Na 23ª rodada do Brasileiro, apenas uma vitória no Trio de Ferro. O alvirrubro foi o primeiro a entrar em campo, na quarta, somando três pontos e reduzindo para a cinco a saída do Z4 da segundona. Embora esteja a apenas um ponto do 16º, o tricolor saiu frustrado no tropeço diante do lanterna. Pela elite, no domingo, outro revés leonino, há seis rodadas sem vitória. O 45 minutos comentou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 95 minutos de podcast. Ouça!
O Sport entrou em parafuso no Brasileirão. Numa queda de rendimento acentuada, o time chegou a seis jogos sem vitória, quatro jogos sem marcar gol e três derrotas seguidas. De um primeiro turno na zona na Libertadores a uma aproximação perigosa da zona de rebaixamento, com adversários mais organizados, embora tecnicamente inferiores. Como foi o caso do Avaí, consciente de sua limitação, mas eficiente diante de um time bem ansioso.
Por sinal, se o time catarinense finalmente saiu do Z4, deve-se à melhor largada no returno e, a longo prazo, à baita colaboração dos pernambucanos, que perderam lá e lô por 1 x 0. Na Ilha, com quase dez mil espectadores, o visitante começou como se esperava, atrás da linha da bola, com duas linhas de quatro. Atacaria pouco, explorando a bola aérea, um calo da atual dupla de zaga do Sport, Ronaldo Alves e Henríquez. E assim saiu o gol de Júnior Dutra, embora a jogada tenha começado numa saída errada de André, que carregou demais a bola. Gerou o contragolpe para o lance decisivo.
O Sport abusaria do mesmo jogo aéreo, com 57 cruzamentos! Segundo o Footstats, 44 tentativas saíram erradas. Nas poucas certas, perdeu duas chaves incríveis, aumentando o jejum do sistema ofensivo, outrora bem positivo. Houve luta (desta vez), mas a falta de variação de jogadas irritou a torcida, cuja paciência seria ínfima. O desempenho em campo acabou afastando o apoio, numa panela de pressão até o fim, sobretudo em Diego Souza. Esta falta de organização também se estende a Luxemburgo, que durante a semana, apesar da bronca em Porto Alegre, manteve o time.
Durante o jogo Luxa também não foi eficaz na leitura, mantendo Wesley e acionando Bruno Xavier, que estreou numa fogueira. E assim o revés colocou em xeque o objetivo do Sport. Apesar de o técnico dizer que irá buscar “coisas boas”, a disputa, agora, parece ser a de quase sempre: a permanência.
O jejum de vitórias do rubro-negro na Série A 02/08 – Sport 2 x 2 Fluminense 05/08 – Corinthians 3 x 1 Sport 13/08 – Sport 0 x 0 Ponte Preta 20/08 – Cruzeiro 2 x 0 Sport 02/09 – Grêmio 5 x 0 Sport 10/09 – Sport 0 x 1 Avaí
A 22ª rodada só foi encerrada em 2 de setembro, uma semana após os demais jogos, devido à remarcação de Grêmio x Sport, por determinação da CBF, visando a preservação do gramado da arena gaúcha para o jogo da Seleção pelas Eliminatórias. Com isso, após três rodadas, uma rodada enfim termina com todos os jogos disputados – no caso, 220 até o momento.
Já conhecendo os resultados dos concorrentes, o time pernambucano entrou animado com a possibilidade de retornar ao G6. Ao menos, a torcida, pois em campo o time foi bem apático, com o Sport goleado em Porto Alegre. O placar foi tão elástico que o Leão acabou ultrapassado até pelo Galo, caindo para 11º lugar, com saldo -3. A partir de agora, qual é a verdadeira brigar do Sport?
Resultados da 22ª rodada Fluminense 0 x 1 Vasco Corinthians 0 x 1 Atlético-GO Palmeiras 4 x 2 São Paulo Ponte Preta 1 x 2 Atlético-MG Flamengo 2 x 0 Atlético-PR Bahia 1 x 2 Botafogo Avaí 1 x 0 Chapecoense Cruzeiro 1 x 1 Santos Coritiba 0 x 1 Vitória Grêmio 5 x 0 Sport
Balanço da 22ª rodada 4V dos mandantes (15 GP), 1E e 5V dos visitantes (10 GP)
Agenda da 23ª rodada 09/09 (16h00) – Atlético-MG x Palmeiras (Independência) 09/09 (18h00) – Vasco x Grêmio (São Januário) 09/09 (19h00) – São Paulo x Ponte Preta (Morumbi) 10/09 (11h00) – Atlético-PR x Coritiba (Arena da Baixada) 10/09 (16h00) – Sport x Avaí (Ilha do Retiro) 10/09 (16h00) – Santos x Corinthians (Vila Belmiro) 10/09 (16h00) – Vitória x Fluminense (Barradão) 10/09 (19h00) – Botafogo x Flamengo (Nilton Santos) 10/09 (19h00) – Chapecoense x Cruzeiro (Arena Condá) 11/09 (20h00) – Atlético-GO x Bahia (Olímpico)
Histórico de Sport x Avaí no Recife, pelo Brasileiro (2 jogos) 1 vitória rubro-negra (2015) e 1 derrota (2009)
O Sport teve a posse de bola a manhã inteira na Ressacada. De 57% no primeiro tempo, subiu para 63% na etapa complementar. Um controle pautado na falta de objetividade, sem conseguir uma infiltração sequer na zaga do Avaí, que após marcar o seu primeiro gol no Brasileiro, no primeiro tempo, não teve qualquer pudor em se manter atrás da linha da bola até o apito final. Se o jogo em Florianópolis era tido como uma boa opção para pontuar fora de casa, e, francamente, era mesmo, o rubro-negro passou longe disso. Girou a bola o quanto pôde, uma vez que não conseguiu trocar três passes verticais.
Apesar de ter jogadores técnicos, o futebol foi burocrático, com Diego Souza vivendo seu o momento mais apagado no clube (na véspera da apresentação na Seleção), André isolado (não finalizou), Rogério em jejum (15 jogos) e Osvaldo sem diálogo no setor. No segundo tempo, Luxemburgo, sem sua “estreia” na Série A, sacou os dois últimos e colocou Thomás (deu uma maior movimentação) e Thallyson (errando tantos passes quanto os demais). Por sinal, foram três jogadores da base acionados. Aqui, cabe uma observação. Na 4ª rodada da competição, a utilização de Fabrício, Evandro e Thallyson não está relacionada à convicção nos pratas-da-casa, mas na falta de peças, ou por lesão, como na direita, num gerenciamento equivocado da temporada, ou por reposição, na esquerda. A maturação dos jogadores acaba sendo forçada num elenco caro, com condições de fomentar apresentações paulatinas. Ou Fabrício, volante de ofício, não passou numa fogueira sendo lateral-direito? E o que dizer de Evandro, 4ª opção até pouco tempo?
Por fim, a zaga, que em tese não teve trabalho. Contudo, os avanços do leão da ilha de lá, sobretudo no primeiro tempo, levaram perigo, a partir de erros no meio-campo e da falta de cobertura – algo recorrente, tanto que foi a 8ª vez seguida que o time sofreu o primeiro gol do jogo. Resumindo: a derrota por 1 x 0 foi justa. Exceção feita à posse, faltou muito ao rubro-negro…
Na Arena Condá, na noite de segunda-feira, o duelo catarinense entre Chapecoense e Avaí encerrou a terceira rodada do Brasileirão. Deu Chape, que se aproveitou do saldo e assumiu a liderança da competição, numa ótima e surpreendente arrancada do clube, ainda em reconstrução. Divide a ponta com dois favoritos ao título, Cruzeiro e Corinthians.
No cenário local, o Sport venceu o Grêmio e deu um salto na tabela. Ganhou seis colocações, saindo do 18º para o 12º. A primeira vitória na competição atrelada aos demais resultados na turma da confusão – já utilizando o linguajar de Vanderlei Luxemburgo, o novo técnico leonino – acabou gerando uma boa margem ao clube. Abriu três pontos sobre o Z4, com o mínimo de tranquilidade para os próximos compromissos.
Resultados da 3ª rodada Vasco 3 x 2 Fluminense São Paulo 2 x 0 Palmeiras (33.228 pessoas, o maior público) Vitória 0 x 1 Coritiba Atlético-MG 2 x 2 Ponte Preta Santos 0 x 1 Cruzeiro Atlético-GO 0 x 1 Corinthians Atlético-PR 1 x 1 Flamengo Sport 4 x 3 Grêmio Botafogo 1 x 0 Bahia Chapecoense 2 x 0 Avaí
Balanço da 3ª rodada 5V dos mandantes (15 GP), 2E e 3V dos visitantes (11 GP)
Agenda da 4ª rodada 03/06 (16h00) – Coritiba x Atlético-PR (Couto Pereira) 03/06 (19h00) – Corinthians x Santos (Arena Corinthians) 03/06 (21h00) – Fluminense x Vitória (Maracanã) 04/06 (11h00) – Flamengo x Botafogo (Raulino de Oliveira) 04/06 (11h00) – Avaí x Sport (Ressacada) 04/06 (16h00) – Grêmio x Vasco (Arena do Grêmio) 04/06 (16h00) – Ponte Preta x São Paulo 04/06 (16h00) – Palmeiras x Atlético-MG (Allianz Parque) 04/06 (19h00) – Cruzeiro x Chapecoense (Mineirão) 05/06 (20h00) – Bahia x Atlético-GO (Fonte Nova)
Histórico de Avaí x Sport em Florianópolis, pela elite: 2 jogos e 2 empates, ambos em 2 x 2. Em 2009 e 2015
Finalizada a 11ª edição da Série B na era dos pontos corridos. Repetindo o modelo desde 2006, com vinte clubes e quatro vagas na elite, o Atlético Goianiense foi o grande campeão, com uma campanha fantástica. Num torneio com três cotistas, incluindo o peso pesado Vasco da Gama, o clube goiano levou a taça com dez (!) pontos de vantagem sobre o vice-campeão, que sequer foi o time carioca. Aliás, a 3ª colocação, com o acesso confirmado somente na última rodada, é bem frustrante para o Vasco, que teve, nesta temporada, uma cota de tevê de R$ 100 milhões. Bahia e Goiás receberam R$ 35 milhões, com os outros 17 concorrentes (incluindo o Atlético…) recebendo R$ 5 mi cada.
No viés local, a vaga perdida pelos alvirrubros. O Náutico perdeu do Oeste, na última rodada, e deixou o acesso escapar – com o tropeço dos baianos, o triunfo simples teria sido suficiente. É o segundo ano seguido que o timbu acaba em 5º lugar, num campeonato onde os quatro primeiros colocados sobem…
Classificados à Série A de 2017 – Atlético-GO (campeão), Avaí, Vasco e Bahia Rebaixados à Série C de 2017 – Joinville, Tupi, Bragantino e Sampaio (lanterna)
Melhores e piores da Segundona de 2016
Melhor mandante – Bahia (47 pontos) Melhor visitante – Atlético-GO (31 pontos) Campeão do 1º turno – Vasco (39 pontos) Campeão do 2º turno – Atlético-GO (43 pontos)
Mais vitórias – Atlético-GO (22) Menos derrotas – Atlético-GO (6) Melhor ataque – Atlético-GO (60 gols) Melhor defesa – Londrina (29 gols)
Campanhas dos campeões da Série B na era dos pontos corridos 2006 – 71 pontos (62,3%), Atlético-MG 2007 – 69 pontos (60,5%), Coritiba 2008 – 85 pontos (74,5%), Corinthians 2009 – 76 pontos (66,7%), Vasco 2010 – 71 pontos (62,3%), Coritiba 2011 – 81 pontos (71,0%), Portuguesa 2012 – 78 pontos (68,4%), Goiás 2013 – 79 pontos (69,3%), Palmeiras 2014 – 70 pontos (61,4%), Joinville 2015 – 72 pontos (63,1%), Botafogo 2016 – 76 pontos (66,7%), Atlético-GO
Faltando apenas duas rodadas para o fim da Série B, o G4 parece encaminhado, com o Náutico como maior concorrente para mudar alguma coisa. Segundo os cálculos do professor Tristão Garcia, responsável pelo site Infobola, o 4º colocado atual, o Bahia, já tem 82% de chance de subir. Graças ao gol de empate, no finzinho do jogo contra o Luverdense, encerrando a 36ª rodada.
Como o Náutico perdeu do Avaí, o clube pernambucano precisa, no cenário mais otimista, vencer os seus dois jogos (factíveis) e torcer para o tricolor soteropolitano perder um jogo ou empate os dois. Com 43 mil pessoas garantidas na Fonte Nova, contra o Bragantino, o Bahia terá como missão pontuar na última rodada, contra o já campeão Atlético Goianiense, no Estádio Olímpico de Goiânia. Também pode contar com Avaí e Vasco, que só poderia, somar um ponto. Em sete das dez edições da Série B com pontos corridos, quem fez 63 pontos subiu. Ah, como no futebol o imponderável se faz presente, o Alvirrubro pode subir até vencendo apenas um jogo. Desde que o Bahia perca duas vezes. Mais duas semanas para a definição do futuro em 2017…
As probabilidades de acesso, segundo o Infobola 100% – Atlético-GO (campeão) 97% – Vasco 96% – Avaí 82% – Bahia 17% – Náutico 7% – Londrina 1% – CRB
As probabilidades de rebaixamento, segundo o Infobola 100% – Sampaio Corrêa 100% – Tupi 99% – Bragantino 91% – Joinville 10% – Oeste
A 37ª rodada do representante pernambucano 15/11 (15h30) – Tupi x Náutico (Mário Helênio, em Juiz de Fora-MG)
Formado em 2006, o árbitro gaúcho Diego Almeida Real, hoje um aspirante à Fifa, foi o nome sorteado para o confronto entre Avaí e Náutico, na Ressacada. Com apenas cinco partidas na Série A, e mesmo assim com más atuações, como Fla 2 x 2 Chape, a sua indicação para o decisivo jogo na segunda divisão soou imprudente. E a atuação do juiz de 35 anos foi mesmo lamentável, decisiva para o resultado do jogo, que afastou bastante o time pernambucano do acesso.
