Nordeste.

A melhor colocação nordestina (Robertão):
Bahia (2) – 11º (69/70)

Os clubes do Nordeste com as melhores pontuações na era dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro (2003-2017). Arte: Cassio Zirpoli/D

A era dos pontos corridos no Brasileiro foi iniciada em 2003. Não se trata de um campeonato à parte, mas de um formato mais duradouro na Série A, justamente com os piores desempenhos da região, com apenas oito representantes no período – todos com rebaixamentos. Em 15 edições, até 2017, a melhor campanha foi do Vitória, 5º lugar. Nenhuma vaga na Libertadores foi alcançada.

As 3 campanhas entre os 10 primeiros colocados (pontos corridos):
1º) Vitória (2) – 5º (13) e 10º (08)
2º) Sport (1) – 6º (15)

As cotas de participação e premiações dos clubes nordestinos em 2017

As cotas de participação e premiações do sete principais clubes do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Encerrada a temporada 2017, vamos ao balanço econômico dos principais clubes do Nordeste, considerando o desempenho esportivo de cada um nas competições oficiais. Ao todo, em calendários de 45 (Fortaleza) a 80 jogos (Sport), o “G7” apurou R$ 188.568.165. Neste contexto, se aplicam as premiações recebidas por fases e/ou títulos, além dos recursos recebidos pela transmissão de cada torneio, sem a bilheteria. Apesar da tradição, há de se considerar a distância interna, pois os três cotistas da televisão na região (Bahia, Sport e Vitória) concentram 86,4% do montante, com 163 milhões de reais. Na condição de cotistas, mantêm as receitas no Campeonato Brasileiro mesmo em caso de rebaixamento, com redução de 25% somente após o segundo ano fora da elite. Quanto aos demais, a queda das cotas, como foi o caso do Santa, de 23 mi na A, em 2016, para 6 milhões na B, em 2017.

A maior arrecadação coube ao Bahia, o campeão da Lampions. Mas não exatamente pela orelhuda dourada, mas sim devido ao pay-per-view no nacional. Com o repasse a partir dos dados de uma pesquisa encomendada pela Rede Globo junto aos institutos Ibope e Datafolha, o tricolor de aço acaba tendo uma estimativa de quase 10 milhões a mais que o leão pernambucano. Por sinal, o cálculo para o PPV mudará em 2018, adotando o óbvio, a soma de assinantes cadastrados em cada clube do país. Até porque é, de fato, a plataforma mais ascendente. À parte disso, o rubro-negro só conseguiu reduzir a diferença graças às cotas obtidas nos nove mata-matas disputados  pelo clube nos âmbitos nacional e internacional, com R$ 8,3 mi. Em terceiro na lista, o Vitória segue próximo aos dois rivais regionais.

Em seguida, um abismo separando o trio das outras forças do Recife e de Fortaleza. Em Pernambuco, alvirrubros e tricolores ganharam cotas estaduais maiores que os alencarinos e também faturaram mais na Série B, devido ao novo cálculo – que considerou a campanha no ano anterior, 2016. E o Santa ainda recebeu a cota de participação nas oitavas da Copa do Brasil, onde estreou devido ao título nordestino – numa “compensação” da CBF, uma vez que a vaga original seria na Sul-Americana, retirada numa canetada. Para 2018, entretanto, a situação mudará drasticamente, com Náutico e Santa na terceira divisão, Ceará na elite e o Fortaleza enfim de volta à B, após oito anos. O vozão deverá ter a maior arrecadação entre os quatro, mas ainda longe do trio, companheiro no Brasileirão.

