Classificação da Série A 2016 – 23ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 23 rodadas. Crédito: Superesportes

A 23ª rodada deixou os clubes pernambucanos numa situação crítica. No Recife, o Santa Cruz cedeu o empate à Chapecoense, se mantendo a sete pontos da saída da zona de rebaixamento do Brasileirão. Em São Paulo, o Sport foi goleado pelo Corinthians, ficando por um triz. Hoje, o Leão tem a mesma pontuação do Figueirense, fora do Z4 apenas pelo número de vitórias (7 x 6). A atualização da classificação enfim mostra uma tabela completa, após a realização dos jogos atrasados no Rio (Botafogo 2 x 1 Grêmio e Flu 3 x 2 Figueira). Com isso, as projeções sobre as campanhas ficam mais confiáveis.

A cada rodada, o blog vem projetando dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo cálculo considera a campanha do 16º lugar, hoje o próprio Leão. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado para cima, resultaria em 45 pontos. Veja o que é preciso para sobreviver…

Sport – soma 27 pontos em 23 jogos (39,1%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 19 pontos em 15 rodadas
…ou 42,2% de aproveitamento
Simulações: 6v-1e-8d, 5v-4e-6d, 4v-7e-4d

Para chegar a 45 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 18 pontos em 15 rodadas
…ou 40,0% de aproveitamento
Simulações: 6v-0e-9d, 5v-3e-7d, 4v-6e-5d 

Santa Cruz – soma 20 pontos em 23 jogos (28,9%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 26 pontos em 15 rodadas
…ou 57,7% de aproveitamento
Simulações: 8v-2e-5d, 7v-5e-3d, 6v-8e-1d

Para chegar a 45 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 25 pontos em 15 rodadas
…ou 55,5% de aproveitamento
Simulações: 8v-1e-6d, 7v-4e-4d, 6v-7e-2d

A 24ª rodada dos representantes pernambucanos 

11/09 (16h00) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) 

Histórico pela elite…

Na Ilha do Retiro: nenhuma vitória leonina, 1 vitória coral e 1 empate
Com mando do Sport* pela elite: 1 vitória leonina, 2 vitórias corais e 1 empate
* Dois jogos ocorreram no Arruda, em 1975 (Santa 3 x 1) e 1976 (Sport 1 x 0)

Em segundo tempo desastroso, Sport é goleado pelo Corinthians no Itaquerão

Série A 2016, 23ª rodada: Corinthians 3 x 0 Sport. Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão conteúdo

Um bom primeiro tempo do Sport, em branco, se transformou em goleada do Corinthians em apenas 16 minutos na segunda etapa. A Série A não perdoa oportunidades desperdiçadas, não perdoa desatenção. Ainda que o jogo na arena paulista fosse dos mais difíceis, os leoninos foram para o intervalo conscientes do bom papel até então. Exceção feita a Everton Felipe e Gabriel Xavier, o restante do time esteve muito bem, marcando a saída de jogo e tocando bem a bola, com Diego Souza sendo o melhor campo. Infelizmente, coube ao próprio DS87 perder a maior chance do time – e olhe que foram dez finalizações. Com a zaga alvinegra atrapalhada, pedindo impedimento (que não houve), Samuel Xavier cruzou e o meia, livre, cabeceou em cima de Cássio. Se não fez, ao menos também não passou sustos no primeiro tempo.

Na retomada, o Timão veio com uma mudança , o atacante Gustavo (recém-contratado, com 11 gols na Série B). A sua presença mudou o posicionamento à frente e o sistema defensivo do Sport não acompanhou. Não mesmo. Cirúrgico, o Corinthians fez duas jogadas pelo lado esquerdo da área leonina, com o ex-rubro-negro Marlone limpando com tranquilidade e cruzando para Rodriguinho e Léo Príncipe. Em ambos os lances havia mais rubro-negros que corintianos na área. Em ambos, buracos, com os paulistas concluindo sem sombra. Em oito minutos, 2 x 0 e o Sport já entregue. Psicologicamente seria mesmo difícil reagir após a luta no primeiro tempo e o baque num recorte tão curto.

