A reação dos 5.903 alvirrubros após o apito final, mesmo sem a vitória, mostra que há uma confiança na reação, não pela situação na tabela, crítica, mas pela evolução no futebol nas últimas rodadas. Sob aplausos e aos gritos de “Eu acredito, eu acredito”, no maior público do time na competição, o Náutico ficou num empate em 1 x 1 com o Juventude, o líder da Série B. Nada menos que 20 pontos os separam após 13 rodadas. É muita coisa.
Por este contexto, fica claro que a vitória na Arena Pernambuco seria um ponto fora da curva. O time gaúcho chegou com o melhor ataque (19) e a melhor defesa (7), com apenas um revés. Empolgação à parte, após a vitória em Natal, o confronto seria complicado. Só que o timbu jogou de forma organizada, sobretudo defensivamente, com duas linhas de quatro, com os jogadores atendendo aos apelos de Beto Campos, campeão gaúcho pelo Novo Hamburgo – derrotou o alviverde, durante a campanha, por 4 x 1. Foi no primeiro tempo que o Náutico conseguiu construir as suas melhores jogadas – tendo um susto, num gol corretamente anulado do adversário. Aos 36 minutos, abriu o placar. Autor do gol de cabeça no Frasqueirão, Gilmar concluiu uma bola esticada por Ávila, se antecipando bem ao zagueiro.
Com a vantagem, o time pernambucano jogou de forma mais cadenciada na etapa complementar, com Amaral bem na marcação (Darlan destoou). Acabou tomando o empate aos 14, num chute desviado de Wallacer, após bate-rebate. A zaga timbu vinha muito segura, por cima (Breno) e por baixo (Feliphe). Apesar do vacilo, o visitante não se impôs pela virada. Apesar de ter o lanterna do outro lado, a forma como o jogo transcorreu deixou o resultado ‘aceitável’. Quem pressionou mesmo foi o Náutico, até os 49, já insistindo na bola aérea. Sem sucesso. Mas com o reconhecimento…
Na Espanha, as apresentações oficiais dos reforços galáticos costumam ocorrer nos estádios, em dias exclusivos, com transmissão ao vivo na tevê. Multidões foram ao Santiago Bernabéu para ver Kaká e Cristiano Ronaldo e ao Camp Nou para aplaudir Neymar e Suárez. Praxe nesses clubes, as demais contratações, mesmo sem status de midiáticas, passam pelo mesmo processo. Embaixadinhas, algum malabarismo, acenos e discurso. Pronto.
Entretanto, nem sempre sai tudo bem. Nem mesmo nos gigantes.
Abaixo, apresentações nas quais a habilidade com a bola falhou. No terceiro vídeo, um caso difícil de ser superado. Também na Espanha, em outra via…
Theo Hernandéz (lateral-esquerdo) no Real Madrid, em 2017
Douglas (lateral-direito brasileiro) no Barcelona, em 2014
Torcida do #SPFC reclama de contratação? Imagina a do Barcelona com todo dinheiro do mundo quando contratou o craque Douglas… Doeu, hein! pic.twitter.com/Udva2uMQ6u
A 12ª rodada do Brasileirão foi encerrada em Curitiba, com a goleada do Sport sobre o Coxa. Com isso, o rubro-negro pernambucano chegou a três vitórias consecutivas, dando um salto na classificação – e zerou o saldo, após longa caminhada desde a má estreia. Neste recorte, saiu do 17º lugar, na zona de rebaixamento, para a 6ª posição, a zona de classificação à Libertadores. Nos três casos, vitórias sem ser vazado. E a tabela, em tese, anima o leão, com três jogos como mandante nas quatro próximas rodadas (Chape, Atlético-GO e Palmeiras). Neste período, será visitante contra o Botafogo.
Já na briga pela liderança, o Corinthians segue impossível (e invicto). Com quatro vitórias seguidas, o time paulista ampliou a vantagem, de 7 para 9 pontos. É a melhor largada da história dos pontos corridos no país.
