Sport x Danubio do Uruguai, um inédito confronto na primeira fase da Sula 2017

Copa Sul-Americana 2017: Sport x Danubio

A Copa Sul-Americana de 2017 marca o primeiro confronto oficial entre clubes pernambucanos e uruguaios. O Sport foi sorteado na 18ª chave, junto ao Danubio Fútbol Club, de Montevidéu, que curiosamente divide um ídolo com o rubro-negro, Raúl Bentancor, meia uruguaio de sucesso nas décadas de 1950 e 1960. Com quatro títulos nacionais, La Franja terminou a última liga uruguaia em 3º lugar. Vai para a sua 9ª participação na Sula, enquanto o Leão encara a 5ª campanha internacional, tendo chegado no máximo às oitavas de final.

Considerando o calendário oficial, os jogos devem acontecer em 6 de abril, na Ilha do Retiro, e 10 de maio, na capital uruguaia. No mítico Centenário ou na casa do rival Defensor, o Luiz Franzini, com capacidade para 18 mil hinchas. 

O sorteio da Sula aconteceu na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai. Os 44 participantes (ignorando Santa e Paysandu, limados numa canetada da entidade) foram divididos em 22 chaves (abaixo), sem distinção de país. Esta etapa vai até 1º de junho, com os classificados se juntando a dez clubes eliminados até a fase de grupos da Libertadores. Com 32 clubes na segunda fase, será feito um novo sorteio, com o chaveamento definitivo do torneio.

Os confrontos dos representantes brasileiros
G10 – Universidad de Chile (Chile) x Corinthians (define fora)
G12 – Gimnasia y Esgrima (Argentina) x Ponte Preta (fora)
G18 – Danubio (Uruguai) x Sport (fora)
G20 – Nacional (Paraguai) x Cruzeiro (fora)
G21 – Defensa y Justicia (Argentina) x São Paulo (casa)
G22 – Liverpool (Uruguai) x Fluminense (fora)

Agenda da Sula para os brasileiros (12 datas)
1ª fase – 06/04 e 10/05
2ª fase – 05/07 e 26/07
Oitavas – 13/09 e 20/09
Quartas – 25/10 e 01/11
Semifinal – 22/11 e 30/11
Final – 06/12 e 13/12 

A Conmebol não divulgou uma atualização nas premiações. Portanto, repetindo os valores de 2016, eis as cotas de cada fase da Sula nesta temporada.

(US$ 1 = R$ 3,15, a cotação de 31/01/2017)
1ª fase: US$ 250 mil (R$ 787 mil)
2ª fase: US$ 300 mil (R$ 945 mil)
Oitavas: US$ 375 mil (R$ 1,18 milhão)
Quartas: US$ 450 mil (R$ 1,41 milhão
Semifinal: US$ 550 mil (R$ 1,73 milhão)
Vice: US$ 1 milhão (R$ 3,15 milhões)
Campeão: US$ 2 milhões (R$ 6,30 milhões)

Campeão (soma de todas as cotas): US$ 3,925 milhões (R$ 12,36 milhões)

Sorteio da Copa Sul-Americana de 2017, em Luque, no Paraguai. Foto: Conmebol/twitter

Os 44 times da primeira fase da Sula 2017

Os participantes da Copa Sul-Americana de 2016

O sorteio da Copa Sul-Americana de 2017 será em 31 de janeiro. Os 44 clubes classificados através dos campeonatos nacionais já foram confirmados pela Conmebol, via site oficial, com outros dez participantes entre os futuros desclassificados até a fase de grupos da Libertadores. No âmbito local, o Sport está presente pela 5ª vez consecutiva. Até hoje, chegou no máximo às oitavas (2x), avançando um mata-mata. A partir deste ano, para alcançar esta fase será preciso passar por duas eliminatórias. O clube representará o Brasil com Corinthians, Ponte, São Paulo, Cruzeiro e Flu, classificados nesta ordem.

Com a divulgação dos seis brasileiros, a oito dias do sorteio, agendado em Luque, no Paraguai, fica a indefinição quanto à participação de Santa Cruz e Paysandu, que, juntos, reivindicam as vagas por direito. O país tinha direito a oito classificados, mas a entidade reduziu para seis, autorizando apenas clubes via Campeonato Brasileiro, à parte das copas regionais. Que a justiça parece o caminho, é fato, desde a canetada da Conmebol, em 30 de novembro…

Sobre a Sula 2017: a entidade não adiantou o formato do sorteio (como também não fez na Liberta, num sinal de desorganização), mas agora deve acabar as disputas nacionais e/ou regionais, com chaveamentos abertos a qualquer rival. 