No G4 e buscando reduzir a diferença para o líder (e rival) Palmeiras, o Corinthians continuou o seu jogo cadenciado e com um aproveitamento impressionante nas finalizações. Em uma cobrança de escanteio, o zagueiro Vílson acertou uma cabeçada daquelas, 3 x 0. Suspenso, Oswaldo não esteve na área técnica, mas as mudanças (ainda que prévias) passaram por seu crivo, naturalmente. Por isso, com o jogo já perdido foi difícil compreender a entrada de Rogério, voltando de lesão. No fim, até Edmílson ganhou chance. Claro, alimentou a sua cota de gols perdidos. Pois é, a volta de São Paulo com uma derrota seria até compreensível (fator casa – com o Corinthians invicto -, momento e elenco), mas a forma como o jogo se desenrolou (tática e tecnicamente) abala um time há cinco jogos sem vitória, entre Brasileiro e Sula. E agora com um clássico pela frente, com o Z4 por um triz…

Série A 2016, 23ª rodada: Corinthians 3 x 0 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Podcast – Givanildo no Náutico, política no Sport e aperto financeiro no Santa

As principais pautas da edição 269 do Podcast 45 minutos

Foram duas horas de debate no 45 minutos, analisando situações pontuais no Trio de Fero. Começamos com o assunto do dia, o acerto de Givanildo Oliveira com o Náutico, voltando a trabalhar na capital pernambucana após seis anos. Histórico, mudanças táticas e campanha necessária para o acesso. Na sequência, a repercussão dos áudios vazados (no whatsapp) de conselheiros do Sport criticando a atuação direção, numa relação com a eleição em dezembro, visando o biênio 2017/2018. Por fim, a avaliação do texto de Alírio Moraes, respondendo (no facebook) sobre a situação financeira do Santa, com receita de R$ 1,7 milhão/mês, via cota de tevê, e despesa de R$ 3 milhões.

Nesta 269ª edição, estou ao lado de Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Santa e Sport no modo carreira do Fifa 17

Clubes brasileiros confirmados no Fifa 17. Crédito: EA Sports/facebook

A espera foi longa, mas rubro-negros e tricolores estão de volta à franquia de futebol mais popular dos videogames, o Fifa Football. O Sport não era licenciado desde 2009, enquanto o Santa apareceu com nome, escudo e padrões originais pela última vez em 2008. Resolvendo pendengas burocráticas, os clubes assinaram com a produtora EA Sports, voltando no Fifa 17, a partir de 29 de setembro. A versão, disponível no Playstation 3 e 4 e no Xbox 360 e One, terá 650 clubes licenciados, 23 do Brasil. Na divisão do menu, o salto da dupla local.

América, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Botafogo, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Fluminense, Goiás, Grêmio, Inter, Joinville, Palmeiras, Ponte Preta, Santa Cruz, Santos, Sport, São Paulo, Vasco e Vitória. 

Presentes na “Liga Brasil”, composta por 18 participantes da Série A de 2016 (os outros cinco estão na opção “resto do mundo”), corais e leoninos serão jogáveis no modo carreira, no qual o player vai “evoluindo” o seu personagem (técnico/diretor) com resultados domésticos e continentais, exposição da marca, finanças, revelação de atletas etc. Como as duas direções conseguiram a autorização dos atletas, nomes como Diego Souza, Grafite, Magrão, Tiago Cardoso, Rithely e João Paulo devem aparecer no novo título da franquia. Já os uniformes (titulares e reservas) devem ser os modelos já divulgados no Fifa Mobile, a versão do jogo para smartphones e tablets (veja aqui).

Lembrando que Santa e Sport também estão no concorrente do Fifa, o Pro Evolution Soccer. No game produzido pela Konami, o Brasileirão foi licenciado.

