Todas as 304 campanhas nacionais do futebol pernambucano de 1959 a 2016

Pernambuco

Devido a um ajuste no calendário da CBF, todos os campeonatos estaduais de 2016 classificaram os clubes duas edições seguidas da Série D, 2016 e 2017. A partir do próximo ano, a classificação valerá somente para o ano seguinte, a partir de 2018, claro. Assim, melhor para Central e América, que garantiram duas tentativas de ascender à Terceirona. Enquanto a Patativa chegou a 33 participações nacionais, sendo a sexta na quarta divisão, o Mequinha chegou a 6, sendo a primeira em 25 anos! Não disputava o Brasileiro desde a Série B de 1991, quando foi 59º lugar num torneio com 64 equipes.

Classificados ao hexagonal do título do Campeonato Pernambucano de 2016, os dois times completaram o ciclo de participações nacionais do estado na temporada. Confira, então, a quantidade de campanhas de cada um nos torneios oficiais organizados pela CBD e pela CBF e as melhores colocações, respectivamente. Ao todo, os 20 times que já representaram o estado disputaram 304 edições de oito competições diferentes desde 1959, na criação da Taça Brasil.

Representantes em 2016
Série A – Sport e Santa
Série B – Náutico
Série C – Salgueiro
Série D – Central e América

Copa do Brasil – Santa, Salgueiro, Sport e Náutico

Náutico – 76 participações de 1961 a 2016
Brasileirão (34)
6 – Taça Brasil (vice em 1967)
1 – Robertão (17º em 1968)
27 – Série A (6º em 1984)

21 – Copa do Brasil (3º em 1990)
1 – Copa dos Campeões (12º em 2002)
19 – Série B (vice em 1988 e 2011)
1 – Série C (4º em 1999)

Sport – 73 participações de 1959 a 2016
Brasileirão (38)
3 – Taça Brasil (4º em 1962)
35 – Série A (campeão em 1987)

22 – Copa do Brasil (campeão em 2008)
2 – Copa dos Campeões (vice em 2000)
11 – Série B (campeão em 1990)

Santa Cruz – 71 participações de 1960 a 2016
Brasileirão (24)
1 – Taça Brasil (4º em 1960)
2 – Robertão (12º em 1970)
21 – Série A (4º em 1975)

22 – Copa do Brasil (11º em 1997)
19 – Série B (vice em 1999, 2005 e 2015)
3 – Série C (campeão em 2013)
3 – Série D (vice em 2011)

Central – 33 participações de 1972 a 2016
2 – Série A (36º em 1986)
2 – Copa do Brasil (26º em 2008)
17 – Série B (1º em 1986, não oficializado como título)
6 – Série C (8º em 2000)
6 – Série D (12º em 2009)

Salgueiro – 12 participações de 2008 a 2016
3 – Copa do Brasil (13º em 2013)
1 – Série B (19º em 2011)
7 – Série C (4º em 2010)
1 – Série D (4º em 2013)

Porto – 11 participações de 1994 a 2014
1 – Copa do Brasil (57º em 1999)
8 – Série C (4º em 1996)
2 – Série D (18º em 2014)

América – 6 participações de 1972 a 2016
4 – Série B (8º em 1972)
1 – Série C (26º em 1990)
1 – Série D (2016, a disputar)

Vitória – 5 participações de 1992 a 2005
5 – Série C (11º em 1992)

Ypiranga – 4 participações de 1995 a 2013
2 – Série C (64º m 2006)
2 – Série D (28º em 2012)

Estudantes – 2 participações de 1990 a 1991
1 – Série B (37º em 1991)
1 – Série C (11º em 1990)

Petrolina – 2 participações de 2008 a 2012
1 – Série C (58º em 2008)
1 – Série D (39º em 2012)

Santo Amaro – 1 participação em 1981
1 Série C (vice em 1981)

Paulistano – 1 participação em 1988
1 – Série C (19º em 1988)

Itacuruba – 1 participação em 2004
1 – Série C (23º em 2004)