Entre os estrangeiros mais tradicionais, destaco os argentinos Independiente (7 Libertadores), Arsenal (campeão da Sula 2007), Huracán (vice da Sula 2015) e Racing (1 Libertadores), o Universidad de Chile (campeão da Sula 2011); a LDU (1 Libertadores) e o Cerro Porteño (semifinalista da Sula 2016). 

Confira a agenda da Sua, de 6 de abril a 13 de dezembro, clicando aqui.

Os patrocínios privados e estatais do futebol brasileiro em 2016, via Ibope

Os patrocínios dos clubes brasileiros em 2016. Crédito: Ibope/Repucom

Entre patrocínios de camisa e fornecedoras de material esportivo, há uma verdadeira disputa pelo “mapeamento” do futebol brasileiro. O Ibope-Repucom fez um levantamento com todas as empresas que investiram com regularidade no Brasileiro de 2016, abordando 21 clubes – com 20 deles assegurados na elite de 2017, exceção feita ao rebaixado Inter. Considerando as marcas vinculadas em 2016 (quadros acima e abaixo), três clubes tiveram apenas um patrocínio no uniforme, Vasco, Atlético-PR e Sport. Com o contrato de um ano com a Caixa Econômica Federal, o time pernambucano recebeu R$ 6 milhões. Também teve aporte neste tipo de receita através da Adidas, cujo acordo segue desconhecido. Ainda no cenário local, vale destacar que Náutico e Santa tiveram Topper/Caixa e Penalty/MRV como contratos mais duradouros, respectivamente.

Sobre as fabricantes, Nike (2 clubes) e Adidas (5) trouxeram a rivalidade global para os dois times mais populares do país. Nos dois casos, contratos maiores que os do patrocínio-máster, num formato já recorrente. Dos quatro maiores acordos, apenas o Palmeiras irá assinar um novo trato a partir de 2017.

Maiores contratos com fornecedoras de material esportivo em 2016:
1º) R$ 40 milhões/ano – Corinthians/Nike (2016-2025)
2º) R$ 35 milhões/ano – Flamengo/Adidas (2013-2022)

3º) R$ 27 milhões/ano – São Paulo/Under Armour (2015-2019)
4º) R$ 22 milhões/ano – Fluminense/Dry World (2016-2020 – rescindido)
5º) R$ 20 milhões/ano – Atlético-MG/Dry World (2016-2020 – rescindido)
6º) R$ 19 milhões/ano – Palmeiras/Adidas (2015-2016)

Em relação aos patrocínios tradicionais, com as marcas estampadas, a lista tem o Palmeiras como líder absoluto, levando em cona apenas uma empresa. Isso porque a Crefisa pagou ao alviverde (que terminou o ano como campeão brasileiro) por espaços na parte frontal, costas e ombros.

A título de comparação, o rival São Paulo firmou um contrato de 25 milhões por 19 meses com uma marca (na lista abaixo, a média anual), mas teve outros nove anunciantes, com a arrecadação passando de R$ 30 milhões. Enquanto isso, Timão e Fla seguem como os principais expoentes da Caixa. A instituição bancária está presente em 16 dos 21 clubes abordados no estudo do Ibope.

Maiores contratos de patrocínio no uniforme em 2016:
1º) R$ 66,0 milhões – Palmeiras (Crefisa – privado)
2º) R$ 30,0 milhões – Corinthians (Caixa)
3º) R$ 25,0 milhões – Flamengo (Caixa)
4º) R$ 15,7 milhões – São Paulo (Prevent Senior – privado)
5º) R$ 12,9 milhões – Grêmio (Banrisul)
5º) R$ 12,9 milhões – Internacional (Banrisul) 

Confira o levantamento do Ibope-Repucom numa resolução melhor aqui.

Os patrocínios dos clubes brasileiros em 2016. Crédito: Ibope/Repucom

Presidente da Primeira Liga revela reuniões com Náutico, Santa e Sport. Convite para uma cota com subdivisões…

Castas da Primeira Liga. Arte: Cassio Zirpoli/DP

“(… ) os clubes do Nordeste são doidos para disputar a Primeira Liga.”