Resultados da 12ª rodada Atlético-GO 1 x 2 Vitória Vasco 0 x 1 Flamengo Corinthians 2 x 0 Ponte Preta Chapecoense 1 x 1 Atlético-PR Cruzeiro 3 x 1 Palmeiras Bahia 1 x 1 Fluminense Grêmio 0 x 2 Avaí Botafogo 1 x 1 Atlético-MG Santos 3 x 2 São Paulo Coritiba 0 x 3 Sport
Balanço da 12ª rodada 3V dos mandantes (12 GP), 3E e 4V dos visitantes (14 GP)
Agenda da 13ª rodada 12/07 (19h30) – Atlético-MG x Santos (Independência) 12/07 (19h30) – Ponte Preta x Bahia (Moisés Lucarelli) 12/07 (21h00) – Fluminense x Botafogo (Maracanã) 12/07 (21h45) – Atlético-PR x Cruzeiro (Arena da Baixada) 12/07 (21h45) – Vitória x Vasco (Barradão) 12/07 (21h45) – Palmeiras x Corinthians (Allianz Parque) 13/07 (19h30) – São Paulo x Atlético-GO (Morumbi) 13/07 (19h30) – Flamengo x Grêmio (Luso Brasileiro) 13/07 (19h30) – Sport x Chapecoense (Arena Pernambuco) 13/07 (21h00) – Avaí x Coritiba (Ressacada)
Histórico de Sport x Chape no Recife, pelo Brasileiro 3 jogos e 3 vitórias leoninas
Uma semana 100% para o Trio de Ferro. Pela 12ª rodada das Séries A e B do Brasileiro, todos venceram, sem sofrer gols. Começou com o alvirrubro, que arrancou o primeiro resultado nesta segundona lá em Natal. Na arena, Givanildo Oliveira estreou no tricolor com goleada. Finalmente na segunda-feira, na fria Curitiba, o leão também goleou e entrou no G6, a zona da Liberta. O 45 minutos analisou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 112 minutos. Ouça!
04/07 – ABC 0 x 1 Náutico (36 min)
07/07 – Santa Cruz 3 x 0 Brasil de Pelotas (30 min)
O confronto valia o “G6” após 12 rodadas. Em Curitiba, o vencedor da peleja entraria na zona da Libertadores, com o empate mantendo o Cruzeiro lá. Sem Diego Souza, num imbróglio com o “sai-não-sai”, o time pernambucano precisou ser rearrumado, com Everton Felipe assumindo (bem) o meio. O Sport já havia vencido dois jogos sem DS87, contra Grêmio e Fla. E repetiu diante do Coritiba, com a terceira vitória seguida na Série A, sem sofrer gols.
O futebol apresentado pelo leão nos 20 primeiros minutos foi excelente, com transições rápidas, abusando do lado esquerdo, sempre produtivo. Foram cinco chances reais. Nas três primeiras, o goleiro Wilson salvou o mandante. Em seguida, já aos 17, finalmente o gol. De garçom nos primeiros lances, Mena (de ponta esquerda) foi o finalizador. Recebeu e marcou um belo gol. E olhe que Rithely, em outra trama pela esquerda, ainda bateu por cima na sequência. Vaiado, o Coritiba demorou a entrar no jogo. Se ofensivamente o leão estava bem, na marcação havia espaço, sobretudo na cabeça de área. Por ali, o Coxa arriscou ao menos três vezes – em um desses arremates, de Galdezani, ex-Sport, Magrão fez grande defesa. Porém, houve a cobrança de Luxemburgo, com o visitante, bem distribuído em campo, passando a valorizar mais a posse. Diminuiu o ritmo e segurou a vantagem até o intervalo.
No segundo tempo, a proposta leonina foi mais defensiva, com Ronaldo Alves e Henríquez rasgavam tudo lá atrás (seguindo o revezamento de duplas no setor). A pressão do Coxa aconteceu, sobretudo com Kléber e Henrique, num volume de jogo esperado. Ligado demais, o Sport conseguiu conter e articulou inúmeros contragolpes, esticando bastante as jogadas, até obter sucesso, com Rogério, que acabara de entrar. Aos 39, o atacante ampliou ao finalizar de primeira um cruzamento de Mena, o melhor em campo. Nos descontos, com a partida definida, um gol contra do Coxa, em outro cruzamento (este da direita), transformou a vitória leonina em goleada no Couto Pereira, 3 x 0.
