Lá, 0 x 0. Cá, 0 x 0. Foram dois jogos ruins entre Náutico e Itabaiana, embora na Arena Pernambuco a peleja tenha tido alguma emoção, graças à performance do goleiro alvirrubro Jefferson, que fez três boas defesas, uma delas à queima roupa, evitando uma surpresa sergipana – ofensivamente, a despeito de um abafa nos minutos finais, o timbu foi inoperante, com o técnico Roberto Fernandes perdendo a voz de tanto reclamar.
Já que o tempo normal não foi suficiente, Náutico e Itabaiana encararam as penalidades, encerrando a fase preliminar da Lampions League 2018. Uma série valendo um adicional de R$ 500 mil à cota! Ao mandante, o repasse seria o desafogo nas finanças neste início de temporada, com pelo menos duas folhas quitadas. Portanto, a esperança estava nas mãos de Jefferson, de 24 anos. Cria da casa, ele encara a sua primeira temporada começando como titular. E assumiu a responsabilidade, defendendo duas cobranças (5 x 4 no placar), para a alegria dos quase cinco mil torcedores, conscientes da limitação técnica, mas com um motivo para festejar neste início de ano.
Passada a seletiva, a equipe entra no grupo C, com Bahia, Botafogo-PB e Altos-PI. Quatro times, duas vagas. E o Náutico precisa melhorar, técnica e taticamente. Nas três participações anteriores nesta nova fase do regional, desde 2013, o clube não conseguiu passar da fase de grupos.
Náutico na fase de grupos do Nordestão 2014 – 6 pontos (1V, 3E e 2D. 3º lugar) 2015 – 8 pontos (2V, 2E e 2D; 2º lugar) 2017 – 10 pontos (3V, 1E e 2D; 3º lugar)
Campanha timbu na volta do Nordestão (entre parênteses, a cota final) 2013 – não participou 2014 – Fase de grupos (R$ 350 mil) 2015 – Fase de grupos (R$ 365 mil) 2016 – não participou 2017 – Fase de grupos (R$ 600 mil) 2018 – Fase de grupos (R$ 750 mil), em andamento
A CBF divulgou a 6ª versão do ranking de clubes do futebol feminino, cuja lógica é a mesma do masculino, pontuando as últimas cinco temporadas, com pesos distintos, com vantagem para os anos mais recentes. A lista conta com 82 clubes – ou 138 a menos que a lista masculina. É interessante ressaltar a diferença uma vez que a confederação brasileira criou a Licença de Clubes, um documento que chancela as participações dos clubes em competições oficiais – com prazos escalonados, sendo o primeiro na Série A, em 2018. No Trio de Ferro, apenas o Santa Cruz ainda não atende à exigência, com o Sport presente na 1ª divisão feminina de 2018 e o Náutico na 2ª divisão. No entanto, voltando ao ranking feminino, a melhor posição é a da Acadêmica Vitória, vice-líder há quatro temporadas, sempre atrás do São José, de São Paulo.
Confira os critérios de pontuação do ranking feminino clicando aqui.
Líderes do ranking 2012 – 6.100 pontos (São Francisco-BA) 2013 – 9.800 pontos (São José-SP) 2014 – 12.560 pontos (São José-SP) 2015 – 14.520 pontos (São José-SP) 2016 – 15.440 pontos (São José-SP) 2017 – 13.040 pontos (São José-SP)
Top Ten do Nordeste em 2017 (lista válida para 2018) 1º) Vitória-PE (11.882 pontos; 2º lugar geral) 2º) São Francisco-BA (11.594 pts; 3º) 3º) Caucaia-CE (7.872 pts; 11º) 4º) Viana-MA (6.780 pts; 15º) 5º) Tiradentes-PI (6.136 pts; 17º) 6º) Vitória-BA (4.444 pts; 21º) 7º) Sport-PE (4.264 pts; 22º) 8º) Botafogo-PB (4.256 pts; 23º) 9º) União-AL (3.020 pts; 28º) 10º) Náutico-PE (2.792 pts; 30º)
A evolução no ranking das principais forças pernambucanas:
Vitória 2012 – 3º (5.370), campeão PE 2013 – 3º (9.200), Série A1 (5º) e campeão PE 2014 – 2º (11.768), Série A1 (7º) e campeão PE 2015 – 2º (13.070), Série A1 (14º) e campeão PE 2016 – 2º (13.752), Série A1 (10º) e campeão PE 2017 – 2º (11.882), Série A1 (13º) e vice PE
Sport 2012 – 37º (880), vice PE 2013 – 22º (2.200), vice PE 2014 – 15º (4.760), Série A1 (19º) e vice PE 2015 – 20º (3.728) 2016 – 27º (2.696) 2017 – 22º (4.264), Série A1 (9º) e campeão PE
Náutico 2012 – não aparece na lista 2013 – não aparece na lista 2014 – 27º (2.280), Série A1 (17º) 2015 – 28º (2.324), vice PE 2016 – 31º (2.268) 2017 – 30º (2.792), Série A2 (15º)
Leia sobre a decisão do último título pernambucano da categoria aqui.