Unibol – 1 participação em 1999
1 – Série C (28º em 1999)

Serrano – 1 participação em 2005
1 – Série C (43º em 2005)

Centro Limoeirense – 1 participação em 1997
1 – Série C (47º em 1997)

Flamengo de Arcoverde – 1 participação em 1997
1 – Série C (54º em 1997)

Vera Cruz – 1 participação em 2007
1 – Série C (58º em 2007)

Serra Talhada – 1 participação em 2015
1 – Série D (25º em 2015)

Ranking de pontos da Série A de 1971 a 2015, com 35 clubes nordestinos

Ranking de pontos do Campeonato Brasileiro (Série A) de 1971 a 2015

Série A, Brasileirão, Nacional… O Campeonato Brasileiro já teve inúmeras alcunhas desde a sua criação em 1971, através da CBD, a precursora da CBF, sucedendo o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e a Taça Brasil, hoje unificados. Na pioneira edição, vencida pelo Atlético Mineiro, o nome oficial foi “Campeonato Nacional de Clubes”, popularmente chamado de “Copão” por torcedores e imprensa na ocasião. Desde então, foram 45 edições, com a participação de 129 clubes na primeira divisão, sendo 35 representantes do Nordeste (lista abaixo). No ranking de pontos, o hexacampeão São Paulo lidera com 1.868 pontos, com 69 à frente do Inter, na seca de 1979, quando chegou ao tri.

Até hoje, quatro times pernambucanos jogaram a elite, com o seguinte número de participações: Sport 34, Náutico 27, Santa 20 e Central 2. O Leão finalmente ultrapassou o Bahia no retrospecto justamente na última rodada de 2015, quando venceu a Ponte em Campinas, com um gol de Diego Souza (952 x 951). Porém, no âmbito regional, segue atrás do Vitória, de volta à elite e com a confortável vantagem de 37 pontos. Também garantido em 2016, o Santa Cruz irá estrear na década, em busca do tempo perdido. Para subir na lista geral, precisa tirar 72 pontos de diferença em relação ao Paraná – na prática, basta ficar dois anos na Série A, com o adversário seguindo na B. Mesmo na Segundona, o Náutico não sofre ameaça sobre o 4º lugar regional. 

O levantamento do site Bola na Área, somando todas as campanhas, considera a pontuação de cada edição, com 2 pontos por vitória até 1994, tendo como exceção 1975 (três pontos com triunfos superiores a dois gols de vantagem) e 1988 (3 pontos por vitória e 2 pontos por empate seguido de vitória nos pênaltis).

Ranking do Nordeste (colocação geral)
1º) Vitória – 989 pontos (16º)
2º) Sport – 952 pontos (17º)
3º) Bahia – 951 pontos (18º)
4º) Náutico – 593 pontos (23º)
5º) Santa Cruz – 461 pontos (26º)
6º) Ceará – 357 pontos (29º)
7º) Fortaleza – 313 pontos (32º)
8º) América-RN – 204 pontos (38º)
9º) CSA – 162 pontos (44º)

10º) CRB – 108 pontos (47º) 
11º) Botafogo-PB – 107 pontos (49º)
12º) ABC – 94 pontos (54º)
13º) Tiradentes-PI – 88 pontos (55º)
14º) Sergipe – 81 pontos (59º)
15º) Sampaio Corrêa – 73 pontos (64º)
16º) Treze – 70 pontos (67º)
17º) Moto Club – 57 pontos (72º)
18º) Flamengo-PI – 47 pontos (77º)
19º) Confiança – 44 pontos (79º)
20º) Campinense – 42 pontos (80º)
21º) Ferroviário – 39 pontos (86º)
22º) River – 35 pontos (88º)
23º) Itabaiana – 33 pontos (91º)
24º) Leônico-BA – 32 pontos (92º)
25º) Central – 25 pontos (98º)
26º) Maranhão – 23 pontos (102º)
27º) Fluminense-BA – 23 pontos (103º)
28º) Itabuna – 19 pontos (107º)
29º) ASA – 15 pontos (110º)
30º) Galícia – 14 pontos (112º)
31º) Piauí – 9 pontos (117º)
32º) Potiguar – 7 pontos (120º)
33º) Auto Esporte-PI – 6 pontos (121º)
34º) Alecrim – 5 pontos (125º)
35º) Catuense – 2 pontos (127º)

Confira o ranking na era dos pontos corridos (2003-2015) clicando aqui.

