Em jogo com 17 cartões, Santa empata com o CRB e completa 10 jogos invicto

Nordestão 2018, 4ª rodada: CRB 1 x 1 Santa Cruz. Foto: PEI FON (via Superesportes)

A partida entre CRB e Santa foi bem acirrada, além da conta, com muitas jogadas ríspidas. Ao todo, o árbitro Marielson Alves distribuiu 17 cartões, sendo 14 amarelos e 3 vermelhos – o tricolor teve dois expulsos, atuando com nove durante oito minutos. No Rei Pelé, o confronto valia a liderança do grupo A do Nordestão. E foi defendida pelos pernambucanos com muita raça, 1 x 1.

No hiato entre os dois clássicos contra o Sport, o Santa viajou ao estado vizinho para um jogo perigoso. Em campo, o misto tricolor contou com o reforço de Danny Morais, voltando para o seu 103º jogo. Mais segurança na defesa e velocidade à frente, com o visitante envolvendo o galo alagoano. Foram três boas oportunidades em vinte minutos, com Geovani (chute cruzado), Arthur (falta – que deveria ter sido pênalto) e Vinícius (escorando). Abusando das faltas, o irritadiço CRB mal passava do meio-campo. Por volta dos 30 minutos ocorreu uma parada técnica, na qual o técnico Mazola Júnior aproveitou para cobrar o seu time. Técnica ou moralmente, o time voltou melhor e abriu o placar com Anderson Conceição, marcou de cabeça após uma bola no travessão. Logo depois, Neto Baiano obrigou Machowski a uma boa defesa – o goleiro coral faria outras duas ótimas intervenções.

Nordestão 2018, 4ª rodada: CRB 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/twitter (@santacruzfc)

No segundo tempo, a reação do Santa passou por uma mudança. A entrada do ponta Robinho no lugar de Jeremias, bem marcado no jogo. O atacante deu mais mobilidade e enfim o time conseguiu quebrar as linhas adversárias, com chances efetivas. Após boas jogadas aos 24 e 26, Robinho marcou aos 29, concluindo um cruzamento de Paulo Henrique. Àquela altura, os dois times já estavam bem pendurados com cartões, com Fabinho (Santa) e Flávio (CRB) expulsos após agressão. E o jogo seguiu parando a cada dois metros, com falta atrás de falta. Perdendo outro jogador, Paulo Henrique, os corais seguraram o empate, que ampliou a invencibilidade para dez jogos, entre Estadual e Nordestão: 4V, 6D e 0D. Agora, foco no Clássico das Multidões…

CRB x Santa Cruz (todos os mandos)
71 jogos
32 vitórias tricolores (45,0%)
18 empates (25,3%)
21 vitórias alagoanas (29,5%)

Nordestão 2018, 4ª rodada: CRB 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/twitter (@santacruzfc)

Santa perde de virada do CRB, chega a seis derrotas seguidas e segue no Z4

Série B 2017, 22ª rodada: Santa Cruz 1 x 2 CRB. Crédito: Premiere/reprodução

O Santa voltou a decepcionar, numa curva descendente cada vez mais perigosa. O time somou a sexta derrota seguida, igualando a pior série do Náutico, quando no Z4. É o q que parece ocorrer com o tricolor, cujo rendimento em campo é bastante irregular. No Arruda, perdeu a terceira seguida com o mesmo script. Diante de Paysandu, Criciúma e CRB fez 1 x 0 e sofreu o 1 x 2. Desta vez, o entrou em campo beneficiado pela derrota do Goiás, fazendo com que uma simples vitória sobre o rival alagoano o tirasse do Z4. O fato de também ter sido o primeiro jogo de Grafite no Mundão, em sua quarta passagem, também contribuiu para o público. Acima da média coral na competição, mas ainda longe do ideal: 8.110 espectadores.

