Sport perde do Flamengo na estreia com limitação técnica e arbitragem polêmica

Série A 2016, 1ª rodada, Flamengo 1x0 Sport (gol de Everton). Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

As carências técnicas do Sport são conhecidas. Até pelos adversários, claro. Ofensivamente, isso vai muito além de um goleador gabaritado. Falta o básico, chutar a gol. Na estreia do Brasileirão, contra o Flamengo, o time pernambucano finalizou apenas uma vez. Uma falta cobrada por Diego Souza, de longe. Defesa firme de Paulo Victor. Levando em conta que os leoninos já perdiam desde os quatro minutos, após Everton escorar um cruzamento rasteiro, gerado por um corte mal feito de Durval, seria mesmo difícil empatar o jogo em Volta Redonda.

Além da carência técnica, também pesou o contexto do sábado. A arbitragem de Marcelo Aparecido foi desastrosa. Nos seus pequenos detalhes, a atuação ruim do Sport tornou-se irreversível. Após a clássica sonolência inicial, o time melhorou e até passou a ter posse de bola, usando a ponta esquerda – na direita, Lenis teve uma atuação lamentável, marcado facilmente, até sozinho. Em uma troca de passes na área, o camisa 87 tocou para Vinícius Araújo, que driblou o goleiro e marcou. Gol anulado por impedimento, bem duvidoso.

Na sequência, Diego sofreu uma falta rente à área, cometida por Juan. Segue o jogo, com amarelo para o meia. Na retomada, o Sport perdeu Rithely com 30 segundos após uma entrada imprudente. Não para um vermelho direto. A partir dali, a limitação já estava multiplicada, sem força, padrão tático e ânimo para evitar o revés, 1 x 0 – enxuto porque Guerrero, Sheik e Cirino seguem longe do ideal. No próximo domingo, o ataque estará no olho do furacão. Sem Rithely, a marcação também. Algo se salvou? A volta de Magrão, com três boas defesas.

Série A 2016, 1ª rodada, Flamengo 1x0 Sport (único chute do Leão). Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

Arruda com novos acessos. A primeira ação para retomar a capacidade de 60.044

Setorização do Arruda na Série A 2016. Crédito: Santa Cruz/twitter (@scfc_oficial)

O Santa Cruz está de volta à Série A após uma década. A expectativa (nacional) é grande quanto à presença do povão no Arruda, no embalo da saga de reconstrução e dos dois títulos já alcançados em 2016. Entendendo o “fator casa” como preponderante para uma campanha segura no Campeonato Brasileiro, a direção estipulou ingressos a partir de R$ 10 (anel superior) e R$ 30 (inferior) para a estreia contra o Vitória. Com a demanda na arquibancada inferior, novos portões estão sendo abertos, tudo para evitar o gargalo.

O primeiro foi o 7, na Rua Petronila Botelho. Outros quatro devem ser abertos em breve. Segundo o clube, “novos portões estão sendo construídos para garantir mais conforto e segurança”. Com os novos acessos, o clube busca atender, também, às exigências de segurança do Corpo de Bombeiros, que reduziu a capacidade máxima de 60.044 espectadores para 50.582, segundo atestado de 25 de setembro de 2015. Ter um estádio aberto para até 60 mil pessoas, na elite, é um objetivo claro no Santa Cruz…

Em 20 participações no Brasileirão, a média tricolor é de 14.757 torcedores.

Confira a setorização do Arruda, segundo o laudo dos bombeiros, clicando aqui.

Setorização do Arruda na Série A 2016. Crédito: Santa Cruz/twitter (@scfc_oficial)

As projeções da Globo, ESPN e Lance! sobre os 20 clubes da Série A de 2016

Os 20 clubes da Série A 2016. Crédito: CBF/site oficial

O Campeonato Brasileiro de 2016 será a 11ª edição com o mesmo formato, com pontos corridos e vinte participantes. Desta vez com os dois clubes mais populares de Pernambuco. Sobre o início da competição, fica a expectativa sobre o desempenho de cada um ao longo de 380 jogos. Quem começa como favorito ao título? E às vagas para a Taça Libertadores? Ao rebaixamento também, naturalmente. Trata-se de uma pauta tradicional nos guias anuais, com veículos nacionais avaliando as chances de todos os clubes, com critérios bem distintos. O blog compilou três listas, do portal globoesporte, do canal ESPN e do jornal Lance!, todos abertos. Santa Cruz (11º, 13º e 12º) e Sport (16º, 11º e 15º) ficariam em posições intermediárias, se mantendo na elite em 2017.

