Retificação na regra abre a possibilidade de divisão do Troféu Givanildo Oliveira

Troféu Givanildo Oliveira, em homenagem ao centenário do Clássico das Multidões. Crédito: FPF/divulgação

O Troféu Givanildo Oliveira, a simbólica disputa entre Sport e Santa Cruz em homenagem ao centenário do clássico, foi oficializado pela FPF em 19 de fevereiro. Na ocasião, o regulamento apontava a possibilidade de a própria entidade ficar com a taça, em caso de empate na pontuação somando todos os confrontos em 2016. Com a disputa já na reta final, a direção da federação resolveu fazer uma alteração, abrindo mão dessa possibilidade. Ou seja, a partir de agora, igualdade na tabela (não há saldo) resultará na divisão do troféu.

A retificação no “campeonato paralelo” lembra o centenário de Náutico x Sport, em 2009. Na época, o troféu, também ofertado pela FPF, foi disputado em apenas um jogo, no dia seguinte ao centésimo aniversário do Clássico dos Clássicos. Com o 3 x 3, pelo Brasileirão, cada clube ganhou uma peça, idêntica. Voltando ao presente, a entrega da taça ficou para o último Clássico das Multidões, no returno da Série A, na Ilha. E com a devida a presença de Givanildo Oliveira, o maior campeão pernambucano da história, com 16 faixas como jogador e técnico, sendo nove pela Cobra Coral e sete pelo Leão. 

Em 2017 será a vez do centenário do Clássico das Emoções, com a FPF já articulada para repetir a homenagem, nos moldes desta temporada.

Confira a situação do Troféu Givanildo Oliveira…

Jogos disputados em 2016
21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (Estadual, Ilha)
10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual, Arruda)
04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (Estadual, Arruda)
08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (Estadual, Ilha)
01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (Série A, Arruda)
24/08 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (Sul-Americana, Arena)

Jogos a disputar
31/08 – Sport x Santa Cruz (Sul-Americana, Arena)
11/09 – Sport x Santa Cruz (Série A, Ilha)

Classificação após 6 clássicos
9 pontos – Sport
6 pontos – Santa Cruz

Para dar Sport
Em vantagem, com uma vitória a mais, o time rubro-negro precisa de uma vitória em dois jogos ou dois empates. Ambos os clássicos têm mando leonino.

Para dar Santa
O tricolor só tem uma alternativa para ter a taça de forma exclusiva: vencendo os dois jogos. Em seis clássicos na temporada, venceu apenas uma vez.

Para dividir o título
A pontuação final precisa ser, necessariamente, 10 x 10. Assim, precisa ocorrer um empate e uma vitória coral. Um segundo troféu seria confeccionado.

Classificação da Série A 2016 – 22ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 22 rodadas. Crédito: Superesportes

A briga contra o descenso já chegou à clássica margem de 45 pontos para escapar. Tudo por causa das vitórias de Cruzeiro, Vitória e Figueirense e dos empates de Sport, Coritiba e Internacional. Ou seja, a turma lá de baixo pontuou na 21ª rodada, forçando o ponte de corte. No cenário local, o fim de semana teve o 1 x 1 do Leão na Arena e o revés do Santa no Mineirão. Há algumas semanas o blog vem projetando dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje).

O segundo cálculo deveria considerar a campanha do 16º lugar, mas a tabela tem dois jogos a menos, envolvendo clubes na briga contra o descenso – Flu x Figueira (03/09) e Botafogo x Grêmio (04/09). Por isso, o blog utilizou o 16º aproveitamento, no caso, o do Coritiba (39,3%). Ao final de 38 rodadas, esse índice (arredondado para cima) resultaria nos supracitados 45 pontos – três pontas a mais que a rodada passada. Veja o que é preciso no Brasileirão…

Sport – soma 27 pontos em 22 jogos (40,9%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 19 pontos em 16 rodadas
…ou 39,5% de aproveitamento
Simulações: 6v-1e-9d, 5v-4e-7d, 4v-7e-5d

Para chegar a 45 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 18 pontos em 16 rodadas
…ou 37,5% de aproveitamento
Simulações: 6v-0e-10d, 5v-3e-8d, 4v-6e-6d 

