A partir de 2019, todos os clubes que participarem da Taça Libertadores ou da Copa Sul-Americana terão que contar com departamentos de futebol feminino. Sim, para a disputa masculina no continente, também será preciso desenvolver a prática feminina. A ativação da categoria é uma das 41 exigências formuladas para a nova “Licença de Clubes”, criada pela Conmebol e contendo cinco tópicos (esportivo, infraestrutura, administrativo, legal e econômica). Apenas com esta licença o clube estará apto a participar dos torneios continentais. O prazo de execução das medidas está distribuído entre 2018 e 2021.
Entre as punições previstas pela confederação sul-americana, no ato da inscrição nas copas supracitadas, a agremiação poderá ser advertida, receber uma multa ou ter a licença suspensa, cancelada e até negada indefinidamente. Já no ano de estreia da licença serão 24 exigências (confira aqui).
Em relação à norma do departamento feminino, eis a tradução do regulamento:
“O clube solicitante deverá ter um time de futebol feminino na categoria principal ou associar-se a um clube que possua. Além disso, deverá ter ao menos uma categoria de base feminina ou associar-se a um clube que possua. Nos dois casos, o solicitante deverá prover suporte técnico, material esportivo e infraestrutura (campo de jogo e local de treinamento) necessários e em condições adequadas para o desenvolvimento dos dois times. Finalmente, se exige que as equipes participem de competições nacionais e/ou regionais autorizadas pela respectiva associação membro.”
Caso válida anteriormente, a título de curiosidade, a regra teria impedido a participação do Náutico na Sula de 2013 e do Sport em 2015 e 2016.
Vamos à situação atual da categoria nos grandes clubes do Recife…
Náutico As alvirrubras já foram bicampeãs estaduais (2005/2006), mas passaram quatro anos sem atividade, até 2014, quando um novo grupo foi montado, com 19 jogadoras, no embalo da ativação dos esportes amadores em Rosa e Silva. Além do Pernambucano, onde foi vice em 2015, passou a disputar a Copa do Brasil. Treinam e jogam nos Aflitos, em estado de conservação inadequado desde que o time masculino passou a atuar na Arena Pernambuco, em 2013.
Santa Cruz Após nove anos sem qualquer atividade na categoria, o tricolor reativou o departamento feminino em 2016. Começou com uma peneira no campo do Caxangá Atlético Clube, amplamente divulgada nas redes sociais do clube. Ao todo, 15 meninas foram selecionadas, completando o elenco com as 12 contratadas. Em sua primeira competição, chegou à semifinal do Estadual. O objetivo é participar do Campeonato Brasileiro a partir de 2017.
Sport Vice-campeão da Copa do Brasil em 2008 e cinco vezes campeão estadual, tendo em sua principal formação a goleira Bárbara, que defendeu a Seleção Brasileira, o time rubro-negro acabou desativado no início de 2015 – apesar da queixa dos torcedores. Os treinos com as meninas eram realizados no campo auxiliar da Ilha, com o gramado em mau estado. Não havia previsão de volta, mas a decisão da Conmebol forçou a reativação.
Em quase duas horas de gravação, o 45 minutos analisou três pautas em destaque no futebol local nesta semana. Iniciamos com o polêmico acordo feito pelo Santa Cruz, que levou o jogo contra o Corinthians do Arruda para a Arena Pantanal. Valeu o lado financeiro? Fica ou não uma mancha na imagem do clube? O debate seguiu com os novos calendários da Conmebol e da CBF, com mudanças consideráveis na Libertadores, Copa Sul-Americana, Brasileirão e Copa do Brasil. Por fim, um resgate com a primeira a pesquisa de torcida feita pelo Ibope, há 47 anos, no Brasil e em Pernambuco. Avaliamos as diferenças nos dados (atuais) com metodologia, títulos dos clubes e margem de erro.
Neste podcast, estou ao lado de Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!
Na condição de mandante, o Santa Cruz jogará contra o Corinthians em Cuiabá, a 2.456 quilômetros do Recife, num contexto jamais visto na história coral. Em situação quase irreversível no Brasileirão, em penúltimo lugar, o clube acabou aceitando a proposta de um empresário brasiliense, que levou a partida para a Arena Pantanal. Difícil não lembrar da estreia na Série D de 2011, quando os corais viveram o oposto, com o Alecrim de Natal levando o jogo a João Pessoa, contando com a presença maciça do povão. Dito e feito, com 16.022 pagantes.
Pressionado pelas dívidas e sem perspectiva de bons públicos no Arruda, indo de encontro à trajetória que o levou à elite, o clube espera retorno financeiro como andarilho. No José do Rego Maciel, na campanha vigente, arrecadou R$ 2,3 milhões em 13 jogos, com média de 10.174 torcedores. O jogo contra o atual campeão nacional será o segundo em Cuiabá nesta edição. Em 3 de agosto, o Santos “recebeu” o Flamengo, com 21.814 presentes e R$ 1,8 milhão de renda. Agora, se ocorrer algo parecido, será com a torcida corintiana, visitante.
O valor pago ao clube pernambucano ainda não foi revelado, mas a mudança foi confirmada, com a data mantida em 12 de outubro, feriado nacional, já na grade de tevê aberta para São Paulo e Pernambuco. Se financeiramente pode ser uma decisão válida, moralmente é um golpe na torcida, na visão do blog, sobretudo pela imagem construída nos últimos anos. Desde que a CBF passou a autorizar trocas de mando para este fim, esta é a primeira vez do Trio de Ferro.
Torcedor, o que você acha da decisão da diretoria coral?
Dois dias após o anúncio da Conmebol, esticando a Libertadores até dezembro, agora paralela à Copa Sul-Americana, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, comentou, no Rio de Janeiro, sobre as primeiras mudanças no futebol brasileiro em 2017. Com o calendário oficial divulgado em 6 de julho, a mudança sul-americana tornou a agenda inócua (uma nova de ser anunciada na primeira quinzena de outubro). Confira as novidades, com consequências no Recife.
1) Uma possível sexta vaga na Libertadores. Além dos quatro primeiros da Série A, o 5º lugar também seria contemplado (além do campeão da Copa do Brasil, claro). Ou seja, G5 já em 2016. Definição em 2 de outubro, em Bogotá.
2) Fim do bizarro critério de classificação à Sul-Americana atrelado à eliminação precoce na Copa do Brasil. Os representantes do país serão os times colocados no Brasileirão em seguida aos classificados à Libertadores. Manoel Flores não comentou sobre a possibilidade de redução de vagas (hoje, oito) ou a situação das copas regionais (Nordestão e Copa Verde). Lembrando que Santa e Paysandu têm pré-vagas na Sula de 2017. A partir de 2018, cenário nebuloso.
3) Qualquer clube poderá disputar o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e os torneios internacionais (Libertadores ou Copa Sul-Americana). Ou seja, até três torneios simultâneos. A última temporada sem restrições foi a de 2000!
4) Redução da Copa do Brasil. Atualmente composta por 86 clubes e disputada de março a novembro, o torneio será encurtado no número de datas. Exemplo: em vez de quatro semanas para definir uma fase, como costuma ocorrer nas primeiras etapas, apenas duas, otimizando a competição e dando fôlego ao calendário. Ou seja, finalizada em menos de nove meses – e possivelmente concentrada no primeiro semestre, pois a Sula começará em junho.
5) As datas dos campeonatos estaduais devem ser mantidas, indicando a eterna força política das federações. Ou seja, até 18 datas.
6) Férias em dezembro e pré-temporada em janeiro mantidas, assim como a pausa nas competições interclubes para as Eliminatórias da Copa.
Com a participação do Santa Cruz na Sul-Americana de 2016, o Trio de Ferro completou o ciclo de disputas internacionais, com ao menos uma para cada rival pernambucano. Entretanto, até hoje, uma série de campanhas fracas, com um brilhareco em 2009. Com isso, a ocupação nas arquibancadas seguiu o mesmo ritmo, como comprova o primeiro jogo de um torneio interclubes da Conmebol no Arruda. O retrospecto no Grande Recife conta com 19 jogos, incluindo quatro clássicos, mas nenhum borderô chegou sequer a 30 mil espectadores. No geral, uma média de 13 mil pessoas, que cai consideravelmente no recorte da Sula, com times locais presentes em quatro temporadas consecutivas.
Eis os públicos oficiais de todos os jogos internacionais oficiais no Recife
Taça Libertadores da América (3 participações) 21/01/1968 – Náutico 1 x 3 Palmeiras – 8.004 (Ilha) 11/02/1968 – Náutico 1 x 0 Deportivo Gailicia (VEN) – 7.302 (Ilha) 14/02/1968 – Náutico 3 x 2 Deportivo Portugués (VEN) – 6.513 (Ilha) 02/07/1988 – Sport 0 x 1 Guarani – 27.860 (Ilha) 16/08/1988 – Sport 5 x 0 Alianza (PER) – 15.213 (Ilha) 23/08/1988 – Sport 0 x 0 Universitario (PER) – 22.628 (Ilha) 04/04/2009 – Sport 2 x 0 LDU (EQU) – 20.184 (Ilha) 08/04/2009 – Sport 0 x 2 Palmeiras – 19.386 (Ilha) 22/04/2009 – Sport 2 x 1 Colo Colo (CHI) – 20.050 (Ilha) 12/05/2009 – Sport (1) 1 x 0 (3) Palmeiras – 28.487 (Ilha)
Total – 175.627 torcedores em 10 jogos (média de 17.562) Sport – 153.808 pessoas em 7 jogos (21.972) Náutico – 21.819 pessoas em 3 jogos (7.273)
Copa Sul-Americana (6 participações) 20/08/2013 – Sport 2 x 0 Náutico – 16.125 (Ilha) 28/08/2013 – Náutico (1) 2 x 0 (3) Sport – 8.320 (Arena PE) 23/10/2013 – Sport 1 x 2 Libertad (PAR) – 17.575 (Arena PE) 28/08/2014 – Sport 0 x 1 Vitória – 6.025 (Ilha) 27/08/2015 – Sport 4 x 1 Bahia – 8.201 (Ilha) 23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (ARG) – 7.726 (Ilha) 24/08/2016 – Santa Cruz 0 x 0 Sport – 5.517 (Arena PE) 31/08/2016 – Sport 0 x 1 Santa Cruz – 6.570 (Arena PE) 28/09/2016 – Santa Cruz 3 x 1 Independiente (COL) – 5.474 (Arruda)
Total – 81.533 torcedores em 9 jogos (média de 9.059) Sport – 62.222 pessoas em 6 jogos (10.370) Santa – 10.991 pessoas em 2 jogos (5.495) Náutico – 8.320 pessoas em 1 jogo (8.320)
Libertadores + Sul-Americana (9 participações)
Total – 257.160 torcedores em 19 jogos (média de 13.534) Sport – 216.030 pessoas em 13 jogos (16.617) Náutico – 30.139 pessoas em 4 jogos (7.534) Santa – 10.991 pessoas em 2 jogos (5.495)
O Santa Cruz fez uma grande partida contra o Independiente. Sobrou, na verdade, com Grafite brilhando, após quinze jogos de jejum. O camisa 23 marcou três gols, colocando o tricolor com a mão na vaga até os 31 minutos do segundo tempo. O time pernambucano, dessa vez sem poupar ninguém, atacou mais e se defendeu bem, com Néris e Danny Morais implacáveis diante do confuso ataque colombiano – errando tempo de passe e chutes na entrada da área. Entretanto, numa infelicidade do goleiro Edson Kölln, que saiu muito mal numa cobrança de escanteio, a bola sobrou para Ibarguen, que fez o único gol visitante, 3 x 1. O diferencial num confronto equilibrado.
Vestindo a camisa tricolor pela terceira vez, o goleiro substituiu Tiago Cardoso, pela primeira vez no banco em seis anos de clube. A pressão existia e a oportunidade foi dada. Ainda que algum torcedor o culpe pela eliminação, creio que a maior falha foi institucional, com a decisão de poupar Keno, João Paulo e Léo Moura em Medellín, justo na primeira experiência internacional. Com um time esfacelado tecnicamente, perdeu lá por 2 x 0 e deixou a missão indigesta.
Além disso, aquela decisão da direção foi atrelada à péssima campanha no Brasileiro. E o reflexo veio no Arruda, com apenas 5.474 torcedores. Ao menos o povo estava animado, com 200 músicos corais rasgando o frevo. E foi no ritmo, acelerado, que o Santa comandou o primeiro tempo, com Grafa marcando em duas cabeçadas, aos 13 e aos 30, esta adiantado. Com o placar igualado, na segunda etapa o time atuou de forma mais cadenciada, sem aperreio.
Era buscar a bola e sair com inteligência, contando ainda com a má apresentação do campeão colombiano, inoperante à frente e deixando muito espaço. E deixou mesmo, para Grafite, chegando ao hat-trick internacional aos 25. Foram seis minutos com a classificação às quartas da Sula, um feito ainda inédito no Nordeste, até o baque. Aplaudido no apito final (de forma merecida), o Santa deixa a Sula com R$ 2,1 milhões em cotas e com o gostinho de uma campanha necessária para o clube, moral, técnica, financeiramente. Hoje, tem a pré-vaga para 2017. Quem sabe com decisões institucionais melhores…
A metodologia atual das pesquisas de torcida realizadas no Brasil considera o interesse por um clube em qualquer lugar (Flamengo no Recife, Náutico no Rio etc), além de registrar o percentual de pessoas à parte do futebol, sem preferência alguma. Isso foi estabelecido em 1983, pelo Gallup. Entretanto, bem antes, o Ibope já havia realizado incursões no tema, passando inclusive por Pernambuco, duas vezes. E os percentuais são bem diferentes dos dados atuais. Vamos às pesquisas, num achado do historiador paulista Clayton Silvestre, com o blog recuperando as reportagens do Diario de Pernambuco.
Começou em 1969, numa pesquisa encomendada pelo jornal carioca O Globo. O resultado foi divulgado em março no Diario, em dois momentos, com os dados nacionais no dia 4 (Santos de Pelé com quase metade do país!) e os dados locais, de onze estados, no dia 9. Se desde 1983 o Sport fica à frente de todas as pesquisas, catorze anos antes não foi assim. Longe disso. Em 1969, a liderança pernambucana era dos rivais. Náutico e Santa Cruz reunem preferências do torcedor, diz pesquisa feita pelo Ibope, estampou o Diario, com a reportagem sobre todos os locais pesquisados (Bahia e Ceará inclusos).
No questionário do Ibope foram feitas duas perguntas a cada entrevistado: 1) No seu entender, qual o clube de futebol mais querido em todo o Brasil? 2) No seu entender, qual o clube de futebol mais querido de seu estado?
Atualmente, a pergunta é feita da seguinte forma: Para qual clube de futebol você torce? (direta e sem distinção de localidade)
A explicação é necessária, pois a soma dos nove clubes no ranking nacional chega a 100%, assim como no local, com apenas três times. Ou seja, dá a entender que na pesquisa havia a preferência local e um segundo time de preferência nacional. Neste estudo não há detalhes sobre a quantidade de entrevistados ou mesmo a margem de erro. Em relação à dianteira alvirrubra, ainda que empatada, o Diario escreveu o seguinte: “A posição do Náutico (….) é uma decorrência da série de conquistas durante anos a fio, no futebol pernambucano, o que levou o clube dos Aflitos a se tornar até líder de arrecadações, como aconteceu no campeonato passado (1968)”. Hexa.
Já a segunda pesquisa, de 1971, ocorreu em sete municípios do Grande Recife, sob encomenda da Federação Pernambucana de Futebol (cujo último pedido do tipo data de 2008, ao Opine). Aqueles dados só foram divulgados no jornal em 18 de janeiro de 1972. Na ocasião, o título foi Nosso futebol visto pelo torcedor, pois também trouxe questionários como mobilidade (pela ordem, ônibus, carro particular, táxi e ônibus elétrico) e a dificuldade no acesso aos estádios (já naqueles tempos!). Tricampeão estadual, o Santa ficou na liderança graças à imensa maioria nas classes D/E, reforçando a aura popular. Também chama atenção a faixa etária coral, envelhecida, o que denota uma liderança anterior.
Para projetar as torcidas absolutas em cada pesquisa, o blog utilizou os dados do censo do IBGE de 1970, uma vez que naquela época não havia a atualização anual de estimativas – ou seja, dados antes, só em 1960, e depois, em 1980.
Ibope / Brasil 1969 Período: janeiro e fevereiro de 1969 Público: n/d (em 11 capitais e cidades vizinhas) Margem de erro: n/d População estimada (IBGE/1970): 94.508.583
Ibope / Pernambuco 1969 Período: janeiro e fevereiro de 1969 Público: n/d (dentro da pesquisa do Brasil) Margem de erro: n/d População estimada (IBGE/1970): 5.253.901
1º) Náutico – 36% (1.891.404) 1º) Santa Cruz – 36% (1.891.404) 3ª) Sport – 28% (1.471.092)
Ibope / Grande Recife 1971 Período: 15/04 a 16/05 de 1971 Público: 400 entrevistados (7 cidades*) Margem de erro: n/d População estimada (IBGE/1970): 1.664.865 * Recife, Jaboatão, Olinda, Cabo, São Lourenço, Paulista e Moreno
1º) Santa Cruz – 39% (649.297) 2º) Sport – 34% (566.054) 3º) Náutico – 24% (399.567) 4º) América – 2% (33.297) 5º) Central – 1% (16.648)
Ibope / Recife 1971 Período: 15/04 a 16/05 de 1971 Público: n/d (dentro da pesquisa do Grande Recife) Margem de erro: n/d População estimada (IBGE/1970): 1.060.701
1º) Santa Cruz – 35% (371.245) 2º) Sport – 33% (350.031) 3º) Náutico – 29% (307.603) 4º) América – 3% (31.821)
Dados da pesquisa de 1971 por classe social, idade e localidade…
Até 2018, Santa Cruz e Sport podem voltar a ter a autorização para a capacidade máxima de seus estádios, Arruda e Ilha. Isso caso consigam atender às exigências definidas numa reunião envolvendo representantes dos clubes com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através da Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor, e com Corpo de Bombeiros. São quatro tópicos na casa coral e cinco no reduto leonino, com prazos distintos. Desde 25 de setembro de 2015, quando os bombeiros emitiram atestados sobre o José do Rego Maciel e o Adelmar da Costa Carvalho, as respectivas capacidades foram reduzidas. Não por questão de espaço físico para o público, mas pela estrutura oferecida para a evacuação da torcida, apontando escadas, portas e corredores afunilados. Então, vamos aos tópicos para o laudo definitivo.
Lembrando que os dois clubes já tinham começado a agir – veja aqui e aqui.
Arruda Termos de Ajustamento de Conduta, em 27/09/2016 1) Limpeza de banheiros, troca de tubulações e plano de manejo de lixo (6 meses) 2) Mais rampas e assentos para cadeirantes, mapa tátil para cegos e vagas de estacionamento para idosos e deficientes (18 meses) 3) Construção de uma sala para a central de comando da PM (20 meses) 4) Impermeabilização da armação em concreto, conserto das juntas de dilatação e das armaduras expostas (24 meses)
Recorde: 96.990 (Brasil 6 x 0 Bolívia, em 29/08/1993)
Ilha do Retiro Termos de Ajustamento de Conduta, em 27/09/2016 1) Compra de lixeiras (para os boxes de venda) e sanitários (15 dias) 2) Impermeabilização de lajes, retirada de infiltrações, manutenção da infraestrutura elétrica e de armaduras aparentes (7 meses). 3) Vagas de estacionamento para idosos e deficientes (15 dias) 4) Mais espaço na arquibancada a deficientes, nova sinalização e melhora nas rampas de acesso para cadeirantes (14 meses) 5) Melhorar o sistema de combate a incêndio e pânico (24 meses)
Cronologia da capacidade 1950 – 20.000 lugares *reforma para a Copa do Mundo 1960 – 36.000 (+16.000) *ampliação da cadeira central e da arquibancada 1984 – 45.000 (+9.000) *construção das gerais e ampliação da cadeira central 1998 – 50.000 (+5.000) *construção da ‘curva especial’ 2001 – 45.000 (-5.000) 2005 – 32.500 (-12.500) 2006 – 30.520 (-1.980) 2007 – 34.500 (+3.980) *construção da ‘curva da ampliação’ 2012 – 34.200 (-300) 2013 – 32.983 (-1.217) 2015 – 27.435 (-5.548) 2018 – 32.983 (+5.548)?
Recorde: 56.875 (Sport 2 x 0 Porto, em 07/06/1998)
A partir de 2017, a Taça Libertadores da América poderá ser decidida em apenas uma partida, em campo neutro, emulando o formato em vigor na Liga dos Campeões desde 1956. No cenário sul-americano a novidade levanta discussão acerca da execução, devido à distância (e infraestrutura) entre os dez países membros, além do México, que também participa. Além disso, jogo em campo neutro não é exatamente uma novidade no torneio. De 1960 até 1987, o saldo não era critério. Assim, em caso de igualdade era disputado uma extra num país neutro. Nem sempre com bons públicos. Em 1987, o Estádio Nacional de Santiago recebeu 25 mil pessoas (1/3 da capacidade na época) para o confronto entre Peñarol e América de Cali, com título uruguaio no último minuto da prorrogação.
Para a mudança, um motivo alegado pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, foi a supremacia do mandante do segundo jogo: “Analisando o retrospecto das finais da Libertadores, o mandante do segundo jogo ganhou 70%. A justiça esportiva exige final única e em campo neutro.”
Considerando o regulamento vigente da Liberta (abaixo), exigindo uma capacidade mínima de 40 mil pessoas na final, o blog listou, como curiosidade, 36 canchas possíveis nos países vizinhos. Há ao menos um palco em cada país filiado. No Brasil existem 24 estádios, levando em conta a atual capacidade liberada pelos bombeiros. Arruda e Arena Pernambuco presentes na lista…
Confira outras mudanças na Lubertadores e na Sul-Americana clicando aqui.
Brasil à parte, na América do Sul destaca-se a Argentina, com 13 estádios aptos à finalíssima da Libertadores. Na sequência, Colômbia (5), Venezuela (5), Peru (4), Equador (3), Uruguai (2), Chile (2), Bolívia (1) e Paraguai (1).
Considerando as novas arenas, inauguradas desde 2013, e estádios remodelados ou antigos (com capacidade reduzida por segurança), até 15 estados brasileiros poderiam receber, em tese, a final da competição. Pela ordem: São Paulo (5), Rio de Janeiro (2), Minas Gerais (2), Rio Grande do Sul (2), Pernambuco (2), Paraná (2), Brasília (1), Ceará (1), Bahia (1), Pará (1), Piauí (1), Amazonas (1), Mato Grosso (1), Goiás (1) e Maranhão (1).
Estendendo ao México (convidado desde 1998) a possibilidade de entrar na fila para receber a final, seriam oito palcos fora do continente, incluindo o maior de todos (atualmente), o Azteca, que já recebeu a final da Copa do Mundo em 1970 e 1986. Somando os onze países, portanto, 68 palcos à disposição. pitacos?