“As reuniões nossas têm presença de Sport, Santa Cruz, Náutico, dos clubes da Bahia. Fizemos uma reunião em São Paulo, uma assembleia geral, que parecia uma reunião dos grandes clubes brasileiro.”

Em entrevista ao jornal mineiro O Tempo, o presidente da Primeira Liga, Gilvan Cunha, citou nominalmente os três grandes clubes pernambucanos como figuras presentes em debates da agremiação fundada há pouco mais de um ano, em 10 de setembro de 2015. Com a segunda edição do torneio agendada para 2017, com 16 times jogando em nove datas espremidas entre 25 de janeiro e 8 de outubro, o dirigente já vislumbra a terceira edição, numa concorrência velada (mas cada vez mais escancarada) com a Copa do Nordeste.

Para 2017, o torneio já terá um nordestino, o Ceará, convidado depois que os paranaenses (e fundadores) Atlético e Coritiba saíram, reclamando do formato das cotas. Por sinal, eis um ponto a ser observado desde já. Embora esteja engatinhando historicamente, a Primeira Liga já conta com quatro subgrupos de cotas de participação – na Série A, também questionável, existem sete níveis. Clube mais popular do país, o Flamengo figura sozinho no grupo 1 (no Brasileirão divide o posto com o Corinthians, ainda ausente na liga), com R$ 2 milhões/ano. No segundo escalão, com times do porte de Cruzeiro e Grêmio, R$ 1,5 milhão. Eis a composição atual, com receitas em caso de participação, claro:

Divisão de cotas da Primeira Liga

Grupo 1 – Flamengo
Grupo 2 – Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Internacional e Fluminense
Grupo 3 – Atlético-PR* e Coritiba*
Grupo 4 – América-MG, Avaí, Chapecoense, Criciúma, Figueirense, Joinville, Paraná, Brasil de Pelotas, Londrina, Tupi, Luverdense, Atlético-GO e Ceará
* Os clubes se desligaram da liga em 22/11/2016 por “discordâncias internas”

No Nordestão, para onde mira esta abordagem, a premiação é fixa, fase por fase, independentemente do clube – exceção feita a maranhenses e piauienses, em análise para ingresso definitivo na Liga do Nordeste. Bahia ou Juazeirense, Sport ou Salgueiro, a cota é a mesma. Nesta sedução da Primeira Liga, com um valor de televisão já alto, passando de R$ 5 mi para R$ 23 milhões por temporada, via Globo, contra R$ 18,5 milhões da Copa do Nordeste, é preciso estar atento. Pois as castas devem ser mantidas no triênio 2017-2019, com a falsa sensação de ganho. No cenário regional, o contrato está assinado até 2022, com evolução paulatina da premiação e calendário mais abrangente.

Evolução da cota total da Copa do Nordeste

2014: 78,5% (+ R$ 4,4 milhões)
2015: 11,4% (+ R$ 1,1 milhão)
2016: 33,0% (+ R$ 3,6 milhões)
2017: 24,9% (+ R$ 3,7 milhões)

Após o anúncio da inclusão do Ceará, numa reunião em Brasília, em setembro, o blog comentou algumas dúvidas sobre esta movimentação. Na sequência, questionou os presidentes do Trio de Ferro, e o Sport revelou o convite feito pela Primeira Liga. De lá para cá, Náutico e Santa também entraram na pauta.

Enquanto a segue a articulação sobre a formatação do novo Nordestão, com séries A e B, através do G7, a classificação segue via estaduais. Hoje, não há espaço, no calendário de um time, para Primeira Liga e Nordestão paralelos. E que não haja dúvida nesta escolha… entre o ensaio de uma liga já estruturada numa pirâmide ou na valorização de uma marca regional, acessível ao mercado.

Levantamento do Paraná Pesquisas, com 10 mil entrevistados, aponta 6 clubes do Nordeste com torcidas acima de 1 milhão

Pesquisa de torcidas do instituto Paraná Pesquisas, com dados de março a dezembro de 2016. Arte: Cassio Zirpoli

Durante dez meses, entre março e dezembro de 2016, o instituto Paraná Pesquisas ouviu 10,5 mil pessoas no Brasil, resultando em uma das maiores amostragens em pesquisas nacionais de torcida. Percorrendo 25 estados, o levantamento – publicado pelo jornal O Globo – trouxe dados interessantes, como os 40 milhões de brasileiros (19,5%) que não torcem por time algum, embora esse percentual já seja o “líder” há algumas pesquisas. Já o pódio, com Flamengo, Corinthians e São Paulo, é o de sempre, hoje concentrando 37,3%.