Santa Cruz – soma 19 pontos em 22 jogos (28,7%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 27 pontos em 16 rodadas
…ou 56,2% de aproveitamento
Simulações: 9v-0e-7d, 8v-3e-5d, 7v-6e-3d

Para chegar a 45 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 26 pontos em 16 rodadas
…ou 54,1% de aproveitamento
Simulações: 8v-2e-6d, 7v-5e-4d, 6v-8e-2d

A 23ª rodada dos representantes pernambucanos 

07/09 (16h00) – Santa Cruz x Chapecoense (Arruda)
Histórico no Recife na elite: nenhum confronto

08/09 (19h30) – Corinthians x Sport (Itaquerão)
Histórico em SP na elite: 3 vitórias leoninas, 4 empates e 5 derrotas

Copa do Nordeste 2017, a primeira edição com 100% de alcance na tv por assinatura

Comunicado da Sky sobre a inclusão do Esporte Interativo na grade

A Copa do Nordeste voltou ao calendário oficial da CBF em 2013, após um acordo judicial entre a Liga do Nordeste e a entidade. Entretanto, a exibição da competição sempre foi restrita na televisão por assinatura, um dos principais meios de consumo de futebol. Isso porque o canal detentor dos direitos de transmissão, o Esporte Interativo, não estava inserido nas principais operadoras, Net, Claro e Sky. Em 2017, enfim a cobertura será completa, com a Lampions à disposição na grade com três ou até quatro jogos ao vivo por rodada.

Inicialmente, o alcance do torneio era de 3.633.059 domicílios, ou 18,7% do mercado, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Pouco. A situação só começou a mudar quando o EI foi adquirido pelo grupo americano Turner Broadcasting System, comprando em seguida os direitos de exibição da Champions League, exclusiva por três temporadas. Net e Claro cederam em dezembro de 2015, com o aumento imediato de 10 milhões de lares. Não por acaso, a audiência do regional de 2016 foi 30% maior em relação a 2015, chegando a 16,8 milhões de pessoas. As finais entre Santa Cruz e Campinense, no Arruda e no Amigão, foram vistas por 4,2 milhões de telespectadores.

Isolada, em termos de transmissão da Liga dos Campeões da Uefa, a Sky ainda via a ascensão da Netflix, concorrente no conteúdo a la carte, e a retração de assinaturas em um ano, de 19,3 mi para 18,9 milhões. Assim, a empresa acabou chegando a um acordo com o Esporte Interativo, num comunicado silencioso, via e-mail aos assinantes. Em quatro linhas, o prazo para o início dos dois canais, 29 de setembro, e o incremento, com Champions e Nordestão. Em tempo: os direitos de transmissão do regional estão negociados até 2022.

Alcance do Nordestão na tevê paga
2013 – 18,7% (3,6 milhões de assinaturas)
2014 – 18,7% (3,6 milhões)
2015 – 18,7% (3,6 milhões)
2016 – 70,9% (13,7 milhões)
2017 – 100% (18,9 milhões*)

Assinantes de tevê paga (18.909.693*)
11.693.001 – Sudeste
2.857.939 – Sul
2.211.921 – Nordeste
1.348.080 – Centro-Oeste
798.752 – Norte
* Dado da Anatel sobre todas operadoras, de junho de 2016

Participações pernambucanas no Nordestão**
2013 – Santa (6º), Sport (7º) e Salgueiro (13º)
2014 – Sport (campeão), Santa (4º) e Náutico (11º)
2015 – Sport (4º), Salgueiro (7º) e Náutico (9º)
2016 – Santa (campeão), Sport (4º) e Salgueiro (6º)
2017 – Náutico, Santa e Sport
** Após a volta oficial do regional

Brasileirão licenciado no Pro Evolution Soccer 2017, com Santa Cruz e Sport

Game "Pro Evolution Soccer 2017". Crédito: PES Brasil/twitter (@PES_Brasil)

O Campeonato Brasileiro foi licenciado no game Pro Evolution Soccer. Após oito anos assinando contratos apenas com os clubes, individualmente, a produtora Konami firmou um acordo de duas temporadas com a própria CBF, para usufruir também da chancela da competição, com vinte clubes, além do troféu, bola oficial e tabela (no PES 2017 e PES 2018). Pelo trailer oficial, exclusivo sobre a Série A, ao menos seis estádios foram digitalizados: Mineirão, Arena Corinthians, Morumbi, Beira-Rio, Maracanã e Vila Belmiro.