Eis a evolução da participação dos clubes brasileiros no game neste século…

Clubes brasileiros no Fifa
2001 – 13 times
2002 – 13 times
2003 – 15 times
2004 – 16 times
2005 – 16 times
2006 – 16 times
2007 – 22 times (Santa Cruz)
2008 – 24 times (Náutico, Santa Cruz e Sport)
2009 – 26 times (Náutico e Sport)
2010 – 20 times (N. Recife* e S. Recife*)
2011 – 20 times
2012 – 20 times
2013 – 20 times (N. Recife* e S. Recife*)
2014 – 21 times (Náutico)
2015 – sem brasileiros
2016 – 16 times
2017 – 23 times (Santa Cruz e Sport)

*N. Recife e S. Recife, os genéricos de Náutico e Sport

O scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz na Sula

O vitória do Santa Cruz sobre o Sport, no segundo jogo da fase nacional da Copa Sul-Americana de 2016, garantiu a classificação coral às oitavas de final. Sem dúvida, foi uma partida mais disputada que a primeira, realizada uma semana antes, na mesma Arena Pernambuco. Sobre a partida, a Conmebol, através da DataFactory, divulgou um longo scout das duas equipes, melhorando a leitura da versão internacional do Clássico das Multidões. Números, posicionamento de arremates, faltas e roubadas de bola, mapa de calor e até as jogadas mais usadas por tricolores e rubro-negros. Vamos lá.

Para conferir o scout do jogo de ida, clique aqui.

Dados gerais com marcação leonina e efetividade coral
No jogo ida, apenas a quantidade de escanteios destoou entre os rivais, a favor do Santa. Desta vez, outros quesitos tiveram números bem distintos, com a troca de passes e as recuperações de bola, maiores do lado leonino. Apesar da marcação forte e da leve vantagem na posse, o Sport não soube o que fazer com a pelota nos pés, errando bastante. Como há uma semana, os corais buscaram mais, finalizaram mais. E conseguiram.

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Enfim, finalizações na área (e gol)
Somando os dois clássicos foram 30 finalizações, das quais apenas doze nas duas barras. Dessas, uma foi parar no fundo das redes de Magrão. Como mostra o gráfico, no segundo jogo ocorreram onze tentativas dentro da área. No duelo anterior, apenas duas! Por sinal, a diferença de chutes nos dois jogos, 18 x 12, mostra que a volta foi, sim, melhor. Nem precisava muito, na verdade.

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

1 falta a cada 2min34
Em um jogo mais disputado, o número de faltas também aumentou, de 30 para 35. Ao contrário da partida anterior, com scout igualado, neste os leoninos cometeram mais infrações, num jogo com pouca bola rolando. A concentração de faltas no meio, tanto dos leoninos quanto dos corais, é um dos motivos para pouca eficiência dos meias Diego Souza, Pisano e João Paulo, este mais recuado. Nos 180 minutos, Matheus Ferraz foi o mais faltoso, com 9 (amarelo na ida). Apesar do quadro, o trabalho do árbitro peruano Diego Haro repetiu o (bom) nível do chileno Julio Bascuñán. Ambos da Fifa.

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Leão recuperando mais bolas e corais marcando à frente
A quantidade de bolas recuperadas pelo Sport impressiona: 30. No jogo anterior, onde também liderou a estatística, foram 13. Rithely, apagado há uma semana, foi o maior ladrão de bolas. Porém, com a bola dominada, o jogo rubro-negro não andou. No lado coral, Uillian Correia aliou a recuperação à saída de jogo, sendo um dos principais nomes da partida. Por sinal, o bote do camisa 5 foi quase sempre certeiro, sem falta. Outro destaque coral vai para a marcação adiantada, com muitas bolas já na entrada da área rival. Não por acaso, saiu assim o gol, num desarme em Serginho.

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Sport com troca de passes na defesa e DS isolado
A primeira mudança do clássico ocorreu logo aos sete minutos, com Durval no lugar de Ronaldo Alves, lesionado. E o zagueiro, de volta após algumas semanas, foi o jogador com mais passes no Leão, defensivos e ofensivos, incluindo lançamentos. Segundo o scout, a linha de passe mais recorrente foi Durval/Mark e Rithely/Mark. O chileno, que no jogo passado, pelo Brasileiro, correu 11 quilômetros, voltou a se movimentar, mas sem resultados. Já Diego Souza, o camisa 30 neste torneio, especificamente, pouco fez, isolado. Em relação à ocupação do campo, o mapa de calor aponta justamente a área dos dois volantes, em outro indicativo que a saída de jogo esteve travada na arena.

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Linha de passe no Santa em quatro frentes com Léo Moura
Conforme já dito, Uillian Correia teve um papel importante no jogo e na vitória. Foi o jogador com mais passes em toda a partida, 44. Só errou quatro toques, gerando um aproveitamento de 90,9% de acerto. Apesar da atuação discreta, na visão do blog, Léo Moura aparece com quatro linhas de passe no jogo, três defensivas (Danny Morais, Derley e Uillian) e uma ofensiva, com João Paulo. No posicionamento dos atletas, impressiona a distância de Grafite em relação aos companheiros. Ainda assim, nas poucas bolas que recebeu, conseguiu finalizar três vezes – uma delas, num incrível gol perdido. No mapa de calor, o corredor parece claro, com a sequência Léo-Derley-Pisano. 

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Scout de Sport 0 x 1 Santa Cruz, pela Copa Sul-Americana 2016. Crédito: Conmebol/DataFactory

Santa elimina o Sport na Sula, garante viagem internacional e R$ 1,2 milhão

Sul-Americana, 2ª fase: Sport 0 x 1 Santa Cruz. Foto: Conmebol/site oficial

O confronto se aproximava para os pênaltis. Dos 180 minutos programados, tricolores e rubro-negros já tinham jogado 172, em branco. Um primeiro jogo fraco e uma segunda partida mais disputada, com chances de gol (Edmílson e Grafite) e alguma dose de emoção, o que se esperava para um clássico tão importante, o primeiro num torneio internacional. A marcação do Santa na saída de bola do Sport, num duelo repleto de erros, de ambos os lados, era uma tática inteligente. Sobretudo tendo do outro lado o volante Serginho, contumaz. Ao receber a bola, o camisa 8 foi desarmado, num contragolpe evoluindo com Keno e sua jogada característica pela esquerda. Entrou na área, cortou e bateu no cantinho. Magrão espalmou, mas a bola sobrou limpa para Bruno Moraes.

O centroavante não havia sido nem relacionado nos jogos anteriores. Na arena, entrara no lugar de Grafite, machucado. E aproveitou bem demais a chance, empurrando a bola para as redes e correndo para a torcida, presente na ala sul. Santa Cruz 1 x 0, “eliminando o Leão” mais uma vez, no bordão que o povão não para de cantar. Em sua primeira participação na Copa Sul-Americana, o campeão nordestino já avança às oitavas, garantindo a primeira viagem oficial ao exterior. Colômbia e Paraguai como destinos possíveis, com Medellín sendo o destino mais provável após o 3 x 0 do Independiente no jogo de ida contra o Sportivo Luqueño. A definição do confronto será apenas em 15 de setembro.

Sul-Americana, 2ª fase: Sport 0 x 1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Até lá, a torcida coral tem mais é que curtir a já histórica classificação e o status de único nordestino ainda presente no torneio. Sem contar o contexto óbvio que uma vitória traz a qualquer time, sobretudo a quem estava em falta. Ou seja, o benefício pode se estender à própria campanha no Brasileiro, onde precisa (bastante) ter a mesma disposição do clássico, com jogadores se cobrando em campo o tempo todo. Por fim, no viés do vencedor, o lado financeiro da vaga obtida. Além da cota inicial de 300 mil dólares (R$ 967 mil), o clube assegurou mais uma cota, agora de US$ 375 mil (R$ 1,2 milhão). Nada mal.

No Sport, nem a presença de Diego Souza resultou num futebol realmente competitivo. A eliminação diante do rival é um duro golpe na programação do clube, pois o presidente leonino havia apontado a Sul-Americana como prioridade na temporada, a ponto de sair da Copa do Brasil ainda na primeira fase, diante do modestíssimo Aparecidense. Na copa nacional, abriu mão de R$ 1 milhão. Na internacional, perdeu ainda mais. E se no rubro-negro há quem ache, hoje, que a eliminação não possa influenciar no rendimento na Série A, que mude de canal quando o Santa aparecer novamente em ação na Sula…

Sul-Americana, 2ª fase: Sport 0 x 1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Santa Cruz e Sport no game Fifa Mobile

Game Fifa 17, na versão mobile

Presentes no Brasileirão de 2016, Santa Cruz e Sport firmaram acordos com a EA Sports para fazer parte do game Fifa 17. Com a demora na confirmação dos clubes brasileiros, cresceu a dúvida sobre a presença. Por caminhos paralelos, os rivais das multidões podem ter assegurado a presença. O site Arte Virtual testou a versão beta do game Fifa Mobile, a versão para smartphones e tablets, com gráficos e jogabilidade inferiores às versões produzidas para Playstation 4 e Xbox One, naturalmente. Na lista de clubes, é possível escolher até 23 do Brasil, sendo 18 da Série A e 5 da Série B. Corais e leoninos estão lá. A lista mobile costuma ser a mesma da versão para videogames.

