Foram 16 longas rodadas em mais de dois anos de disputa. Enfim, acabou a eliminatória sul-americana para a Copa do Mundo no Brasil.
Em 2014, estarão aqui Argentina, Colômbia, Chile e Equador. O Uruguai vai à repescagem num mata-mata contra a Jordânia. Abaixo, a charge com todo o contexto da longa batalha, nos traços de DonSata.
Medir o grau de envolvimento de um torcedor com o seu o clube é algo bastante subjetivo. Tal torcida ama mais, a outra é “modinha”, aquela lá nem gosta tanto de futebol. É o tipo de discussão com as mesmas palavras no Recife, em Fortaleza, Salvador, Belém, Curitiba, Belo Horizonte etc.
Portanto, entrando nesta polêmica seara, a Pluri Consultoria resolveu estabelecer de forma prática a curva de preferência dos torcedores brasileiros. Em sua última pesquisa, com 10.545 entrevistados, em janeiro de 2012, foi perguntado a todos que admitiram torcer por um time o quanto essa agremiação representava. Resposta única, com as opções fanático, torcedor, simpatizante e indiferente, mas só a partir da subjetividade, sem considerar aspectos como venda de ingressos e uniformes, sócios em dia e/ou audiência televisiva.
A partir das respostas, os dados foram mensurados e organizados em uma tabela detalhada visando o mercado esportivo e ações estratégicas.
Os rivais das multidões se saíram muito bem. O Santa cravou o 4º lugar, atrás apenas da dupla Grenal e dos incansáveis seguidores do Atlético-MG. Com 16,3% de sua massa composta por fanáticos, o Tricolor é o único dos 18 clubes listados abaixo das Séries A e B, o que só denota um feito maior. O Sport até ficou na frente em termos absolutos (2,29 milhões x 1,42 milhão), mas o grau de fanáticos foi um pouco menor (13,1%). Ainda assim, um bom 8º lugar.
Já o Náutico apareceu agrupado em “outros clubes”, com índice geral de 16 milhões de pessoas. Ao blog, porém, a consoltoria revelou os dados alvirrubros: 9% fanaticos, 46% torcedores, 32% simpatizantes e 13% de indiferentes.
Subjetividade à parte, eis o estudo sobre as torcidas mais fanáticas do país…
Com duas falhas clamorosas do sistema defensivo, o Sport perdeu do América Mineiro na Ilha do Retiro, de virada. Abriu mão de três pontos importantíssimos na luta pelo acesso à elite nacional, aumentando bastante a pressão na reta final da Série B. Na verdade, o Leão perdeu seis pontos contra o Coelho, lá e lô.
O gol de voleio de Marcos Aurélio deixou o time em vantagem logo aos 13 minutos, diante de 18.737 torcedores nesta terça. Os pernambucanos até criaram algumas chances para ampliar, mas o ataque não esteve numa noite objetiva, ciscando bastante e finalizando de forma afobada, de muito longe.
De uma forma geral, o Sport não esteve bem, fato percebido logo pela torcida, nervosa. Ainda no primeiro, uma bola levantada sem tanta pretensão resultou no empate. Patric, em outra péssima jornada, só observou a escorada de Elsinho.
Na etapa final, com mexidas sem melhora na equipe, com as entradas de Chumacero e Nunes – nas vagas de Ailton e Neto Baiano -, o time passou a improvisar, abusando das bolas levantadas ainda da intermediária.
Paralelamente a isso, os contragolpes foram surgindo, levando aquele velho temor. Veio a surpresa negativa, claro. Bady, aos 34 e aos 40, definiu o 3 x 1. O gol de desempate saiu numa trapalhada inacreditável de Rithely e Anderson Pedra. Os volantes bateram cabeça e deixaram a bola com o adversário.
A partir daí, vaias até o apito final, com a 13ª derrota leonina em 30 jogos, num campeonato no qual deveria estar em uma situação bem mais confortável. Com 49 pontos, segue no G4, mas sem espaço para novos erros…
Historicamente, as eleições presidenciais nos grandes clubes pernambucanos sempre focaram mandatos de dois anos no comando executivo. Durante décadas o sistema funcionou desta forma, de biênio em biênio. Somente em 2014 houve uma mudança, no Arruda, com a implantação do triênio.
Em relação ao formato da disputa, o último a adotar a eleição direta, com a participação de todos os sócios, foi o Náutico. Até 2011, apenas os membros do Conselho Deliberativo podiam votar.
Paralelamente à modernização dos estatutos, os clubes vêm convivendo com seguidos embates políticos. Se até os anos 1990 a formação do “consenso” era quase uma regra no processo eleitoral, hoje em dia o bate-chapa se tornou quase inerente às urnas nos Aflitos, no Arruda e, sobretudo, na Ilha do Retiro, que já contou até com urnas eletrônicas, com 21 equipamentos em 2000. Em Caruaru o consenso também vem passando longe.
Confira os dados das eleições com mais de uma chapa inscrita, com pleitos históricos do passado e todos os embates desde 2000, com percentuais dos votos válidos, e os curiosos nomes das candidaturas…
Última atualização em 06/12/2017
Náutico
1978 – 160 votos (apenas conselheiros)
João de Deus (Situação) – 108 votos (67,5%)
Virgínio Cabral de Melo (Oposição) – 52 votos (32,5%)
1979 – dado desconhecido
João de Deus (União e Trabalho) – vencedor
José Ventura (Movimento de Restauração Alvirrubro)
2009 – 160 votos (apenas conselheiros)
Berillo Albuquerque (Náutico Acima de Tudo) – 121 votos (75,62%)
Paulo Alves (Náutico Para Todos) – 39 votos (24,37%)
2011 – 1.632 votos
Paulo Wanderley (Náutico de Primeira) – 1.139 votos (69,79%)
Marcílio Sales (Movimento Transparência Alvirrubra) – 475 votos (29,10%)
Paulo Henrique (Renovação) – 18 votos (1,10%)
2013 – 2.146 votos
Glauber Vasconcelos* (Movimento Transparência Alvirrubra) – 1.575 votos (73,39%)
Marcílio Sales (Alvirrubros de Coração) – 458 votos (21,34%)
Alexandre Homem de Melo (Renovação) – 70 votos (3,26%)
Alberto de Souza (Náutico pra frente) – 43 votos (2,00%)
2015 – 1.544 votos
Marcos Freitas* (Náutico de Todos) – 777 votos (50,32%)
Edno Melo (Vermelho de Luta, Branco de Paz) – 767 votos (49,67%)
Santa Cruz
1975 – 1.387
José Nivaldo de Castro (Situação) – 1.195 votos (86,15%)
José Marcionilo Lins (Oposição) – 192 votos (13,84%)
O pomposo sorteio da Copa do Nordeste de 2014 aconteceu em Salvador, com a presença do presidente da CBF. A definição das bolinhas agrupou os três representantes pernambucanos na disputa, cujo campeão será premiado com uma vaga na Copa Sul-americana, além da cota acumulada de R$ 1,25 milhão.
Na chave B estão Bahia e Santa Cruz, amplamente favoritos diante de CSA e Vitória da Conquista. No grupo D, o cabeça de chave Sport e o Náutico, o primeiro a ser selecionado. Só uma senhora zebra, com os candidatos Guarany de Sobral e Botafogo de João Pessoa, irá eliminar um dos rivais centenários.
Após a primeira fase virá o grande diferencial neste Nordestão, considerando o viés local, pois os cruzamentos nas quartas de final envolverão justamente os dois grupos. O fato, claro, evita uma final pernambucana, mas pode promover inúmeros clássicos pernambucanos nos mata-matas.
1º do B x 2º do D e 1º do D x 2º do B.
Na sequência, os vencedores desses confrontos formarão uma das semifinais.
Nesta lógica, só o Bahia teria forças para evitar a presença recifense na decisão. Qual time pernambucano chegará mais longe? A última edição com uma equipe local na final regional foi em 2001, quando o Leão foi vice-campeão.
Na opinião do blog, o outro finalista deve sair, pela ordem, entre Vitória, Ceará e América de Natal. Há mais algum candidato? Vale levantar a bola, sobretudo pela lembrança da incrível final de 2013, entre Campinense e ASA…
Os primeiros contratos efetivos entre clubes pernambucanos e fabricantes de material esportivo datam do início da década de 1980. Até ali, apenas acordos esporádicos, com contrapartida baixa e quase sempre sem a marca na camisa. Com o tempo, as empresas se tornaram patrocinadoras, parceiras. Essenciais.
Numa disputa quase polarizada com a Nike, a gigante Adidas pode retornar ao futebol local, em 2014, após um hiato de mais de duas décadas. Curiosamente, a empresa alemã, que sob contratos milionários atualmente produz os uniformes de Real Madrid, Bayern de Munique e Milan, estampou a sua marca nas camisas leoninas e corais logo no boom local.
Durou mais tempo no Santa Cruz, até 1990, numa época em que a Adidas usava o seu velho logotipo, hoje chamado Originals. A entrada da fabricante mudaria bastante o já movimentado mercado de uniformes no Recife.
Se seguir a linha de outros centros econômicos, a entrada da Adidas deve atrair outras empresas de peso internacional para uma “disputa de visibilidade”.
Enquanto o Rubro-negro ainda depende de um anúncio (acerto) oficial, o Alvirrubro e o Tricolor têm contratos assinados com a Penalty até o fim de 2014, mas já abertos a futuros acordos.
Abaixo, a lista de fornecedores de material dos três grandes clubes pernambucanos. Alguns anos ainda carecem de fonte.
Faltando dez rodadas para o fim do Brasileirão, o Náutico está a 9 pontos do vice-lanterna e a 17 do primeiro time fora da zona de rebaixamento. A goleada sofrida para o Inter foi o 19º revés do Alvirrubro, agora com um “turno” de derrotas.
Na liderança, o Cruzeiro, apesar das duas derrotas seguidas, segue folgado na liderança, com dez pontos de vantagem na corrida pelo tricampeonato.
A 29ª rodada do representante pernambucano 16/10 – São Paulo x Náutico (21h)
Jogos no estado pela elite: nenhuma vitória timbu, 2 empates e 5 derrotas.
Um campeonato à parte, com a glória antes da taça.
Com o fim emocionante dos turnos nos grupos A e B, foi definido o chaveamento das quartas de final do Brasileiro da Série C. Confira a classificação aqui.
Até o troféu reluzente, três mata-matas. Contudo, o primeiro já vale o acesso. Quem fizer mais pontos nos 180 minutos de bola rolando, passa. Em caso de igualdade, vem saldo de gols, maior número de gols na casa do rival e pênaltis.
Os quatro semifinalistas, já assegurados na segunda divisão nacional do ano que vem, irão seguir na trilha do título pelo diagrama descrito no post.
Abaixo, o calendário das quartas, com a participação do tricampeão pernambucano, ávido pela Série B desde 2007…
Ida
19/10 (16h) – Betim/MG x Santa Cruz
19/10 (16h) – Caxias/RS x Luverdense/MT
19/10 (19h) – Sampaio Corrêa/MA x Macaé/RJ
20/10 (19h) – Treze/PB x Vila Nova/GO
Volta (*horários do Recife)
26/10 (16h) – Santa Cruz x Betim/MG
26/10 (18h) – Macaé/RJ x Sampaio Corrêa/MA
27/10 (16h) – Luverdense/MT x Caxias/RS
27/10 (18h) – Vila Nova/GO x Treze/PB
Na sua opinião, quais serão os clubes classificados? E o favorito ao título?
De forma incomum, o Campeonato Brasileiro da Série C desta temporada contou dois grupos com números distintos sobre os participantes, sendo 11 no A e 10 no B. Apesar disso, quatro vagas para cada chave nas quartas de final.
No grupo A, liderado pelo Santa Cruz, um equilíbrio surreal. Do Tricolor, no topo, ao primeiro rebaixado, o Brasiliense, em 9º lugar, apenas quatro pontos de diferença. Não por acaso, rodada final, no domingo, foi de perder o fôlego…
No grupo B, definido ainda no sábado. Único campeão brasileiro da primeira divisão presente nesta Terceirona, o Guarani acabou de fora. Dois clubes sem apelo nas arquibancadas avançaram, o Macaé e o Betim.
Em Campina Grande, um verdadeiro alçapão esperava os corais. Precisando da vitória a todo custo, o Treze levou o jogo do Amigão, o maior estádio da cidade, para o acanhado PV, com a torcida colada e campo menor. Tentou pressionar, mas esteve num péssimo domingo. Ainda mais com o atento sistema defensivo do Santa Cruz, que não deixou o adversário ter uma mísera oportunidade durante 89 minutos. Só que futebol, como se sabe, dura ao menos 90…
Controlando a partida e ciente dos demais resultados da última rodada do grupo A da terceirona, o tricampeão pernambucano segurava bem empate sem gols, já com a noite caindo na Borborema. Até que, aos 45 do segundo tempo, na base do abafa, Chorão cruzou da direita e Giancarlo cabeceou firme, para o chão, sem chances para o goleiro Tiago Cardoso, 1 x 0.
O gol classificou de forma dramática o alvinegro paraibano, no último instante, e embaralhou toda a classificação. Até mesmo a posição coral, que por muito pouco não perdeu a liderança. A primeira colocação foi retomada logo depois porque o Fortaleza também sofreu um gol no último lance do dia.
Encerrada a dura fase de grupos, a Cobra Coral parte para as quartas de final, a fase decisiva do Brasileiro. Precisará de suas principais peças, ausentes no PV, e da tranquilidade demonstrada em quase toda a apresentação na Paraíba. Está a dois jogos da Série B. Pela frente, os mineiros do Betim. Do interior paraibano para o interior mineiro, mas com uma visível diferença técnica pela frente…