Os clubes mais ricos do mundo, com o Real Madrid dominando há 11 anos

Os 20 clubes mais ricos do mundo em 2014/2015. Fonte: Deloitte

Pela 11ª temporada consecutiva o Real Madrid foi apontado como o clube de futebol de maior faturamento no mundo, somando a bilheteria das partidas no Santiago Bernabéu, os direitos de transmissão (televisão, internet etc) e o comércio de produtos oficiais. Os merengues tiveram uma receita de 577 milhões de euros em 2014/2015, num crescimento de 109% em relação a 2004/2005, quando registrou 275,7 milhões, assumindo a liderança do levantamento feito há 19 anos pela consultoria Deloitte, cujo no estudo foi lançado recentemente. Já o maior rival, o Barcelona, subiu duas posições e chegou à vice-liderança do ranking, deixando claro o significado de “espanholização”, agora em escala global. Completando o pódio, o Manchester United, outrora líder. O maior campeão inglês foi o ponteiro de 1996/1997, no primeiro ano do relatório “Football Money League”, até 2003/2004.

O crescimento dos times mais poderosos vem na curva ascendente sobre a participação do “comércio e marketing”, contemplando patrocínios, produtos licenciados e merchandising. Já é a maior fonte dos cinco primeiros colocados, com expansão internacional das vendas, até no Brasil. Enquanto isso, aqui, a venda de direitos de transmissão na tevê ainda é a maior receita, com alguns clubes tentando alavancar a participação de sócios-torcedores no bolo. Vale ressaltar que essa visão se aplica a uma parcela mínima do futebol brasileiro, presente na elite, pois a maioria (dos 684 clubes profissionais, segundo o Bom Senso FC) ainda vive de renda de jogos, e olhe lá.

Apesar do domínio dos gigantes espanhóis, o destaque também vai para a força da Premier League, com 17 clubes entre os 30 mais ricos do mundo – nenhum time sul-americano, sem surpresa. A divisão mais equânime da receita de televisão na terra da rainha tem um papel fundamental, com a verba chegando a 2 bilhões de euros. Surpresa na atual temporada, o Leicester City está longe de ser um pobre coitado, sendo o 24º mais rico do mundo – na Inglaterra, contudo, é o 12º. A análise geral, com os balanços oficiais, só não levou em conta a receita oriunda da transferência de jogadores e impostos. Convertendo as receitas para a moeda brasileira, doze clubes já ultrapassaram a barreira de R$ 1 bilhão de faturamento anual. Concorrência cada vez mais pesada.

Confira a íntegra do relatório, em inglês, clicando aqui.

1º) Real Madrid (Espanha)
Renda dos jogos: 22% (129,8 milhões de euros)
Comércio/marketing: 43% (247,3)
Direitos de transmissão: 35% (199,9)

2º) Barcelona (Espanha)
Renda dos jogos: 21% (116,9)
Comércio/marketing: 43% (244,1)
Direitos de transmissão: 36% (199,8)

3º) Manchester United (Inglaterra)
Renda dos jogos: 22% (114,0)
Comércio/marketing: 51% (263,9)
Direitos de transmissão: 27% (141,6)

4º) Paris Saint-Germain (França)
Renda dos jogos: 16% (78,0)
Comércio/marketing: 62% (297,0)
Direitos de transmissão: 22% (105,8)

5º) Bayern de Munique (Alemanha)
Renda dos jogos: 19% (89,8)
Comércio/marketing: 59% (278,1)
Direitos de transmissão: 22% (106,1)

Os 10 clubes que mais faturaram com a renda dos jogos na temporada 2014/2015. Crédito: Deloitte

Os 10 clubes que mais faturaram com comércio e marketing na temporada 2014/2015. Crédito: Deloitte

Os 10 clubes que mais faturaram com a venda de direitos de TV na temporada 2014/2015. Crédito: Deloitte

As médias de público dos clubes mais ricos do mundo, até 80 mil torcedores

Torcida do Borussia Dortmund no Signal Iduna Park

Na temporada 2014/2015, o Borussia Dortmund finalmente ultrapassou a expressiva marca de 80 mil torcedores por jogo, com uma taxa de ocupação de 98%! Mais. O clube alemão liderou a média de público no mundo do futebol pela quarta vez seguida, segundo o levantamento da consultoria Deloitte. A última vez que não ficou à frente, considerando o mando de campo nas ligas nacionais, foi em 2010/2011, por pouco (Barcelona 79.186 x 78.416).