No primeiro tempo, uma disputa equilibrada, num jogo fraco tecnicamente. Os dois times mais precavidos, buscando jogadas pelas pontas, sem se expor tanto. Afinal, valia o G4 a três rodadas do fim. No intervalo, esse contexto já não se aplicava, com dois gols assinalados pelo experiente Marquinhos. Ambos oriundos de faltas inexistentes. No primeiro lance, o zagueiro Igor Rabello deu um carrinho na bola, nítido, com o adversário caindo na sequência. Na cobrança de falta o meia, ex-Santa, mandou no ângulo direito de Júlio César. Depois, com o relógio já extrapolando o acréscimo de um minuto dado pelo árbitro, pênalti. No lance, Rômulo chutou o pé do mesmo Igor Rabello e caiu. Marcação absurda.
Com o Avaí abrindo cinco pontos de diferença (62 x 57), o Náutico precisava ir para o tudo ou nada, com mais imposição, o que, erros à parte, não houve. Deu espaço e tomou o terceiro gol, numa jogada de linha de fundo, 3 x 0. A expulsão de Maylson no finzinho (neste caso, na visão do blog, foi correta) só complicou a sequência do Brasileiro, com o time de Givanildo Oliveira obrigado a vencer Tupi (fora) e Oeste (casa), contando ainda com tropeços dos concorrentes (ao menos uma derrota do Bahia). Já era difícil antes de começar, mas Diego Almeida se esforçou para tornar ainda pior…
O Náutico perdeu do CRB, em Maceió, somando a segunda derrota seguida como visitante. O desempenho custou o seu lugar no G4, com o Bahia ocupando agora a quarta colocação – justamente por ter pontuado fora de casa, vencendo o Vila no Serra Dourada. A partir de agora, em 5º lugar e restando apenas quatro rodadas, o Timbu terá que obter um aproveitamento altíssimo, com pelo menos 75% pontos em jogo. E esse é o cenário positivo, pois considerando a tabela dos principais concorrentes (Bahia e Avaí), parece razoável que o acesso venha apenas em caso de quatro vitórias…
Abaixo, as projeções de acesso do Timbu.
As dez maiores probabilidades de acesso após 34 rodadas
Náutico – soma 54 pontos em 34 jogos (52,9%) Para chegar a 63 pontos* (pontuação com o atual rendimento do 4º lugar) Precisa de 9 pontos em 4 rodadas …ou 75,0% de aproveitamento Simulação de campanha: 3v-0e-1d
* Em 7 das 10 edições da Série B nos pontos corridos, 63 pontos garantiram o acesso. Em relação à campanha em 2016, a projeção é da UFMG
A 35ª rodada do representante pernambucano 08/11 (20h30) – Náutico x Goiás (Arena Pernambuco)
Derrota do Brasil de Pelotas e empates de CRB, Londrina, Ceará e Vila Nova. Com isso, a vitória do Náutico sobre o Paysandu foi multiplicada na na 26ª rodada da Série B, deixando o time a três pontos do G4, outrora inviável. Na rodada anterior a diferença era de cincos pontos. Porém, em relação ao posicionamento da tabela atualizada, o alvirrubro segue longe do quarteto. Ganhou uma colocação, figurando agora em 11º, com todo mundo embolado.
Abaixo, as projeções de acesso e campanhas mínimas possíveis ao Timbu.
As onze maiores probabilidades de acesso após 26 rodadas
Náutico – soma 36 pontos em 26 jogos (46,2%) Para chegar a 63 pontos (chances: histórico 70% e projeção atual 99%*): Precisa de 27 pontos em 12 rodadas …ou 75,0% de aproveitamento Simulações: 9v-0e-3d, 8v-3e-1d
Para chegar a 57 pontos (rendimento atual do 4º lugar, o Bahia): Precisa de 21 pontos em 12 rodadas …ou 58,3% de aproveitamento Simulações: 7v-0e-5d, 6v-3e-3d, 5v-6e-1d
* Em 7 das 10 edições da Série B nos pontos corridos, 63 pontos garantiram o acesso. Em relação à campanha em 2016, a projeção é da UFMG
A 27ª rodada do representante pernambucano 24/09 (16h20) – Paraná x Náutico (Durival de Britto, em Curitiba)