No caso de tricolores e rubro-negros pernambucanos, além do escudo é possível ver os uniformes, dois para cada (abaixo). No Santa, os padrões da Penalty utilizados desde janeiro. No Sport, os modelos mais recentes da Adidas, incluindo a camisa preta como reserva. Flamengo e Corinthians, que assinaram com exclusividade com a Konami, a produtora do Pro Evolution Soccer, são as principais ausências. Além da “Liga Brasil” (o licenciamento do Brasileirão, via CBF, ficou com o PES), o game terá mais 29 ligas nacionais. Ao todo, 650 clubes e 17 mil jogadores. O jogo de 100 megas é gratuito, mas com compras dentro do aplicativo. Compatível com Android, iOS e Windows 10.

Clubes brasileiros no Fifa Mobile: América, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Botafogo, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Fluminense, Goiás, Grêmio, Inter, Joinville, Palmeiras, Ponte Preta, Santa Cruz, Santos, Sport, São Paulo, Vasco e Vitória. 

Saiba mais sobre o Fifa Mobile clicando aqui.

Uniformes do Santa Cruz no game mobile Fifa 17

Uniformes do Sport no game mobile Fifa 17

As marcas de Santa Cruz, Náutico e Sport valem R$ 175,1 milhões no mercado

Poder econômico de Santa Cruz, Náutico e Sport. Arte: DP

As centenárias marcas do Trio de Ferro valem R$ 175,1 milhões.

Essa avaliação anual, feita pela 7ª vez pela consultoria BDO RCS Auditores Independentes, estimou valores absolutos de 34 clubes brasileiros em 2016. O cálculo conta com 21 variáveis em três frentes: dados financeiros (marketing, estádio, sócios e mídia, à parte das transferências de atletas), torcida (tamanho, faixa etária, nível de renda e distribuição geográfica) e mercado local (informações econômicas e sociais sobre a região em que os clubes atuam).

A projeção do futebol local aumentou em 18,4 milhões de reais em relação a 2015 (que era de R$ 156,7 milhões), correspondendo a um acréscimo de 11%. Entretanto, essa leitura deve-se ao Sport, o único clube local valorizado no estudo. Ao se manter na primeira divisão pelo terceiro ano seguido, aumentando as suas receitas (e visibilidade) e chegando a 40 mil sócios adimplentes, o rubro-negro registrou a sua maior marca no quadro. Ultrapassou a barreira de 100 milhões de reais pela primeira vez – chegou a 117 mi. O número é o dobro da soma dos dois rivais pernambucanos. Com isso, assumiu também a liderança no Nordeste, repetindo a sua melhor colocação (15º), de 2010.

Valor da marca dos clubes brasileiros em 2016, segundo a BDO

No sentido inverso, se mantendo na Série B, o Náutico regrediu outra vez, tanto no valor da marca quanto no ranking. A avaliação em R$ 34 milhões é a menor das última quatro temporadas. Está abaixo de quatro clubes catarinenses, presentes na elite nacional em 2015. Por sinal, essa projeção tendo como base a temporada é anterior é determinante para que o Santa Cruz, na Série A de 2016, ainda tenha um dado bem abaixo do seu potencial. Contudo, a redução de 29% no ano em que subiu, como vice-campeão da Segundona, soa estranha. Por outro lado, o público médio de 14 mil pessoas foi abaixo do histórico.

Lá no topo, três times brasileiros já ultrapassaram a barreira bilionária. Após Flamengo (R$ 1,493 bi) e Corinthians (R$ 1,422 bi), o Palmeiras, campeão da Copa do Brasil, também atingiu a marca (R$ 1,021 bi). O time carioca lidera pelo segundo ano, superando as cinco temporadas corintianas anteriores.

Confira a evolução dos recifenses, tanto nos valores quanto no ranking nacional.

Sport
2016 (15º) – 117,0 mi (Série A), +33,8%
2015 (16º) – 87,4 mi (Série A), +39.6%
2014 (17º) – 62,6 mi (Série A), +50.8%
2013 (19º) – 41,5 mi (Série B), -0.9%
2012 (17º) – 41,9 mi (Série A), +6.6%
2011 (16º) – 39,3 mi (Série B), +5.3%
2010 (15º) – 37,3 mi (Série B)

Náutico
2016 (25º) – 34,9 mi (Série B), -4,1%
2015 (23º) – 36,4 mi (Série B), -4.9%
2014 (20º) – 38,3 mi (Série B), +0.7%
2013 (20º) – 38,0 mi (Série A), +23.3%
2012 (20º) – 30,8 mi (Série A), +16.2%
2011 (21º) – 26,5 mi (Série B), -1.8%
2010 (19º) – 27,0 mi (Série B)

Santa Cruz
2016 (27º) – 23,2 mi (Série A), -29,4%
2015 (25º) – 32,9 mi (Série B), +30.0%
2014 (25º) – 25,3 mi (Série B), +16.5%
2013 (25º) – 21,7 mi (Série C), +0.9%
2012 (24º) – 21,5 mi (Série C), +10.8%
2011 (23º) – 19,4 mi (Série D), +4.3%
2010 (23º) – 18,6 mi (Série D)

Desde 2010, o trio, então com R$ 82,9 milhões, valorizou 111%.

Valor da marca dos clubes brasileiros em 2016, segundo a BDO

Recalculando as pesquisas de torcida a partir da estimativa do IBGE em 2016

Torcidas de Sport, Santa Cruz e Náutico

Anualmente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulga a estimativa populacional do Brasil, com dados nacionais, estaduais e municipais. O quadro demográfico é sempre fechado em julho e publicado no Diário Oficial da União no fim de agosto. O levantamento do IBGE em 2016 indica que somos 206 milhões de brasileiros. A cada atualização, o blog tem o hábito de cruzar os dados com os mais recentes percentuais de torcidas dos clubes locais, mensurados por institutos privados, como Ibope e Datafolha, por exemplo.

Nesta postagem, trago quatro cenários de interesse para o nosso futebol, com Recife, Grande Recife, Pernambuco e Brasil. Caruaru, Goiana e Salgueiro, mapeados pelo Plural Pesquisa, também entraram na conta. As diferenças nos índices podem ser explicadas tanto pela margem de erro de cada estudo quanto pelas amostragens (quanto mais gente ouvida, teoricamente melhor). Em relação à época da publicação original, o percentual mais defasado, hoje, é justamente o de Pernambuco, com entrevistas realizadas ainda no fim de 2013. Já são quase três anos sem uma nova pesquisa que contorne o estado.

Lembrando que o IBGE jamais mensurou o tamanho das torcidas dos clubes brasileiros. E provavelmente seguirá assim no próximo censo oficial, em 2020…

Abaixo, as três maiores torcidas nos cenários e os pernambucanos presentes.

Brasil (206.081.432 habitantes)
Paraná Pesquisas 2016*
Período: março e abril de 2016
Público: 4.066 entrevistados (214 municípios)
Margem de erro: 1,5%

1º) Flamengo – 16,5% (34.003.436)
2º) Corinthians – 13,6% (28.027.074)
3º) São Paulo – 7,9% (16.280.433)
14º) Sport – 1,5% (3.091.221)
* O instituto divulgou os dados dos 14 primeiros. Náutico e Santa não figuraram.

Pernambuco (9.410.336 habitantes)
Ibope 2014
Período: 05/12/2013 a 14/02/2014
Público: 300 entrevistados (nº de municípios não divulgado)
Margem de erro: 1,0%

1º) Sport – 26,3% (2.474.918)
2º) Santa Cruz – 24,0% (2.258.480)
3º) Corinthians – 7,3% (686.954)
4º) Náutico – 5,3% (498.747)

Grande Recife (3.940.456 habitantes)
Exatta 2014
Período: janeiro de 2014
Público: 600 entrevistados
Margem de erro: não divulgada

1º) Sport – 42% (1.654.991)
2º) Santa Cruz – 27% (1.063.923)
3º) Náutico – 10% (394.045)