Maiores arrecadações em cotas/premiações em 2017 (R$)
1º) Bahia – 57,6 milhões
2º) Sport – 54,0 milhões
3º) Vitória – 51,3 milhões
4º) Santa Cruz- 9,8 milhões
5º) Náutico – 7,6 milhões
6º) Ceará – 6,3 milhões
7º) Fortaleza – 1,7 milhão

Maiores médias de cotas por jogo (R$)
1º) Bahia – 874.126
2º) Vitória – 755.500
3º) Sport – 675.379
4º) Santa Cruz – 153.182
5º) Náutico – 129.774
6º) Ceará – 108.812
7º) Fortaleza – 37.777

Bahia
Total: R$ 57.692.335
Média por jogo (66): R$ 874.126
Estadual (BA) – R$ 850 mil (valor fixo, vice)
Nordestão – R$ 2,85 milhões (campeão)
Copa do Brasil – R$ 1,12 milhão (39º lugar, 64 avos)
Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões
Série A (TV ppv*) – R$ 16,65 milhões
Série A (premiação) – R$ 1.222.335 (12º lugar)
Desempenho: 30V, 19E e 17D, com índice de 55,0%
* Estimativa a partir do cálculo de 2015

Sport
Total: R$ 54.030.320
Média por jogo (80): R$ 675.379
Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, campeão)
Nordestão – R$ 2,15 milhões (vice)
Copa do Brasil – R$ 3,88 milhões (10º lugar, oitavas)
Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões
Série A (TV ppv*) – R$ 6,75 milhões
Série A (premiação) – R$ 850.320 (15º lugar)
Sul-Americana – R$ 4,45 milhões (8º lugar, quartas)
Desempenho: 32V, 20E e 28D, com índice de 48,3%
* Estimativa a partir do cálculo de 2015

Vitória
Total: R$ 51.374.030
Média por jogo (68): R$ 755.500
Estadual (BA) – R$ 850 mil (valor, fixo, campeão)
Nordestão – R$ 1,6 milhão (4º lugar)
Copa do Brasil – R$ 2,83 milhões (20º lugar, 16 avos)
Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões
Série A (TV ppv*) – R$ 10,35 milhões
Série A (premiação) – R$ 744.030 (16º lugar)
Desempenho: 32V, 16E e 20D, com índice de 54,9%
* Estimativa a partir do cálculo de 2015

Santa Cruz
Total: R$ 9.803.703
Média por jogo (64): R$ 153.182
Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, 3º lugar)
Nordestão – R$ 1,6 milhão (3º lugar)
Copa do Brasil – R$ 1,05 milhão (15º lugar, oitavas)
Série B (TV*) – R$ 6.203.703 (18º lugar)
Desempenho: 21V, 20E e 23D, com índice de 43,2%
* O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV

Náutico
Total: R$ 7.656.666
Média por jogo (59): R$ 129.774
Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, 4º lugar)
Nordestão – R$ 600 mil (9º lugar)
Copa do Brasil – R$ 300 mil (67º lugar, 128 avos)
Série B (TV*) – R$ 5.806.666 (20º lugar)
Desempenho: 16V, 14E e 29D, com índice de 35,0%
* O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV

Ceará
Total: R$ 6.311.111
Média por jogo (58): R$ 108.812
Estadual (CE) – R$ 800 mil (valor fixo, campeão)
Primeira Liga – sem cota (10º lugar)
Copa do Brasil – R$ 300 mil (67º lugar, 128 avos)
Série B (TV*) – R$ 5.211.111 (3º lugar)
Desempenho: 31V, 16E e 11D, com índice de 62,6%
* O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV

Fortaleza
Total: R$ 1.700.000
Média por jogo (45): R$ 37.777
Estadual (CE) – R$ 800 mil (valor fixo, 3º lugar)
Nordestão – R$ 600 mil (13º lugar)
Copa do Brasil – R$ 300 mil (59º lugar, 128 avos)
Série C – sem cota* (vice)
Desempenho: 20V, 17E e 8D, com índice de 57,0%
* A TV paga apenas as despesas de viagem, hospedagem e arbitragem

Ranking da CBF em 2017 com Sport (15º), Santa Cruz (25º) e Náutico (32º)

O ranking da CBF em 2017. Crédito: CBF/reprodução

CBF atualizou o ranking oficial de clubes após a realização de todas as competições nacionais em 2017, com a liderança sendo dividida de forma inédita. Palmeiras e Cruzeiro têm rigorosamente a mesma pontuação. Enquanto a raposa mineira volta ao topo após três anos, o verdão chega lá pela primeira vez, considerando os seis anos do modelo atual. Curiosamente, o alviverde paulista conquistou o título brasileiro no ano passado e ficou em segundo na lista, enquanto nesta temporada chegou ao topo sendo vice. Já o grande campeão brasileiro, o Corinthians, figura apenas em 6º lugar.