No viés nordestino, chama a atenção o fato de seis clubes estarem entre os vinte primeiros colocados e com torcidas acima de um milhão. Todos reconhecidamente populares, mas, considerando os dados divulgados pelos institutos, a última vez que isso havia acontecido fora em 2010, numa pesquisa do Ibope. Há seis anos, o Leão da Ilha estava em primeiro e o Vozão em sexto. Agora, a ordem é a seguinte: Bahia (4,1 milhões, num ótimo 11º lugar geral), Sport (2,6 mi), Ceará (2,2 mi), Fortaleza (1,6 mi), Vitória (1,6 mi) e Santa Cruz (1,4 mi). Margem de erro, metodologia, momento do time etc. O fato é que Bahia e Sport já revezam no topo desde 1998, no estudo Lance!/Ibope. Entre os maiores clubes da região, apenas o Náutico não figurou neste patamar (a última vez que isso aconteceu foi em 2013, na lista da Pluri, com 1,1 milhão).

Voltando ao Paraná Pesquisas, esse foi o segundo levantamento nacional apresentado este ano, possivelmente uma ampliação do quadro anterior, de março a abril (na ocasião, com 4 mil pessoas e apenas 14 times). Abaixo, a projeção do blog sobre a torcida absoluta de cada clube a partir da estimativa oficial da população brasileira, atualizada pelo IBGE em 30 de agosto de 2016.

Paraná Pesquisas / Brasil 2016
Período: março a dezembro de 2016
Público: 10.500 (em 288 municípios de 25 estados)
Margem de erro: 1,0%
População estimada (IBGE/2016): 206.081.432

1º) Flamengo – 16,2% (33.385.191)
2º) Corinthians – 13,7% (28.233.156)
3º) São Paulo – 7,4% (15.250.025)
4º) Palmeiras – 5,8% (11.952.723)
5º) Vasco – 4,6% (9.479.745)
6º) Cruzeiro – 4,0% (8.243.257)
7º) Grêmio – 3,5% (7.212.850)
8º) Santos – 3,1% (6.388.524)
9º) Atlético-MG – 2,8% (5.770.280)
10º) Inter – 2,7% (5.564.198)
11º) Bahia – 2,0% (4.121.628)
12º) Botafogo – 1,7% (3.503.384)
13º) Fluminense – 1,6% (3.297.302)
14º) Sport – 1,3% (2.679.058)
15º) Ceará – 1,1% (2.266.895)
16º) Atlético-PR – 0,8% (1.648.651)
16º) Fortaleza – 0,8% (1.648.651)
16º) Vitória – 0,8% (1.648.651)
19º) Coritiba – 0,7% (1.442.570)
19º) Santa Cruz – 0,7% (1.442.570)
21º) Remo* – 0,6% (1.268.013)
22º) Náutico* – 0,4% (853.739)
23º) Paysandu* – 0,3% (734.112)
24º) Goiás* – 0,2% (567.269)
24º) Vila Nova* – 0,2% (567.269)
26º) Figueirense* – 0,2% (412.156)
27º) Paraná* – 0,1% (294.397)
27º) Avaí* – 0,1% (264.957)
29º) Chapecoense* – 0,1% (235.518)
29º) Joinville* – 0,1% (235.518)

Outros times* – 5,1% (10.510.153)
Sem clube – 19,5% (40.185.879)

* O instituto divulgou até o 20º lugar, com os demais citados apenas de forma regionalizada. A partir disso, o blog calculou percentual geral do 21º ao 30º.

Ranking Conmebol da Libertadores de 2016 lista o Sport em 100º, o único do NE

Ranking Conmebol da Libertadores, versão 21/12/2016. Crédito: Conmebol

A Conmebol atualizou o seu ranking de clubes, que considera apenas as campanhas na Taça Libertadores, sendo utilizado justamente para definir os cabeças-de-chave da edição seguinte. Como há um ano, quando foi criada, a lista de 2016 traz os cem primeiros colocados, com o Sport fechando. Num trabalho em conjunto com a Data Factory, que realiza os scouts dos jogos para o site oficial da entidade, o novo formato contempla histórico e performance recente, na Liberta e em títulos nacionais (que funcionam como bônus).