O técnico Givanildo Oliveira apostou no meia João Paulo, centralizando o Grafa, com Bruno Paulo e André Luís nas pontas. Manteve Ricardo Bueno no banco, cuja utilização foi posta em dúvida desde o retorno do camisa 23. E, de fato, a estrutura tática já era a mesma com Bueno. Contudo, o coletivo segue ruim, mesmo com os testes. É um time deserto no meio-campo, cujo setor foi travado pela boa participação do volante Rodrigo Souza, ex-Náutico. Mais organizado, o CRB só não aproveitou as chances na primeira etapa pelas duas furadas do atacante Edson Ratinho, uma pra finalizar e outra pra cruzar.

Série B 2017, 22ª rodada: Santa Cruz x CRB. Foto: Roberto Ramos/DP

Mesmo mal, o Santa abriu o placar, a partir de um erro do CRB, com Nininho esperto. Dominou a bola e cruzou para Grafite que, em posição adiantada, balançou as redes. O ídolo coral chegou a 48 gols em 110 partidas, somando todas as passagens. Ainda faria outro, também adiantado, mas desta vez anulado pela arbitragem. No segundo tempo, a chuva apertou demais. A condição do gramado estava melhor, mas ficou bem pesado e com algumas poças. Curiosamente, quem se adaptou logo foi o visitante. Ou seja, passes mais altos e arremates de longe, como no golaço de Tony, aos 14.

O tricolor acusou o golpe, exalando nervosismo. Giva mudou nove minutos depois, de forma dupla. Saíram os dois pontas e entraram Bueno e Léo Lima. Ou seja, mais um meia para dar qualidade ao último passes e dois atacantes de área. Embora o zagueiro alagoano Adalberto tenha falhado bisonhamente duas vezes na entrada da área, os corais não aproveitaram. No finzinho, todas as boas chances passaram a ser do CRB, como uma falta no travessão de Neto Baiano. Aos 43, o ex-atacante do Sport iniciaria a jogada decisiva, cruzando para Marion, que, na linha de fundo, devolveu de cabeça para Chico, que completou para o gol vazio, 1 x 2. Assim, aumentou para sete o jejum de vitórias do Santa e aumentou a incerteza sobre a capacidade de reação…

O jejum de vitórias do tricolor na Série B
21/07 – Santa Cruz 1 x 1 Boa
29/07 – Paraná 4 x 0 Santa Cruz

01/08 – Santa Cruz 1 x 2 Paysandu
05/08 – Juventude 2 x 1 Santa Cruz
08/08 – Santa Cruz 1 x 2 Criciúma
19/08 – Guarani 2 x 0 Santa Cruz
26/08 – Santa Cruz 1 x 2 CRB

Série B 2017, 22ª rodada: Santa Cruz x CRB. Foto: Roberto Ramos/DP

Com gol de pênalti, Santa Cruz perde a invencibilidade na Série B no Rei Pelé

Série B 2017, 3ª rodada: CRB 1x0 Santa Cruz. Crédito: Douglas Araújo/Ascom CRB

O Santa Cruz não abriu mão de seus estilo de jogo. Muita marcação, saída de jogo de forma cadenciada com os volantes e busca incessante pelo centroavante, isolado na maior parte do time. Em sua terceira apresentação na Série B, foi mais uma vez pressionado. Diante de Criciúma e Guarani, o clube aproveitou as chances criadas, sobretudo a partir de erros capitais dos adversários. Contra o combativo e líder provisório CRB, desta vez não deu.

No Rei Pelé, num jogo de 100 passes errados, o tricolor perdeu de 1 x 0, gol do folclórico Neto Baiano. O centroavante converteu um pênalti aos 28 do segundo tempo, numa marcação bem assinalada – Anderson Salles cortou com o braço, após boa defesa de Júlio César. Em desvantagem, os corais não criaram chance alguma. Só ficaram perto do empate numa falha do zagueiro Boaventura, que acertou a própria trave após cruzamento de Nininho.