Líderes do ranking
2012 – 16.208 pontos (Fluminense)
2013 – 15.286 pontos (Grêmio)
2014 – 15.328 pontos (Cruzeiro)
2015 – 14.664 pontos (Corinthians)
2016 – 15.038 pontos (Grêmio)
2017 – 15.288 pontos (Palmeiras e Cruzeiro)

Lembrando que, para esta tabulação oficial, a entidade que comanda o futebol do país adiciona pontos apenas em seus torneios, com as Séries A, B, C e D e a Copa do Brasil. Nada estaduais ou torneios internacionais. Se leva em conta o desempenho (classificação final) nos últimos cinco anos, com pesos diferentes, dando vantagem aos anos mais recentes (veja o sistema aqui).

Com a 15ª colocação obtida no último instante da Série A, o Sport subiu ao 15º lugar do ranking, a sua melhor posição. Com 751 pontos a mais, manteve-se pelo seguindo ano seguido na ponta do Nordeste. Por sinal, na próxima atualização o rubro-negro terá, pela primeira vez, a projeção de pontuação apenas na elite, através das cinco participações seguidas, recorde na região. Apesar do descenso à terceira divisão, o Santa Cruz também melhorou a colocação, agora em 25º, com 480 pontos adicionados em relação à edição passada. É o 4º time nordestino. Para isso, contou com a participação nas oitavas de final da Copa do Brasil – o clube já estreou nesta fase devido ao título da Lampions de 2016. Já o Náutico, também rebaixado, despencou. Foram descontados 869 pontos, com o timbu saindo do Top 30 pela primeira vez. Figura numa modesta 32ª posição nacional, ou 7º na região.

Outros sete clubes pernambucanos estão presentes: Salgueiro (51º, 2.333 pts), Central (83º, 815 pts), América (128º, 459 pts), Serra Talhada (140º, 357 pts), Atlético (157º, 255), Porto (184º, 114 pts) e Ypiranga (201º, 51 pts). Ao todo, 220 clubes estão listados pelo departamento de competições da CBF.

Rankings anteriores: 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016.

Sport
2012 – 19º (8.284)
2013 – 24º (6.740, -1.544)
2014 – 20º (6.970, +230)
2015 – 19º (7.928, +958)
2016 – 17º (8.019, +91)
2017 – 15º (8.770, +751)

Santa Cruz
2012 – 48º (2.704)
2013 – 45º (3.091, +387)
2014 – 36º (3.930, +839)
2015 – 35º (4.310, +380)
2016 – 26º (5.730, +1.420)
2017 – 25º (6.210, +480)

Náutico
2012 – 22º (8.036)
2013 – 21º (7.557, -479)
2014 – 26º (6.470, -1.087)
2015 – 25º (6.139, -331)
2016 – 29º (5.401, -738)
2017 – 32º (4.532, -869)

Abaixo, o gráfico com a evolução das colocações dos sete maiores clubes nordestinos, sendo 3 do Recife, 2 de Salvador e 2 de Fortaleza. Divisões nos âmbitos nacional e regional.

A distribuição das cotas de televisão na Série A 2018, com bolo de R$ 1,3 bilhão

As cotas de TV do Campeonato Brasileiro em 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O post foi atualizado em 20/12 após a divulgação do novo contrato do Ceará.