Campeão – Atlético-MG (2 projeções) e Palmeiras (1)
G4 – Atlético-MG (3), Palmeiras (3), Corinthians (3), Santos (2) e São Paulo (1)
Z4 – Ponte Preta (3), Figueirense (3), Coritiba (3), América-MG (2) e Vitória (1)

Globoesporte.com
A avaliação produzida pela equipe do globoesporte conta com seis categorias: elenco (peso 3), retrospecto (2), finanças (2), momento (2), fator casa (1) e foco na competição (1). Cada tópico recebe de 1 a 5 estrelas, com pontuação máxima de 55. Campeão regional e estadual, o Santa aparece em 11º, cotado para uma campanha segura. Em 16º, o Sport corre risco de queda.

1º) Atlético-MG 41
2º) Corinthians 38
3º) Palmeiras 37
4º) Santos 37
5º) São Paulo 37
6º) Fluminense 35
7º) Cruzeiro 34
8º) Grêmio 34
9º) Inter 34
10º) Flamengo 32
11º) Santa Cruz 29
12º) Vitória 29
13º) Atlético-PR 28
14º) Botafogo 27
15º) Chapecoense 27
16º) Sport 27
17º) América-MG 25
18º) Coritiba 24
19º) Ponte Preta 24
20º) Figueirense 23

ESPN Brasil
A projeção contou com onze jornalistas, incluindo profissionais da emissora e do site. A avaliação dos clubes aconteceu com cada um dando 20 pontos para o campeão, 19 para o vice, 18 para o 3º lugar e assim sucessivamente, até o lanterna, com apenas 1. A soma das opiniões resultou na avaliação de cada time, com pontuação máxima de 220 e mínima de 11. Sport (11º) e Santa (13º) ficariam na zona intermediária.

1º) Palmeiras 210
2º) Atlético-MG 208
3º) Corinthians 199
4º) São Paulo 175
5º) Grêmio 174
6º) Inter 157
7º) Flamengo 155
8º) Fluminense 142
9º) Santos 134
10º) Cruzeiro 132
11º) Sport 104
12º) Atlético-PR
13º) Santa Cruz 91
14º) Chapecoense 83
15º) Vitória 62
16º) Botafogo 55
17º) América-MG 42
18º) Coritiba 38
19º) Ponte Preta 35
20º) Figueirense 17

Lance!
O jornal estipulou sete categorias (goleiro, defesa, laterais, meio-campo, ataque, técnico e fator casa), conferindo de 1 a 5 estrelas em cada item. Ou seja, uma pontuação máxima de 35 estrelas. Ao todo, 14 jornalistas participaram. Nesta visão, o Santa faria uma campanha sem sustos, em 11º, enquanto o Sport larga com algum risco, com a 15ª avaliação da competição.

1º) Atlético-MG 29,5
2º) Corinthians 28,5
3º) Santos 27,5
4º) Palmeiras 26,5
5º) São Paulo 25,0
6º) Inter 24,0
7º) Grêmio 24,0
8º) Flamengo 23,5
9º) Atlético-PR 23,5
10º) Cruzeiro 22,5
11º) Fluminense 22,0
12º) Santa Cruz 21,5
13º) Botafogo 21,0
14º) América-MG 21,0
15º) Sport 20,5
16º) Chapecoense 20,0
17º) Ponte Preta 20,0
18º) Coritiba 19,5
19º) Figueirense 17,0
20º) Vitória 17,0

Sport faz um novo contrato com a Globo, agora até 2024. Mais luvas milionárias

Rede Globo e Sport

Em menos de um ano, o Sport firmou dois contratos com a Rede Globo. O primeiro acordo sobre a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro iria até 2020. Agora, uma ampliação até 2024. Com bônus. O presidente leonino, João Humberto Martorelli, anunciara em fevereiro o primeiro prolongamento da parceria, sucedendo o contrato vigente, até 2018. Segundo o dirigente, contrariando notícias da imprensa paulista, a cota teria subido para o futuro período. O balanço financeiro de 2015, divulgado em abril, trouxe o valor das luvas, R$ 18 milhões – dinheiro ainda intacto. Em entrevista ao 45 minutos, ele revelou a nova extensão, a mesma dos demais clubes procurados.