Coritiba x Sport em Curitiba, pelo Brasileiro 8 vitórias do Coxa 5 empates 3 vitórias do Leão (2012, 2014 e 2017)
Após quatro rodadas sem vitória de clubes pernambucanos, uma rodada bem proveitosa na Série B, com seis pontos. Na terça, o Náutico venceu o ABC, em Natal, conquistando o primeiro triunfo nesta edição. Insuficiente para sair da lanterna, mas foi um alento, pois reduziu de 11 para o 8 pontos a diferença para o 16º, o primeiro time fora do Z4. Na sexta-feira, em São Lourenço da Mata, o Santa goleou o Brasil de Pelotas, ganhando cinco posições – do 12º para o 7º lugar. Reduziu de 5 para 3 pontos a distância ao G4.
Nesta rodada, destaque também para outro tropeço do Inter como mandante, seguindo fora do grupo de acesso, e para a vitória do Juventude no duelo de líder em Caxias do Sul. Com isso, o clube do interior gaúcho abriu três pontos na ponta. Na noite desta terça-feira, o Brasileiro volta a ter uma rodada cheia.
Resultados da 12ª rodada Paysandu 1 x 2 Londrina ABC 0 x 1 Náutico Santa Cruz 3 x 0 Brasil Goiás 3 x 1 Luverdense Paraná 1 x 1 América Figueirense 0 x 2 Ceará Internacional 1 x 1 Criciúma Juventude 2 x 0 Guarani Oeste 2 x 2 Vila Nova Boa 0 x 0 CRB
Balanço da 12ª rodada 3V dos mandantes (13 GP), 4E e 3V dos visitantes (10 GP)
Agenda da 13ª rodada 11/07 (19h15) – Criciúma x Paysandu (Heriberto Hulse) 11/07 (19h15) – Brasil x Oeste (Bento Freitas) 11/07 (19h15) – Londrina x ABC (Estádio do Café) 11/07 (20h30) – América x Boa (Indenpendência) 11/07 (20h30) – Vila Nova x Paraná (Serra Dourada) 11/07 (20h30) – Guarani x Goiás (Brinco de Ouro) 11/07 (20h30) – Ceará x Internacional (Castelão) 11/07 (21h30) – CRB x Figueirense (Rei Pelé) 11/07 (21h30) – Luverdense x Santa Cruz (Passo das Emas) 11/07 (21h30) – Náutico x Juventude (Arena Pernambuco)
Em uma atuação segura, tomando apenas um susto, o Santa Cruz encerrou um jejum de quatro rodadas e venceu o Brasil de Pelotas por 3 x 0, voltando a se reaproximar do G4 da Série B. Em sua estreia, Givanildo Oliveira promoveu poucas mudanças, mantendo o 4-2-3-1, com os pontas, Augusto (assistência) e André Luís (bola na trave), trabalhando bastante.
No segundo dos cinco jogos programados na arena, o tricolor começou com o time marcando forte o adversário gaúcho. A dupla Derley/Elicarlos durou 38 minutos, quando Eli sentiu e acabou substituído por Wellington Cézar – apesar da má temporada, o volante não comprometeu. Quanto a Derley, acabou premiado com um belo gol, abrindo o placar num chute de fora da área, já com meia de hora. Pela sua conhecida característica, sem guardar muito a posição, ele acaba precisando de ‘chamadas de atenção’ durante o jogo. No entanto, a sua entrega, com mobilidade e recomposição, deu um gás ao time, num contexto superior ao do antecessor (já desligado), David.
Àquela altura, o Brasil só tinha chegado uma vez, numa cabeçada de Lincoln, com grande defesa de Júlio César. Um lance esporádico no primeiro tempo. Trocando mais passes e abusando dos cruzamentos (19, a maioria por baixo), o tricolor foi chegando, sempre buscando Bueno, doido pra encerrar o jejum particular – desde o Castelão. Pouco antes do intervalo, aproveitando o espaço deixando pelo visitante, a cobra coral encaixou um bom contragolpe, rápido, com Augusto deixando João Paulo (o meia escolhido na noite) livre para ampliar. Dali em diante, tranquilidade para os 6.009 espectadores.
Em vantagem, o segundo tempo foi de imposição. O Santa finalizou com André, Barbio, João Paulo e Bueno, que transformou a vitória em goleada, em mais um chute de fora da área. Se havia a sensação de que o elenco do Santa é competitivo para buscar o acesso, faltando um treinador mais capacitado, com Giva esse ajuste pode chegar. Sem soluções mirabolantes, focando na confiança. Após cair do 4º para o 12º lugar, ficando a cinco pontos da zona de classificação, o tricolor se reapresenta para a disputa…
Comparando a última formação de Adriano Teixeira e a primeira sob o comando de Givanildo Oliveira, foram duas mudanças efetivas no Santa Cruz.
À parte da ausência do meia Thiago Primão, vetado pelo departamento médico, assim como Léo Lima, com João Paulo ganhando a chance no setor, as outras trocas ocorreram mesmo por opção tática/técnica, na lateral direita (Valles por Nininho) e na ponta direita (Barbio por André Luís).
Após a derrota para o Oeste, foram apenas três treinos visando o Brasil de Pelotas, na Arena Pernambuco. E Giva não mexeu na estrutura (4-2-3-1), com a defesa reforçada (e Jaime no lugar de Anderson Salles, que sem acertar a bola parada acabou perdendo espaço), dois volantes (Derley com mais liberdade), um apoiador, dois pontas e um centroavante. Ou seja, um time compacto buscando o ataque com amplitude, com dois atacantes leves.
É o feijão com arroz do experiente Givanildo, de 68 anos, cujo trabalho segue no diálogo, com a mudança de postura da equipe na Série B. A conferir.
Tricolor, o que você achou? Deveria haver alguma outra mudança na equipe?
A vitória por 2 x 0 é, historicamente, uma boa vantagem em mata-matas com a regra do gol qualificado. Por isso, o Sport irá à Sarandí numa condição favorável para confirmar a vaga às oitavas de final da Copa Sul-Americana, onde chegou em 2013 e 2015. À parte do resultado consolidado, portanto, fica a ressalva sobre score modesto pelo jogo visto na Ilha do Retiro. Usando quase a força máxima no torneio – poupando apenas Ronaldo Alves e desconsiderando Osvaldo, que não pôde ser inscrito -, o leão chegou com extrema facilidade ao campo ofensivo, tamanha a fragilidade técnica e tática do Arsenal, esfacelado após o fim da temporada 2016/2017 na Argentina.
Marcando mal, com até quatro jogadores cercando um leonino – deixando buracos enormes no restante do campo -, os hermanos acabaram aliviados devido aos erros no “último passe” do Sport. Explorando a ponta direita, Everton Felipe levou pânico à zaga argentina, ganhando no drible, na velocidade. Se Diego Souza puxou a cadência desta vez, sobretudo quando ficou adiantado, Everton fez grande partida, sendo parado apenas no sarrafo. Não por acaso, três marcadores receberam amarelo após faltas violentas nele – com bastante complacência do árbitro boliviano. Após cruzamentos na linha de fundo, rasteiros e por cima, as finalizações não se equipararam ao volume no setor. O primeiro tempo em branco, sob aplausos, já era injusto.
No segundo tempo, com o gás do retraído Arsenal acabando, a troca de passes do Sport enfim deu resultado. Duas vezes com André. Na primeira, um gol feioso, embora o mantra de Dadá Maravilha seja verdadeiro. Na segunda, ótima linha de passes entre EF e Mena, vindo da Copa das Confederações. Cruzamento na medida e testada sem chances. Neste lance, vale a observação de que o chileno acabara de entrar no lugar do atacante Rogério, que não foi bem, sem encaixe coletivo e com erros nas finalizações. Com Sander/Mena, o lado esquerdo melhorou. E a vantagem foi ampliada.
Saindo para o jogo depois disso, o Arsenal até chegou perto de diminuir, com Magrão fazendo uma grande defesa. À parte disso, apenas bolas aéreas, com Durval soberano. Enquanto isso, o Sport ia desperdiçando contragolpes, dois deles excelentes – e que merecem cobrança. Sobre o Arsenal, foi muito pouco para um time que passou com duas vitórias na fase anterior, agregando 8 x 1 sobre o Juan Aurich, do Peru. Até a volta, terá 21 dias para tentar se qualificar. Até lá também espera-se que o Sport siga evoluindo. Hoje, soma quatro vitórias seguidas, sem sofrer gols. Na Argentina, esse desempenho será determinante para uma possível classificação. Pela ida, encaminhou.