Em casa, a muralha amarela no Signal Iduna Park é mesmo um show à parte. E o clube procura valorizar isso, ajustando o palco ano a ano para ganhar mais lugares – foram sete pequenas ampliações na última década. A capacidade atual, para a Bundesliga, é de 81.359 espectadores, incluindo torcedores em pé, caindo para 65.829 na Champions League, que exige assentos em todos os setores. Apesar da torcida robusta, via season ticket, a bilheteria representa apenas 19% do faturamento do Borussia, o 11º clube mais rico.

O relatório da Deloitte enumerou os 20 clubes mais ricos do futebol, dos quais seis tiveram uma assistência superior a 60 mil torcedores. O Arsenal, que costuma fazer parte deste patamar, acabou um pouco abaixo, talvez como consequência dos ingressos cobrados pelo clubes, os mais caros da Europa.

Confira as médias dos times mais abonados e compare com os anos anteriores. Como curiosidade, os índices do Trio de Ferro do Recife no período

2014/2015 (os 20 mais ricos)
80.423 – Borussia Dortmund (Alemanha, 17 jogos)
77.632 – Barcelona (Espanha, 19 jogos)
75.335 – Manchester United (Inglaterra, 19 jogos)
72.969 – Real Madrid (Espanha, 19 jogos)
72.882 – Bayern de Munique (Alemanha, 17 jogos)
61.577 – Schalke 04 (Alemanha, 17 jogos)
59.992 – Arsenal (Inglaterra, 19 jogos)
50.500 – Newcastle (Inglaterra, 19 jogos)
45.789 – Paris Saint-Germain (França, 19 jogos)
45.345 – Manchester City (Inglaterra, 19 jogos)
44.675 – Liverpool (Inglaterra, 19 jogos)
42.110 – Atlético de Madri (Espanha, 19 jogos)
41.546 – Chelsea (Inglaterra, 19 jogos)
40.148 – Roma (Itália, 19 jogos)
38.406 – Everton (Inglaterra, 19 jogos)
38.158 – Internazionale (Itália, 19 jogos)
36.638 – Milan (Itália, 19 jogos)
36.292 – Juventus (Itália, 19 jogos)
35.769 – Tottenham (Inglaterra, 19 jogos)
34.682 – West Ham (Inglaterra, 19 jogos)

2013/2014 (+60.000 entre os 20 mais ricos)
79.856 – Borussia Dortmund (Alemanha, 17 jogos)
75.203 – Manchester United (Inglaterra, 19 jogos)
71.988 – Barcelona (Espanha, 19 jogos)
71.131 – Bayern de Munique (Alemanha, 17 jogos)
70.739 – Real Madrid (Espanha, 19 jogos)
61.269 – Schake 04 (Alemanha, 17 jogos)
60.014 – Arsenal (Inglaterra, 19 jogos)

2012/2013 (+60.000 entre os 20 mais ricos)
79.893 – Borussia Dortmund (Alemanha, 17 jogos)
75.530 – Manchester United (Inglaterra, 19 jogos)
71.235 – Barcelona (Espanha, 19 jogos)
71.000 – Bayern de Munique (Alemanha, 17 jogos)
65.268 – Real Madrid (Espanha, 19 jogos)
61.000 – Schalke 04 (Alemanha, 17 jogos)
60.000 – Arsenal (Inglaterra, 19 jogos)

As médias dos clubes pernambucanos no Campeonato Brasileiro:

2015
17.132 – Sport (Série A, 18 jogos*)
14.733 – Santa Cruz (Série B, 19 jogos)
6.851 – Náutico (Série B, 19 jogos)
* Ainda houve um jogo de portões fechados

2014
18.324 – Sport (Série A, 19 jogos)
13.140 – Santa Cruz (Série B, 19 jogos)
6.582 – Náutico (Série B, 19 jogos)

2013
28.150 – Santa Cruz (Série C, 13 jogos)
17.472 – Sport (Série B, 19 jogos)
11.301 – Náutico (Série A, 19 jogos) 

Torcida do Borussia Dortmund no Signal Iduna Park. Facebook oficial BVB

Os brasileiros campeões no Grand Slam

Brasileiros campeões de Grand Slam: Maria Esther Bueno, Gustavo Kuerten e Bruno Soares e Marcelo Melo; Thomaz Koch, Tiago Fernandes, Marcelo Zormann e Orlando Luz

Na história do Grand Slam, composto pelos quatro grandes torneios do tênis, oito brasileiros já conseguiram o título, considerando todas as categorias. Do simples ao juvenil. De Maria Esther Bueno, no US Open de 1959, a Bruno Soares, nas duplas da Austrália, em 2016. Ao todo são 31 conquistas. Eis a lista de títulos brazucas.