Esse era o “plano” de Martorelli, que ao fechar por dois anos quis assegurar um futuro parcial e analisar o “mercado”, que esquentou após o Esporte Interativo angariar, até 2024, Santos, Inter e Bahia. Novamente procurado pela emissora carioca, os rubro-negros ampliaram o acordo – de tevês aberta e fechada, pay-per-view, internet e sinal internacional -, garantindo mais uma bonificação pela assinatura. Como da vez anterior, o mandatário não revelou a quantia.

A título de curiosidade, caso o valor seja proporcional à primeira luva, então o clube receberia agora R$ 36 milhões, à parte da cota regular, anual. O valor deverá ser pago este ano. Logo, será possível verificar no próximo balanço fiscal. Em tempo: segundo Martorelli, esse dinheiro não é adiantamento.

Cotas anuais de televisão do Sport
2015 – R$ 46.634.115
2014 – R$ 32.080.055

Obs. Santa e Náutico também acertaram com a Rede Globo de 2019 a 2024.

Podcast 45 – Entrevista com o presidente do Sport, João Humberto Martorelli

Entrevista do presidente do Sport, João Humberto Martorelli, ao podcast 45 minutos, em 13/05/2016. Foto: Celso Ishigami/DP

No dia do 111º aniversário do Sport, em 13 de maio de 2016, o presidente do clube, João Humberto Martorelli, concedeu uma entrevista exclusiva ao podcast 45 minutos. Durante quase uma hora, na Ilha, o dirigente admitiu erros na montagem do time, como na liberação do Brocador, falou da relação com Falcão, que mudou a forma de trabalho adotada até então, do novo contrato com a Globo, até 2024, dos números do balanço financeiro (dívida, adiantamento e gasto com futebol), da real possibilidade de escalar os juniores no Estadual de 2017, do seu futuro político do clube, do rompimento com a FPF etc. Um debate sem meias palavras, sobre o passado, presente e futuro do futebol rubro-negro.

Neste podcast, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

CBF parabeniza o Sport pelos 111 anos e cita clube como a maior torcida do N-NE

Texto da CBF sobre os 111 anos do Sport

A CBF nunca encomendou uma pesquisa de torcida. Por mais que Ibope, Datafolha, Gallup, Pluri, Paraná Pesquisas, entre outros institutos, já tenham lançados inúmeros estudos, desde 1983, a entidade segue à parte do assunto. Talvez para evitar qualquer tipo de controvérsia, nos âmbitos nacional, regional e estadual. Por isso, chama a atenção o texto publicado pela confederação sobre os 111 anos do Sport, completados neste 13 de maio de 2016. Como costuma fazer, não só com clubes tradicionais, a entidade cita títulos e ídolos. Está lá o Campeonato Brasileiro de 1987, sem qualquer menção à polêmica do assunto. Por outro lado, esqueceu dos títulos da Copa do Nordeste de 1994 e 2000, chancelados pela própria. No trecho seguinte vem o verdadeiro vespeiro:

“Considerado o clube de maior torcida da região Norte-Nordeste”

Não há citação sobre qual instituto considera ou desde quando considera. Por sinal, sobre a declaração, é preciso fazer algumas considerações. Começando pelo fato de que o Flamengo é o mais popular nas duas regiões, segundo todos os levantamentos. Porém, levando em conta só os clubes do Norte e Nordeste, de fato o Sport já aparece à frente (Ibope 2010, Pluri 2013 e Paraná 2013), se revezando com o Bahia. Na pesquisa mais recente deu Baêa (Paraná 2016).

Atualização: a polêmica acabou sendo mesmo grande, tanto que horas depois a CBF editou a frase sobre o tamanho da torcida. Ao menos listou o tri regional.

