O globoesporte.com lançou a nova versão do Mapa de curtidas dos times do Brasil no facebook, numa parceria com a rede social de Mark Zuckerberg. Com 102 milhões de usuários ativos no país, o face é um bom termômetro acerca das torcidas, embora qualquer pessoa possa curtir quantos times quiser – seja por empatia, em maior ou menor grau, ou por curiosidade sobre as atividades dos rivais. De toda forma, o mapa interativo de 2017 traz dados interessantes. Aqui, um viés sobre os sete principais clubes do Nordeste.
Embora a recorrente influência de Flamengo e Corinthians seja grande no interior da Bahia, do Ceará e de Pernambuco, nas respectivas regiões metropolitanas a força dos times locais ainda é enorme. Por sinal, nesta temporada o levantamento também trouxe um gráfico com os dois clubes mais curtidos em cada município. E a dupla Ba-Vi aparece em 17 cidades (sendo a 6º dupla com mais cidades), enquanto o Clássico das Multidões está presente em 14 (7º lugar) e o Clássico-Rei em 9 (10º lugar).
A partir dos dados também é possível conferir o número de pessoas presentes em cada página oficial no face dentro e fora do estado de origem. E a massificação da informação via internet parece ter elevado esse segundo dado, numa surpresa positiva. O menor percentual de ‘torcida forasteiro’ está na casa de 28%, com o Ceará, um dado já alto. O Santa chegou a 40%! O G7 do Nordeste, aliás, está presente em todos os 27 estados brasileiros, com São Paulo sendo, disparado, o maio centro de curtidas fora da região.
Número de curtidas em 20/12/2017 (% estado de origem x % demais locais) 1.114.404 (69,3% x 30,6%) – Bahia (ecbahia) 1.086.005 (69,5% x 30,4%) – Sport (sportclubdorecife) 668.424 (71,1% x 28,8%) – Ceará (cearasc) 626.168 (63,7% x 36,2%) – Fortaleza (fortalezaec) 570.386 (58,9% x 41,0%) – Santa Cruz (oficialsantacruzfc) 433.351 (68,7% x 31,2%) – Vitória (ecvitoriaoficial) 211.608 (60,6% x 39,3%) – Náutico (nauticope)
Abaixo, os cinco estados com mais curtidas de cada clube e o mapa de influência na região, segundo o globoesporte/facebook, com a cor mais escura indicando uma presença mais forte.
O confronto contra a Itabaiana é considerado fundamental para a organização financeira do Náutico no primeiro semestre de 2018. O duelo em ida e volta, pela preliminar do Nordestão, vale um adicional de R$ 500 mil ao classificado – que já larga com R$ 250 mil pela participação na fase. E a estreia será já em 8 de janeiro, numa segunda à noite. Enquanto centenas de clubes brasileiros realizam a pré-temporada, já curta devido à Copa do Mundo, o timbu entra em campo à vera, por um lugar no grupo C, com Bahia, Botafogo-PB e Altos-PI.
As datas da seletiva foram, enfim, detalhadas pela CBF, que antecipou em um dia o jogo de ida, no interior sergipano, e adiou em um dia a volta, confirmada para um sábado à tarde na Arena Pernambuco – embora a vontade do timbu, insatisfeito com a gestão estádio, fosse atuar no Gileno de Carli, no Cabo.
Os ajustes atenderam ao pedido do Esporte Interativo, que vai exibir os jogos.
Desta forma, eis o novo calendário do Náutico em 2018…
De 31 a 66 partidas oficiais em 4 torneios Copa do Nordeste (08/01 a 10/07) – de 2 a 14 jogos (até 5 fases) Estadual (19/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases) Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases) Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases)
A quinta temporada da Arena Pernambuco foi a mais esvaziada em termos de público e renda no futebol, considerando os jogos oficiais dos grandes clubes da capital. Embora tenha recebido o mesmo número de partidas que o ano anterior neste contexto, 30, o borderô contabilizou uma queda de 44 mil torcedores, ou 18% a menos. A taxa de ocupação dos assentos vermelhos expõe de forma clara o cenário, com apenas 14%, reflexo da média de 6.690 – e olhe que o recorde de público, entre clubes, foi batido.