Recife (1.625.583 habitantes)
Maurício de Nassau 2016
Período: 3 e 4 de maio de 2016
Público: 624 entrevistados
Margem de erro: 4,0%

1º) Sport – 36,1% (586.835)
2º) Santa Cruz – 28,4% (461.665)
3º) Náutico – 12,8% (208.074)

Caruaru (351.686 habitantes)
Plural 2014
Período: 4 e 5 de janeiro de 2014
Público: 400 entrevistados
Margem de erro: 4,9%

1º) Sport – 17% (59.786)
2º) Corinthians – 13% (45.719)
3º) Santa Cruz – 8% (28.134)
4º) Central – 7% (24.618)
6º) Náutico – 5% (17.584)
10º) Porto – 1% (3.516)

Goiana (78.940 habitantes)
Plural 2015
Período: junho de 2015
Público: 400 entrevistados
Margem de erro: 4,9%

1º) Sport – 25% (19.735)
2º) Santa Cruz – 13% (10.262)
3º) Náutico – 7% (5.525)

Salgueiro (60.117 habitantes)
Plural 2016
Período: 2 a 6 de março de 2016
Público: 300 entrevistados
Margem de erro: 5,66%

1º) Salgueiro – 19% (11.422)
2º) Flamengo – 18% (10.821)
3º) São Paulo – 13% (7.815)
6º) Sport – 2% (1.202)
8º) Náutico – 1% (601)

Confira a projeção de torcida feita a partir da estimativa de 2015 clicando aqui.

Retificação na regra abre a possibilidade de divisão do Troféu Givanildo Oliveira

Troféu Givanildo Oliveira, em homenagem ao centenário do Clássico das Multidões. Crédito: FPF/divulgação

O Troféu Givanildo Oliveira, a simbólica disputa entre Sport e Santa Cruz em homenagem ao centenário do clássico, foi oficializado pela FPF em 19 de fevereiro. Na ocasião, o regulamento apontava a possibilidade de a própria entidade ficar com a taça, em caso de empate na pontuação somando todos os confrontos em 2016. Com a disputa já na reta final, a direção da federação resolveu fazer uma alteração, abrindo mão dessa possibilidade. Ou seja, a partir de agora, igualdade na tabela (não há saldo) resultará na divisão do troféu.

A retificação no “campeonato paralelo” lembra o centenário de Náutico x Sport, em 2009. Na época, o troféu, também ofertado pela FPF, foi disputado em apenas um jogo, no dia seguinte ao centésimo aniversário do Clássico dos Clássicos. Com o 3 x 3, pelo Brasileirão, cada clube ganhou uma peça, idêntica. Voltando ao presente, a entrega da taça ficou para o último Clássico das Multidões, no returno da Série A, na Ilha. E com a devida a presença de Givanildo Oliveira, o maior campeão pernambucano da história, com 16 faixas como jogador e técnico, sendo nove pela Cobra Coral e sete pelo Leão. 

Em 2017 será a vez do centenário do Clássico das Emoções, com a FPF já articulada para repetir a homenagem, nos moldes desta temporada.

Confira a situação do Troféu Givanildo Oliveira…

Jogos disputados em 2016
21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (Estadual, Ilha)
10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual, Arruda)
04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (Estadual, Arruda)
08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (Estadual, Ilha)
01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (Série A, Arruda)
24/08 – Santa Cruz 0 x 0 Sport (Sul-Americana, Arena)

Jogos a disputar
31/08 – Sport x Santa Cruz (Sul-Americana, Arena)
11/09 – Sport x Santa Cruz (Série A, Ilha)

Classificação após 6 clássicos
9 pontos – Sport
6 pontos – Santa Cruz

Para dar Sport
Em vantagem, com uma vitória a mais, o time rubro-negro precisa de uma vitória em dois jogos ou dois empates. Ambos os clássicos têm mando leonino.

Para dar Santa
O tricolor só tem uma alternativa para ter a taça de forma exclusiva: vencendo os dois jogos. Em seis clássicos na temporada, venceu apenas uma vez.

Para dividir o título
A pontuação final precisa ser, necessariamente, 10 x 10. Assim, precisa ocorrer um empate e uma vitória coral. Um segundo troféu seria confeccionado.