A queixa da torcida passa necessariamente por Eutrópio, com soluções equivocadas no decorrer. No segundo tempo, tirou Barbio (em evolução) e colocou Primão. Com a decisão, manteve Éverton Santos em campo. Quase figurante. Outra questão foi a entrada de Ricardo Bueno. Decisivo na vitória de sábado, o atacante entrou faltando dez minutos, no lugar de Elicarlos. Foi um raro momento de ousadia do treinador coral, que demorou demais para fazer a troca. Calejado, até por ter plena convicção em seu estilo, Eutrópio terá oito de dias de cobranças. Ou, na ótica dele, claro, oito dias de preparação até uma pedreira, o Atlético-PR pela Copa do Brasil. E a vaga vale R$ 1,1 milhão…

Série B 2017, 3ª rodada: CRB 1x0 Santa Cruz. Crédito:  Ailton Cruz/FAF (federação alagoana de futebol)

A experiência de Grafite, o craque do Campeonato Pernambucano de 2016

Grafite, o craque do Estadual 2016, no Troféu Lance Final. Foto: Santa Cruz/twitter (@SCFC_OFICIAL)

Grafite foi eleito o craque do Campeonato Pernambucano de 2016, na festa do Troféu Lance Final, a seleção oficial da competição. O experiente atacante, que já havia liderado o Santa no acesso à Série A e no título do Nordestão, também teve um papel importante no Estadual. Marcou apenas três gols, é verdade, mas o trabalho na frente, quebrando a marcação e abrindo espaço para os companheiros, fomentou inúmeros contragolpes, a marca registrada do time.

Uma curiosidade sobre o camisa 23 é a idade, 37 anos, completados em 2 de abril. Tornou-se o mais veterano a levar o prêmio principal. Superou Marcelinho Paraíba, que em 2012 foi eleito no fim dos seus 36 anos. Estava a apenas cinco dias do aniversário. Por outro lado, Vítor Júnior foi o mais jovem, eleito com apenas 20 anos em 2007 – hoje, tanto tempo depois, ainda não chegou aos 30. Relembrando todos os craques eleitos pela imprensa especializada no Troféu Lance Final, Bala e Kuki são os recordistas, com duas premiações.

Ah, com o Grafa, o Santa Cruz chegou a seis prêmios, liderando o quesito…

2016 – Santa Cruz, Grafite (atacante, 37 anos)
2015 – Santa Cruz, João Paulo (meia, 24 anos)
2014 – Sport, Neto Baiano (atacante, 31 anos)
2013 – Santa Cruz, Dênis Marques (atacante, 32 anos)
2012 – Sport, Marcelinho Paraíba (meia, 36 anos)
2011 – Santa Cruz, Tiago Cardoso (goleiro, 26 anos)
2010 – Sport, Eduardo Ramos (meia, 24 anos)
2009 – Náutico, Gilmar (atacante, 25 anos)
2008 – Sport, Romerito (meia, 33 anos)
2007 – Sport, Vítor Júnior (meia, 20 anos)
2006 – Santa Cruz, Carlinhos Bala (atacante, 26 anos)
2005 – Santa Cruz, Carlinhos Bala (atacante, 25 anos)
2004 – Náutico, Kuki (atacante, 33 anos)
2003 – Náutico, Kuki (atacante, 32 anos) 

Confira todas as seleções oficiais do Estadual, de 2003 a 2016, clicando aqui.

Player of the Year, o destaque dos clubes ingleses como inspiração aos recifenses

Player oh the Year 2015 de Chelsea (Hazard), Manchester United (De Gea) e Liverpool (Philippe Coutinho). Crédito: clubes/divulgação

Ao fim de qualquer campeonato de futebol, seja lá onde for, é uma tradição a eleição do melhor jogador. Seja por critérios técnicos, subjetivos etc. Dos torneios em divisões menores à Copa do Mundo. Mas há também a abrangência anual, com federações e confederações definindo o craque da temporada, tendo como auge, sem dúvida, a Bola de Ouro da Fifa, em vigor desde 1991. Indo além, existe até uma escolha interna dos próprios clubes. Isso mesmo. Na Inglaterra, o Player of the Year é uma tradição de longa data. O Chelsea, por exemplo, elege o seu melhor jogador no ano independentemente do desempenho do time (pode ser campeão europeu ou rebaixado) desde 1967.

Acima, os eleitos de Chelsea (Hazard), Manchester United (De Gea) e Liverpool (Philippe Coutinho) em 2015. Nota-se o alto nível da festa, com troféus especiais, transmissões exclusivas e engajamento da torcida, com a escolha baseada na opinião dos torcedores (e/ou sócios) e da comissão técnica. As festas também contam com outros prêmios, como a revelação da temporada, o gol mais bonito e os novos integrantes para o hall da fama particular.