Os melhores nordestinos nas pesquisas nacionais mais recentes:

Paraná 2016
1,8% – Bahia
1,5% – Sport

Ibope 2014
1,7% – Bahia
1,3% – Vitória
1,2% – Sport
1,0% – Santa Cruz
0,8% – Ceará

Datafolha 2014
1,0% – Bahia
1,0% – Vitória
1,0% – Sport

Pluri 2013
1,4% – Sport
1,2% – Bahia
0,8% – Vitória
0,7% – Santa Cruz
0,6% – Náutico

Paraná 2013
1,8% – Sport
1,7% – Bahia
0,7% – Santa Cruz
0,7% – Vitória
0,4% – Náutico

Ibope 2010
1,7% – Sport
1,6% – Bahia
1,2% – Vitória
0,8% – Fortaleza
0,6% – Santa Cruz
0,6% – Ceará

Camisa rubro-negra e calção vermelho, a composição incomum do Sport em 2016

O novo uniforme 1 do Sport para a temporada 2016. Crédito: divulgação

A volta da camisa rubro-negra com listras horizontais já era esperada no Sport O que surpreendeu sobre o uniforme principal de 2016 foi a composição com o short vermelho, em vez do calção preto, tradicional na história do clube. Visual pra lá de incomum. É difícil precisar se é inédito, mas o mais próximo disso talvez tenha sido em 2003, pela Série B, diante do Remo (veja aqui).

Pelas fotos de divulgação vazadas, com Diego Souza, Magrão, Túlio de Melo e Gabriel Xavier – com o mesmo estilo da Adidas para os demais clubes parceiros – faltou apenas a cor da meia. A tendência é de que também seja vermelha, seguindo o tom monocromático nas linhas internacionais.

O lema da camisa leonina é “a volta da tradição”. Com o calção vermelho, isso acaba se tornando em algo parcial. Porém, inovador. Mudança aprovada?

Sobre a nova camisa, o preciso também é novo. R$ 249…

O novo uniforme 1 do Sport para a temporada 2016. Crédito: divulgação

Avaliação do Transfermarkt sobre o valor mercado dos 40 elencos das Séries A e B

Avaliação do Transfermarket sobre as Séries A e B em 2016, em maio (em euros). Crédito: reprodução

Os elencos vão mudar bastante, como já mudaram em relação à última edição. Ainda assim, como curiosidade, eis os valores de mercado dos 40 elencos envolvidos nas Séries A e B de 2016, segundo o site alemão Transfermarkt, especializado em direitos econômicos no futebol desde 2000. A projeção (com algumas cifras polêmicas, como as de Mancha e Vitor) é feita a partir do nível técnico, posição, idade e rendimento recente. Analisando o Trio de Ferro, começo com o Sport. Apesar da debandada, sobretudo no setor ofensivo, o clube aparece com o 12º plantel, estimado em 33 milhões de euros – a moeda utilizada na cotação. Muito? No fim do Brasileirão 2015, quando acabou na 6ª colocação, a projeção era de 38 milhões. Hoje, treze atletas têm os direitos partir de um milhão. Diego Souza é o mais caro do futebol pernambucano, € 5 milhões (R$ 21 milhões!?). O meia de 30 anos aparece em 14º no país (ranking abaixo).

Embora tenha a análise mais baixa na elite, o Santa teve uma valorização de 92% sobre o momento em que conseguiu o acesso. O time é basicamente o mesmo, mas a mudança de patamar turbinou o número, de forma esperada, passando de 6,25 mi para 12 milhões. João Paulo superou Alemão e tornou-se o jogador mais caro do Arruda, subindo de 750 mil para 900 mil em cinco meses (cerca de R$ 3,5 mi). Participando da segunda divisão pela terceira vez seguida, o Náutico é um dos seis clubes da competição com elencos acima de 10 milhões de euros. De acordo com o Transfermarkt, dois nomes tem cotações milionárias (Renan Oliveira e Esquerdinha), o que não havia na última Série B.