O ranking obedece três fatores em ordem de importância:
1) Performance nos últimos dez anos da Liberta (2ª edição, de 2007 a 2016)
2) Coeficiente histórico (com a pontuação de 1960 a 2006)
3) Títulos do campeonato nacional (2ª edição, de 2007 a 2016)*
* Apenas um por país, sem contar as copas nacionais. Em caso dois campeonatos nacionais por ano, vale metade da pontuação. 

A faixa da última década na Libertadores é a base da lista, que vai conferindo 100% da pontuação ao primeiro ano até 10% ao ano mais antigo. Caso ultrapasse os dez anos, a campanha passa ser mensurada no segundo quesito, “coeficiente histórico”, sem mais depreciações. É um pouco complicado, mas impõe uma certa justiça entre feitos recentes e a história escrita.

Sobre a atualização, o Boca Juniors manteve a liderança. O hexacampeão tem 1.364 pontos a mais que o rival River Plate, tri. O São Paulo, em 6º lugar, passou a ser o melhor brazuca, pois o Cruzeiro perdeu pontos no coeficiente, caindo de 4º para 7º no geral. Único nordestino, o Sport caiu de 80º para 100º devido à desvalorização da campanha de 2009. São 64 pontos a menos em relação ao ranking de 2015. E assim continuará até 2019, até que volte a participar. Apesar de a Conmebol só ter divulgado os 100 primeiros, o blog calculou a pontuação dos outros 12 brasileiros com histórico na Liberta (incluindo o Náutico, em 1968).

Brasileiros no Ranking 1960-2016 (entre parênteses, a posição geral):
1º) São Paulo (6º) – 4.227 pontos (3 títulos, 18 participações)
2º) Cruzeiro (7º) – 3.827 pontos (2 títulos, 15 participações)
3º) Corinthians (8º) – 3.813 pontos (1 título, 13 participações)
4º) Atlético-MG (9º) – 3.792 pontos (1 título, 8 participações)
5º) Internacional (11º) – 3.378 pontos (2 títulos, 11 participações)
6º) Grêmio (12º) – 3.134 pontos (2 títulos, 16 participações)
7º) Santos (15º) – 3.044 pontos (3 títulos, 12 participações)
8º) Palmeiras (25º) – 2.012 pontos (1 título, 16 participações)
9º) Fluminense (26º) – 1.918 pontos (1 vice, 6 participações)
10º) Flamengo (37º) – 1.501 pontos (1 título, 12 participações)
11º) Vasco (53º) – 902 pontos (1 título, 8 participações)
12º) Atlético-PR (71º) – 488 pontos (1 vice, 4 participações)
13º) Botafogo (79º) – 416 pontos (1 semifinal, 4 participações)
14º) São Caetano (94º) – 228 pontos (1 vice, 3 participações)
15º) Sport (100º) – 212 pontos (2 participações)
16º) Guarani – 138 pontos 1 semifinal, 3 participações)
17º) Bahia – 64 pontos (3 participações)
18º) Criciúma – 56 pontos (1 participação)
19º) Coritiba – 52 pontos (2 participações)
19º) Goiás – 52 pontos (1 participação)
21º) Paraná – 50 pontos (1 participação)
22º) Paysandu – 48 pontos (1 participação)
23º) Santo André – 24 pontos (1 participação
24º) Juventude – 20 pontos (1 participação)
24º) Paulista – 20 pontos (1 participação)
26º) Náutico* – 16 pontos (1 participação)
27º) Bangu – 8 pontos (1 participação)
* O Alvirrubro poderia ter 24 pontos, mas perdeu os pontos de uma vitória (8 no ranking) por causa de uma escalação irregular.

Relembre a versão 2015 do ranking oficial da Libertadores clicando aqui.

Calculando as cotas da Série A 2017 a partir do modelo da Premier League

Brasileirão x Premier League. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Em 2017, o investimento da televisão no Brasileiro será de R$ 1,297 bilhão. Montante referente às cotas fixas, à parte do crescente pay-per-view. Paralelamente à já tradicional discussão sobre a distorção e distribuição das cotas, a Premier League sempre aparece como modelo ideal. Na elite do futebol inglês, a receita oriunda da tevê é dividida da seguinte forma a cada temporada: 50% em cotas iguais entre os vinte times, 25% pela classificação final no campeonato anterior e 25% pela representatividade de audiência de cada um.