Acervo de Carlos Celso: a história do Santa Cruz em números desde 1914

Números do Santa Cruz. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

Do pátio da Igreja de Santa Cruz, a diversão de alguns meninos tornou-se o amor de muita gente. Nesses cem anos de futebol, já defenderam a camisa de três cores vários dos melhores jogadores do estado, como Tará, Givanildo, Nunes, Fumanchu, Ricardo Rocha, Zé do Carmo e Tiago Cardoso. Boa parte deles brilhando no Mundão, criado para abrigar o povo. Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro, vamos a um apanhado de números que dão consistência à história do Santa, com o retrospecto geral do clube no Campeonato Pernambucano, no Brasileirão e na Copa do Brasil, o rendimento coral atuando no Arruda, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa tricolor e os maiores públicos.

Primeiro jogo: Santa Cruz 7 x 0 Rio Negro, em 08/03/1914, no Derby.

Confira também as estatísticas de Náutico e Sport.

Dados atualizados até 25 de janeiro de 2016

Estadual 1915-2015 (ranking: 2º)
2.223 jogos (4.856 GP, 2.239 GC, +2.617)
1.318 vitórias (59,28%)
429 empates (19,29%)
476 derrotas (21,41%)
101 participações
28 títulos (entre 1931 e 2015)

Série A 1971-2015 (ranking: 26º)
447 jogos (536 GP, 619 GC, -83)
137 vitórias (30,64%)
144 empates (32,21%)
166 derrotas (37,13%)
20 participações
4º lugar em 1975

Copa do Brasil 1989-2015
78 jogos (105 GP e 101 GC, +4)
32 vitórias (41,02%)
16 empates (20,51%)
30 derrotas (38,46%)
21 participações
Oitavas em 7 oportunidades

Histórico em decisões no Estadual
Santa Cruz 11 x 12 Sport*
Santa Cruz 7 x 9 Náutico
*O Tricolor leva vantagem em finais na Ilha (8 x 6)

Santa Cruz no Arruda (1967/2016)
1.431 jogos
864 vitórias (60,37%)
336 empates (23,48%)
231 derrotas (16,14%)

Maiores artilheiros
207 gols – Tará
174 gols – Luciano Veloso
148 gols – Ramon
143 gols – Betinho
123 gols – Fernando Santana

Quem mais atuou
Givanildo Oliveira – 599 jogos

Clássico das Multidões
544 jogos
164 vitórias do Santa
153 empates
227 vitórias do Sport

Clássico das Emoções*
507 jogos
197 vitórias do Santa
146 empates
163 vitórias do Náutico
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos
Clássico
78.391 – Santa Cruz 1 x 1 Sport, no Arruda (Estadual 21/02/1999) 

Outros adversários (torcida única)
65.023 – Santa Cruz 2 x 1 Portuguesa, no Arruda (Série B, 26/11/2005)

Acervo de Carlos Celso: a história do Náutico em números desde 1909

Números do Náutico. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

Do remo aos gramados, oito anos depois de sua fundação e já ganhando um clássico na primeira apresentação, o Náutico se faz presente no futebol há mais de cem anos, com nomes de muita técnica e garra, como os irmãos Carvalheira, Bita, Nado, Ivan Brondi, Jorge Mendonça, Bizu e Kuki. No bairro dos Aflitos, ficou raízes em 1918, adquirindo o terreno de sua sede, já tombada. Lá, obteve seus maiores resultados. Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro, vamos a um apanhado de números dão consistência à história do Timbu, com o retrospecto geral do clube no Campeonato Pernambucano, no Brasileirão e na Copa do Brasil, o rendimento timbu atuando nos Aflitos, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa vermelha e branca e os maiores públicos.

