A partida entre CRB e Santa foi bem acirrada, além da conta, com muitas jogadas ríspidas. Ao todo, o árbitro Marielson Alves distribuiu 17 cartões, sendo 14 amarelos e 3 vermelhos – o tricolor teve dois expulsos, atuando com nove durante oito minutos. No Rei Pelé, o confronto valia a liderança do grupo A do Nordestão. E foi defendida pelos pernambucanos com muita raça, 1 x 1.
No hiato entre os dois clássicos contra o Sport, o Santa viajou ao estado vizinho para um jogo perigoso. Em campo, o misto tricolor contou com o reforço de Danny Morais, voltando para o seu 103º jogo. Mais segurança na defesa e velocidade à frente, com o visitante envolvendo o galo alagoano. Foram três boas oportunidades em vinte minutos, com Geovani (chute cruzado), Arthur (falta – que deveria ter sido pênalto) e Vinícius (escorando). Abusando das faltas, o irritadiço CRB mal passava do meio-campo. Por volta dos 30 minutos ocorreu uma parada técnica, na qual o técnico Mazola Júnior aproveitou para cobrar o seu time. Técnica ou moralmente, o time voltou melhor e abriu o placar com Anderson Conceição, marcou de cabeça após uma bola no travessão. Logo depois, Neto Baiano obrigou Machowski a uma boa defesa – o goleiro coral faria outras duas ótimas intervenções.
No segundo tempo, a reação do Santa passou por uma mudança. A entrada do ponta Robinho no lugar de Jeremias, bem marcado no jogo. O atacante deu mais mobilidade e enfim o time conseguiu quebrar as linhas adversárias, com chances efetivas. Após boas jogadas aos 24 e 26, Robinho marcou aos 29, concluindo um cruzamento de Paulo Henrique. Àquela altura, os dois times já estavam bem pendurados com cartões, com Fabinho (Santa) e Flávio (CRB) expulsos após agressão. E o jogo seguiu parando a cada dois metros, com falta atrás de falta. Perdendo outro jogador, Paulo Henrique, os corais seguraram o empate, que ampliou a invencibilidade para dez jogos, entre Estadual e Nordestão: 4V, 6D e 0D. Agora, foco no Clássico das Multidões…
CRB x Santa Cruz (todos os mandos)
71 jogos
32 vitórias tricolores (45,0%)
18 empates (25,3%)
21 vitórias alagoanas (29,5%)