Assim, em vez do atual sistema de (sete) castas no Brasil, com um hiato de R$ 147 milhões entre a maior cota (Flamengo e Corinthians) e a menor (Chape, Ponte, entre outros), a diferença máxima, caso fosse adotado o modelo britânico, seria de R$ 60 milhões, no caso entre Flamengo e Bahia, recém-promovido. Mais equilíbrio, sem dúvida. Vamos a uma projeção de valores considerando o atual contrato da Série A, válido para o triênio 2016-2018.

Projeção de cotas de TV na Série A de 2017 a partir do modelo da Premier League. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

No quadro inspirado no campeonato inglês, o blog projetou a cota conferindo os seguintes valores na divisão por classificação: 20x para o campeão (ou seja, 20 x R$ 1.544.047, o valor base), 19x para o vice, 18x para o 3º lugar e assim sucessivamente, até o 4º da Série B, com 1x. Já na coluna de audiência, o valor considerado foi 1/4 da verba que cada clube receberá de fato, pois trata-se da única fonte de informação para definir a atual visibilidade atual de cada um.

Sport no contrato oficial
2017 – R$ 35,0 milhões
2016 – R$ 35,0 milhões

2015 – R$ 27,0 milhões
Total – R$ 97,0 milhões

Sport via Premier League
2017 – R$ 51,9 milhões
2016 – R$ 61,7 milhões

2015 – R$ 40,5 milhões
Total – R$ 154,1 milhões

Após articulação entre clubes brasileiros, concorrência de canais de tevê e até projetos de lei (dois já engavetados, ambos de deputados pernambucanos, em 2011 e 2014), a Rede Globo resolveu incorporar a divisão proporcional, mas com um percentual particular. No caso, a partir do próximo contrato, em 2019, a divisão será 40% de forma igualitária, 30% por colocação e 30% de audiência. No Recife, Náutico, Santa Cruz e Sport já assinaram com a emissora até 2024.

Comparativo entre as cotas fixas das Série A e projeções calculadas via Premier League. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A primeira rodada de Sport, Náutico e Salgueiro na Copa do Brasil de 2017

Sorteio da Copa do Brasil. Foto: CBF/facebook

Um sorteio na sede da CBF, no Rio de Janeiro, definiu todos os caminhos da Copa do Brasil de 2017 até a terceira fase (tabela abaixo), com 80 clubes, entre eles Sport, Náutico e Salgueiro, disputando dez vagas. Na quarta fase haverá um novo sorteio para os confrontos, com os cinco classificados compondo as oitavas de final (a quinta fase) com os oito participantes da Libertadores e outros três pré-classificados, Santa Cruz (Nordestão), Paysandu (Copa Verde) e Atlético-GO (Série B). Lembrando que, agora, as duas primeiras fases são disputadas em jogos únicos. Na 1ª fase, mando do pior rankeado e vantagem do empate ao visitante (os três pernambucanos jogam fora). Na 2ª, sorteio de mando e pênaltis como desempate. A partir da 3ª volta o tradicional “ida e volta”.

Confira o chaveamento completo em uma resolução melhor aqui.

Possíveis adversários:

Sport (vice-campeão)
1ª fase – CSA
2ª fase – River-PI ou Sete de Setembro-MS
3ª fase – Ceará, Boavista-RJ, Portuguesa-SP ou Uniclinic-CE

Náutico (3º lugar)
1ª fase – Guarani-CE
2ª fase – Sampaio Corrêa-MA (fora) ou São José-RS (fora)
3ª fase – Internacional-RS, Princesa-AM, Oeste-SP ou Friburguense-RJ

Salgueiro (4º lugar*)
1ª fase – Sinop-MT
2ª fase – Fluminense-RJ ou Globo-RN
3ª fase – Criciúma-SC, Santo André-SP, CRB-AL ou Altos-PI
* Ganhou a vaga após o Santa ganhar a pré-classificação às oitavas.

Distâncias aéreas na estreia:
1.843 km – Sinop (Sinop) x Salgueiro (Salgueiro)
498 km – Guarani (Juazeiro do Norte) x Náutico (Recife
200 km – CSA (Maceió) x Sport (Recife)

Em 2016, a estreia local foi trágica. Só o Santa avançou, despachando o Rio Branco-ES. O Náutico parou no modesto Vitória da Conquista, enquanto o Sport optou pela Sula, até então com a obrigação da eliminação precoce na Copa do Brasil, jogando com um time mesclado com juniores contra a Aparecidense. Derrota lá e lô. Já o Salgueiro não foi páreo para a Ferroviária de São Paulo.