Primeiro jogo: Náutico 3 x 1 Sport, em 25/07/1909, no British Club.

Confira também as estatísticas de Santa Cruz e Sport.

Dados atualizados até 25 de janeiro de 2016

Estadual 1915-2015 (ranking: 3º)
2.206 jogos (4.766 GP, 2.368 GC, +2.398)
1.271 vitórias (57,61%)
430 empates (19,49%)
505 derrotas (22,89%)
100 participações
21 títulos (entre 1934 e 2004)

Série A 1971-2015 (ranking: 23º)
612 jogos (703 GP, 859 GC, -156)
192 vitórias (31,37%)
144 empates (23,52%)
276 derrotas (45,09%)
27 participações
6º lugar em 1984

Copa do Brasil 1989-2015
87 jogos (134 GP e 110 GC, +24)
40 vitórias (45,97%)
18 empates (20,68%)
29 derrotas (33,33%)
20 participações
Semifinal em 1990

Histórico em decisões no Estadual
Náutico 9 x 7 Santa Cruz
Náutico 6 x 11 Sport

Náutico nos Aflitos (1917/2015)
1.768 jogos
1.138 vitórias (64,37%)
336 empates (19,00%)
294 derrotas (16,62%)

Maiores artilheiros
224 gols – Bita
185 gols – Fernando Carvalheira
181 gols – Baiano
179 gols – Kuki 
118 gols- Ivson

Quem mais atuou
Kuki – 387 jogos

Clássico dos Clássicos*
542 jogos
179 vitórias do Náutico
154 empates
208 vitórias do Sport
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Clássico das Emoções*
507 jogos
163 vitórias do Náutico
146 empates
197 vitórias do Santa
*O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos
Clássico
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)

Outros adversários (torcida única)
44.424 – Náutico 3 x 0 Palmeiras, no Arruda (Série A, 17/04/1983)

Acervo de Carlos Celso: a história do Sport em números desde 1905

Números do Sport. Arte: Maria Eugênia Nunes/DP

De Guilherme de Aquino, na introdução do futebol no Recife, passando por nomes como Ademir Menezes, Raúl Betancor, Dadá, Roberto Coração de Leão, Leonardo, Durval e Magrão, o Sport escreveu mais de um século de história no futebol. Sobretudo, em sua casa, a Ilha do Retiro, quase octogenária, de uma tradição incomparável para a sua torcida. Mergulhando no acervo de Carlos Celso Cordeiro, vamos a um apanhado de números dão consistência à história do Leão, com o retrospecto geral do clube no Campeonato Pernambucano, no Brasileirão e na Copa do Brasil, além do rendimento leonino atuando na Ilha do Retiro, os maiores artilheiros, quem mais vestiu a camisa rubro-negra e os maiores públicos.

Primeiro jogo: Sport 2 x 2 Englis Eleven, em 22/06/1905, no Derby.

Confira também as estatísticas de Náutico e Santa Cruz.

Dados atualizados até 25 de janeiro de 2016

Estadual 1915-2015 (ranking: 1º)
2.183 jogos (4.904 GP, 2.029 GC, +2.875)
1.384 vitórias (63,39%)
425 empates (19,46%)
374 derrotas (17,13%)
99 participações
40 títulos (entre 1916 e 2014)

Série A 1971-2015 (ranking: 17º)
819 jogos (941 GP, 987 GC, -46)
280 vitórias (34,18%)
232 empates (28,32%)
307 derrotas (37,48%)
34 participações
1 título em 1987

Copa do Brasil 1989-2015
102 jogos (163 GPC e 106 GC, +57)
48 vitórias (47,05%)
24 empates (23,52%)
30 derrotas (29,41%)
21 participações
1 título em 2008