* Os torneios internacionais preferidos dos brasileiros, em milhões de pessoas
O estudo ‘Fã DNA 2017’, produzido pelo Ibope-Repucom, aponta a existência 110.416.601 brasileiros que torcem por algum clube, a partir da faixa etária de 16 anos. Em uma pílula da pesquisa, o instituto revelou o quadro sobre a preferência deste público considerando os campeonatos internacionais, sem a participação de times brasileiros. Entre onze torneios listados, a Liga dos Campeões da Uefa aparece, sem surpresa, na primeira colocação neste contexto – ficando em 6º lugar no ranking geral. Segundo a pesquisa, 12,3 milhões de pessoas citaram ao Champions ao responder a seguinte pergunta:
“De acordo com esta lista, quais campeonatos de futebol você mais se interessa ou acompanha?”
Reunindo os principais jogadores da atualidade, escalados em verdadeiras ‘seleções internacionais’, além da forte presença na tevê por assinatura e da reabertura em sinal aberto, a Champions já tem uma influência considerável no país. Sobre a tal lista da pergunta, eram 30 competições, entre brasileiras e estrangeiras, segundo informa o diretor do Ibope, José Colagrossi. A pior colocação estrangeira (entre os nomes revelados) é a do obscuro campeonato chinês, em 11º. O levantamento também mostra a divisão por sexo nos quatro primeiros lugares, com a faixa masculina variando de 81% a 92%.
Sobre a ordem atual, vale a observação de que a pesquisa foi feita justamente durante o período da transferência de Neymar, que partiu do Barcelona para o Paris Saint-Germain por 222 milhões de euros. Para o público brazuca, o fato pode (deve) viabilizar o incremento na audiência da ‘Ligue 1’, hoje em 8º lugar.
A Netshoes consolidou o seu ranking de vendas de uniformes de clubes e seleções, considerando o período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A empresa apresentou uma lista com vinte nomes, sendo 17 times (12 do Brasil) e 3 seleções nacionais. Do Nordeste, o Sport. Levando em conta o status da empresa, a ‘maior e-commerce da América Latina’, e com uma década de operação no país, este balanço é um indicativo interessante sobre a força das marcas dos clubes de futebol. Em setembro, a Netshoes havia divulgado uma lista parcial, revelada pelo O Estado de S. Paulo. Os três meses seguintes trouxeram algumas mudanças, com a lista via ESPN.
Apesar da expansão de padrões oficiais de times europeus, a partir das transmissões das ligas da Espanha e da Inglaterra, o Real Madrid foi o único gringo a figurar no top ten, fechando a lista – desbancou justamente o Barça, presente até setembro. Já o pódio foi formado pelo trio de ferro de São Paulo, com o campeão brasileiro, o Corinthians, à frente. O Flamengo, o clube de maior torcida do país, perdeu uma posição na reta final, aparecendo em 4º lugar, seguido da maior surpresa do levantamento. Apesar da má campanha na Série A – entre os times presentes na lista, foi o de pior desempenho, terminado na 15ª posição -, o rubro-negro pernambucano ficou em 5º lugar entre as camisas mais vendidas da loja. Curiosamente, os dados não foram refletidos numa renovação com a Adidas, com o clube trocando de fornecedor em 2018 – o Sport passa a vestir a Under Armour a partir de junho.
O ranking traz apenas as colocações, sem dados absolutos de camisas.
Ranking da Netshoes em 2017 1) Corinthians (Nike) 2) São Paulo (Under Armour) 3) Palmeiras (Adidas) 4) Flamengo (Adidas) 5) Sport (Adidas) 6) Santos (Kappa) 7) Cruzeiro (Umbro) 8) Vasco (Umbro) 9) Internacional (Nike) 10) Real Madrid (Adidas) 11) Grêmio (Umbro) 12) Barcelona (Nike) 13) PSG (Nike) 14) Chapecoense (Umbro) 15) Bayern de Munique (Adidas) 16) Seleção da Itália (Puma) 17) Manchester United (Adidas) 18) Seleção do Brasil (Nike) 19) Seleção da Alemanha (Adidas) 20) Botafogo (Topper)
“Made in Nordeste” “O Nordeste merece” “Sangue tipo NE”
A cada ano a Copa do Nordeste ganha um novo slogan, estampado na bola oficial da competição. Em 2018, na 5ª versão da bola Asa Branca, a Topper utilizou a base do design anterior, nas cores branco e azul, mas com a nova identidade visual dos textos presentes, com o destaque sanguíneo.
Em 2013, quando a Lampions voltou ao calendário nacional, a bola oficial foi produzida pela Nike, com a mesma versão utilizada nas demais competições organizadas pela CBF. A partir do ano seguinte, a Liga do Nordeste passou a negociar com as fabricantes, visando um modelo exclusivo. Daí o nome Asa Branca, eleito numa votação popular que ainda teve Maria Bonita e Arretada como opções. Do contrato firmado com a Penalty saíram três versões, fabricadas em Itabuna, no interior baiano. Em 2016, entretanto, a Asa Branca 3 acabou saindo de cena, mesmo após a apresentação oficial. Com um “contrato mais vantajoso”, como limitou-se a dizer a liga na ocasião, a Umbro ocupou o lugar. Porém, com uma bola genérica, sem traços regionais. Em 2017, a situação foi amarrada de uma forma melhor, com a Topper.
A produção é estimada em cerca de 420 bolas, visando 62 partidas, a partir da fase de grupos, em 16/01 – na seletiva foi um modelo da Nike. Na decisão, em 10/07, será feita uma versão especial, com os escudos dos finalistas.
Representantes pernambucanos: Salgueiro, Santa Cruz e Náutico.
Abaixo, relembre todas as bolas oficiais do Nordestão. Qual a mais bonita?
Em 1h20 de gravação, em Aldeia, onde o Santa Cruz vem fazendo a preparação para a temporada de 2018, Júnior Rocha analisou o seu início de trabalho e as metas do tricolor, sendo o segundo nome anunciado ma gestão de Constantino Júnior, presidente no triênio 2018-2020. Abrindo o terceiro ano da série do podcast 45 minutoscom os treinadores dos grandes clubes da capital, o gaúcho de 36 anos detalhou a transição (atacante/técnico), a montagem do elenco coral com recurso escasso e as suas propostas de jogo.
A entrevista com Júnior Rocha foi conduzida pelos jornalistas João de Andrade Neto, Lucas Fitipald e Rafael Brasileiro. Ouça!
Em 2017, o Sport disputou dois jogos num intervalo de apenas 26 horas, 40 a menos da recomendação da CBF. Na ocasião, os jogos contra Campinense (Nordestão) e Salgueiro (Estadual) só aconteceram após um acordo com o clube, que aceitou escalar times distintos – contra o carcará, foram utilizados 14 atletas abaixo de 20 anos, entre titulares e reservas. Aquele cenário esdrúxulo, reflexo dos cinco torneios simultâneos com a presença do rubro-negro, será repetido em 2018. E numa escala ainda maior. Com o calendário apertado por causa da Copa do Mundo, a FPF, a Liga do Nordeste e a CBF tiveram que costurar uma agenda com partidas bem próximas. Algumas no mesmo dia. Um nó difícil de ser desatado, apesar da exceção criada pela federação pernambucana para autorizar sequências do tipo – trecho acima. Que não esperem uma elevação do nível técnico do futebol…
A seguir, os calendários do Trio de Ferro até o início do Campeonato Brasileiro, com a cor amarela marcando jogos com menos de 50 horas de intervalo e a cor vermelha marcando as piores possibilidades nos calendários de cada time, com menos 24 horas ou até jogos na mesma data.
Náutico (12 a 28 jogos em 94 dias; média de até 1 jogo/3,3 dias) 08/01 (20h00) – Itabaiana 0 x 0 Náutico (Etelvino Mendonça) 13/01 (16h00) – Náutico x Itabaiana (Arena PE) – Nordestão 17/01 (19h00) – Náutico x Altos (Arena PE) – Nordestão* 19/01 (20h00) – Náutico x América (Arena PE) – Estadual 21/01 (16h00) – Central x Náutico (Lacerdão) – Estadual 24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Estadual 28/01 (16h00) – Vitória x Náutico (a definir) – Estadual 31/01 (20h30) – Cordino-MA x Náutico (a definir) – Copa do Brasil 03/02 (20h00) – Pesqueira x Náutico (Joaquim de Brito) – Estadual 06/02 (20h00) – Náutico x Salgueiro (Arena PE) – Estadual 08/02 (21h15) – Botafogo x Náutico (Almeidão) – Nordestão* 14/02– Copa do Brasil (2ª fase) 17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Estadual 20/02 (20h00) – Náutico x Afogados (Arena PE) – Estadual 22/02 (20h15) – Bahia x Náutico (Fonte Nova) – Nordestão* 26/02 (20h00) – Náutico x Flamengo (Arena PE) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 07/03 (20h00) – Belo Jardim x Náutico (Mendonção) – Estadual 10/03 (15h00) – Náutico x Bahia (Fonte Nova) – Nordestão* 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal) 22/03 (20h15) – Náutico x Botafogo (Arena PE) – Nordestão * 27/03 (21h00) – Altos x Náutico (a definir) – Nordestão* 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série C (estreia) * Se passar da fase preliminar do Nordestão
Santa Cruz (17 a 26 jogos em 86 dia; média de até 1 jogo/3,3 dias) 16/01 (22h00) – Confiança x Santa Cruz (Batistão) – Nordestão 18/01 (20h00) – Santa Cruz x Vitória (Arruda) – Estadual 21/01 (16h00) – América x Santa Cruz (Ademir Cunha) – Estadual 25/01 (20h00) – Santa Cruz x Central (Arruda) – Estadual 31/01 (21h30) – Flu-BA x Santa Cruz (Joia) – Copa do Brasil 03/02 (20h00) – Salgueiro x Santa Cruz (Cornélio de Barros) – Estadual 06/02 (22h00) – Santa Cruz x Treze/Cordino (Arruda) – Nordestão 07/02 (21h30) – Afogados x Santa Cruz (Vianão) – Estadual 14/02 – Copa do Brasil (2ª fase) 17/02 (18h30) – Santa Cruz x Náutico (Arruda) – Estadual 20/02 (21h00) – Santa Cruz x CRB (Arruda) – Nordestão 21/02 (20h00) – Flamengo x Santa Cruz (Áureo Bradley) – Estadual 25/02 (16h00) – Santa Cruz x Pesqueira (Arruda) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 04/03 (16h00) – Santa Cruz x Belo Jardim (Arruda) – Estadual 07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) – Estadual 10/03 (15h00) – CRB x Santa Cruz (Rei Pelé) – Nordestão 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal, ida) 22/03 (18h00) – Treze/Cordino x Santa Cruz (a definir) – Nordestão 29/03 (20h15) – Santa Cruz x Confiança (Arruda) – Nordestão 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série C (estreia)
Sport (11 a 20 jogos em 85 dias; média de até 1 jogo/4,2 dias) 17/01 (21h30) – Flamengo x Sport (Áureo Bradley) – Estadual 20/01 (18h30) – Sport x Afogados (Ilha do Retiro) – Estadual 24/01 (21h30) – Náutico x Sport (Arena PE) – Estadual 28/01 (16h00) – Sport x Pesqueira (Ilha do Retiro) – Estadual 04/02 (16h00) – Central x Sport (Lacerdão) – Estadual 07/02 (18h30) – Santos-AP x Sport (Zerão) – Copa do Brasil 18/02 (16h00) – Sport x América (Ilha do Retiro) – Estadual 21/02 (21h45) – Belo Jardim x Sport (Mendonção) – Estadual 21/02 – Copa do Brasil (2ª fase) 24/02 (18h30) – Sport x Vitória (Ilha do Retiro) – Estadual 28/02 – Copa do Brasil (3ª fase, ida) 04/03 (16h00) – Salgueiro x Sport (Cornélio de Barros) – Estadual 07/03 (21h45) – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro) – Estadual 11/03 – Estadual (quartas de final) 14/03 – Copa do Brasil (3ª fase, volta) 18/03 – Estadual (semifinal) 01/04 – Estadual (final, ida) 04/04 – Copa do Brasil (4ª fase, ida) 08/04 – Estadual (final, volta) 11/04 – Copa do Brasil (4ª fase, volta), ou 18/04 15/04 – Série A (estreia)
A cada ano, as direções executivas dos clubes de futebol precisam aprovar os orçamentos previstos junto aos respectivos conselhos deliberativos. Trata-se de uma estrutura histórica dos times tradicionais do país. No balanço, entram receitas e despesas, projetando cenários com superávit ou até mesmo déficit. Os cálculos para o faturamento contam cotas de televisão, renda dos jogos, patrocínios, mensalidade de sócios etc. São muitas variáveis, incluindo premiações em competições e negociação de jogadores. Mas, ainda assim, é preciso estabelecer um norte para a gestão seguinte. Portanto, considerando as estimativas dos sete maiores clubes da região, chega-se a R$ 437.813.882, com 75,4% concentrado no trio de cotistas da TV. Se os dados finais desta temporada serão maiores ou menores do que as previsões, saberemos apenas em abril de 2019, na divulgação dos sete balanços fiscais.
Em tempo: no Rio, os conselheiros do Flamengo aprovaram R$ 477 milhões.
Previsões do G7 em 2018 (atualizadas em 05/03, após aprovação do Vitória):
R$ 119.759.757 – Bahia (aprovado em 20/12/2017) R$ 108.382.297 – Sport (aprovado em 09/01/2018) R$ 102.000.000 – Vitória (aprovado em 01/03/2018) R$ 55.000.000 – Ceará (aprovado em 27/12/2017) R$ 24.000.000 – Fortaleza (aprovado em 06/12/2017) R$ 14.671.828 – Náutico (aprovado em 15/01/2018) R$ 14.000.000 – Santa Cruz (em discussão, com votação até 31/03/2018)
Abaixo, observações e dados sobre cada uma das previsões de orçamento. Curiosamente, os dois clubes com as maiores previsões orçamentárias também consideraram déficit no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro, sendo R$ 15,91 mi no Sport e R$ 14,94 mi no Bahia.
Bahia (119 milhões) – O tricolor soteropolitano deve se manter no patamar entre 110 e 120 milhões de reais pelo terceiro ano seguido. Na previsão de 2018, surpreende o repasse pelos direitos de transmissão na tevê, com R$ 69,1 milhões – incluindo todas as plataformas, com o pay-per-view cada vez mais importante. Com bilheteria, o clube projeta cerca de R$ 16 milhões, valor ainda modesto se comparado a clubes do mesmo porte em outras regiões. Com cinco torneios no ano, o Baêa considerou campanhas bem modestas para a proposta, com quartas de final do Nordestão (basta passar da fase de grupos), oitavas da Copa do Brasil (já estreia nesta fase, diga-se), 16º lugar na Série A (a última posição acima do Z4) e a primeira fase da Sul-Americana (onde enfrenta o Blooming, da Bolívia). O clube também considerou para a receita a venda de jogadores, R$ 7 milhões. Porém, o dado já foi alcançado nas transações de Jean (9 mi), Juninho Capixaba (6 mi) e Rômulo (1 mi).
Sport (108 milhões) – Inicialmente, a proposta do executivo leonino foi rechaçada pelo conselho deliberativo. Previa um déficit de R$ 15 milhões. Numa segunda reunião, o orçamento previa o mesmo saldo negativo, assim como a antecipação de parte da cota de 2019, mas foi aprovado pelos conselheiros. A diferença está na venda de jogadores (Diego Souza e Régis, já confirmados), equalizando a situação caso o time não obtenha resultados significativos nos campeonatos nacionais, as duas únicas fontes de receita via competitividade. E as metas foram bem elevadas durante a apresentação – ainda que as campanhas não sejam determinantes para o dado bruto. O Sport projeta as quartas na Copa do Brasil – ou seja, disputaria seis fases, acumulando R$ 10,8 milhões – e a 6ª colocação na Série A (2,7 mi). Neste século, o clube só alcançou duas vezes as quartas da copa nacional e uma vez o patamar da classificação almejada no Brasileirão. Meta fora da curva.