Post atualizado em 31 de janeiro de 2016

Maria Esther Bueno (19)
4 – US Open (simples – 1959, 1963, 1964 e 1966)
3 – Wimbledon (simples – 1959, 1960 e 1964)
5 – Wimbledon (duplas – 1958, 1960, 1963, 1965, 1966)
4 – US Open (duplas – 1960, 1962, 1966 e 1968)
1 – Australian Open (duplas – 1960)
1 – Rolando Garros (duplas – 1960)
1 – Roland Garros (duplas mistas – 1960)

Gustavo Kuerten (4)
3 – Roland Garros (simples – 1997, 2000 e 2001)
1 – Roland Garros (dupla juvenil – 1994)

Bruno Soares (4)
1 – Australian Open (duplas – 2016)
2 – US Open (duplas mistas – 2012 e 2014)
1 – Australian Open (duplas mistas – 2016)

Marcelo Melo
1 – Roland Garros (duplas – 2015)

Thomaz Koch
1 – Roland Garros (duplas mistas – 1975)

Tiago Fernandes
1 – Australian Open (simples juvenil – 2010)

Marcelo Zormann
1 – Wimbledon (dupla juvenil – 2014)

Orlando Luz
1 – Wimbledon (dupla juvenil – 2014)

Atualizando a base da Ariano Suassuna

Base da Taça Ariano Suassuna após 2016. Foto: Marcela Lima/Sport

Exposta na sala de troféus do Sport, a Ariano Suassuna está ao lado da taça da Copa do Brasil de 2008 e da bola da final contra o Corinthians, e da conquista do campeonato estadual de 2010, o segundo pentacampeonato do clube. A peça já foi atualizada após o amistoso contra o Argentinos, na Ilha do Retiro, com o clube divulgando um vídeo com a colocação da insígnia dourada.

Conforme informado, a Taça Ariano Suassuna terá uma base semelhante à Libertadores, com os nomes dos campeões gravados, uma ideia interessante. Nos dois primeiros anos, o próprio nome do Leão foi adicionado à base preta, com as datas dos jogos. Como sugestão, a plaquinha poderia ter também o nome do adversário, sobretudo se o evento de pré-temporada for duradouro.

Veja como ficou a Taça Ariano Suassuna clicando aqui.

Relembre as partidas:
2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (Argentina)
2015 – Sport 2 x 1 Nacional (Uruguai)

Sport vence o Argentinos Juniors e conquista o bi da Taça Ariano Suassuna

Taça Ariano Suassuna 2016: Sport 2x0 Argentinos Juniors. Foto: Paulo Paiva/DP

Em sua primeira apresentação no ano, o Sport bateu o Argentinos Juniors sem dificuldades, na Ilha, e conquistou pela segunda vez a Taça Ariano Suassuna. O Leão venceu, enfim, um clube do país vizinho, após seis tentativas desde 1937. O placar de 2 x 0 foi construído em onze minutos, com Everton Felipe batendo de esquerda e Túlio de Melo convertendo o pênalti sofrido pelo rápido Lenis. 

Se em 2015 o veio o Nacional do Uruguai, se preparando para a Libertadores, desta vez foi contra a formação mista do clube que revelou Maradona. Como parte do acordo pela compra de Lenis (R$ 3,16 milhões), o Argentinos trouxe apenas cinco titulares para o amistoso. Estatisticamente, era o time principal.

Taça Ariano Suassuna 2016: Sport 2x0 Argentinos Juniors. Foto: Paulo Paiva/DP

Em campo, o fragilizado adversário não foi páreo no primeiro tempo, com Leão desperdiçando a chance de golear. Na etapa final, seria natural as trocas de Falcão, evitando desgaste dos titulares e dando oportunidade a novos nomes.

Dito e feito, um novo time após o intervalo. Teve espaço para a experiência de Magrão, a estreia do zagueiro Henriques e oportunidades para os jovens Fábio e Wallace, recém-chegados da Copa São Paulo de Juniores. Tamanha mudança, com uma queda de produção, acabou gerando mais equilíbrio. O Argentinos até teve mais espaço para tentar algo, sem sucesso. Paciência. Ao Leão, valeu uma taça, desta vez na expectativa de conquistar outras até dezembro.

Relembre os confrontos entre clubes pernambucanos e argentinos aqui

Taça Ariano Suassuna 2016: Sport 2x0 Argentinos Juniors. Foto: Paulo Paiva/DP

Patch oficial da Taça Ariano Suassuna no embalo visual dos maiores torneios

Patchs nos uniformes do Sport na Taça Ariano Suassuna de 2015 e 2016. Fotos: Sport/divulgação

Além de um troféu fixo na Taça Ariano Suassuna, o Sport segue padronizando o seu evento de pré-temporada. Como na primeira edição, foi feito um “patch” especial para o jogo contra o Argentinos Juniors. É uma espécie de selo oficial da disputa, geralmente colado nos uniformes dos dois clubes em campo. No patch, o sol e as letras têm traços armorais, seguindo o movimento criado pelo dramaturgo e torcedor rubro-negro. Na escolha dos padrões leoninos, o rubro-negro horizontal em 2015, contra o Nacional, e o rubro-negro vertical em 2016. 

A ideia já se faz presente em diversos torneios de futebol, como a Copa do Mundo, para citar logo o mais importante. E ainda há uma evolução do patch, com marcas exclusivas para os atuais campeões, com validade até um novo vencedor. No Mundial, obviamente, a marca dura quatro temporadas. Nas demais competições, uma. A Copa do Nordeste adotou a ideia em 2015, com o próprio Sport, campeão na edição anterior. O diferencial no uniforme acaba tendo um reflexo na venda de camisas. A ideia não é à toa.

Patchs de participação: Copa do Mundo, Liga dos Campeões e Libertadores

Patchs de campeões: Nordestão, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro

Futebol ignora crise com uma transação internacional a cada 38 minutos em 2015

O número de jogadores que trocaram de clubes em transações internacionais em 2015, segundo a Fifa/TMS. Arte: Cassio Zirpoli/DP (via Infogram)

Por dia, 37 transferências internacionais são registradas no futebol. Isso corresponde a uma negociação firmada a cada 38 minutos. Ao todo, foram 13.558 contratos em 2015, segundo o balanço anual do Transfer Matching System, divulgado em 21 de janeiroA sigla “TMS” se refere ao sistema eletrônico criado há cinco anos pela Fifa para registrar oficialmente todas as negociações entre clubes de países distintos, numa operação feita na Suíça. O levantamento considera empréstimo, venda, fim de contrato e jogadores livres.

Ainda que o mundo esteja tentando driblar a crise, no futebol as cifras só aumentam. No último ano, as transferências globais envolveram US$ 4,18 bilhões (R$ 17,1 bi), com média de 308 mil dólares por jogador. De acordo com o relatório, o destaque anual é a óbvia expansão chinesa, com reflexo direto no Brasil, com 16 jogadores (entre os melhores da Série A) negociados para o país asiático. Segundo a avaliação, aliás, o mercado brasileiro estaria em declínio.

O TMS engloba 6,5 mil clubes, incluindo o Trio de Ferro. Entre os principais exemplos locais, a venda de Joelinton, do Sport para o Hoffenheim por 2,4 milhões de dólares, a contratação de Grafite, do Al-Sadd do Catar para o Santa, e a saída de Josimar, liberado pelo Náutico para o Al Fateh, da Arábia Saudita.

Em 2016, as duas janelas brasileiras serão de 23/01 a 16/04 e de 22/06 a 21/07.

O gasto dos clubes nas transações internacionais em 2015, segundo a Fifa/TMS. Arte: Cassio Zirpoli/DP (via Infogram)

Ariano repete ideias da Taça das Bolinhas e da Libertadores, com réplica e placa

A Taça Ariano Suassuna 2016. Foto: Sport/twitter

O Sport resolveu seguir a linha de torneios tradicionais e manteve o formato da Taça Ariano Suassuna. O troféu será sempre o mesmo na copa amistosa criada pelo clube, tendo como novidade em 2016, na disputa contra o Argentinos Juniors, a entrega de uma segunda peça, de tamanho reduzido.

Não se trata de um troféu para o vice, mas uma réplica do troféu principal, numa ideia semelhante ao critério da antiga Taça das Bolinhas, o prêmio do Brasileirão entre 1975 e 1992. Pela regra, o campeão erguia o troféu original, com 60 centímetros, levando para casa uma réplica com metade do tamanho – o mesmo modelo guardado na Ilha, referente a 1987. Na Ariano Suassuna, o vencedor erguerá o troféu maior no campo, mas o visitante, independentemente do resultado, levará para casa sempre o menor, devidamente customizado sobre o jogo, como lembrança. O original fica em posse do Leão.

Outra diferença é o espaço para colocar placas com o vencedores de cada edição, como acontece na base da Taça Libertadores da América, já tendo a primeira insígnia dourada, de 2015, quando o Sport venceu o Nacional do Uruguai. A taça foi uma concepção artística de Dantas Suassuna, filho de Ariano, ao lado do programador visual Ricardo Gouveia de Melo. A peça apresenta traços armoriais que marcam a história do dramaturgo rubro-negro. 

Taça Ariano Suassuna: réplica/modelo original, base de placas e versão 2015.

Réplica e versão original da Taça das Bolinhas da Série A (1975-1992) e a base da Taça Libertadores até 2015

A simples dúvida entre Arena e Arruda para Brasil x Uruguai já expõe os problemas do empreendimento

Seleção Brasileira entre Arena Pernambuco e Arruda. Arte: Cassio Zirpoli, com fotos de Ana Araújo-Faquini/ Portal da Copa (Arena) e mapio.net (Arruda)

As seleções de Brasil e Uruguai vão se enfrentar no Recife em 24 de março, pela quinta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. O palco natural da disputa entre Neymar e Luis Suárez seria a Arena Pernambuco, a parceria público-privada idealizada para abrigar a Copa das Confederações e o Mundial, atendendo inteiramente à versão mais recente do caderno de encargos da Fifa. Um empreendimento moderno, mas cercado de problemas. Na licitação, na construção e na operação. Até hoje não se sabe o valor oficial da obra, que pode chegar a R$ 743 milhões, num número ainda em discussão na justiça.

Erguido em São Lourenço, o estádio foi apontado já em sua concepção como a nova casa da Seleção. Não por acaso, o amistoso Brasil 8 x 0 China, em 2012, foi celebrado como a despedida do Arruda. Com a confirmação do jogo em 2015, o nome no ingresso seria praxe. Seria. A dois meses do clássico, a CBF ainda não chegou a um acordo com a administração da arena. No Rio de Janeiro, o repórter Wellington Campos, que cobre o dia a dia da confederação, informou que se a pedida for muito alta, o jogo será transferido para o Arruda.

O Mundão já abrigou dois jogos pelas Eliminatórias, contra Bolívia (1993) e Paraguai (2009), com o recorde de público (96.990) no histórico 6 x 0 na arrancada do Tetra. A casa do Santa segue com capacidade ampla – apesar da redução para 60 mil – e estrutura adequada aos atletas. Porém, a não realização de um jogo deste porte na Arena seria uma desmoralização do projeto, tão criticado pelo recorrente déficit e pela mobilidade complicada. O presidente da FPF, Evandro Carvalho, considera mínima a possibilidade de mudança (eu também). Mas só a dúvida já coloca o governo do estado em xeque…

Esta será a terceira partida seguida da Canarinha no Nordeste. Nas duas apresentações anteriores, duas arenas foram utilizadas.

Castelão
13/10/2015 – Brasil 3 x 1 Venezuela (38.970 pessoas, R$ 2.722.220)

Fonte Nova
17/11/2015 – Brasil 3 x 0 Peru (45.558 pessoas, R$ 4.186.790)

As chances de Sport e Santa Cruz para ir à Sul-Americana de 2016 via Copa do Brasil

Copa Sul-Americana

Com o sorteio da Copa do Brasil de 2016, definindo o chaveamento até a 3ª fase, já é possível projetar as chances dos clubes pernambucanos para obter a classificação à Copa Sul-Americana desta temporada. Na prática, isso vale para o Santa Cruz, pois o Sport já tem a pré-vaga, tendo “apenas” que ser eliminado até o terceiro mata-mata. Se isso acontecer, já entra na Sula como “Brasil 1”.