Cotas do Sport na Copa Sul-Americana 1ª fase – US$ 250 mil (vs Danubio-URU) 2ª fase – US$ 300 mil (vs Arsenal-ARG) Oitavas – US$ 375 mil?
O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) de Pernambuco irá julgar o pedido de impugnação da final do Campeonato Pernambucano de 2017, numa petição impetrada pelo goleiro Luciano, reserva do Salgueiro. Saiba mais aqui.
A princípio, não significa uma mudança efetiva no título conquistado pelo Sport, mas basicamente o regimento normal do tribunal. De toda forma, entramos em mais uma discussão sobre “erro de fato” e “erro de direito” no futebol, um vez que o artigo 84 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o CBJD, prevê a anulação (em qualquer fase) em caso de erros de direito.
Sobre a diferença dos erros, alguns exemplos:
Erro de fato Interpretação equivocada dos lances, não das regras. Exemplos: não enxergar um impedimento ou se a bola entrou ou não no gol, em lances ajustados.
Erro de direito Ir de encontro às regras do jogo, como não enxergar um time com 12 jogadores em campo, quatro substituições de um mesmo time, três cartões amarelos para um mesmo atleta etc.
A ação sertaneja sobre a anulação é baseada no livro de regras da CBF, que determina que o assistente esteja alinhado “atrás da bandeira do escanteio, no prolongamento ideal da linha de meta”. O auxiliar Marcelo Van Gasse não estava nesse posicionamento no Cornélio. Contudo, o “alinhamento” também pode ser subjetivo, a partir do melhor ângulo do assistente.
Sobre a decisão de um tribunal acerca de um resultado, esta é a segunda vez que isso ocorre no Estadual, dez anos depois. Em 18 março de 2007, o Central venceu o Vera Cruz por 2 x 1. Porém, o visitante chegou a empatar, através de Rivelino. No chute aos 39/2T, de fora da área, a bola furou a rede. E o árbitro Wilson Souza não viu! Deu tiro de meta. Então, o clube de Vitória de Santo Antão entrou com uma ação alegando erro de direito. E ganhou em primeira instância. Em 4 de abril, no TJD, teve 4 x 2 a favor, mudando o jogo para 2 x 2. Ocorre que a patativa recorreu e o caso chegou ao STJD, onde a decisão anterior caiu por unanimidade – com isso, o Central acabou sendo vice-campeão pernambucano, assegurando vaga na Copa do Brasil de 2008. Na decisão superior, o seguinte texto:
“Por unanimidade de votos, rejeitada preliminar de intempestividade (com a ressalva do Dr. Auditor Paulo Valed Perry , que existe nos autos, prova do requerimento tempestivo da lavratura do acórdão), para no mérito, dar-lhe integral provimento, declarando improcedente a impugnação de partida , mantendo o resultado obtido em campo entre as equipes: Central Sport Club x Vera Cruz Futebol Club.”
Neste novo caso local não seria alteração do placar, mas a anulação completa do jogo. Além da questão sobre o posicionamento do assistente, pesa a definição se a bola saiu ou não após a cobrança de escanteio. É preciso ter certeza, pois trata-se de um lance objetivo – mesmo com a utilização, em tese no país, do árbitro de vídeo. Por sinal, após a final no Cornélio de Barros, o blog foi contatado pela FPF, que também ouviu outros três jornalistas. Em todos os casos foram feitas duas perguntas, anexadas ao relatório sobre o árbitro de vídeo, encaminhado à Fifa. Reproduzo o meu caso:
1) Com o recurso das imagens da transmissão (ângulos distintos e replay), você diria que a bola saiu? Acho que a bola não saiu.
2) Com as imagens exibidas sobre o lance, você cravaria que a bola não saiu? Não, não cravo.
A incerteza se estendeu aos demais.
Portanto, embora considere que o Salgueiro (ou Luciano) tenha o direito de buscar os seus direitos na justiça desportiva, o êxito neste caso é improvável. No TJD e sobretudo no STJD, pouco afeito a jurisprudências do tipo.