A composição do campeonato nacional no game é a de 2016. Ou seja, com Santa Cruz e Sport. Essa é a primeira vez que o tricolor figura oficialmente no game – inclusive com o presidente Alírio Moraes presente no lançamento no Rio, na sede da CBF -, enquanto o rubro-negro vai para a quinta participação consecutiva. O Náutico também já fez parte, entre 2013 e 2015. Com o licenciamento, uniformes (titulares e reservas), distintivos, nomes de jogadores (Grafite, Diego Souza, João Paulo, Rithely etc) e patrocinadores serão replicados no PES. Alguns jogadores também devem ter caracterizações em 3D, como ocorre com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, por exemplo.

Entre as ideias para o novo jogo, até mesmo uma “preliminar” das partidas reais com o game simulado nos telões dos estádios. No anúncio da parceria CBF/Konami, a direção da confederação já adiantou o interesse de licenciar outros torneios nacionais, como a Série B e a Copa do Brasil. Com o mata-mata nacional seria preciso reproduzir 86 times! Incluindo quatro pernambucanos…

Obs. A narração brasileira será de Milton Leite, substituindo Sílvio Luiz.

Podcast – Análise da vitória do Náutico, empate do Sport e derrota do Santa Cruz

O 45 minutos analisou as apresentações dos grandes clubes pernambucanos no fim de semana, coletiva e individualmente. Começamos com a vitória alvirrubra em Goiânia, reaproximando o clube do G4 da Série B. Pela elite, Santa e Sport abriram e encerraram o domingo, respectivamente. Em BH, pela manhã, os corais chegaram a sete rodadas sem vitória. Na Arena, à noite, dando sequência ao acordo com o governo do estado os leoninos suaram bastante buscar o empate, diante de um time que não vence (agora) há 14 jogos.

Ao todo, somando as três gravações, 90 minutos de podcast… Ouça!

27/08 – Vila Nova 0 x 2 Náutico (34 min)

28/08 – Cruzeiro 2 x 0 Santa Cruz (28 min)

28/08 – Sport 1 x 1 Internacional (28 min)

Com gol improvável de Vinícius Araújo, Sport empata no fim e deixa Inter no Z4

Série A 2016, 22ª rodada: Sport 1 x 1 Internacional. Foto: Peu Ricardo/DP

O Sport sem Diego Souza é um time extremamente previsível, com ataques apressados, gerando contragolpes na mesma intensidade. Quando resolve sair com um pouco mais de calma, a bola roda pelos zagueiros e pelos volantes, até alguma tentativa de bola enfiada por alguém do quarteto. Gabriel Xavier, que poderia exercer o papel, acaba quase sempre jogando mais à frente, nas pontas. Contra o Inter não foi diferente. Havia a expectativa pelo retorno do camisa 87, mas ele acabou ficando de fora mais uma vez. Rogério, contundido no clássico, também foi um desfalque. Dos mais importantes, pois trama velocidade e habilidade com mais eficiência que os companheiros de ataque. As ausências aumentaram a desconfiança dos sete mil espectadores na arena.

Diante de um time em crise, o Leão tinha a possibilidade de explorar a pressão proporcionada pelo longo jejum de vitórias (agora de 14 partidas). Os papéis foram invertidos em um pênalti bem questionável a favor dos gaúchos, convertido por Seijas. Nove minutos e um time completamente atrás da linha da bola. Com Celso Roth na área técnica, não havia qualquer surpresa. Tampouco a catimba, com um cai-cai sem fim. O preciosismo do árbitros (vamos dizer assim) também atrapalhou. Era sinalização de cobrança de falta com a bola rolando, lateral no lugar errado. Tudo de um lado, travando o jogo.

Mal em campo, o Sport ao menos batalhou. Correu e chegou ao empate, 1 x 1, aos 44 do segundo tempo, com Vinícius Araújo, vaiado ao ser anunciado como solução na última substituição. Antes de mandar para as redes, perdera uma chance incrível, mas enfim acertou a sua primeira finalização na barra neste Brasileirão – acredite. Valeu um ponto ao Sport e manteve o Colorado em baixa, sobretudo agora, no Z4. Agora, para voltar jogar de forma consistente e com a expectativa de uma pontuação melhor, a volta de DS87 ao leão é indispensável.

Série A 2016, 22ª rodada: Sport 1 x 1 Internacional. Foto: Peu Ricardo/DP

Num Mineirão lotado, o Santa perde a 13ª partida no Brasileiro. Segue afundando

Série A 2016, 22ª rodada: Cruzeiro x Santa Cruz. Foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press

O Santa Cruz chegou a sete partidas sem vitória no Brasileiro, se firmando na penúltima posição. Num Mineirão com 49 mil pessoas, a atuação no primeiro tempo até sugeriu um bom resultado. O time pernambucano controlou o jogo, errou poucos passes (90,5% de eficiência, via Footstats) e se arriscou no ataque. Teve duas chances, com Grafite, em jejum, e Léo Moura, que acertou o travessão, com a bola caprichosamente quicando pouco à frente da linha.

Na volta do intervalo, com o sol do meio-dia, o tricolor teve nem tempo de impor seu ritmo, com o Cruzeiro definindo antes dos dez minutos. Num corte de cabeça de Luan Peres, para frente, Robinho dominou e mandou de longe. A bola bateu na trave e entrou. Quanto ao corte do zagueiro, trata-se mais de uma descrição do que falha, pois a finalização foi de rara felicidade. Na sequência, aí sim uma desatenção, com os mineiros cobrando rapidamente um lateral, próximo ao meio-campo. Segundos depois, dois contra um na área, com Danny Morais sem muito o que fazer. A bola sobrou limpa para Ábila fazer 2 x 0.

A partir daí, até o mais fiel tricolor baixou a guarda. O time já não concatenava mais jogadas – Keno, o principal escape, não produziu nada, e Grafite esteve sempre marcado -, tendo ainda que se preocupar com a possibilidade de uma goleada. Ficou nisso. Na volta ao Recife, antes da breve parada para os dois jogos da Seleção nas Eliminatórias da Copa, o Santa Cruz terá o decisivo clássico contra o Sport, valendo vaga nas oitavas da Sula. Com o empate sem gols na ida, chega em boas condições. A classificação, e a consequente viagem ao exterior, talvez seja a mudança de foco que o time tanto precisa atualmente…

Série A 2016, 22ª rodada: Cruzeiro x Santa Cruz. Foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press

A 21ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 21 rodadas. Crédito: Superesportes

A reação em Goiânia, com a vitória do Náutico sobre o Vila Nova, voltou a colocar o time pernambucano na disputa real pelo G4, ou seja, ficando a uma rodada de ingressar no grupo de acesso. Apesar dos três pontos em relação ao CRB, a maior surpresa da Série B até o momento, o Timbu ainda precisa ultrapassar outros dois adversários, o Brasil de Pelotas (também surpreendente) e o Bahia (aos trancos e barrancos, recuperou o fôlego, justificando o pesado investimento). Segue no bolo e se reforçando, acima da média da competição.

As dez maiores probabilidades de acesso após 21 rodadas… 

UFMG
85,8% – Vasco
69,6% – Atlético-GO
55,4% – Ceará
37,6% – CRB
29,9% – Brasil
25,6% – Bahia
21,7% – Londrina
21,0% – Náutico
15,1% – Oeste
9,7% – Paysandu 

Chance de Gol
98,6% – Vasco
69,5% – Atlético-GO
51,2% – Ceará
47,3% – CRB
46,9% – Náutico
37,5% – Bahia
15,6% – Brasil
13,7% – Londrina
6,5% – Criciúma
4,2% – Paysandu

No G4, hoje: um carioca, um goiano, um cearense e um alagoano.

