Após quase dez anos, Nelsinho Baptista voltou a comandar o Sport. O retorno foi com o pé direito, vencendo o Atlético Tucumán pela Taça Ariano Suassuna. Apesar da festa pelo tetra na disputa amistosa promovida pelo clube, esta 4ª versão registrou o menor público, cerca de 5 mil torcedores – no geral, média de 11.038. Na visão do blog, reflexo do agendamento tardio, além do cartaz modesto do adversário argentino, que ao menos na bola aparentava ser o mais difícil – mesmo classificado à Libertadores, o ‘decano’ pouco fez na Ilha.
À parte evento, apresentando o elenco do Sport, sem tantas caras novas, o rubro-negro teve uma atuação segura. Naturalmente com o freio de mão puxado, devido à questão física. Tecnicamente, tentou assimilar a saída de Diego Souza, com o meio formado por Anselmo (muito bem), Pedro Castro (discreto) e Marlone (voluntarioso) sendo superior ao dos hermanos. Na vitória por 2 x 0, gols de Sander e Thomás, o leão teve um perfil distinto em relação à Ariano 2017, quando mudou o time inteiro no segundo tempo. Desta vez, a equipe foi mantida por 60 minutos, com apenas quatro mudanças. Sinal claro do estilo do treinador, que prioriza o conjunto. Neste caso, o amistoso serviu de teste visando a estreia no Estadual, contra o Flamengo de Arcoverde. E começou com a primeira vitória na temporada, mantendo a taça no Recife.
Sobre o Tucumán, vale uma ressalva. Na noite de sexta, o time estava em Salta, a 3.739 km da capital pernambucana. Lá, pelo ‘torneo de verano’ da Argentina, venceu o Talleres nos pênaltis. Depois, encarou uma viagem com duas escalas em aeroportos, mirando o leão na tarde de domingo. O desgaste seria natural, assim como as mudanças durante a partida – só no intervalo foram cinco. Com a bola rolando, o time encontrou dificuldades no passe, como já havia ocorrido na apresentação anterior. Teve apenas duas chances.
As edições da Taça Ariano Suassuna 1ª) 24/01/2015 – Sport 2 x 1 Nacional (URU), 22.356 pessoas 2ª) 24/01/2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (ARG), 8.909 pessoas 3ª) 22/01/2017 – Sport (4) 1 x 1 (2) The Strongest (BOL), 7.956 pessoas 4ª) 14/01/2018 – Sport 2 x 0 Atlético Tucumán (ARG), 4.933 pessoas
Sport vs clubes argentinos (9 jogos; 3V, 1E e 5D; 12 GP e 17 GC) 31/01/1937 – Sport 2 x 7 Atlanta (amistoso) 25/12/1951 – Sport 2 x 3 Vélez Sarsfield (amistoso) 06/01/1953 – Sport 0 x 1 Chacarita Juniors (amistoso) 23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (Sul-Americana) 30/09/2015 – Huracán 3 x 0 Sport (Sul-Americana, Buenos Aires) 24/01/2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (Taça Ariano Suassuna, amistoso) 06/07/2017 – Sport 2 x 0 Arsenal de Sarandí (Sul-Americana) 27/07/2017 – Arsenal de Sarandí 2 x 1 Sport (Sul-Americana, Buenos Aires) 14/01/2018 – Sport 2 x 0 Atlético Tucumán (Taça Ariano Suassuna, amistoso)
A formação inicial do rubro-negro, em imagem divulgada pelo clube
O primeiro (e único) amistoso do Sport durante a pré-temporada de 2018 foi agendado em 14 de janeiro, onze dias após a reapresentação do elenco – período marcado pela saída do meia Diego Souza, vendido ao São Paulo, e pela indefinição sobre o volante Rithely. Na volta de Nelsinho Baptista, então, o time mostra a sua nova cara diante dos argentinos do Atlético Tucumán.
Magrão; Fabrício, Ronaldo Alves, Durval e Sander; Anselmo, Pedro Castro e Marlone; Índio, André e Rogério
Em relação à derradeira rodada do Brasileirão 2017, contra o Corinthians, a escalação para a 4ª edição da Taça Ariano Suassuna manteve apenas seis nomes, com duas estreias e dois atletas da base. Na defesa, as laterais devem mudar até a Série A – na direita, Prata foi vetado pelo departamento médico, enquanto na esquerda houve a contratação de Capa. Mais à frente, ao menos num primeiro momento, o treinador mantém o 4-3-3, com Anselmo e Pedro Castro focados na marcação no meio-campo, liberando Marlone, de grande responsabilidade nesta volta após dois anos. No ataque, André e Rogério seguem firmes, com uma vaga em aberto, na ponta direita. Gabriel, oriundo do Flamengo, pode aparecer em breve como candidato. Contudo, a escalação de Índio na abertura é um indício de utilização da base.
Esta é a espinha dorsal até abril, tendo apenas Estadual e Copa do Brasil…
Atualização pós-jogo: o Sport venceu por 2 x 0, gols de Sander e Thomás
Em 2018, a Globo chega a 19 anos seguidos transmitindo o Campeonato Pernambucano. Por sinal, esta temporada marca o encerramento do contrato de TV firmado em 2015 – R$ 3,73 milhões/ano. Na 1ª fase, a emissora tem onze jogos garantidos na grade, sendo um por rodada e já selecionados – entre os grandes, 7 do Sport, 4 do Santa e 2 Náutico. Claro, também estão previstos alguns jogos das quartas e da semifinal, além da decisão, em ida e volta. Marcando a largada, o canal lançou um comercial com o narrador e o comentarista da casa, Rembrandt Júnior e Cabral Neto. Assista à peça abaixo.
“A emoção vai voltar aos estádios e a paixão vai entrar em campo. É o Campeonato Pernambucano 2018 chegando na Globo. Aqui é emoção. A emoção de abrir a temporada do ano da Copa”
No futebol local, o foco diferenciado no Estadual também está atrelado ao fato de a Globo Nordeste não ter os direitos do Nordestão, exibido no canal de 2013 a 2017 – agora presente na TV Jornal, a concorrente afiliada ao SBT.
Jogos com exibição programada na Globo Nordeste 17/01 (21h30) – Flamengo x Sport (Áureo Bradley) 21/01 (16h00) – América x Santa Cruz (Ademir Cunha) 24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) 28/01 (16h00) – Vitória x Náutico (Arena PE*) 04/02 (16h00) – Central x Sport (Lacerdão) 07/02 (21h30) – Afogados x Santa Cruz (Vianão) 18/02 (16h00) – Sport x América (Ilha do Retiro) 21/02 (21h45) – Belo Jardim x Sport (Mendonção) 25/02 (16h00) – Santa Cruz x Pesqueira (Arruda) 04/03 (16h00) – Salgueiro x Sport (Cornélio de Barros) 07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) * A confirmar
A CBF divulgou a 6ª versão do ranking de clubes do futebol feminino, cuja lógica é a mesma do masculino, pontuando as últimas cinco temporadas, com pesos distintos, com vantagem para os anos mais recentes. A lista conta com 82 clubes – ou 138 a menos que a lista masculina. É interessante ressaltar a diferença uma vez que a confederação brasileira criou a Licença de Clubes, um documento que chancela as participações dos clubes em competições oficiais – com prazos escalonados, sendo o primeiro na Série A, em 2018. No Trio de Ferro, apenas o Santa Cruz ainda não atende à exigência, com o Sport presente na 1ª divisão feminina de 2018 e o Náutico na 2ª divisão. No entanto, voltando ao ranking feminino, a melhor posição é a da Acadêmica Vitória, vice-líder há quatro temporadas, sempre atrás do São José, de São Paulo.
Confira os critérios de pontuação do ranking feminino clicando aqui.
Líderes do ranking 2012 – 6.100 pontos (São Francisco-BA) 2013 – 9.800 pontos (São José-SP) 2014 – 12.560 pontos (São José-SP) 2015 – 14.520 pontos (São José-SP) 2016 – 15.440 pontos (São José-SP) 2017 – 13.040 pontos (São José-SP)
Top Ten do Nordeste em 2017 (lista válida para 2018) 1º) Vitória-PE (11.882 pontos; 2º lugar geral) 2º) São Francisco-BA (11.594 pts; 3º) 3º) Caucaia-CE (7.872 pts; 11º) 4º) Viana-MA (6.780 pts; 15º) 5º) Tiradentes-PI (6.136 pts; 17º) 6º) Vitória-BA (4.444 pts; 21º) 7º) Sport-PE (4.264 pts; 22º) 8º) Botafogo-PB (4.256 pts; 23º) 9º) União-AL (3.020 pts; 28º) 10º) Náutico-PE (2.792 pts; 30º)
A evolução no ranking das principais forças pernambucanas:
Vitória 2012 – 3º (5.370), campeão PE 2013 – 3º (9.200), Série A1 (5º) e campeão PE 2014 – 2º (11.768), Série A1 (7º) e campeão PE 2015 – 2º (13.070), Série A1 (14º) e campeão PE 2016 – 2º (13.752), Série A1 (10º) e campeão PE 2017 – 2º (11.882), Série A1 (13º) e vice PE
Sport 2012 – 37º (880), vice PE 2013 – 22º (2.200), vice PE 2014 – 15º (4.760), Série A1 (19º) e vice PE 2015 – 20º (3.728) 2016 – 27º (2.696) 2017 – 22º (4.264), Série A1 (9º) e campeão PE
Náutico 2012 – não aparece na lista 2013 – não aparece na lista 2014 – 27º (2.280), Série A1 (17º) 2015 – 28º (2.324), vice PE 2016 – 31º (2.268) 2017 – 30º (2.792), Série A2 (15º)
Leia sobre a decisão do último título pernambucano da categoria aqui.
A Netshoes consolidou o seu ranking de vendas de uniformes de clubes e seleções, considerando o período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A empresa apresentou uma lista com vinte nomes, sendo 17 times (12 do Brasil) e 3 seleções nacionais. Do Nordeste, o Sport. Levando em conta o status da empresa, a ‘maior e-commerce da América Latina’, e com uma década de operação no país, este balanço é um indicativo interessante sobre a força das marcas dos clubes de futebol. Em setembro, a Netshoes havia divulgado uma lista parcial, revelada pelo O Estado de S. Paulo. Os três meses seguintes trouxeram algumas mudanças, com a lista via ESPN.
Apesar da expansão de padrões oficiais de times europeus, a partir das transmissões das ligas da Espanha e da Inglaterra, o Real Madrid foi o único gringo a figurar no top ten, fechando a lista – desbancou justamente o Barça, presente até setembro. Já o pódio foi formado pelo trio de ferro de São Paulo, com o campeão brasileiro, o Corinthians, à frente. O Flamengo, o clube de maior torcida do país, perdeu uma posição na reta final, aparecendo em 4º lugar, seguido da maior surpresa do levantamento. Apesar da má campanha na Série A – entre os times presentes na lista, foi o de pior desempenho, terminado na 15ª posição -, o rubro-negro pernambucano ficou em 5º lugar entre as camisas mais vendidas da loja. Curiosamente, os dados não foram refletidos numa renovação com a Adidas, com o clube trocando de fornecedor em 2018 – o Sport passa a vestir a Under Armour a partir de junho.
O ranking traz apenas as colocações, sem dados absolutos de camisas.
Ranking da Netshoes em 2017 1) Corinthians (Nike) 2) São Paulo (Under Armour) 3) Palmeiras (Adidas) 4) Flamengo (Adidas) 5) Sport (Adidas) 6) Santos (Kappa) 7) Cruzeiro (Umbro) 8) Vasco (Umbro) 9) Internacional (Nike) 10) Real Madrid (Adidas) 11) Grêmio (Umbro) 12) Barcelona (Nike) 13) PSG (Nike) 14) Chapecoense (Umbro) 15) Bayern de Munique (Adidas) 16) Seleção da Itália (Puma) 17) Manchester United (Adidas) 18) Seleção do Brasil (Nike) 19) Seleção da Alemanha (Adidas) 20) Botafogo (Topper)
Ao site da FPF, o presidente da entidade, Evandro Carvalho, deu um depoimento sobre a expectativa para o Campeonato Pernambucano de 2018, programado entre 17 de janeiro e 8 de abril, com 63 partidas.
A seguir, as aspas do dirigente e em negrito as observações do blog.
“Tenho certeza de que esta será uma das edições mais emocionantes do campeonato. Primeiro porque nós conseguimos restabelecer e restaurar, devido a nova interpretação da legislação, a disponibilidade de datas.” A tal interpretação da legislação foi a única saída para possibilitar jogos com intervalos abaixo de 66 horas, o recomendado pela CBF. Como consequência forçou o calendário. O blog já detalhou a agenda do Trio de Ferro, com apresentações em menos de 24 horas ou até duas partidas – de torneios diferentes – agendadas para o mesmo dia!
“Então, poderemos fazer um campeonato com datas que permite que o Trio de Ferro visite o interior, que essas equipes joguem com as cidades do interior do estado. Segundo, nós temos uma dado importantíssimo e que orgulha o nosso Pernambucano, nós temos estádios no interior em ótimas condições.” Ao menos os times da capital voltam, de fato, a pegar a BR-232, mas o otimismo do dirigente acerca dos campos soa exagerado. O Vitória, por exemplo, não jogará no Carneirão, em péssimo estado – deve mandar seus jogos na Arena Pernambuco. O Belo Jardim corre contra o tempo para deixar o Mendonção em condições, o que não conseguiu em 2017. Nos demais palcos no interior (5), pequenas reformas e gramados irrigados entre outubro e janeiro.
“E terceiro, nós temos um modelo de competição inusitado – nós teremos uma única partida nas quartas de final e nas semifinais. Então, um clube grande que não for bem pode perder a chance de ir para a final.” Pela primeira vez na história o torneio local terá a fase quartas de final. Embora a fórmula com mais disputas eliminatórias possa ser uma alternativa para os Estaduais, por outro a edição de 2018 classificará 8 dos 11 participantes. É muita coisa, podendo comprometer a intensidade das equipes nas 11 rodadas do turno – a vantagem seria terminar no G4, restando, na prática, uma vaga.
Em 2017, o Sport disputou dois jogos num intervalo de apenas 26 horas, 40 a menos da recomendação da CBF. Na ocasião, os jogos contra Campinense (Nordestão) e Salgueiro (Estadual) só aconteceram após um acordo com o clube, que aceitou escalar times distintos – contra o carcará, foram utilizados 14 atletas abaixo de 20 anos, entre titulares e reservas. Aquele cenário esdrúxulo, reflexo dos cinco torneios simultâneos com a presença do rubro-negro, será repetido em 2018. E numa escala ainda maior. Com o calendário apertado por causa da Copa do Mundo, a FPF, a Liga do Nordeste e a CBF tiveram que costurar uma agenda com partidas bem próximas. Algumas no mesmo dia. Um nó difícil de ser desatado, apesar da exceção criada pela federação pernambucana para autorizar sequências do tipo – trecho acima. Que não esperem uma elevação do nível técnico do futebol…
A seguir, os calendários do Trio de Ferro até o início do Campeonato Brasileiro, com a cor amarela marcando jogos com menos de 50 horas de intervalo e a cor vermelha marcando as piores possibilidades nos calendários de cada time, com menos 24 horas ou até jogos na mesma data.
Náutico (12 a 28 jogos em 94 dias; média de até 1 jogo/3,3 dias) 08/01 (20h00) – Itabaiana 0 x 0 Náutico (Etelvino Mendonça) 13/01 (16h00) – Náutico x Itabaiana (Arena PE) – Nordestão 17/01 (19h00) – Náutico x Altos (Arena PE) – Nordestão* 19/01 (20h00) – Náutico x América (Arena PE) – Estadual 21/01 (16h00) – Central x Náutico (Lacerdão) – Estadual 24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Estadual 28/01 (16h00) – Vitória x Náutico (a definir) – Estadual 31/01 (20h30) – Cordino-MA x Náutico (a definir) – Copa do Brasil 03/02 (20h00) – Pesqueira x Náutico (Joaquim de Brito) – Estadual 06/02 (20h00) – Náutico x Salgueiro (Arena PE) – Estadual 08/02 (21h15) – Botafogo x Náutico (Almeidão) – Nordestão* 14/02– Copa do Brasil (2ª fase) 17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Estadual 20/02 (20h00) – Náutico x Afogados (Arena PE) – Estadual 22/02 (20h15) – Bahia x Náutico (Fonte Nova) – Nordestão* 26/02 (20h00) – Náutico x Flamengo (Arena PE) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 07/03 (20h00) – Belo Jardim x Náutico (Mendonção) – Estadual 10/03 (15h00) – Náutico x Bahia (Fonte Nova) – Nordestão* 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal) 22/03 (20h15) – Náutico x Botafogo (Arena PE) – Nordestão * 27/03 (21h00) – Altos x Náutico (a definir) – Nordestão* 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série C (estreia) * Se passar da fase preliminar do Nordestão
Santa Cruz (17 a 26 jogos em 86 dia; média de até 1 jogo/3,3 dias) 16/01 (22h00) – Confiança x Santa Cruz (Batistão) – Nordestão 18/01 (20h00) – Santa Cruz x Vitória (Arruda) – Estadual 21/01 (16h00) – América x Santa Cruz (Ademir Cunha) – Estadual 25/01 (20h00) – Santa Cruz x Central (Arruda) – Estadual 31/01 (21h30) – Flu-BA x Santa Cruz (Joia) – Copa do Brasil 03/02 (20h00) – Salgueiro x Santa Cruz (Cornélio de Barros) – Estadual 06/02 (22h00) – Santa Cruz x Treze/Cordino (Arruda) – Nordestão 07/02 (21h30) – Afogados x Santa Cruz (Vianão) – Estadual 14/02 – Copa do Brasil (2ª fase) 17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Estadual 20/02 (21h00) – Santa Cruz x CRB (Arruda) – Nordestão 21/02 (20h00) – Flamengo x Santa Cruz (Áureo Bradley) – Estadual 25/02 (16h00) – Santa Cruz x Pesqueira (Arruda) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 04/03 (16h00) – Santa Cruz x Belo Jardim (Arruda) – Estadual 07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) – Estadual 10/03 (15h00) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé) – Nordestão 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal, ida) 22/03 (18h00) – Treze/Cordino x Santa Cruz (a definir) – Nordestão 29/03 (20h15) – Santa Cruz x Confiança (Arruda) – Nordestão 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série C (estreia)
Sport (11 a 20 jogos em 85 dias; média de até 1 jogo/4,2 dias) 17/01 (21h30) – Flamengo x Sport (Áureo Bradley) – Estadual 20/01 (18h30) – Sport x Afogados (Ilha do Retiro) – Estadual 24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Estadual 28/01 (16h00) – Sport x Pesqueira (Ilha do Retiro) – Estadual 04/02 (16h00) – Central x Sport (Lacerdão) – Estadual 07/02 (18h30) – Santos-AP x Sport (Zerão) – Copa do Brasil 18/02 (16h00) – Sport x América (Ilha do Retiro) – Estadual 21/02 (21h45) – Belo Jardim x Sport (Mendonção) – Estadual 21/02 – Copa do Brasil (2ª fase) 24/02 (18h30) – Sport x Vitória (Ilha do Retiro) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 04/03 (16h00) – Salgueiro x Sport (Cornélio de Barros) – Estadual 07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) – Estadual 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal) 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série A (estreia)
A cada ano, as direções executivas dos clubes de futebol precisam aprovar os orçamentos previstos junto aos respectivos conselhos deliberativos. Trata-se de uma estrutura histórica dos times tradicionais do país. No balanço, entram receitas e despesas, projetando cenários com superávit ou até mesmo déficit. Os cálculos para o faturamento contam cotas de televisão, renda dos jogos, patrocínios, mensalidade de sócios etc. São muitas variáveis, incluindo premiações em competições e negociação de jogadores. Mas, ainda assim, é preciso estabelecer um norte para a gestão seguinte. Portanto, considerando as estimativas dos sete maiores clubes da região, chega-se a R$ 437.813.882, com 75,4% concentrado no trio de cotistas da TV. Se os dados finais desta temporada serão maiores ou menores do que as previsões, saberemos apenas em abril de 2019, na divulgação dos sete balanços fiscais.
Em tempo: no Rio, os conselheiros do Flamengo aprovaram R$ 477 milhões.
Previsões do G7 em 2018 (atualizadas em 05/03, após aprovação do Vitória):
R$ 119.759.757 – Bahia (aprovado em 20/12/2017) R$ 108.382.297 – Sport (aprovado em 09/01/2018) R$ 102.000.000 – Vitória (aprovado em 01/03/2018) R$ 55.000.000 – Ceará (aprovado em 27/12/2017) R$ 24.000.000 – Fortaleza (aprovado em 06/12/2017) R$ 14.671.828 – Náutico (aprovado em 15/01/2018) R$ 14.000.000 – Santa Cruz (em discussão, com votação até 31/03/2018)
Abaixo, observações e dados sobre cada uma das previsões de orçamento. Curiosamente, os dois clubes com as maiores previsões orçamentárias também consideraram déficit no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro, sendo R$ 15,91 mi no Sport e R$ 14,94 mi no Bahia.
Bahia (119 milhões) – O tricolor soteropolitano deve se manter no patamar entre 110 e 120 milhões de reais pelo terceiro ano seguido. Na previsão de 2018, surpreende o repasse pelos direitos de transmissão na tevê, com R$ 69,1 milhões – incluindo todas as plataformas, com o pay-per-view cada vez mais importante. Com bilheteria, o clube projeta cerca de R$ 16 milhões, valor ainda modesto se comparado a clubes do mesmo porte em outras regiões. Com cinco torneios no ano, o Baêa considerou campanhas bem modestas para a proposta, com quartas de final do Nordestão (basta passar da fase de grupos), oitavas da Copa do Brasil (já estreia nesta fase, diga-se), 16º lugar na Série A (a última posição acima do Z4) e a primeira fase da Sul-Americana (onde enfrenta o Blooming, da Bolívia). O clube também considerou para a receita a venda de jogadores, R$ 7 milhões. Porém, o dado já foi alcançado nas transações de Jean (9 mi), Juninho Capixaba (6 mi) e Rômulo (1 mi).
Sport (108 milhões) – Inicialmente, a proposta do executivo leonino foi rechaçada pelo conselho deliberativo. Previa um déficit de R$ 15 milhões. Numa segunda reunião, o orçamento previa o mesmo saldo negativo, assim como a antecipação de parte da cota de 2019, mas foi aprovado pelos conselheiros. A diferença está na venda de jogadores (Diego Souza e Régis, já confirmados), equalizando a situação caso o time não obtenha resultados significativos nos campeonatos nacionais, as duas únicas fontes de receita via competitividade. E as metas foram bem elevadas durante a apresentação – ainda que as campanhas não sejam determinantes para o dado bruto. O Sport projeta as quartas na Copa do Brasil – ou seja, disputaria seis fases, acumulando R$ 10,8 milhões – e a 6ª colocação na Série A (2,7 mi). Neste século, o clube só alcançou duas vezes as quartas da copa nacional e uma vez o patamar da classificação almejada no Brasileirão. Meta fora da curva.
Vitória (102 milhões*) – No fim de 2017, a direção do leão da barra, encerrando a gestão, apresentou uma previsão de R$ 94 milhões paro ano seguinte, vetada pelo conselho. Embora o clube já tenha arrecadado mais (R$ 111 milhões em 2016), o valor foi considerado fora da realidade na ocasião, a partir dos contratos existentes. Um novo plano orçamentário ficou agendado para março, já com o novo presidente. De forma emergencial, o conselho aprovou um orçamento de R$ 16 milhões para janeiro e fevereiro. Com vendas milionárias (David e Tréllez), o resultado foi enfim aprovado, saltando para R$ 102 mi, como informou o jornal Correio*.
Ceará (55 milhões) – O contrato do vozão com a Rede Globo, visando a Série A, é de R$ 28 milhões, o que corresponde a 50,9% de todo o orçamento anual. Por sinal, o valor é recorde considerando os ‘não cotistas’ da região – com 55 mi, dado apurado pelo jornal O Povo, o clube superaria os 48 milhões faturados pelo Náutico em 2013. Com isso, prevê uma folha de R$ 2,2 milhões no Brasileirão, também recorde no clube.
Fortaleza (24 milhões) – O tricolor alencarino também projeta uma receita recorde, embora seja menos da metade do maior rival, mas sem premiações, pois não tem qualquer benesse do tipo no Estadual e na Série B – seus únicos torneios no ano. Com os 19 jogos como mandante no Brasileiro, projeta a sua maior bilheteria na década, além de receitas mensais extras, segundo o Diário do Nordeste, como o sócio-torcedor (R$ 350 mil), Caixa (R$ 200 mil – ainda não confirmada) e Timemania (R$ 200 mil – apenas para tributos fiscais).
Náutico (14 milhões) – Em dezembro, o alvirrubro aprovou parcialmente o orçamento de 2018, agendando para 15 de janeiro a deliberação completa, com receitas e despesas. Pela apresentação original, a receita ficaria entre 15,0 mi e 16,2 mi, mas o dado aprovado pelo conselho fiscal acabou sendo menor, 14,6 mi. Com a confirmação da agenda do clube (Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série C), a folha do futebol foi estipulada em R$ 200 mil, a menor do G7 – tendo a possibilidade de um leve aumento na terceirona.
Santa Cruz (14 milhões) – Dois anos após o maior faturamento de sua história (R$ 36 milhões, sendo o 4º da região em 2016), o tricolor projeta o menor orçamento de 2018 entre os principais clubes nordestinos. Contudo, é o único clube cujo valor ainda não foi discutido no conselho. A direção executiva tem o prazo mais longo até a aprovação do CD (fim de março), até mesmo pelo início do novo triênio (2018-2020). Em elaboração, a planilha é baseada nos mesmos números de 2017, tendo como grande variável a campanha na Copa do Brasil, uma vez que no último ano o Santa estreou já nas oitavas (o que corresponde à 5ª fase). A folha deve ficar entre 200 mil e 250 mil reais, a menor do Arruda em cinco anos.
Confira os dados dos balanços fiscais do G7 de 2014 a 2017 clicando aqui.
Desde abertura oficial da Arena Pernambuco, em junho de 2013, já foram realizados 22 clássicos pernambucanos no local, considerando o período até 2017. Os duelos ocorreram em quatro competições distintas: Pernambucano, Nordestão, Série B e Copa Sul-Americana, com públicos entre 2,5 mil (ou 5,6% de ocupação da capacidade) e 30 mil (65,5%). Precisamente, o borderô registrou a entrada de 235.200 torcedores. Em cinco temporadas de clássicos, portanto, a média é de 10.690 – 23,3% de ocupação. Em relação à bilheteria bruta, os dados são levemente melhores (por causa do preço aplicado no estádio), com R$ 5.145.815, registrando um índice de R$ 233.900.
Para 2018, apenas um clássico está garantido, com mando do Náutico. Jogo válido pelo Estadual, contra o rubro-negro (24/01). Caso avance ao mata-mata local, o timbu deverá continuar na arena. A partir de abril, porém, deve voltar aos Aflitos, com a reforma em andamento. Assim, ocorreriam lá o Clássico das Emoções pela Série C e os possíveis jogos pelo Nordestão e Copa do Brasil. Ou seja, o governo do estado passa a negociar a agenda pontual do empreendimento com o Sport, o Santa e, também, o Náutico.
A seguir, um resumo de cada clássico no local entre 2013 e 2017.
Santa Cruz x Náutico Com oito gols, o primeiro duelo, vencido pelos corais, é o recorde de tentos na arena, considerando os clássicos. Apesar da média menor em comparação a Náutico x Sport, O Clássico das Emoções tem uma média menor em comparação a Náutico x Sport, mas é o duelo com mais jogos acima de 10 mil espectadores (6). Por outro lado, três partidas não chegaram sequer a 5 mil, incluindo a menor assistência num clássico. Apenas 2.592 pessoas presenciaram a decisão de 3º lugar do Estadual 2017.
11 jogos (10 mandos alvirrubros e 1 tricolor) 4 vitórias do Santa Cruz (36%) 4 empates (36%) 3 vitórias do Náutico (27%)
110.303 torcedores, média de 10.027 R$ 2.310.910 de renda absoluta, média de R$ 210.082
Náutico x Sport O primeiro clássico da história da Arena foi logo um inédito confronto internacional, pela Copa Sul-Americana de 2013. Apesar da derrota, os leoninos avançaram nos pênaltis. Embora tenha sido mandante só uma vez, o rubro-negro venceu a maioria dos jogos. Sobre os públicos, cinco foram abaixo de 10 mil, com a média se mantendo acima disso graças à final do campeonato estadual 2014, com 30 mil, ainda recorde em clássicos.
9 jogos (8 mandos alvirrubros e 1 rubro-negro) 3 vitórias do Náutico (33%) 2 empates (22%) 4 vitórias do Sport (44%)
112.810 torcedores, média de 12.534 R$ 2.660.980 de renda absoluta, média de R$ 295.664
Sport x Santa Cruz O inédito Clássico das Multidões pela Sula, no centenário do confronto, em 2016, acabou ocorrendo integralmente na Arena depois que os dois rivais se acertaram com o governo do estado. Ou seriam os dois jogos ou nenhum. Se salvou apenas a festa tricolor, avançando às oitavas, pois a presença das torcidas foi frustrante nos dois jogos, com os menores públicos do clássico nesta década. Desde então, mais cinco clássicos, nenhum em São Lourenço.
2 jogos (1 mando 1 rubro-negro e 1 tricolor) 0 vitória do Sport (0%) 1 empate (50%) 1 vitória do Santa Cruz (50%)
12.087 torcedores, média de 6.043 R$ 173.925 de renda bruta, média de R$ 86.962
Segundo o balanço mais recente da CBF, de 2017, existem 21.743 jogadores profissionais em atividade, com algum tipo de vínculo firmado com os 766 clubes profissionais do país – em Pernambuco, por exemplo, 22 times disputaram competições oficiais na temporada. Quase todos os contratos, entre clubes e jogadores, contam com ‘intermediários’ a jogada – pessoas ou empresas. Uma atividade por muito tempo sem controle, que movimenta o futebol mercado, para o bem ou para mal – sob diversas óticas, naturalmente. A função pode tanto arrumar um emprego para um atleta – e a maior parte (82%, segundo dados da confederação de 2015) ganha no máximo R$ 1 mil.
Por outro lado, em patamares mais elevados, o trabalho inflaciona bastante as negociações, com leilões, triangulações e até contra-informações. De toda forma, a CBF lançou o Regulamento Nacional de Intermediários 2018, válido desde 1º de janeiro, com 47 artigos detalhando a execução deste trabalho, já com as figuras cadastradas. E, acredite, são muitas. Ainda de acordo com a entidade, foram habilitados 457 nomes, entre pessoas físicas e jurídicas. Ou seja, numa média simples, cada intermediário opera cerca de 47 atletas – embora, na prática, existam empresas que cuidam das carreiras de centenas de jogadores brasileiros. Abaixo, algumas das funções dessas figuras que comandam, nos bastidores, o futebol nacional entre dezembro e janeiro…
Obs. Na caixa de comentários, a lista completa com os 457 intermediários.
Veja a lista com as 92 negociações milionárias do Nordeste clicando aqui.
Artigo 1º – Considera-se Intermediário, para fins deste Regulamento, toda pessoa física ou jurídica que atue como representante de jogadores, técnicos de futebol e/ou de clubes, seja gratuitamente, seja mediante o pagamento de remuneração, com o intuito de negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de contratos de trabalho, de formação desportiva e/ou de transferência de jogadores.
Artigo 2º – As disposições deste Regulamento aplicam-se a jogadores, técnicos de futebol e clubes que utilizem os serviços de um Intermediário para negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de:
I. um pré-contrato e/ou um contrato especial de trabalho desportivo entre um jogador e um clube; II. um pré-contrato e/ou um contrato de trabalho entre um técnico de futebol e um clube; III. um contrato de formação desportiva, ressalvado o disposto no Art. 24 deste Regulamento; IV. um contrato de transferência, temporária ou definitiva, de um jogador entre 2 (dois) clubes; V. um contrato de cessão de direito de uso de imagem entre um jogador ou técnico de futebol e um clube.
Artigo 3º – São princípios gerais e cogentes da atividade de Intermediário:
I. o direito de jogadores, técnicos de futebol e clubes contratarem os serviços de Intermediários quando forem negociar ou renegociar a celebração, alteração ou renovação de um contrato de trabalho, de formação desportiva, de transferência ou de cessão de direito de uso de imagem; II. a exigência de prévio registro do Intermediário na CBF para que possa participar de uma negociação na forma estabelecida neste Regulamento; III. a adoção, por jogadores, técnicos de futebol e clubes, da necessária diligência no processo de utilização ou contratação de Intermediários, entendendo-se por necessária diligência a verificação da situação de regularidade do registro do Intermediário através da lista oficial de intermediários cadastrados, disponível no site da CBF; IV. a vedação à utilização ou contratação, por jogadores, técnicos de futebol e/ou clubes, de pessoa física e/ou jurídica não registrada como Intermediário para a prestação de quaisquer dos serviços previstos neste Regulamento; V. a vedação à utilização ou contratação, por jogadores, técnicos de futebol e/ou clubes, de dirigente, nos moldes definidos no ponto 13 da seção de Definições do Estatuto da FIFA, para a prestação de quaisquer dos serviços previstos neste Regulamento