Também chama a atenção no Alvirrubro o olhar do mercado sobre João Ananias, mesmo em recuperação de uma cirurgia no joelho. Deve voltar no segundo semestre, ainda com status de terceiro jogador mais valioso dos Aflitos. No Brasil, o São Paulo possui o elenco mais caro, com nomes como Maicon (10 mi) Ganso (9 mi) e Calleri (7,5 mi). Ao todo, 78 milhões. Já o Corinthians, o atual campeão brasileiro, larga em 62 mi. Quando levantou a taça do hexa a avaliação apontava 79 mi. Em dezembro, após o encerramento do Campeonato Brasileiro, o blog fará o comparativo sobre a mutação nos times locais…

Confira o quadro nacional numa resolução maior clicando aqui.

Os 10 atletas mais valorizados nos clubes em 12 de maio de 2016 (em euros):

Sport (elenco com 32 jogadores: € 33,80 milhões)
1º) 5,5 milhões – Diego Souza (meia)
2º) 4 milhões – Rithely (volante)
3º) 3 milhões – Renê (lateral-esquerdo)
4º) 1,75 milhão – Luiz Antônio (volante)
5º) 1,5 milhão – Matheus Ferraz (zagueiro)
5º) 1,5 milhão – Samuel Xavier (lateral-direito)
7º) 1,25 milhão – Túlio de Melo (atacante)
7º) 1,25 milhão – Serginho (volante)
7º) 1,25 milhão – Gabriel Xavier (meia)
10º) 1 milhão – Mark González (meia)
10º) 1 milhão – Neto Moura (meia)
10º) 1 milhão – Vinícius Araújo (atacante)
10º) 1 milhão – Rodrigo Mancha (volante)

Santa Cruz (elenco com 35 jogadores: € 12,05 milhões)
1º) 900 mil – João Paulo (meia)
2º) 750 mil – Uilliran Correia (volante)
3º) 700 mil – Arthur (atacante)
4º) 650 mil – Alemão (zagueiro)
5º) 600 mil – Vítor (lateral-direito)
6º) 550 mil – Lelê (meia)
6º) 550 mil – Daniel Costa (meia)
8º) 500 mil – Tiago Cardoso (goleiro)
8º) 500 mil – Grafite (atacante)
8º) 500 mil – Keno (atacante)
8º) 500 mil – Leandrinho (meia)
8º) 500 mil – Wallyson (atacante)
8º) 500 mil – Bruno Moraes (atacante)
8º) 500 mil – Roberto (lateral-esquerdo) 

Náutico (elenco com 29 jogadores: € 10,95 milhões)
1º) 1,25 milhão – Renan Oliveira (meia)
2º) 1 milhão – Esquerdinha (meia)
3º) 850 mil – João Ananias (volante)
4º) 700 mil – Rafael Coelho (atacante)
4º) 700 mil – Ronaldo Alves (zagueiro)
6º) 600 mil – Rodrigo Souza (volante)
7º) 500 mil – Ygor (meia)
7º) 500 mil – Gastón Filgueira (lateral-esquerdo)
7º) 500 mil – Henrique (lateral-esquerdo)
10º) 450 mil – Júlio César (goleiro)

Os 15 jogadores mais caros inscritos no Brasileiro, todos na Série A:

Os 15 jogadores mais valiosos do Brasileiro 2016, em 12/05/2016. Crédito: Transfermarkt

Santa Cruz elimina o Vitória da Conquista e garante R$ 1,56 milhão antes da Sula

Copa do Brasil 2016, 2ª fase: Vitória da Conquista 0x2 Santa Cruz. Foto: Samuel Dias/Futura Press/Estadão conteúdo

O Santa Cruz deve disputar a Copa Sul-Americana de 2016. Ainda que a direção evite o discurso, para não esvaziar a participação na Copa do Brasil, a estreia em um torneio internacional é algo celebrado no Arruda, presente inclusive no plano de metas do presidente Alírio Moraes. A chance foi dada (conquistada).

Com duas vagas internacionais asseguradas via Nordestão, o time vai a campo para fazer caixa na copa nacional, indo até o limite. No interior baiano, o Tricolor, só com reservas, venceu o Vitória da Conquista por 2 x 0 e matou o confronto no primeiro jogo – fisgando ainda 60% da renda. Bruno Moraes marcou os gols na etapa complementar, completando cruzamentos da direita, um com Lucas Ramon (17) e outro com Wallyson (41). Foi o 7º triunfo em mata-matas na temporada, somando Rio Branco, Ceará, Bahia, Náutico, Campinense e Sport.