Com o acesso do Internacional, a Série A volta a ter os doze* principais cotistas da tevê após um hiato de cinco temporadas. Entre 2013 e 2017 houve sempre um desfalque anual. Não por acaso, em 2018 a competição irá distribuir a maior receita fixa da história, com R$ 1,34 bilhão, com 80,9% do bolo aos tais doze. O valor desconsidera a crescente fatia destinada pelo pay-per-view, com os 380 jogos exibidos no Premiere. Dos 18 clubes com contratos duradouros com a Rede Globo, em acordos que se encerram justamente em 2018, apenas Coritiba e Goiás estão fora da primeirona.

Na elite, a cota fixa está subdividida em oito níveis, com os seis primeiros para os ‘cotistas’ – que mantém a receita mesmo em caso de descenso. O Sport, com acordos do tipo desde 1997, está na base, com R$ 35 milhões, considerando o valor de contrato – sem as devidas correções inflacionárias. Em seguida vêm os ‘não cotistas’, com renovações anuais, pontuais. São dois subgrupos, com destaque para a Chape, com R$ 4 milhões a mais que os demais ‘não cotistas’. Inicialmente, o piso seria de R$ 23 mi, como em 2016 e 2017, mas o Ceará conseguiu negociar um aumento para 28 milhões – neste caso, já com o PPV. Já o topo da pirâmide segue com Corinthians e Flamengo. Os clubes mais populares do país detêm 25,2% desta receita.

Com o fim do acordo para o triênio 2016-2018, a Rede Globo elaborou um novo modelo de negociação, surgido após a pressão pelos direitos, com o Esporte Interativo firmando contratos para a tevê fechada com 15 clubes. Portanto, em 2019 a divisão na tevê aberta terá um sistema semelhante ao da Premier League. A divisão será 40% em parcelas iguais, 30% em rendimento e 30% em audiência, em vez de 50%, 25% e 25% da liga inglesa. Valerá por seis edições, englobando a transmissão aberta – o PPV segue à parte. Sem clubes pernambucanos após cinco anos, a Série B aguarda o novo contrato para a divisão de cotas de televisão. Em 2017, foi criado um modelo com 60% do valor fixo e 40% numa variável de acordo com as colocações – válido apenas para os ‘não cotistas’, que em 2018 correspondem a 18 equipes.

* Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos (SP); Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo (RJ); Grêmio e Inter (RS); Cruzeiro e Atlético (MG)

Verba fixa da TV na Série A
2015 – R$ 923 milhões (com 15 cotistas e 5 não cotistas**)
2016 – R$ 1,240 bilhão (com 15 cotistas e 5 não-cotistas***)
2017 – R$ 1,306 bilhão (com 16 cotistas e 4 não-cotistas***)
2018 – R$ 1,346 bilhão (com 16 cotistas e 4 não-cotistas***)

** Contrato 2012-2015
*** Contrato 2016-2018

A regionalização das séries A, B, C e D do Brasileiro de 2018, com 128 clubes

Considerando as suas quatro divisões, o Campeonato Brasileiro de 2018 terá 128 clubes, repetindo a quantidade de participantes de 2017. A nova divisão absoluta é a seguinte: 38 times do Nordeste, 35 do Sudeste, 24 do Sul, 17 do Norte e 14 do Centro-Oeste. Deste total, 60 estão nas três principais divisões, que têm “calendário cheio”, com atividade regular a partir de abril. Com a definição de todos os acessos e descensos, confira abaixo a relação completa nas séries A, B, C e D. Na elite, o futebol nordestino terá a sua maior representatividade na era dos pontos corridos, com quatro clubes. E Recife, Salvador e Fortaleza estão presentes simultaneamente pela primeira vez. Ainda é pouco, mas é um avanço. Não por acaso, em relação às divisões, a participação do Sul-Sudeste varia de 80% na Série A para 33% na Série D. Já o Norte-Nordeste vai de 20% na Série A para 52% na Série D. Sintomático?

Lembrando que Pernambuco terá sete times, sendo 1 na A, 3 na C e 3 na D. A última Segundona sem representantes locais ocorreu em 2012, então com Náutico e Sport na primeira e Santa e Salgueiro na terceirona.

Confira a divisão de regiões na última temporada aqui.