Já no caso coral, caso não conquiste a Lampions League de 2016, será preciso torcer por vários resultados. Mas, como já aconteceu antes, é algo bem plausível. Primeiro, relembre a fila. Depois vamos às possibilidades…

Fila de espera para as seis primeiras vagas do país (Brasil 1 a Brasil 6)
1º) Sport (6º na Série A)
2º) Santos (7º na Série A)
3º) Cruzeiro (8º na Série A)
4º) Atlético-PR (10º na Série A)
5º) Ponte Preta (11º na Série A)
6º) Flamengo (12º na Série A)
7º) Fluminense (13º na Série A)
8º) Chapecoense (14º na Série A)
9º) Coritiba (15º na Série A)
10º) Figueirense (16º na Série A)
11º) Botafogo (1º na Série B)
12º) Santa Cruz (2º na Série B)
13º) Vitória (3º na Série B)
14º) América-MG (4º na Série B)
15º) Avaí (17º na Série A)
16º) Vasco (18º na Série A)
17º) Goiás (19º na Série A)
18º) Joinville (20º na Série A)

Em 12º na fila, o Santa torce para que seis dos onze à sua frente avancem às oitavas de final. Assim, ficaria ao menos com a sexta vaga internacional via Brasileiro/Copa do Brasil – as outras duas, completando oito representantes, vêm da Copa do Nordeste e da Copa Verde. Em 2015, essa conta deu certo, com a última vaga ficando com a Ponte Preta, vice da Série B. Agora, em três casos dois concorrentes diretos ficaram na mesma chave. Ao Tricolor, isso é ótimo. Num hipotético confronto na terceira fase, um dos dois times seria “obrigado” a passar, deixando a briga pela Sula, naturalmente. Para forçar o confronto, basta torcer para não haver tropeço nas duas primeiras fases.

Atlético-PR ou Chapecoense
Sport ou Fluminense
Ponte Preta ou Figueirense

Os outros cinco concorrentes estão “isolados” em suas chaves. No caso do Peixe, é difícil imaginar uma eliminação precoce. No caso do Fla, um caminho bem mais complicado, com Fortaleza, América Mineiro e Bahia. Confira os adversários de cada um e os pitacos do blog sobre um possível carrasco.

Santos
1ª fase – Santos-AP
2ª fase – Rio Branco-AC ou Galvez-AC
3ª fase – ABC-RN, Goianésia-GO, América-RN ou Gama-DF
A chance de tropeço: ABC

Cruzeiro
1ª fase – Campinense-PB
2ª fase – Londrina-PR ou Parauapebas-PA
3ª fase – Vitória-BA, Náutico-RR, Portuguesa-SP ou Paranahyba-PI
A chance de tropeço: Vitória

Flamengo
1ª fase – Confiança-SE
2ª fase – Fortaleza-CE ou Imperatriz-MA
3ª fase – Bahia-BA, Globo-RN, América-MG ou Red Bull-SP
A chance de tropeço: Bahia

Coritiba
1ª fase – Guarany-CE
2ª fase – Juventude-RS ou Tocantinópolis-TO
3ª fase – Criciúma-SC, Operário-PR, Paysandu-PA ou Independente-PA
A chance de tropeço: Paysandu

Botafogo
1ª fase – Coruripe-AL
2ª fase – Cuiabá-MT ou Juazeirense-BA
3ª fase – Avaí-SC, Operário-MT, Bragantino-SP ou Brasília-DF
A chance: Avaí

Levando em conta que três times se classifiquem nas chaves com dois concorrentes, então seria preciso que três dos cinco “isolados” avancem. Santos, Cruzeiro e Botafogo têm boas chances. Logo, o Santa Cruz também… à Sul-Americana. Indo além, no sorteio, a possibilidade de Sport x Santa seria de 25%, pois seria Brasil 1 x Brasil 5, 6, 7 ou 8. Já pensou?

Participações pernambucanas na Copa Sul-Americana:
Sport – 2013, 2014 e 2015
Náutico – 2013