A 22ª rodada do representante pernambucano
30/08 (20h30) – Náutico x Londrina (Arena Pernambuco)

Em Goiânia, o Náutico volta a vencer como visitante e fica a 3 pontos do G4

Série B 2016, 21ª rodada: Vila Nova 0 x 2 Náutico. Foto: André Costa/Estadão conteúdo

Em sua terceira visita à Goiânia na Série B, enfim uma atuação convincente do Náutico. Sem sonolência, sem seguidos erros defensivos. Que os jogos contra Atlético e Goiás (duas derrotas e sete gols sofridos) tenham mesmo ficado no passado, pois o 2 x 0 sobre o Vila Nova mostrou uma equipe com ímpeto, regular. A vitória como visitante, a segunda na competição, tende a reanimar a campanha. Num ensolarado sábado, com o termômetro marcando 32 graus, o primeiro tempo foi amarrado. Sem tanta criação e com algumas jogadas ríspidas. Coincidência ou não, com a sombra na retomada as jogadas tornaram-se mais verticalizadas, com o alvirrubro pernambucano se portando melhor.

Após uma chance para cada lado, o Timbu abriu o placar com Jefferson Nem, concluindo uma jogada de linha de fundo de Rony. Logo depois, o meia Vinícius, recém-contratado, fez a sua estreia. E teve participação direta no segundo gol, tocando para o outro meia, Hugo, de volta à equipe e atuando mais avançado. O camisa 10 recebeu na meia lua e bateu com convicção, no cantinho. A boa vantagem, antes dos vinte minutos, tranquilizou a situação para o Náutico, com o adversário quase sempre em impedimento e a torcida local focando apenas o técnico do Vila, o ex-centroavante Guilherme. Lembrando que a partida ocorreu no estádio Onésio Brasileira Alvarenga, com o alambrado colado no campo.

Nessa pressão interna, o Náutico saiu de fininho com os três pontos, voltando a reduzir a distância para o G4, agora de três pontos – pois é, o tropeço há uma semana, na arena, custou, hoje, o lugar entre os primeiros. Com a inversão de resultados nessas duas rodadas do returno (derrota em casa e vitória fora), o Náutico reinicia o processo contra o Londrina, em São Lourenço, terça-feira. Mais uma chance num campeonato repleto de oportunidades.

Série B 2016, 21ª rodada: Vila Nova 0 x 2 Náutico. Foto: Arlos Costa/Futura Press/Estadão conteúdo

Copa América aberta a todos os latinos, com Portugal, Espanha, França, Itália…

Mapa da União Latina (países amarelos)

Em 45 edições, ao longo de um século de história, 18 países já participaram da Copa América. Nem todos sul-americanos, no berço do torneio. Além dos dez filiados à Conmebol, também disputaram sete membros da Concacaf, representando as Américas Central e do Norte, e um da AFC, a confederação asiática. Pois é, o Japão jogou nas canchas sudacas em 1999. Portanto, há precedentes para convites. Daí, a compreensão da declaração do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, no primeiro balanço de sua gestão. Embalado pelos números da edição especial centenária, nos Estados Unidos, com público médio de 46.432 e alcance de 1,5 bilhão de telespectadores acumulados, o dirigente enxerga a participação de países europeus.

“Eu não me limito a pensar da Copa de uma América só com a Concacaf . Sonho, por que não, com uma Copa América com os países latinos como a França, Itália, Espanha , Portugal. Poderíamos fazer um copa distinta.”

Naturalmente, Dominguez citou as seleções mais tradicionais. No entanto, a ideia “latina” ampliaria bastante as possibilidades. Na União Latina, criada em 1954 e sediada em Paris, existem 36 países membros (imagens do post), além de observadores como Argentina e México, já inseridos no contexto da Copa América. Todos possuem línguas (castelhano, francês, italiano, português, romeno e catalão) e/ou culturas de origem latina, a condição básica de adesão. Especificamente entre as opções citadas pelo mandatário, qual seria a mais atrativa para o torneio? A próxima edição será no Brasil. Até segunda ordem, deve seguir o modelo regular, de 2015, com doze países…

Próximas edições da Copa América
2019 – Brasil
2023 – Equador
2027 – Uruguai (a confirmar)
2031 – Bolívia (a confirmar)

Membros da União Latina