No Recife não há nada do tipo, mas vale ao menos estudar a ideia, que poderia encorpar as ações de marketing. A partir da ideia inglesa, o blog escolheu os principais nomes alvirrubros, tricolores e rubro-negros na década vigente. Uma artilharia, um acesso, uma atuação inesquecível numa final, um ano regular ou o fato de ter sido a exceção num mau momento. Tem de tudo. No twitter, analisei alguns jogadores com torcedores, acatando algumas sugestões, outras não. Obviamente, as três listas estão abertas a críticas e dicas de novos nomes…

Náutico
2011 – Kieza (atacante), goleador da Série B (21 gols), com acesso à elite 
2012 – Kieza (atacante), 13 gols na Série A, levando o time à Sul-Americana
2013 – Maikon Leite (atacante), destaque solitário num ano horrível (8 gols na A)
2014 – Vinícius (meia), titular o ano inteiro, decisivo para o vice estadual
2015 – João Ananias (volante), pilar defensivo na boa campanha na Série B

Santa Cruz
2011 – Tiago Cardoso (goleiro), craque do Estadual e decisivo no acesso à C
2012 – Dênis Marques (atacante), artilheiro do PE (15 gols) e da Série C (11)
2013 – Tiago Cardoso (goleiro), destaque no tri estadual e no acesso à Série B
2014 – Léo Gamalho (atacante), 32 gols na temporada
2015 – João Paulo (meia), destaque no título estadual e no acesso à Série A

Sport
2011 – Marcelinho Paraíba (meia), melhor jogador na campanha do acesso
2012 – Hugo (meia), apesar do descenso, até recuperou o time (8 gols na A)
2013 – Marcos Aurélio (meia), 32 gols e destaque no acesso à Série A
2014 – Neto Baiano (atacante), destaque nos títulos do Nordestão e do Estadual
2015 – Diego Souza (meia), 9 gols e 10 assistências no 6º lugar na Série A

Como curiosidade em relação ao “Jogador do ano”, eis os nomes escolhidos pelos supracitados clubes ingleses no mesmo período. No caso do United, o troféu faz uma homenagem a um famoso ex-treinador, Matt Busby, que treinou o time de 1945 a 1969 e em 1971, conquistando cinco títulos ingleses e a primeira Champions League do clube, em 1968. Por sinal, caso algum time pernambucano adotasse a ideia, qual seria o nome do troféu?

Chelsea (Player of the Year), desde 1967
2011 – Petr Cech (goleiro), República Tcheca
2012 – Juan Mata (meia), Espanha
2013 – Juan Mata (meia), Espanha
2014 – Hazard (atacante), Bélgica
2015 – Hazard (atacante), Bélgica

Manchester United (Sir Matt Busby Player of the Year), desde 1988
2011 – Javier Hernández (atacante), México
2012 – Antonio Valencia (meia), Equador
2013 – Van Persie (atacante), Holanda
2014 – De Gea (goleiro), Espanha
2015 – De Gea (goleiro), Espanha

Liverpool (Player of the Season), desde 2002
2011 – Lucas Leiva (volante), Brasil
2012 – Skrtel (zagueiro), Eslováquia
2013 – Luis Suárez (atacante), Uruguai
2014 – Luis Suárez (atacante), Uruguai
2015 – Philippe Coutinho (meia), Brasil

Timbu segue 100% após três jogos, a uma vitória da sua melhor largada na Série B

Série B 2015, 3ª rodada: Náutico 2x0 Criciúma. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Três jogos, três vitórias, quatro gols marcados e nenhum gol sofrido. A arrancada do Náutico em 2015, ainda 100%, é a melhor da história do clube na Série B na era dos pontos corridos, fórmula iniciada em 2006.

Após os resultados positivos diante de Luverdense e Boa Esporte, com um golzinho em cada apresentação, o Timbu derrotou com autoridade o Criciúma, adversário de tradição na competição. O placar foi construído em apenas vinte minutos de bola rolando, com muita aplicação tática e vibração.