Com a classificação, os corais garantiram a terceira cota de participação do torneio nacional, no limite para poder ir à Sula no segundo semestre.

R$ 420 mil – 1ª fase, Rio Branco
R$ 480 mil – 2ª fase, Vitória da Conquista
R$ 660 mil – 3ª fase, CRB ou Vasco

No geral, um apurado de R$ 1,56 milhão, essencial para equilibrar as contas no Brasileirão, a próxima (e mais importante) missão, a partir de domingo. Voltando à Copa do Brasil, agora é a hora da escolha dos corais, caso queiram mesmo a Sula. Ou seja, só sendo eliminado, num cenário indesejável já vivido pelos rivais Náutico (2013) e Sport (2013-2016). Logo, o Santa será mais um a endossar a luta contra o péssimo critério adotado pela CBF, antidesportivo.

Tricolor, qual é a sua escolha: Copa do Brasil ou Copa Sul-Americana?

Copa do Brasil 2016, 2ª fase: Vitória da Conquista 0x2 Santa Cruz. Foto: Eliezer Oliveira/Futura Press/Estadão conteúdo

Copa Verde com apenas 6% da cota do Nordestão, uma disparidade de mercado

O troféu da Copa Verde 2016. Foto:  Rafael Ribeiro/CBF

Com três edições, a Copa Verde mantém com ponto alto a classificação à Copa Sul-Americana. Foi assim com os campeões Brasília, Cuiabá e Paysandu, assegurando participações internacionais nos anos seguintes. Financeiramente, porém, o mata-mata segue com um investimento bem modesto. Idealizado pela CBF em 2014, a partir do sucesso do Nordestão, cuja transmissão é feita pelo mesmo canal, o torneio tem uma cota de apenas 6% em comparação à matriz.

Em 2016, somando as cotas das oitavas, quartas, semi e título, o Papão ganhou R$ 275 mil. Isso corresponde a 11% da premiação do Santa Cruz, o campeão nordestino na mesma temporada. O valor repassado ao bicolor paraense é um pouco mais da metade da cota da primeira fase do Nordestão. A disparidade (técnica?) entre os torneios de integração se mantém em todas as etapas. Mais. Enquanto a premiação absoluta do Nordestão subiu 33% em um ano, na Copa Verde o valor foi congelado, devido ao painel de patrocínios mais enxuto.

À parte de Paysandu e Remo, o torneio carece de forças populares. A entrada do Vila Nova, na terceira edição, ajudou. Por outro lado, o Goiás, o único “cotista” da tevê nas regiões, não quis participar, preferindo seguir em busca de um lugar na própria Copa do Nordeste (possibilidade já rechaçada) ou na Primeira Liga.

Veja as cotas, somando as fases, das campanhas finais nas Copas Verde e do Nordeste. Entre parênteses, o percentual da Verde sobre a etapa no Nordestão.

Copa Verde 2016 (18 times)
Campeão – R$ 275 mil (11%), Paysandu
Vice – R$ 145 mil (7%), Gama
Semifinalista – R$ 95 mil (6%), Remo e Aparecidense
Quartas de final – R$ 45 mil (5%), Rio Branco, Nacional, Cuiabá e Vila Nova
Primeira fase (oitavas) – R$ 15 mil (3%)
Total: R$ 910.000* (6%)
* Exceto para os eliminados na fase preliminar

Copa do Nordeste 2016 (20 clubes)
Campeão – R$ 2,385 milhões, Santa Cruz
Vice – R$ 1,885 milhão, Campinense
Semifinalista – R$ 1,385 milhão, Bahia e Sport
Quartas de final – R$ 935 mil, Ceará, Fortaleza, CRB e Salgueiro
Primeira fase (grupos) – R$ 505 mil*
Total: R$ 14.820.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão 

Troféu da Copa do Nordeste 2016, na decisão em Campina Grande. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz