A 193ª edição do 45 minutos já entrou no clima de “pós-temporada” no futebol pernambucano, mesmo faltando uma rodada para o fim da Série A – uma vez que zerou a chance de o Sport ir à Libertadores. Além do desempenho técnico no Brasileiro, analisamos os números nas arquibancadas, com as médias (campeonato por campeonato) de Náutico, Santa e Sport em seus mandos em 2015. Na sequência, um debate sobre as cotas mínimas de cada clube em 2016, com projeções mínimas de R$ 6 milhões (Timbu), R$ 21 milhões (Santa) e R$ 42 milhões. Por fim, as possíveis (e necessárias) mudanças nos elencos.
Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!
Acabou a Série B, em sua edição na era dos pontos corridos, sempre com vinte times. Vice-campeão, o Santa Cruz repetiu as colocações de Sport (2006) e Náutico (2011). Entretanto, em relação à pontuação, os corais estabeleceram a melhor marca. O Santa venceu o Vitória, pela 38ª rodada, e chegou a 67 pontos. O atual campeão pernambucano chegou ao terceiro vice-campeonato de sua história na Segundona (1999, 2005 e 2015). Enquanto isso, o Náutico venceu o Bragantino fora de casa e terminou em 5º lugar. A pontuação alvirrubra, 63 pontos, costuma terminar em acesso – basta lembrar que em 2011 o Sport subiu com 61 -, mas o G4 acabou acima da média.
Lá embaixo, numa arrancada espetacular, o Ceará venceu o Macaé no Castelão, com 47 mil torcedores, e evitou um rebaixamento que parecia certo – e que seria o primeiro do clube à Série C. Festa do campeão do Nordeste.
Série B 2015 Subiram: Botafogo, Santa Cruz, Vitória e América-MG Caíram: Macaé, ABC, Boa Esporte e Mogi Mirim
A triunfal chegada do Santa Cruz no Recife. Do desembarque no Aeroporto Internacional dos Guararapes, o time seguiu numa carreata até o Arruda, com buzinaço, festa, fogos e uma alegria sem igual. Confira um álbum com 25 fotos, produzidas pela assessoria coral e pelo Superesportes.
A saga do Santa Cruz nesta volta à primeira divisão, numa caminhada iniciada em 2011, ainda na Série D, pautou a edição especial do 45 minutos. Foi um verdadeiro “SantaCast”, com 1h36. Analisamos a campanha, a importância de Marcelo Martelotte e Grafite, a gestão de Alírio Moraes, com Constantino Júnior à frente do futebol (esse esteve presente nos três acessos), a possível reformulação do elenco coral para a Série A em 2016, a possibilidade de jogar a Copa Sul-Americana já na próxima temporada (ganhar do Vitória e terminar como vice-campeão da Série B ajudaria muito) e as mudanças na receita do clube com a possível cota de R$ 25 milhões da televisão. Um raio x tricolor.
Confira um infográfico com as principais atrações do programa aqui.
Nesta 190ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!
Chegou o Dia A. Após uma década perambulando em todos os cantos do país em uma provação para toda a vida, o Santa Cruz chegou lá. Apoiado por 1.400 tricolores em Itu, literalmente toda a torcida presente, o Tricolor goleou o Mogi Mirim e confirmou a arrancada na Série B, com cinco vitórias seguidas. O futebol competitivo visto na Fonte Nova e no Engenhão apareceu no segundo tempo de um sábado tenso, natural em um jogo tão importante para uma geração de corais. Uma história que passou a ser acompanhada por quem gosta de futebol no país, que, aliás, assistiu ao vivo na tevê aberta.
Lá no Novelli Júnior, ainda pela manhã começara a ocupação do povão, que viajou do Recife, pousou em São Paulo e encarou 102 quilômetros de ônibus. Tudo para ver in loco ao renascimento do clube das multidões. Essa ansiedade era geral, se estendendo aos jogadores. Bastava uma vitória simples diante de um adversário rebaixado, sem vitória há doze rodadas. Na teoria, ok. Em campo, era preciso a seriedade que se tornou uma marca do time comandado por Marcelo Martelotte, mas a ansiedade atrapalhou.
Mais do que orientação tática, o técnico gastou a voz pedindo calma ao time, visivelmente tenso com a possibilidade tão real de obter o acesso. Apesar da lanterna, o Mogi Mirim correu mais que de costume. Parecia animado com incentivo financeiro dos adversários do Tricolor. A irritação do treinador coral foi assimilada pelo time, que desceu unido para o vestiário, consciente da situação. O time voltou muito bem, dominando as ações, investindo bem pelo lado esquerdo e deixando o Mogi sem reação.
Lembrou a atuação diante do Botafogo, até porque foram três gols na segunda etapa, cravando o 3 x 0. De pênalti com Daniel Costa e outros dois de rebote com Bruno Moraes (no lugar do suspenso Grafite, símbolo-mor dessa campanha) e Bileu. Festa em São Paulo, festa em Pernambuco, festa do povão. O Santa Cruz está no Brasileirão de 2016. Da D pra A, no campo. Com todos os méritos. Parabéns aos tricolores!
A 36ª rodada foi excelente para o tricolores. Além da categórica vitória do Santa Cruz sobre o Botafogo no Engenhão, por 3 x 0, os resultados ajudaram, com a derrota do Sampaio Corrêa e o empate do Náutico com o CRB, na Arena. O campeão pernambucano manteve a 4ª colocação e chegou a 61 pontos, quatro acima do 5º lugar. A duas rodadas do fim, isso significa que uma simples vitória recolocará a Cobra Coral na elite do futebol nacional. Tem duas chances, contra Mogi Mirim, que mudou o seu mando para Itu, e o Vitória, virtualmente classificado. Já o Náutico precisará vencer seus dois jogos e torcer para o Santa somar apenas um – ou então terá que decidir no saldo, onde hoje está bem atrás. A Série B de 2015 está quase decidida…
No G4, um carioca (classificado), um mineiro, um baiano e um pernambucano.
A 37ª rodada dos representantes pernambucanos
21/11 (16h30) – Náutico x Bahia (Arruda)
21/11 (16h30) – Mogi Mirim x Santa Cruz (Novelli Júnior, Itu)
O Botafogo entrou em campo para ser campeão da Série B. Com o acesso garantido, parecia tranquilo para buscar a vitória, o resultado que anteciparia a conquista. A bronca foi encontrar do outro lado um time faminto por resultados, pisando no gramado para retornar à primeira divisão depois de dez anos. Com mais vontade e futebol, o Santa se impôs no Rio, goleando por 3 x 0 e dando um passo do tamanho do Arruda para terminar o ano no G4. Além da belíssima vitória, o campeão pernambucano chegou a 61 pontos e foi beneficiado pelos tropeços de Sampaio e Náutico. Com isso, abriu quatro pontos de vantagem e pode subir já no próximo sábado, em Itu, contra o lanterna Mogi.
O time de Martelotte encaixou. Com padrão de jogo e fisicamente bem, com intensidade durante 90 minutos. Numa reta final, essa condição é primordial. No primeiro tempo contra o Fogão, é verdade, o time foi mais precavido, forçado pelo mandante, com 57% de posse e duas ótimas chances – uma delas evitada por Danny Morais. No segundo tempo, o Tricolor manteve a formação com três atacantes, com Grafite centralizado. Usando bem as laterais, sobretudo a esquerda, a Cobra Coral aos poucos foi dominando, criando chances.
A torcida até lamentou a defesa de Helton Leite no primeiro minuto, com Grafa na pequena área. Depois disso, deitou e rolou. Aos 5, Luisinho acionou Grafite, em clara posição irregular, e o atacante, de forma inteligente, foi até a linha de fundo e rolou para Lelê, desmarcado, marcar o seu 5º gol. Doze minutos depois, o mesmo Lelê foi substituído por Bileu. O objetivo era congestionar o meio, já com dois marcadores, para impedir as investidas do Botafogo, com clara dificuldade na saída de bola.
E a Estrela Solitária nem atacou nem se defendeu. Aos 23, sem polêmica alguma, num contragolpe bem armado, Luisinho avançou live e, consciente, tocou para Grafite ampliar. O lance deixou a vantagem incontestável no Engenhão, pela superioridade demonstrada pelos pernambucanos. E Bruno Moraes, que entrara no lugar do camisa 23, ainda deixou o seu, frustrando de vez os 23 mil alvinegros presentes. Em compensação, a quantidade de gente que celebrou no Recife não foi brincadeira…
A Seleção Olímpica já pediu passagem no Recife, seguindo a sua caminhada rumo aos Jogos do Rio de Janeiro. Ainda sem Neymar e sem chamar tanta atenção, apesar de alguns nomes promissores no time. Na Ilha do Retiro, onde o Brasil venceu os Estados Unidos, pouca gente acompanhou, mas com um comportamento cada vez mais incomum, infelizmente.