O centroavante Douglas foi decisivo, marcando o primeiro tento e sofrendo o pênalti convertido pelo zagueiro Ronaldo Alves, 2 x 0. No fim, a comemoração de Lisca “frescando” junto à torcida na Arena Pernambuco, após o apito final. A torcida, empolgada, foi no embalo. Valeu a noite. A explicação da dancinha é bem óbvia: Neto Baiano, ex-rival no Sport, atua na equipe catarinense.

Arrancadas do Alvirrubro na Série B (pontos corridos)
2006 – 2 vitórias e 1 derrota (66%)
2010 – 2 vitórias e 1 empate (77%)
2011 – 1 vitória, 1 empate e 1 derrota (44%)
2014 – 1 vitória e 2 empates (55%)
2015 – 3 vitórias (100%)

Indo além, a melhor largada do clube em toda a história da segunda divisão, desde 1971, ocorreu em 2001, quando bateu Remo (2 x 1), ABC (4 x 0), Ceará (2 x 1) e Nacional (1 x 0), duas vitórias em casa e duas fora. A série 100% terminou apenas na 5ª rodada, no empate em 1 x 1 com o Paysandu.

Logo, em 30 de maio o Timbu enfrentará o Sampaio Corrêa, em São Luís, para igualar o recorde e manter a liderança (ou, no máximo, co-liderança). Para uma equipe que começou o ano tão mal, e que está num processo de reformulação, essa estatística deverá convencer até o torcedor mais desconfiado de que a jornada no Campeonato Brasileiro deste ano pode ser surpreendente…

Série B 2015, 3ª rodada: Náutico 2x0 Criciúma. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Noite infeliz de Eduardo Batista, com o Sport voltando à briga contra o Z4

Série A 2014: Sport x Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A preocupação com a parte de baixo da tabela é real. Um velho temor de volta.

Com a terceira derrota seguida, numa série de cinco jogos sem vitória, o Sport não pode mais fingir que não faz parte da enorme briga contra o descenso.

O revés por 2 x 1 neste domingo, diante do Vitória, foi o resultado de uma noite  bem infeliz de Eduardo Batista, na escalação, posicionamento e mudanças.

Após as derrotas nas arenas de São Paulo e Porto Alegre, ele mexeu bastante na estrutura da equipe, montando um time sem um atacante de origem. Havia apenas Diego Souza, mais uma vez saindo de sua função.

O objetivo era trabalhar a bola e aproveitar os erros dos baianos, desesperados no Z4. Porém, qualquer discurso do treinador pernambucano sumiu aos 40 segundos, quando Rithely desviou de cabeça uma bola cruzada pela esquerda e marcou um gol contra, um dos mais rápidos da história do Brasileiro.

Sem pegada dos volantes, o time não promoveu qualquer reação. A ideia de trocar passes também foi um fiasco, pois a equipe errou bastante.

Quem não errou foi o Vitória, que abriu 2 x 0, num bela virada de Dinei aos 27 minutos. No lance, a zaga do Sport teve duas chances para tirar a bola.

O desespero mudara de lado. E só não foi pior no intervalo por causa do gol de Diego Souza – terminando o jejum do time de 440 minutos sem gols. Veio a primeira mexida, com Felipe Azevedo no lugar de Vitor. Perderia os gols de sempre e diminuiria a precisão no lado direito.

Depois, a mexida incompreensível, com a saída de Diego Souza (que não estava cansado ou machucado) para a entrada de Neto Baiano. O camisa 9 só tocaria na bola uma vez – não finalizou.

Os gritos de “burro, burro” surgiram antes do apito final, deixando claro que o lastro alcançado pelo técnico no primeiro semestre está esgotado.

Uma sacudida é vital para não esgotar tambpem a gordura na classificação.

Série A 2014: Sport x Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Seleção nordestina é premiada com timing irregular

Seleção oficial da Copa do Nordeste 2014. Crédito: Esporte Interativo

A decisão da Copa do Nordeste de 2014, entre Ceará e Sport, no Castelão, aconteceu no dia 9 de abril. Somente agora, em 18 de setembro, haverá a premiação oficial da seleção dos melhores jogadores da competição.

Ou seja, 162 dias depois do troféu dourado ter sido erguido pelo Leão.

Nos campeonatos estaduais, incluindo o Pernambucano, a festa de entrega costuma ocorrer no dia seguinte à decisão ou no domingo seguinte.

No Nordestão, a cerimônia de premiação dos onze titulares (6 do Sport, 3 do Ceará, 1 do Santa Cruz e 1 do CSA) será realizada no Recife, paralela ao lançamento do regional de 2015. Que em 2015 a entrega seja mais rápida…

Pontinho leonino em jogo duro de assistir

Série A 2014, 22ª rodada: Sport x Inter. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Um jogo de futebol envolvendo dois times entre os oito melhores colocados da Série A merecia um nível técnico melhor.

O empate em 0 x 0 entre Sport e Inter, na Arena Pernambuco, foi duro de assistir.

Foi uma partida de muita marcação, mas com uma maior posse de bola dos colorados, que chegaram a ter 57% de domínio.

Mesmo com Diego Souza enfim jogando boa parte do tempo, o técnico leonino, Eduardo Batista, não abriu mão do seu esquema. Precaução.

Talvez por ser refém de uma única forma de jogar – e que vem rendendo pontos, sendo justo -, o treinador tenha optado mais uma vez por peças de pouquíssimo futebol.

A vaia na primeira substituição da equipe, com a saída de Felipe Azevedo e a entrada de Érico Júnior, foi emblemática… Ninguém agradou ali.

No fim, Neto Baiano, completando 32 anos nesta quarta, ganhou nova chance. Aí, voltamos à questão do esquema tático, com o centroavante entrando no lugar de Diego Souza. Parece ser difícil encaixar os dois no mesmo time.

Sobre o Internacional, muita gritaria de Abel Braga na área técnica e catimba do D’Alessandro, que junto a Alex levou perigo no primeiro tempo.

Na segunda etapa, o maior objetivo parecia sobreviver acordado até o apito final.

Sem jogar bem – ofensivamente falando, diga-se -, o Leão somou um pontinho importante num resultado que não agradou, com vaias. Talvez lá na frente esse placar seja mais valorizado…

Série A 2014, 22ª rodada: Sport x Inter. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Sem sair do país, o Sport escreve a sua pior campanha internacional

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Vitória 2x1 Sport. Foto: EDSON RUIZ/COOFIAV/ESTADÃO CONTEÚDO

A eliminação do Sport na Copa Sul-Americana de 2014 é uma das mais vexatórias da história rubro-negra. Sem dúvida alguma, a pior entre as suas quatro campanhas internacionais.

A queda começou pela empolgação criada pelo clube, nas palavras do presidente e do técnico, que chegou a falar em favoritismo ao título. O investimento em jogadores caros como Diego Souza e Ibson faziam parte do processo. Claro, foram contratações dignas de elogio, mas que mal tiveram tempo no foco principal de suas negociações.

Derrotado duas vezes pelo time reserva do Vitória, o lanterna do Brasileirão, com falhas gritantes na defesa, o Leão sequer saiu do país.

No Barradão, num vazio do tamanho do interesse dos baianos pelo torneio, o Sport até fez uma partida superior àquela tenebrosa apresentação na Ilha. Contudo, mostrou pela enésima vez uma deficiência nas conclusões.

Finalizaram com perigo Ibson, Wendel, Rithely, Felipe Azevedo e Érico Júnior. Rithely ainda teria outra oportunidade, marcando o único gol leonino, mas insuficiente para evitar o revés por 2 x 1, nesta quarta.

Nota-se que quem não finalizou com perigo foi justamente o centroavante do time, Neto Baiano, em outra jornada apagada, chegando atrasado nos lances. No seu único chute, a bola quase foi para a lateral.

A Sula era a prioridade rubro-negra no segundo semestre. Já era. Agora, “resta” conduzir a campanha na Série A, até aqui histórica. Mas é preciso ver o quanto o moral do elenco será abalado pelo sonho paralelo (e distante)…

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Vitória 2x1 Sport. Foto: Eduardo Martins/A Tarde/Futura Press