Pela primeira vez o empreendimento foi administrado do começo ao fim do ano pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, que buscou soluções alternativas no entorno para o movimentá-lo (Domingo na Arena, Som na Arena e Arena games), além de eventos religiosos (um deles com 50 mil pessoas). No futebol propriamente dito, no entanto, a conta ficou difícil de fechar. Basta dizer que em 2014, com o Todos com a Nota ainda em execução, o faturamento do estádio foi de 14 milhões de reais, contando apenas o Trio de Ferro, enquanto em 2017 não chegou sequer a 3 milhões,
Nos quatro primeiros anos de operação do estádio em São Lourenço, nas gestões da Odebrecht e do governo, o resultado financeiro foi sempre negativo, com déficit de R$ 29,7 milhões em 2013, de R$ 24,4 milhões em 2014, de R$ 19,0 milhões em 2015 e de R$ 7,0 milhões em 2016. Improvável um quadro diferente no próximo balanço, a ser divulgado em junho.
Neste ano, a Arena Pernambuco registrou o pior público total, a pior média de público, a pior taxa de ocupação, a pior arrecadação, a pior média de renda e o pior tíquete médio. Apenas um dado escapou: número de jogos.
A conturbada relação entre Náutico e Arena, mesmo com a gestão pública, resultou no menor calendário anual – desconsiderando 2013, com a operação iniciando em junho. Tanto que o alvirrubro chegou a jogar quadro vezes no Lacerdão, em Caruaru. Se em 2016 o time brigou pelo acesso, com jogos acima de 20 mil pessoas, desta vez a lanterna na Série B derrubou a presença da torcida, pela primeira vez abaixo de 10% de ocupação.
Em junho, o governo do estado anunciou um pacote de 5 jogos com o Santa Cruz, numa sequência disputada na Série B. Foi o maior número de apresentações do clube desde 2014, mas a média de 6.374 torcedores ficou abaixo do dado até então registrado no Arruda – com 10.331 pessoas nos quatro jogos anteriores da competição. O tricolor não quis estender a parceria.
Assim como o rival coral, o Sport também teria firmado um acordo de cinco jogos na arena, mas acabou jogando apenas duas vezes – desconsiderando a Taça Ariano Suassuna, amistosa. Num desses jogos, no revés diante do Palmeiras, em 23 de julho, foi estabelecido o maior público entre clubes: 42.025. Embora a arrecadação tenha sido boa (maior que a soma dos 23 jogos do Náutico), o leão optou por voltar à Ilha por questão técnica.
A abaixo, a quantidade de jogos no Recife com mando do Trio de Ferro – os jogos de América, na Ilha (2x) e no Arruda (1x), e Belo Jardim, na Arena (1x), não estão computados. Vale destacar que em 2013 houve o clássico carioca entre Botafogo e Fluminense, com 9.669 pessoas e R$ 368 mil de renda. Por fim, a observação de que em 2015 e 2016 ocorreram jogos de portões fechados na Ilha (1x) e na Arena (1x), também desconsiderados.
Erick, Salles e André, os eleitos do blog em cada clube em 2017. Concorda?
Há 50 anos o Chelsea elege o seu melhor jogador no ano, independentemente do desempenho do time, com direito ao troféu “Player of the Year”. Uma premiação à parte de federações e confederações, que regulam competições mundo afora. Trata-se de um reconhecimento interno do clube, institucional. Na temporada 2017 o meia Eden Hazard foi o escolhido – o belga já havia sido nomeado em 2014 e 2015. Outros clubes ingleses adotam a ideia, como Manchester United e Liverpool, desde 1998 e 2002, respectivamente.
As escolhas costumam ser feitas com o engajamento da torcida, baseadas na opinião de sócios e da comissão técnica. As festas para os anúncios, com transmissões exclusivas, contam com outros prêmios, como a revelação do ano, o gol mais bonito e os novos integrantes para o “hall da fama” particular.
No futebol pernambucano não há nada do tipo, mas ao menos vale estudar a ideia, que poderia encorpar as ações de marketing. A partir da premiação em vigor nas potências da Premier League, o blog escolheu os principais nomes alvirrubros, tricolores e rubro-negros na década vigente. Uma artilharia, um acesso, uma atuação inesquecível numa decisão, um ano regular ou mesmo o fato de ter sido a exceção num mau momento do clube. Tem de tudo. Obviamente, as três listas estão abertas a críticas e dicas de novos nomes…
Náutico 2011 – Kieza (atacante), goleador da Série B (21 gols), com acesso à elite 2012 – Kieza (atacante), 13 gols na Série A, levando o time à Sul-Americana 2013 – Maikon Leite (atacante), único destaque em ano horrível (8 gols na A) 2014 – Vinícius (meia), titular o ano inteiro, decisivo para o vice no PE 2015 – João Ananias (volante), pilar defensivo na boa campanha na Série B 2016 – Rony (atacante), 11 gols na Série B e destaque no 5º lugar na B 2017 – Erick (atacante), estreando como profissional, fez 9 gols em 39 jogos
Santa Cruz 2011 – Tiago Cardoso (goleiro), craque do Estadual e decisivo no acesso à C 2012 – Dênis Marques (atacante), artilheiro do PE (15 gols) e da Série C (11) 2013 – Tiago Cardoso (goleiro), destaque no tri do PE e no acesso à Série B 2014 – Léo Gamalho (atacante), 32 gols marcados na temporada 2015 – João Paulo (meia), destaque no título estadual e no acesso à Série A 2016 – Keno (atacante), com velocidade, ganhou o NE e fez 10 gols na A 2017 – Anderson Salles (zagueiro), artilheiro do time (10 gols) num ano ruim
Sport 2011 – Marcelinho Paraíba (meia), o nome da campanha do acesso à elite 2012 – Hugo (meia), apesar do descenso, até recuperou o time (8 gols na A) 2013 – Marcos Aurélio (meia), 32 gols e destaque no acesso à Série A 2014 – Neto Baiano (atacante), destaque nos títulos do Nordestão e do PE 2015 – Diego Souza (meia), 9 gols e 10 assistências no 6º lugar na Série A 2016 – Diego Souza (meia), marcou 14 gols, sendo o artilheiro da Série A 2017 – André (atacante), 16 gols na Série A, o novo recorde do clube
O calendário de jogos oficiais no Recife será mais enxuto na temporada 2018. Reflexo da desistência do Sport na Copa do Nordeste e do rebaixamento de Náutico e Santa à Série C, limitando bastante o número de partidas. Mesmo que o leão alcance a decisão no Estadual e na Copa do Brasil, por exemplo, a sua agenda teria 14 jogos a menos em relação a 2017 (66 x 80). Pela primeira vez desde 2013, quando o regional foi retomado pela CBF, o clube está fora tanto do Nordestão (desistência) quanto da Sul-Americana (não obteve a vaga). Nesta temporada, somando as cotas e bilheterias dos dois torneios, o rubro-negro arrecadou R$ 9,24 milhões em vinte jogos. O desfalque será grande no caixa. Já alvirrubros e tricolores saíram de uma tabela de 38 jogos, pela segundona, para uma competição reduzida e flutuante, largando com vinte apresentações a menos. O ano efetivo dos dois pode acabar já em setembro. Só será estendido caso cheguem longe na copa nacional.
Em 2018, o calendário oficial, descontando amistosos, prevê 338 dias de ação, de 9 de janeiro (estreia alvirrubra na fase preliminar da Lampions League) a 12 de dezembro, no finalíssima da Sula. Abaixo, os cronogramas possíveis dos sete pernambucanos inscritos em competições nacionais.
Sport (de 49 a 66 partidas em 2018, em 3 torneios) Estadual (17/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases) Série A (15/04 a 09/12) – 38 jogos (fase única) Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases) Total em 2017: 80 jogos (32v, 20e, 28d)
Santa Cruz (de 35 a 64 partidas em 2018, em 4 torneios) Copa do Nordeste (16/01 a 10/07) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases) Estadual (18/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases) Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases) Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases) Total em 2017: 64 jogos (21v, 20e, 23d)
Náutico (de 31 a 66 partidas em 2018, em 4 torneios) Copa do Nordeste (09/01 a 10/07) – de 2 a 14 jogos (até 5 fases) Estadual (19/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases) Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases) Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases) Total em 2017: 59 jogos (16v, 14e, 29d)
Salgueiro (de 35 a 64 partidas em 2018, em 4 torneios) Estadual (21/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases) Copa do Nordeste (16/01 a 10/07) – de 6 a 12 jogos (até 4 fases) Série C (15/04 a 23/09) – de 18 a 24 jogos (até 4 fases) Copa do Brasil (31/01 a 17/10) – de 1 a 14 jogos (até 8 fases) Total em 2017: 39 jogos (20v, 7e, 12d)
Central, Belo Jardim e Flamengo (16 a 30 jogos em 2018, em 2 torneios) Estadual (17/01 a 08/04) – de 10 a 14 jogos (até 4 fases) Série D (22/04 a 05/08) – de 6 a 16 jogos (até 6 fases) Total em 2017:
Central – 22 jogos (6v, 4e, 12d)
Belo Jardim – 16 jogos (5v, 2e, 9d)
Flamengo – 16 jogos (7v, 5e, 4d)
Saiba mais sobre o novo calendário do futebol brasileiro clicando aqui.
Com a atualização do Ranking da CBF em dezembro de 2017, onze clubes já estão confirmados na Copa do Nordeste de 2019. Continuando a reformulação do torneio, após a criação de uma fase preliminar, com a etapa principal voltando a ter 16 times, a entidade incorporou o ranking nacional como critério de classificação. E o peso é enorme, com 55% das vagas através da lista.
A partir de agora, os Estaduais só classificam, de forma direta, os campeões. Ou seja, nove. Os demais participantes vêm do ranking, com Pernambuco e Bahia tendo duas vagas devido à classificação das federações. Os outros sete estados têm direito a uma, cada. Caso um clube já garantido no ranking obtenha o título no campeonato estadual, ele será classificado à Lampions como ‘campeão estadual’, com o ranking local beneficiando o time seguinte.
Portanto, confira abaixo os times já classificados, as respectivas fases de cada um e as equipes que podem herdar as vagas em cada federação. Melhor rankeado no Nordeste, o Sport já está assegurado em 2019 – e, na prática, até 2020. Contudo, vale lembrar que o leão pernambucano desistiu do Nordestão 2018, em decisão tomada pelo presidente Arnaldo Barros. Caso o clube rubro-negro queira seguir fora, terá que protocolar um novo ofício à CBF.
Clubes já assegurados via Ranking da CBF PE (1º) – Sport* (15º lugar) e Santa Cruz** (25º) BA (2º) – Vitória* (18º) e Bahia** (21º) CE (3º) – Ceará* (27º) AL (4º) – CRB** (36º) RN (5º) – ABC** (31º) MA (6º) – Sampaio Corrêa** (39º) PB (7º) – Botafogo** (45º) SE (8º) – Confiança** (54º) PI (9º) – River** (60º) * Fase de grupos do Nordestão 2019 ** Fase preliminar do Nordestão 2019
Na fila de espera*** PE (1º) – Náutico (32º lugar) BA (2º) – Juazeirense (82º) CE (3º) – Fortaleza (42º) AL (4º) – ASA (47º) RN (5º) – América de Natal (43º) MA (6º) – Moto Club (66º) PB (7º) – Campinense (70º) SE (8º) – Sergipe (99º) PI (9º) – Parnahyba (92º) *** Entra caso um clube à frente no ranking local conquiste o Estadual 2018
Participação no Nordestão 2019 (20 clubes) Fase de grupos: os 9 campeões estaduais, os melhores rankeados de PE, BA e CE (3 times) e os 4 classificados na fase preliminar
Fase preliminar: os melhores rankeados de AL, RN, MA, PB, SE e PI (6 times) e os segundos melhores rankeados de PE e BA (2 times)
Obs. No regional de 2020 valerá o ranking a ser divulgado em 12/2018.