Vitória (102 milhões*) – No fim de 2017, a direção do leão da barra, encerrando a gestão, apresentou uma previsão de R$ 94 milhões paro ano seguinte, vetada pelo conselho. Embora o clube já tenha arrecadado mais (R$ 111 milhões em 2016), o valor foi considerado fora da realidade na ocasião, a partir dos contratos existentes. Um novo plano orçamentário ficou agendado para março, já com o novo presidente. De forma emergencial, o conselho aprovou um orçamento de R$ 16 milhões para janeiro e fevereiro. Com vendas milionárias (David e Tréllez), o resultado foi enfim aprovado, saltando para R$ 102 mi, como informou o jornal Correio*.
Ceará (55 milhões) – O contrato do vozão com a Rede Globo, visando a Série A, é de R$ 28 milhões, o que corresponde a 50,9% de todo o orçamento anual. Por sinal, o valor é recorde considerando os ‘não cotistas’ da região – com 55 mi, dado apurado pelo jornal O Povo, o clube superaria os 48 milhões faturados pelo Náutico em 2013. Com isso, prevê uma folha de R$ 2,2 milhões no Brasileirão, também recorde no clube.
Fortaleza (24 milhões) – O tricolor alencarino também projeta uma receita recorde, embora seja menos da metade do maior rival, mas sem premiações, pois não tem qualquer benesse do tipo no Estadual e na Série B – seus únicos torneios no ano. Com os 19 jogos como mandante no Brasileiro, projeta a sua maior bilheteria na década, além de receitas mensais extras, segundo o Diário do Nordeste, como o sócio-torcedor (R$ 350 mil), Caixa (R$ 200 mil – ainda não confirmada) e Timemania (R$ 200 mil – apenas para tributos fiscais).
Náutico (14 milhões) – Em dezembro, o alvirrubro aprovou parcialmente o orçamento de 2018, agendando para 15 de janeiro a deliberação completa, com receitas e despesas. Pela apresentação original, a receita ficaria entre 15,0 mi e 16,2 mi, mas o dado aprovado pelo conselho fiscal acabou sendo menor, 14,6 mi. Com a confirmação da agenda do clube (Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série C), a folha do futebol foi estipulada em R$ 200 mil, a menor do G7 – tendo a possibilidade de um leve aumento na terceirona.
Santa Cruz (14 milhões) – Dois anos após o maior faturamento de sua história (R$ 36 milhões, sendo o 4º da região em 2016), o tricolor projeta o menor orçamento de 2018 entre os principais clubes nordestinos. Contudo, é o único clube cujo valor ainda não foi discutido no conselho. A direção executiva tem o prazo mais longo até a aprovação do CD (fim de março), até mesmo pelo início do novo triênio (2018-2020). Em elaboração, a planilha é baseada nos mesmos números de 2017, tendo como grande variável a campanha na Copa do Brasil, uma vez que no último ano o Santa estreou já nas oitavas (o que corresponde à 5ª fase). A folha deve ficar entre 200 mil e 250 mil reais, a menor do Arruda em cinco anos.
Confira os dados dos balanços fiscais do G7 de 2014 a 2017 clicando aqui.
Desde abertura oficial da Arena Pernambuco, em junho de 2013, já foram realizados 22 clássicos pernambucanos no local, considerando o período até 2017. Os duelos ocorreram em quatro competições distintas: Pernambucano, Nordestão, Série B e Copa Sul-Americana, com públicos entre 2,5 mil (ou 5,6% de ocupação da capacidade) e 30 mil (65,5%). Precisamente, o borderô registrou a entrada de 235.200 torcedores. Em cinco temporadas de clássicos, portanto, a média é de 10.690 – 23,3% de ocupação. Em relação à bilheteria bruta, os dados são levemente melhores (por causa do preço aplicado no estádio), com R$ 5.145.815, registrando um índice de R$ 233.900.
Para 2018, apenas um clássico está garantido, com mando do Náutico. Jogo válido pelo Estadual, contra o rubro-negro (24/01). Caso avance ao mata-mata local, o timbu deverá continuar na arena. A partir de abril, porém, deve voltar aos Aflitos, com a reforma em andamento. Assim, ocorreriam lá o Clássico das Emoções pela Série C e os possíveis jogos pelo Nordestão e Copa do Brasil. Ou seja, o governo do estado passa a negociar a agenda pontual do empreendimento com o Sport, o Santa e, também, o Náutico.
A seguir, um resumo de cada clássico no local entre 2013 e 2017.
Santa Cruz x Náutico Com oito gols, o primeiro duelo, vencido pelos corais, é o recorde de tentos na arena, considerando os clássicos. Apesar da média menor em comparação a Náutico x Sport, O Clássico das Emoções tem uma média menor em comparação a Náutico x Sport, mas é o duelo com mais jogos acima de 10 mil espectadores (6). Por outro lado, três partidas não chegaram sequer a 5 mil, incluindo a menor assistência num clássico. Apenas 2.592 pessoas presenciaram a decisão de 3º lugar do Estadual 2017.
11 jogos (10 mandos alvirrubros e 1 tricolor) 4 vitórias do Santa Cruz (36%) 4 empates (36%) 3 vitórias do Náutico (27%)
110.303 torcedores, média de 10.027 R$ 2.310.910 de renda absoluta, média de R$ 210.082
Náutico x Sport O primeiro clássico da história da Arena foi logo um inédito confronto internacional, pela Copa Sul-Americana de 2013. Apesar da derrota, os leoninos avançaram nos pênaltis. Embora tenha sido mandante só uma vez, o rubro-negro venceu a maioria dos jogos. Sobre os públicos, cinco foram abaixo de 10 mil, com a média se mantendo acima disso graças à final do campeonato estadual 2014, com 30 mil, ainda recorde em clássicos.
9 jogos (8 mandos alvirrubros e 1 rubro-negro) 3 vitórias do Náutico (33%) 2 empates (22%) 4 vitórias do Sport (44%)
112.810 torcedores, média de 12.534 R$ 2.660.980 de renda absoluta, média de R$ 295.664
Sport x Santa Cruz O inédito Clássico das Multidões pela Sula, no centenário do confronto, em 2016, acabou ocorrendo integralmente na Arena depois que os dois rivais se acertaram com o governo do estado. Ou seriam os dois jogos ou nenhum. Se salvou apenas a festa tricolor, avançando às oitavas, pois a presença das torcidas foi frustrante nos dois jogos, com os menores públicos do clássico nesta década. Desde então, mais cinco clássicos, nenhum em São Lourenço.
2 jogos (1 mando 1 rubro-negro e 1 tricolor) 0 vitória do Sport (0%) 1 empate (50%) 1 vitória do Santa Cruz (50%)
12.087 torcedores, média de 6.043 R$ 173.925 de renda bruta, média de R$ 86.962
O Náutico fez a sua estreia oficial em 2018 no interior sergipano, num jogo de extrema importância para o planejamento do clube na temporada. Afinal, a disputa preliminar contra a Itabaiana vale um adicional de R$ 500 mil na cota para da fase de grupos do Nordestão – uma receita visando já a Série C. Logo, jogo à vera em 8 de janeiro (!), com pouquíssimo tempo de preparação e nove estreias de uma vez. Dificilmente veríamos um bom futebol.
O empate em 0 x 0 foi, sem meias palavras, sofrível. No entanto, o próprio técnico alvirrubro, Roberto Fernandes, tinha consciência disso, esperando apenas que o time, esforçado, conseguisse um resultado administrável para o jogo de volta, na Arena Pernambuco, no sábado (13). Vai precisar de uma vitória simples, mas há o cuidado com o gol qualificado.
Sobre a estreia, diante de 1.094 torcedores no estádio Etelvino Mendonça, o Náutico foi escalado num 4-3-3, com o meio-campo bem retraído, saindo ofensivamente com atacantes abertos, em busca do centroavante Daniel Bueno. No primeiro tempo, nenhuma efetiva chance do visitante, que ainda foi obrigado a mexer com apenas 14 minutos – troca entre zagueiros, Camacho (amarelado e machucado) por Camutanga.
Também limitado física e tecnicamente, o mandante pouco fez, mas melhorou na etapa complementar, forçando a meta de Jefferson, que fez duas boas defesas. Quanto ao Náutico, muitos passes errados, pouca posse de bola e nenhuma criatividade. Que a torcida tenha paciência, pois o time não apresentou muita coisa. E está jogando por muita coisa…