Histórico em decisões no Estadual
Sport 12 x 11 Santa Cruz
Sport 11 x 6 Náutico

Sport na Ilha do Retiro (1937/2016)
2.081 jogos
1.284 vitórias (61,70%)
453 empates (21,76%)
344 derrotas (16,53%)

Maiores artilheiros
202 gols – Traçaia
161 gols – Djalma Freitas
136 gols – Leonardo
108 gols – Luís Carlos
105 gols – Naninho

Quem mais atuou
Magrão – 572 jogos

Clássico das Multidões (1916-2015)
544 jogos
227 vitórias do Sport
153 empates
164 vitórias do Santa

Clássico dos Clássicos (1909-2015)*
542 jogos
208 vitórias do Sport
154 empates
179 vitórias do Náutico
*Um jogo disputado em 29 de março de 1931, no Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido.

Maiores públicos
Clássico
80.203 – Náutico 0 x 2 Sport, no Arruda (Estadual, 15/03/1998)

Outros adversários (torcida única)
56.875 – Sport 2 x 0 Porto, na Ilha (Estadual, 07/06/1998)

Com autoridade, Santa Cruz vira sobre o Flamengo e ergue o Troféu Chico Science

Troféu Chico Science 2016: Santa Cruz 3x1 Flamengo. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Um jogo para matar a saudade. A torcida coral acordou cedo para chegar ao Arruda, com o Troféu Chico Science começando às 11h. No embalo das prévias carnavalescas, a manhã também marcou a volta da cerveja ao Mundão. E na apresentação oficial do time, um amistoso de luxo contra o Flamengo. Tudo positivo. Bastava terminar com a taça, mas não seria nada fácil.

Pelo nível do adversário, com Guerrero e Sheik, pelo horário desgastante (30º) e pela vantagem do empate ao visitante, evitando de pênaltis às 13h. Pior, Willian Arão abriu o placar no primeiro tempo, com o time de Martelotte desorganizado. Após jogos-treinos contra Agap e seleção de Chã Grande, a partida exigia mais.

Troféu Chico Science 2016: Santa Cruz x Flamengo. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Ao menos o lance acordou a torcida e o time, que empatou com Grafite, de pênalti. No intervalo, o sol forçou seis mudanças. À frente, saíram Grafa, Daniel Costa, Lelê e Raniel. Perda técnica considerável. Como Muriy Ramalho também mexeu muito, a situação ficou equilibrada, necessitando de mais disposição.

Nesse meio tempo surgiu a notícia de que a regra havia sido mudada, com a volta das penalidades em caso de igualdade. Porém, não haveria polêmica após os noventa minutos. Coube a João Paulo, um dos que seguiram em campo, virar o placar no comecinho. Em vantagem, o Santa superou o calor e controlou o jogo, com Arthur mandando de fora da área, aos 47, definindo o 3 x 1. O primeiro título coral em 2016, com o time carioca voltando para casa de mãos vazias, somando outro revés após a Taça Asa Branca, em Fortaleza.

Troféu Chico Science 2016: Santa Cruz x Flamengo. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

As maiores médias de público da Série A de 1971 a 2015, com nove nordestinos

Os times com as melhores médias de público na Série A (1971-2015): Bahia, Sport e Ceará; Santa Cruz, Fortaleza e CSA; Vitória, Náutico e América-RN

Cada vez mais, a média de público torna-se preponderante na análise sobre o tamanho do clube. De curiosidade no passado a acompanhamento rodada a rodada hoje em dia. Afinal, o número está atrelado à audiência, o fator de maior influência na receita do futebol brasileiro. Então, considerando a Série A do Brasileiro desde a sua primeira edição, em 1971, até 2015, à parte da Taça Brasil e do Robertão, embora unificados, como ficaria o índice de torcida de cada clube? Num amplo levantamento feito por João Ricardo de Oliveira e publicado no site Verminosos por Futebol, é possível traçar esse raio x.

Considerando os times com pelo menos dez participações na elite e públicos a partir de cinco mil espectadores, o quadro mostra 39 nomes, sendo 9 do Nordeste. Sem surpresa, Flamengo e Corinthians estão à frente. No viés regional, destaque absoluto para o Bahia, com 22.407 torcedores, em 4º lugar no país, contando o seu mando de campo na Fonte Nova (em suas duas versões) e em Pituaçu. O Tricolor de Aço chegou a liderar a média do Brasileirão em três oportunidades (1985, 1986 e 1988, quando sagrou-se campeão).

Na sequência, puxado pelos bons números na era dos pontos corridos, o Sport, com 16,5 mil. O Leão também chegou a ser o “campeão das arquibancadas” em uma edição, com 35.580 torcedores por jogo em 1998. Com forte presença nos anos 1970, o Santa sucumbiu nas duas últimas décadas, o que gerou uma queda no índice no Brasileirão, apesar da lotação nas divisões inferiores (como os 37 mil na Série D de 2011). Em 26º lugar no ranking geral, o Náutico tem 11.988, com boa parte das partidas nos Aflitos, onde chegou a ter 61% de taxa de ocupação (uma dos maiores). A surpresa negativa é o Vitória, vice-campeão brasileiro em 1993 e semifinalista em 1999, apenas o sétimo entre os nordestinos, mesmo sendo apontado como a terceira maior torcida da região.

As maiores médias dos nordestinos na Série A (participações)*
1º) Bahia – 22.407 (35, entre 1971 e 2014)
2º) Sport – 16.537 (34, entre 1971 e 2015)
3º) Ceará – 15.862 (17, entre 1971 e 2011)
4º) Santa Cruz – 14.757 (20, entre 1971 e 2006)
5º) Fortaleza – 14.497 (15, entre 1973 e 2006)
6º) CSA – 13.104 (12, entre 1974 e 1987)
7º) Vitória – 12.738 (34, entre 1972 e 2014)
8º) Náutico – 11.988 (27, entre 1972 e 2013)
9º) América-RN – 10.766 (14, entre 1973 e 2007)

As maiores médias da Série A (participações)*
1º) Flamengo – 28.775 (45)
2º) Corinthians – 24.993 (43)
3º) Atlético-MG – 23.120 (44)
4º) Bahia – 22.407 (35)
5º) Cruzeiro – 20.640 (45)
6º) Palmeiras – 19.249 (42)
7º) São Paulo – 19.028 (44)
8º) Grêmio – 18.733 (43)
9º) Internacional – 18.310 (45)
10º) Vasco – 18.290 (43)
11º) Fluminense – 16.662 (43)
12º) Sport – 16.537 (34)
13º) Nacional-AM – 15.957 (14)
14º) Ceará – 15.862 (17)
15º) Botafogo – 15.085 (43)
16º) Santa Cruz – 14.757 (20)
17º) Paysandu – 14.722 (20)
18º) Santos – 14.689 (44)
19º) Fortaleza – 14.497 (15)
20º) Operário-MS – 14.485 (10)
21º) Coritiba – 14.127 (35)
22º) Remo – 13.192 (13)
23º) CSA – 13.104 (12)
24º) Vitória – 12.738 (34)
25º) Goiás – 12.404 (38)
26º) Náutico – 11.988 (27)
27º) Atlético-PR – 11.754 (35)
28º) América-RN – 10.766 (14)
29º) Joinville – 9.654 (11)
30º) Figueirense – 8.837 (16)
31º) Ponte Preta – 8.533 (21)
32º) Guarani – 8.368 (28)
33º) Paraná – 8.248 (15)
34º) Criciúma – 7.590 (12)
35º) América-RJ – 6.520 (16)
36º) Desportiva – 6.512 (12)
37º) Portuguesa – 5.516 (31)
38º) Juventude – 5.248 (16)
39º) América-MG – 4.957 (14)

* Clubes com pelo menos dez participações na Série A

Podcast (208º) – Especial Treinadores com Marcelo Martelotte, do Santa Cruz

Marcelo Martelotte, técnico do Santa Cruz em 2016. Foto: Rafael Brasileiro/DP

Finalizando o ‘Especial Treinadores”, do podcast 45 minutos, uma entrevista com Marcelo Martelotte. Em Gravatá, onde o Santa Cruz está hospedado durante a sua pré-temporada em 2016, o comandante coral falou sobre a montagem do elenco, justificando a manutenção de quase toda a equipe que subiu. Na pauta, questionamentos sobre sistema de jogo, perfil reforços (de peso), ausência do centro de treinamento, passagens nos três grandes em 2013, metas, arrependimentos etc. Um bate-papo de mais de uma hora. 

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Confira também os especiais de Falcão e Gilmar Dal Pozzo.

Relatório da CBF sobre impedimentos aponta 151 erros na Série A de 2015

Relatório da CBF sobre os impedimentos na Série A 2015

A análise desta notícia é como enxergar o copo metade cheio ou metade vazio. Pois bem, a CBF divulgou o seu relatório sobre o rendimento da arbitragem no Brasileirão de 2015, alvo de inúmeras reclamações dos clubes. Com o recurso de vídeos, instrutores da entidades consideraram 1.390 acertos entre os 1.541 impedimentos assinalados em um dos principais fundamentos dos juízes, em lances cada vez mais rápidos. No site da confederação brasileira há o destaque: “Árbitros acertaram 90% dos impedimentos em 2015”.

Impedimentos mal marcados:
2015 – 9,8%
2014 – 16%
2013 – 19%

O índice até melhorou, considerando os últimos três anos, mas o blog ainda enxerga o dado do lado oposto, com 151 impedimentos equivocados, ou por parar a jogada com ninguém irregular ou por deixá-la seguir apesar do posicionamento adiantado. Dessas decisões tomadas, a comissão de arbitragem considerou 52 erros “fáceis” e 99 “difíceis”. Erro é erro. A média a cada rodada foi 4 marcações erradas. Analisando cada uma das 38 rodadas, somente a abertura do campeonato passou ilesa. O levantamento não aponta a quantidade de resultados modificados devido aos erros. Daí, a imprecisão sobre os “10%” de equívocos. Quanto isso representou na classificação?

A CBF busca a autorização da Fifa para usar a tecnologia em lances polêmicos na Série A já em 2016. A norma teria seis pontos. Na letra E: “Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.” O artigo 71A do regulamento geral de 2016 prevê a implantação da regra no futebol nacional.

Legenda do quadro de impedimentos:
RD: rodada
AF: acertos fáceis
AD: acertos difíceis
TT AC: total de acertos
EF: erros fáceis
ED: erros difíceis
TT EQ: total de erros

O relatório também traz dados sobre faltas e cartões. Confira o documento aqui.

Relatório da CBF sobre faltas e cartões na Série A 2015

A ascensão do Santa Cruz da Série D até a Série A vai virar filme oficial

João Paulo no filme oficial do Santa Cruz sobre o retorno à elite. Crédito: TV Coral/reprodução

A saga coral de uma década indo ao fundo do poço e ressurgindo para o futebol, com o retorno à elite, é mesmo digna de filme. Nenhum clube do país superou tamanho calvário. E essa história será contada em um filme oficial do Santa.

Produzido pela TV Coral, com entrevistas com jogadores (Grafite com relatos da estreia, João Paulo emocionado, Lelê, Aquino, Daniel Costa…), integrantes da comissão técnica e outros personagens decisivos para o acesso, o vídeo tem a premissa de contar a história a partir dos bastidores do clube. Conversas de vestiário. Por enquanto, um vídeo de seis minutos com alguns trechos. Segundo o clube, o torcedor deve “aguardar fortes emoções para o seu coração tricolor”

O filme deve ser lançado ainda em 2016, em DVD, como produto oficial.

Sobre o acesso coral, o post O povão jamais irá largar o Santa Cruz.

Relembre outros filmes oficiais dos clubes pernambucanos aqui.