Ao todo, Náutico, Santa e Sport mandaram 100 jogos oficiais no Grande Recife em 2017. É a maior quantidade dos últimos anos. O que não significa números satisfatórios em público e renda. Nem mesmo de forma absoluta. Desde 2013, quando o blog começou a fazer o levantamento, esta temporada registrou o pior desempenho nos dois cenários. Pela primeira vez ficou abaixo de 1 milhão de torcedores e a arrecadação bruta caiu pela quarta vez – 25% somente em relação a 2016. A impressão de estádios vazios é confirmada pela taxa de ocupação das arquibancadas. Num cálculo a partir da atual capacidade máxima de cada estádio, não chegou nem a 1/4. Tanto que apenas um público passou de 40 mil, no recorde da Arena Pernambuco em jogos de clubes, com 42.025 espectadores para Sport 0 x 2 Palmeiras.
Obviamente, pesou bastante o duplo rebaixamento local, com alvirrubros e tricolores caindo para a Série C. No Santa Cruz o impacto foi gigantesco. Dos quatro torneios disputados no ano, em apenas um o clube ultrapassou a média de 10 mil pessoas. No geral, finalizou com 8.461, ou três mil a menos que a pior marca até então. Contando o borderô no Mundão, o tricolor viu a bilheteria cair 62%. Já o Náutico, com o distanciamento da torcida em relação à arena, acabou jogando quatro vezes em Caruaru – dando certo apenas na ‘estreia’, com 13 mil pessoas diante do Inter. Foram apenas 3 (!) jogos acima de 10 mil pessoas. A média de renda de 52 mil reais escancara o prejuízo no ano, considerando a despesa com aluguel e/ou operação dos estádios.
No Sport, o faturamento geral melhorou (8,8 mi x 7,1 mi), mas esteve longe dos dois primeiros anos na elite. Embora tenha mantido a liderança no público anual no futebol pernambucano, o dado caiu desta vez, começando já no Estadual. Mesmo com o título, o leão terminou a competição, pela primeira vez em 14 anos, com índice abaixo de 10 mil pessoas. No Brasileirão, o clube abriu o ‘check-in’, com o acesso liberado ao sócio adimplente, nas últimas três apresentações, incluindo o derradeiro jogo contra o Corinthians, com 30 mil na Ilha. Insuficiente para superar o ano anterior (15,8 mil x 16,0 mil), apenas regular. Ah, nenhum jogo chegou a R$ 1 milhão de renda, na contramão de outros centros, inclusive no próprio Nordeste, com Salvador e Fortaleza.
Curiosidade: os 100 jogos do trio passaram na televisão, aberta, fechada ou PPV. Seria este o motivo? Ou ou óbvio: desempenho, segurança e preço…
Abaixo, o total em cada competição em 2017 e também a taxa de ocupação, a partir da capacidade oficial de cada estádio utilizado. No fim, o quadro agregado.
Sport 40 jogos (38 na Ilha do Retiro e 2 na Arena) 518.450 torcedores (média de 12.961) 43,43% de ocupação R$ 8.840.748 de renda bruta (média de R$ 221.018) Estadual – 7 jogos – 62.428 pessoas (8.918) – R$ 1.102.285 (R$ 157.469) Nordestão – 6 jogos – 87.358 pessoas (14.559) – R$ 1.756.205 (R$ 292.700) Série A – 19 jogos – 300.591 pessoas (15.820) – R$ 4.774.238 (R$ 251.275) Copa do Brasil – 4 jogos -19.200 pessoas (4.800) – R$ 318.710 (R$ 79677) Sula – 4 jogos – 48.873 pessoas (12.218) – R$ 889.310 (R$ 222.327)
Santa Cruz 32 jogos (27 no Arruda e 5 na Arena) 271.411 torcedores (média de 8.481) 17,01% de ocupação R$ 2.248.877 de renda bruta (média de R$ 70.277) Estadual – 7 jogos – 53.299 pessoas (7.614) – R$ 466.550 (R$ 66.650) Nordestão – 5 jogos – 74.633 pessoas (14.926) – R$ 700.550 (R$ 140.110) Série B – 19 jogos – 139.449 pessoas (7.339) – R$ 1.057.787 (R$ 55.673) Copa do Brasil – 1 jogo – 4.030 pessoas – R$ 23.990
Náutico 28 jogos (23 na Arena, 4 no Lacerdão e 1 no Arruda)* 121.207 torcedores (média de 4.328) 10,22% de ocupação R$ 1.460.850 de renda bruta (média de R$ 52.173) Estadual – 7 jogos – 37.420 pessoas (5.345) – R$ 525.390 (R$ 75.055) Nordestão – 3 jogos – 11.266 pessoas (3.755) – R$ 132.355 (R$ 44.118) Série B – 18 jogos – 72.521 pessoas (4.028) – R$ 803.105 (R$ 44.616) * Ainda houve uma partida de portões fechados, na Arena
Trio de Ferro 100 jogos (38 na Ilha do Retiro, 30 na Arena, 28 no Arruda e 4 no Lacerdão)* 911.068 torcedores (média de 9.110) 22,92% de ocupação R$ 12.550.475 de renda bruta (média de R$ 125.504) Torneios: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A e B * Ainda houve uma partida de portões fechados, na Arena
Encerrada a temporada 2017, vamos ao balanço econômico dos principais clubes do Nordeste, considerando o desempenho esportivo de cada um nas competições oficiais. Ao todo, em calendários de 45 (Fortaleza) a 80 jogos (Sport), o “G7” apurou R$ 188.568.165. Neste contexto, se aplicam as premiações recebidas por fases e/ou títulos, além dos recursos recebidos pela transmissão de cada torneio, sem a bilheteria. Apesar da tradição, há de se considerar a distância interna, pois os três cotistas da televisão na região (Bahia, Sport e Vitória) concentram 86,4% do montante, com 163 milhões de reais. Na condição de cotistas, mantêm as receitas no Campeonato Brasileiro mesmo em caso de rebaixamento, com redução de 25% somente após o segundo ano fora da elite. Quanto aos demais, a queda das cotas, como foi o caso do Santa, de 23 mi na A, em 2016, para 6 milhões na B, em 2017.
A maior arrecadação coube ao Bahia, o campeão da Lampions. Mas não exatamente pela orelhuda dourada, mas sim devido ao pay-per-view no nacional. Com o repasse a partir dos dados de uma pesquisa encomendada pela Rede Globo junto aos institutos Ibope e Datafolha, o tricolor de aço acaba tendo uma estimativa de quase 10 milhões a mais que o leão pernambucano. Por sinal, o cálculo para o PPV mudará em 2018, adotando o óbvio, a soma de assinantes cadastrados em cada clube do país. Até porque é, de fato, a plataforma mais ascendente. À parte disso, o rubro-negro só conseguiu reduzir a diferença graças às cotas obtidas nos nove mata-matas disputados pelo clube nos âmbitos nacional e internacional, com R$ 8,3 mi. Em terceiro na lista, o Vitória segue próximo aos dois rivais regionais.
Em seguida, um abismo separando o trio das outras forças do Recife e de Fortaleza. Em Pernambuco, alvirrubros e tricolores ganharam cotas estaduais maiores que os alencarinos e também faturaram mais na Série B, devido ao novo cálculo – que considerou a campanha no ano anterior, 2016. E o Santa ainda recebeu a cota de participação nas oitavas da Copa do Brasil, onde estreou devido ao título nordestino – numa “compensação” da CBF, uma vez que a vaga original seria na Sul-Americana, retirada numa canetada. Para 2018, entretanto, a situação mudará drasticamente, com Náutico e Santa na terceira divisão, Ceará na elite e o Fortaleza enfim de volta à B, após oito anos. O vozão deverá ter a maior arrecadação entre os quatro, mas ainda longe do trio, companheiro no Brasileirão.
Maiores arrecadações em cotas/premiações em 2017 (R$) 1º) Bahia – 57,6 milhões 2º) Sport – 54,0 milhões 3º) Vitória – 51,3 milhões 4º) Santa Cruz- 9,8 milhões 5º) Náutico – 7,6 milhões 6º) Ceará – 6,3 milhões 7º) Fortaleza – 1,7 milhão
Maiores médias de cotas por jogo (R$) 1º) Bahia – 874.126 2º) Vitória – 755.500 3º) Sport – 675.379 4º) Santa Cruz – 153.182 5º) Náutico – 129.774 6º) Ceará – 108.812 7º) Fortaleza – 37.777
Bahia Total: R$ 57.692.335 Média por jogo (66): R$ 874.126 Estadual (BA) – R$ 850 mil (valor fixo, vice) Nordestão – R$ 2,85 milhões (campeão) Copa do Brasil – R$ 1,12 milhão (39º lugar, 64 avos) Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões Série A (TV ppv*) – R$ 16,65 milhões Série A (premiação) – R$ 1.222.335 (12º lugar) Desempenho: 30V, 19E e 17D, com índice de 55,0% * Estimativa a partir do cálculo de 2015
Sport Total: R$ 54.030.320 Média por jogo (80): R$ 675.379 Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, campeão) Nordestão – R$ 2,15 milhões (vice) Copa do Brasil – R$ 3,88 milhões (10º lugar, oitavas) Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões Série A (TV ppv*) – R$ 6,75 milhões Série A (premiação) – R$ 850.320 (15º lugar) Sul-Americana – R$ 4,45 milhões (8º lugar, quartas) Desempenho: 32V, 20E e 28D, com índice de 48,3% * Estimativa a partir do cálculo de 2015
Vitória Total: R$ 51.374.030 Média por jogo (68): R$ 755.500 Estadual (BA) – R$ 850 mil (valor, fixo, campeão) Nordestão – R$ 1,6 milhão (4º lugar) Copa do Brasil – R$ 2,83 milhões (20º lugar, 16 avos) Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões Série A (TV ppv*) – R$ 10,35 milhões Série A (premiação) – R$ 744.030 (16º lugar) Desempenho: 32V, 16E e 20D, com índice de 54,9% * Estimativa a partir do cálculo de 2015
Santa Cruz Total: R$ 9.803.703 Média por jogo (64): R$ 153.182 Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, 3º lugar) Nordestão – R$ 1,6 milhão (3º lugar) Copa do Brasil – R$ 1,05 milhão (15º lugar, oitavas) Série B (TV*) – R$ 6.203.703 (18º lugar) Desempenho: 21V, 20E e 23D, com índice de 43,2% * O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV
Náutico Total: R$ 7.656.666 Média por jogo (59): R$ 129.774 Estadual (PE) – R$ 950 mil (valor fixo, 4º lugar) Nordestão – R$ 600 mil (9º lugar) Copa do Brasil – R$ 300 mil (67º lugar, 128 avos) Série B (TV*) – R$ 5.806.666 (20º lugar) Desempenho: 16V, 14E e 29D, com índice de 35,0% * O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV
Ceará Total: R$ 6.311.111 Média por jogo (58): R$ 108.812 Estadual (CE) – R$ 800 mil (valor fixo, campeão) Primeira Liga – sem cota (10º lugar) Copa do Brasil – R$ 300 mil (67º lugar, 128 avos) Série B (TV*) – R$ 5.211.111 (3º lugar) Desempenho: 31V, 16E e 11D, com índice de 62,6% * O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV
Fortaleza Total: R$ 1.700.000 Média por jogo (45): R$ 37.777 Estadual (CE) – R$ 800 mil (valor fixo, 3º lugar) Nordestão – R$ 600 mil (13º lugar) Copa do Brasil – R$ 300 mil (59º lugar, 128 avos) Série C – sem cota* (vice) Desempenho: 20V, 17E e 8D, com índice de 57,0% * A TV paga apenas as despesas de viagem, hospedagem e arbitragem
A Copa do Nordeste voltou ao calendário oficial do futebol em 2013, após um milionário acordo judicial entre a Liga do Nordeste e a CBF, que precisou recuar após a pesada indenização devido à retirada forçada do torneio em 2003 – ocorrendo apenas sub judice. Nesta volta, o Esporte Interativo pôde aplicar o seu contrato de dez anos, valendo até 2022. O canal detém todos os direitos de transmissão, sublicenciando para a Rede Globo apenas o sinal aberto. Especificamente para as três principais praças: Recife, Salvador e Fortaleza. No entanto, a Globo não quis renovar o contrato para 2018 pelos termos propostos, saindo da jogada – num cenário que, coincidentemente, resultou na desistência do Sport, que abriu mão de sua vaga.
Apesar disso, o EI, responsável pela tevê por assinatura, internet e parabólicas, garantiu a manutenção da cota de participação acordada para a 15ª edição, de R$ 22,4 milhões, fora o custeio com viagens e hospedagens dos clubes e as taxas de arbitragem. Claro, precisaria de aporte e de um novo parceiro na tevê aberta. Após meses de articulação, acabou fechando com o SBT, há tempos fora do âmbito futebolístico. Contudo, na região as suas afiliadas têm um peso maior, fazendo com que a transmissão seja voltada para o Nordeste, com dois horários definidos: terças à noite e sábados à tarde. De cara, os jogos fogem da concorrência da grade regular da Globo, que terá Estaduais, Copa do Brasil e Libertadores às quartas e domingos.
Ao contrário do modelo anterior, com apenas três estados na tevê aberta, agora serão oito, exceção a Sergipe. Em Pernambuco, a TV Jornal assume o torneio deixado pela Globo Nordeste, que passou 8 das últimas 10 edições (2000, 2001, 2002, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017). Embora tenha raras incursões no futebol, a TV Jornal tem em seu histórico o último jogo do Brasileirão de 1987, entre Sport e Guarani, retransmitido para todo o país. Será curioso ver, depois de tanto tempo, a concorrência interna, com a Globo passando o Campeonato Pernambucano em 15 datas (de 21/01 a 08/04) e a TV Jornal transmitindo a Copa do Nordeste em 12 datas (de 17/01 a 10/07). O ano será um termômetro sobre a força do Nordestão à parte canal. A conferir.
Afiliadas do SBT no Nordeste* TV Jornal (PE), TV Aratu (BA), TV Jangadeiro (CE), TV Ponta Verde (AL), TV Difusora (MA), TV Tambaú (PB, João Pessoa), TV Borborema (PB, Campina Grande), TV Cidade Verde (PI) e TV Ponta Negra (RN)
* A emissora não tem afiliada em Sergipe desde 2006
A cota absoluta do Nordestão via televisão 2000 – R$ 2 milhões* 2001 – R$ 8 milhões** 2002 – R$ 8,75 milhões 2003 – R$ 1,5 milhão*** 2010 – R$ 3,75 milhões**** 2013 – R$ 5,6 milhões 2014 – R$ 10 milhões 2015 – R$ 11,14 milhões 2016 – R$ 14,82 milhões 2017 – R$ 18,52 milhões 2018 – R$ 22,40 milhões**** * A primeira edição transmitida em sinal aberto
** A primeira edição organizada pela liga, com os sete maiores clubes
*** Bahia, Sport, Santa Cruz, Náutico e Fortaleza não quiseram participar **** Sport não quis participar
Depois de protelar bastante, finalmente a CBF confirmou as datas da fase preliminar entre Náutico e Itabaiana, pela Copa do Nordeste de 2018. O alvirrubro, que herdou a vaga após a desistência do Sport, terá que entrar em campo durante a pré-temporada nacional. Literalmente.
Eis o início da temporada oficial segundo CBF 04/12/2017 a 02/01/2018 – Férias (30 dias) 03/01/2017 a 16/01/2018 – Pré-temporada (14 dias) 17/01/2018 – Copa do Nordeste e Campeonato Pernambucano
Para Náutico e Itabaiana, naturalmente, essa agenda foi desconsiderada.
Se o time sergipano já está parado há um tempão, desde 25 de junho, quando acabou eliminado na primeira fase da Série D, o clube de Rosa e Silva tem calendário até 25 de novembro. Ou seja, mais cinco meses de desgaste. Agora, na prática, terá apenas 5 dias de preparação pós-férias. Até o jogo de ida em Itabaiana, em 9 de janeiro. Três dias depois, a volta no Recife.
Ainda que as férias alvirrubras sejam antecipadas, o período de treinamento para a disputa regional tende a ser ínfima. E aí está a bronca: o jogo vale demais para o próximo planejamento. Quem passar participará do grupo C da Lampions, que terá também Bahia, Botafogo-PB e Altos-PI. Com três jogos como mandante, mais chance de fazer caixa num provável ano escasso.
E há, sobretudo, a cota de participação. Pela preliminar, cada clube recebe R$ 250 mil. Quem ficar com a vaga na fase de grupos recebe mais R$ 500 mil.