Série A (20 times)
América-MG, Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Chapecoense, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Paraná, Santos, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória

Nordeste – 4 times (2 baianos, 1 pernambucano e 1 cearense)
Sudeste – 11 times (4 paulistas, 4 cariocas e 3 mineiros)
Sul – 5 times (2 gaúchos, 2 paranaenses e 1 catarinense)
Centro-Oeste – 0
Norte – 0

Série B (20 times)
Atlético-GO, Avaí, Boa Esporte, Brasil-RS, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Fortaleza, Figueirense, Goiás, Guarani, Juventude, Londrina, Oeste, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa, São Bento-SP e Vila Nova

Nordeste – 4 times (2 alagoanos, 1 cearense, 1 maranhense)
Sudeste – 5 times (4 paulistas e 1 mineiro)
Sul – 7 times (3 catarinenses, 2 gaúchos e 2 paranaenses)
Centro-Oeste – 3 times (3 goianos)
Norte – 1 time (1 paraense)

Série C (20 times)
ABC, Atlético-AC, Botafogo-PB, Botafogo-SP, Bragantino, Confiança, Cuiabá, Globo-RN, Joinville, Juazeirense, Luverdense, Náutico, Operário-PR, Remo, Salgueiro, Santa Cruz, Tombense-MG, Tupi, Volta Redonda e Ypiranga-RS

Nordeste – 8 times (3 pernambucanos, 2 potiguares, 1 baiano, 1 paraibano e 1 sergipano)
Sudeste – 5 times (2 paulistas, 2 mineiros e 1 carioca)
Sul – 3 times (1 gaúcho, 1 paranaense e 1 catarinense)
Centro-Oeste – 2 time (2 mato-grossenses)
Norte – 2 times (1 paraense e 1 acreano)

Série D (68 times)
4 de Julho-PI, Altos-PI, América-RN, Americano-RJ, Aparecidense-GO, ASA-AL, Assu-RN, Atlético-ES, Atlético-SC, Barcelona-RO, Baré-RR, Belo Jardim-PE, Brasiliense-DF, Brusque-SC, Caldense-MG, Campinense-PB, Caxias-RS, Ceilândia-DF, Central-PE, Cianorte-PR, Cordino-MA, Corumbaense-MS, Dom Bosco-MT, Espírito Santos-ES, Ferroviária-SP, Ferroviário-CE, Flamengo-PE, Fluminense de Feira-BA, Guarani-CE, Imperatriz-MA, Independente-PA, Inter de Lages-SC, Interporto-TO, Iporá-GO, Itabaiana-SE, Itumbiara-GO, Jacuipense-BA, Linense-SP, Macaé-RJ, Macapá-AP, Madureira-RJ, Manaus-AM, Maringá-PR, Mirassol-SP, Mogi Mirim-SP, Moto Club-MA, Murici-AL, Nacional-AM, Nova Iguaçu-RJ, Novo Hamburgo-RJ, Novoperário-MS, Novorizontino-SP, Plácido de Castro-AC, Prudentópolis-PR, Real Ariquemos-RO, Rio Branco-AC, Santa Rita-AL, Santos-AP, São José-RS, São Raimundo-PA, São Raimundo-RR, Sergipe-SE, Sinop-MT, Sparta-TO, Treze-PB, Uberlândia-MG, URT-MG e Vitória da Conquista-BA

Nordeste – 22 times (3 pernambucanos, 3 baianos, 3 alagoanos, 3 maranhenses, 2 piauienses, 2 potiguares, 2 cearenses, 2 paraibanos e 2 sergipanos)
Sudeste – 14 times (5 paulistas, 4 cariocas, 3 mineiros e 2 capixabas)
Sul – 9 times (3 gaúchos, 3 paranaenses 3 catarinenses)
Centro-Oeste – 9 times (3 goianos, 2 brasilienses, 2 mato-grossenses e 2 sul-mato-grossenses)
Norte – 14 times (2 paraenses, 2 amazonenses, 2 acreanos, 2 tocantinenses, 2 amapaenses, 2 rondonienses e 2 roraimenses)