Desempenho na 1ª rodada da Copa do Brasil (1989-2016):

Santa Cruz
22 participações
16 classificações (72%)
6 eliminações (última em 2012)

Salgueiro
3 participações
2 classificações (66%)
1 eliminação (última em 2016)

Sport
22 participações
19 classificações (86%)
3 eliminações (última em 2016)

Náutico
21 participações
17 classificações (80%)
4 eliminações (última em 2016) 

Total*
71 participações
56 classificações (78%)
15 eliminações (última em 2016)
*Incluindo as participações de Central (2) e Porto (1)

Tabela da Copa do Brasil de 2017. Crédito: CBF/youtube

A definição das 14 vagas internacionais do Brasil a uma rodada do fim da Série A

Libertadores e Sul-Americana, os principais torneios da Conmebol

Com a oficialização do título da Chapecoense na Copa Sul-Americana e do pentacampeonato do Grêmio na Copa do Brasil, a definição das vagas internacionais do Brasil, para a temporada 2017, ficou restrita à rodada final do Brasileirão, em 11 de dezembro. Ao todo, o país será representado por 14 times nos dois principais torneios da Conmebol, sendo 8 na Libertadores e 6 na Sul-Americana. Após a classificação da Série A na 37ª rodada, ainda estão em jogo 2 vagas na Liberta e 3 na Sula. Vamos às chances de cada um.

Clubes classificados ou que ainda disputam vagas em 2017
1º) Palmeiras (Libertadores)
2º) Flamengo (Libertadores)
3º) Santos (Libertadores)
4º) Atlético-MG (Libertadores)
5º) Atlético-PR (Pré-Libertadores a confirmar ou Sul-Americana)
6º) Botafogo (Pré-Libertadores a confirmar ou Sul-Americana)
7º) Corinthians (Sul-Americana a confirmar ou Pré-Libertadores)
8º) Grêmio (Libertadores)
9º) Chapecoense (Libertadores)
10º) Ponte Preta (Sul-Americana)
11º) São Paulo (Sul-Americana)
12º) Fluminense (Sul-Americana)
13º) Cruzeiro (Sul-Americana a confirmar)
14º) Coritiba (Sul-Americana a confirmar)
15º) Vitória (Sul-Americana em disputa)
16º) Sport (Sul-Americana em disputa)

Jogos que podem decidir as vagas internacionais
Vitória x Palmeiras (Barradão, Salvador)
Cruzeiro x Corinthians (Mineirão, Belo Horizonte)
Grêmio x Botafogo (Arena do Grêmio, Porto Alegre)
Atlético-PR x Flamengo (Arena da Baixada, Curitiba)
Ponte Preta x Coritiba (Moisés Lucarelli, Campinas)
Sport x Figueirense (Ilha do Retiro, Recife)

TAÇA LIBERTADORES

Fase de grupos (6 times)
Todas as vagas já estão preenchidas. O Brasil tem direito a cinco vagas diretas, com o G4 da Série A (Palmeiras, Fla, Santos e Galo já definidos a uma rodada do fim) e pelo campeão da Copa do Brasil (Grêmio). Já o sexto time é a Chape, que conquistou o seu lugar através do inédito título da Sula. 

Fase preliminar (2 times)
Após os classificados à fase de grupos, mais duas vagas, para o 5º e o 6º colocados, na etapa preliminar (mata-mata). Três clubes brigam por duas vagas.

Possibilidades para a Pré-Libertadores
Atlético-PR (56 pts) – vitória, empate (com tropeço do Botafogo ou derrota do Corinthians) ou derrota (com derrota do Botafogo ou tropeço do Corinthians)
Botafogo (56 pts) – vitória, empate (com derrota do Atlético-PR ou tropeço do Corinthians) ou derrota (com tropeço do Corinthians)
Corinthians (55 pts) – vitória (com tropeço de Atlético-PR ou Botafogo)

COPA SUL-AMERICANA

1ª fase (6 times)
Inicialmente seriam oito vagas, seis no Brasileiro. Já em dezembro, as duas vagas nos regionais (Nordestão e Copa Verde) foram cortadas pela Conmebol, que manteve a classificação via Série A. Três clubes já estão garantidos na Sula (Ponte, São Paulo e Flu). Mais acima na tabela, três podem ganhar a vaga como consolação após a perda da Pré-Liberta. Abaixo, além da fuga do descenso (caso do Leão da Ilha, naturalmente), a classificação internacional como bônus, com a lista de classificados aos torneios da Conmebol indo até o 14º lugar! Ao todo, sete clubes postulam as três vagas restantes.