Sem qualquer rusga, camisas e bandeiras de Santa Cruz, Náutico e Sport ficaram lado a lado na arquibancada, entre as amarelas da Seleção Brasileira, misturadas entre os sete mil espectadores. Claro, a rivalidade surgiu em alguns momentos, mas apenas com gritos de guerra dos clubes – nada de brados desrespeitosos das organizadas. Nas cadeiras da Ilha do Retiro, o cazá cazá foi mais forte, naturalmente. Mas, acredite, também puxaram o N-A-U-T-I-C-O ali. O grito timbu foi abafado pelos rubro-negros, é verdade, mas o jogo seguiu.
No mesmo setor, dirigentes rivais acompanharam o amistoso, como Constantino Júnior, vice do Tricolor. Até o treinador coral, Marcelo Martelotte, compareceu. Nada de escolta, não precisava. O clima era mesmo outro, bom. Algo que a Seleção, com toda a sua crise técnica, ainda consegue promover…
Foi a última “terça-feira cheia” da Série B em 2015. Uma noite repleta de emoção. No topo da tabela, o Botafogo ganhou mais uma e sacramentou a volta à primeira divisão. Vai agora pelo título, que escapou em 2003, quando também disputou a segundona (subiu como vice). Em relação aos pernambucanos, melhor para o Tricolor. O Santa Cruz venceu o Oeste e se consolidou na 4ª colocação, agora de forma isolada, com 58 pontos. O Timbu segue na briga, mas com mais pressão. O Náutico empatou com o Macaé, fora de casa, e caiu para a 6ª colocação, ainda pertinho do G4 – está a dois pontos.
Mais. Três concorrentes diretos se deram mal. O Bahia empatou em casa com o ABC (rebaixado) e o Paysandu ficou no 1 x 1 com o lanterna Mogi Mirim. Já o Bragantino foi arrasado pelo Ceará (3 x 0), que vai ensaiando uma permanência incrível. São cinco vitórias seguidas, todas sob o comando de Lisca.
No G4, um carioca (classificado), um mineiro, um baiano e um pernambucano.
A 36ª rodada dos representantes pernambucanos
14/11 (16h30) – Náutico x CRB (Arena Pernambuco)
14/11 (16h30) – Botafogo x Santa Cruz (Nilton Santos, Rio de Janeiro)
Uma vitória categórica do Santa Cruz, confirmando a arrancada na Série B para um objetivo há muito tempo esperado. Dez anos depois de seu último acesso à Série A, o Tricolor está a apenas três rodadas de repetir o feito. Contra o Oeste e apoiado por 26 mil torcedores, o time manteve a pegada vista na heroica virada contra o Bahia e venceu o Oeste, com todos os setores do time trabalhando muito bem, mantendo o clube no G4.
Os corais até levaram um susto no Arruda, no primeiro minuto, num contragolpe com três jogadores contra um defensor. A má execução dos paulistas findou a chance de pontuação. A partir disso, o campeão pernambucano voltou a mostrar conjunto em campo. Vetado pelo departamento médico, Grafite acabou não sendo um grande desfalque. Isso porque o time dirigido por Marcelo Martelotte vem ganhando confiança e se impondo em campo. Na bola parada, aos 20, Daniel Costa abriu o placar. Foi o seu quatro gol de falta na Série B.
Ainda no primeiro tempo, um gol de oportunismo, através de Danny Morais, que no sábado já havia deixado o seu na Fonte Nova. No segundo tempo, outro lance bem distinto, numa jogadaça do lateral-esquerdo Allan Vieira, que avançou do campo de defesa. Em velocidade, foram quase 70 metros até o cruzamento para Luisinho empurrar para as redes. O Oeste ainda diminuiu no fim, 3 x 1. Adiantou de nada, pois a vitória já estava consolidada, deixando o Santa isolado em 4º lugar, com 58 pontos. Perto do sonho.