Possibilidades para a Sul-Americana
Atlético-PR (56 pts) – empate (com vitórias de Botafogo e Corinthians) ou derrota (com empate/vitória do Botafogo e vitória do Corinthians)
Botafogo (56 pts) – empate (com empate/vitória do Atlético-PR e vitória do Corinthians) ou derrota (com empate ou derrota do Corinthians)
Corinthians (55 pts) – vitória (com vitórias de Atlético-PR e Botafogo), empate ou derrota
Cruzeiro (48 pts) – vitória, empate ou derrota (caso Coritiba e Vitória tropecem)
Coritiba (46 pts) – vitória, empate (caso Vitória e Sport tropecem) ou derrota (caso Vitória perca e Sport tropece)
Vitória* (45 pts) – vitória (com empate de Coritiba) ou empate (com derrota do Coritiba e tropeço do Sport)
Sport* (44 pts) – vitória (com tropeços de Coritiba e Vitória)
* Vitória (derrota) e Sport (empate ou derrota) ainda podem ser rebaixados

Os copos colecionáveis se espalham no futebol brasileiro. Já presentes no Recife

Copos colecionáveis. Crédito: M&L Sport Innovation/facebook (divulgação)

Mania na Copa do Mundo, os copinhos colecionáveis, exclusivos em cada jogo do torneio, voltaram nos Jogos do Rio de Janeiro, com modelos de todos os esportes presentes. Na compra de cerveja ou refrigerante, uma lembrança do evento, com torcedores colecionando os copos. Na Olimpíada, aliás, foram 42 tipos diferentes, cada um custando R$ 13. Ou seja, a coleção completa saiu por R$ 546. Com dois fortes exemplos, em 2014 e 2016, esse mercado passou a mirar nos clubes de futebol, que licenciaram colecionáveis de norte a sul.

Como no Mundial, existem copos exclusivos para cada jogo, em “lembranças oficiais” de rodadas do Brasileirão e de fases decisivas de outros campeonatos. Até a Seleção Brasileira entrou na onda, com copos nas Eliminatórias. Porém, também foram criadas versões a partir da história de cada clube. Aí, são incontáveis caminhos. Acima, alguns exemplos, como o título mundial do Inter, em 2006, o aniversário de 113 anos do Grêmio, e o tri do Palmeiras na Copa do Brasil. No Recife, alvirrubros, tricolores e rubro-negros já contam com seus primeiros modelos, lançados em situações (e objetivos) bem distintos.

Qual partida e/ou título você gostaria ver em um colecionável do seu clube?

Colecionável para ajudar os Aflitos
O Náutico lançou o primeiro modelo no jogo contra o Atlético-GO, em 28 de outubro. Na Arena Pernambuco, o copo de 550 ml saiu por R$ 20, o mais caro no Recife. Parte da arrecadação da primeira edição colecionável, produzida pela Gift Way, foi destinada à reforma dos Aflitos, através da campanha “Voltando pra casa”, estampada no copo.

Copo colecionável do Náutico. Crédito: divulgação

Copo mais barato e sustentabilidade no Arruda
No Nordeste, o pioneirismo coube ao Santa, que iniciou a comercialização, via Meu Copo Eco, contra o Flu, em 21 de agosto, no Arruda. Modelo mais barato no Trio de Ferro (R$ 5), o colecionável coral foi lançado com a curiosa opção de devolução, visando a sustentabilidade – o copo reutilizável evita, em tese, quatro copos descartáveis no chão. Na estreia da Sula foi apresentado outro modelo.

Copo colecionável do Santa Cruz. Crédito: divulgação

Estrelas douradas nos copos da Ilha
O Sport lançou logo dois modelos de uma vez, ambos por R$ 10. Baseado em seus principais títulos, “87 é nosso” e “2008 também”, os copos começaram a ser vendidos na Ilha do Retiro em 5 de outubro. No duelo contra o São Paulo. Os modelos foram produzidos pela M&L Sport Innovation, que já havia licenciado modelos de Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, Atlético-PR e Bahia.

Copo colecionável do Sport. Crédito: divulgação