Sport chega às quartas da Copa São Paulo e iguala marca de Pernambuco

Time do Sport na Copa São Paulo de Futebol Júnior 2016. Foto: Sport/instagram

Ao virar o jogo contra o Mirassol, em São José do Rio Preto, a ascendente garotada do Sport alcançou as quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, igualando as melhores campanhas de base da história do futebol pernambucano, com o Santa Cruz em 1992 e o próprio Rubro-negro em 1997.

Agora há uma clara diferença. O número de jogos e o rendimento. São seis vitórias em seis jogos. Nas outras campanhas de destaque foram cinco jogos dos tricolores, com a ascensão de Rivaldo e Válber, posteriormente convocados à Seleção, e quatro do Leão, com os atacantes Didi e Irani, de brilho enxuto.

No embalo de 2016, o senso de coletividade da equipe treinada pelo português Daniel Neri, e, acima de tudo, a consolidação de novos valores, como o goleiro Maílson, o zagueiro Adryelson, o meia Fábio e o atacante Wallace. Não por acaso, os últimos três jogos foram transmitidos na tevê, pela Rede Vida, Sportv e ESPN. Não seria diferente contra o Cruzeiro no dia 19, na capital paulista.

No estádio Nicolau Alayon, Pernambuco terá a terceira chance para chegar à semifinal. Em 1992, Santa 1 x 2 São Paulo. Em 1997, Sport 2 x 5 Santos.

Campanha leonina na Copinha 2016:
Sport 2 x 1 Atlético-PR
Sport 2 x 0 Rio Preto-SP
Sport 6 x 0 União-MS
Sport 1 x 0 Tanabi-SP
Sport 1 x 0 Juventude-RS
Sport 2 x 1 Mirassol-SP

Quartas de final
Sport x Cruzeiro

Sport na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2016. Foto: Mirassol/facebook (facebook.com/MiraFC)

No primeiro teste do Náutico em 2016, um empate sem gols na Paraíba e uma taça

Amistoso 2016: Botafogo-PB 0x0 Náutico. Foto: Náutico/Instagram

Em João Pessoa, o Náutico fez a primeira apresentação de um grande clube pernambucano em 2016, empatando em 0 x 0 com o Botafogo, que se prepara para o Nordestão. Foi um amistoso sem grandes emoções, mas com domínio alvirrubro e a torcida matando a saudade no Almeidão. O principal objetivo do técnico Gilmar Dal Pozzo era movimentar o time. Dito e feito. Usou 22 atletas!

Fora do regional, o time dos Aflitos foca só o Estadual. Embora o investimento seja bem menor em relação aos rivais, na Série A, há a pressão pelo jejum de títulos, desde 2004. Falando nisso, no fim da partida o veterano Fabiano Eller recebeu um troféu dos organizadores. A partir de uma antiga gentileza para os visitantes, com o empate, o Náutico levou o Troféu Clássico da Paz, oferecido pela Rádio Tabajara, da capital paraibana, em parceria com um laboratório local. No próximo sábado, no segundo jogo agendado entre os clubes nesta pré-temporada, será a vez da Arena Pernambuco. Novamente com taça?

Primeira formação do Náutico:
Rodolpho (Júlio César); Rafael Pereira (Guilherme), Ronaldo Alves (Fernando Pires), Fabiano Eller (Rafael) e Gastón (Gil Mineiro); Elicarlos (Niel), Eduardinho (João Paulo), Caíque (Rafael Ratão), Roni (Kau) e Bergson (Jefferson Nem); Thiago Santana (Daniel Morais)

Amistoso 2016: Botafogo-PB 0x0 Náutico. Foto: Náutico/Instagram

Relatório da CBF sobre impedimentos aponta 151 erros na Série A de 2015

Relatório da CBF sobre os impedimentos na Série A 2015

A análise desta notícia é como enxergar o copo metade cheio ou metade vazio. Pois bem, a CBF divulgou o seu relatório sobre o rendimento da arbitragem no Brasileirão de 2015, alvo de inúmeras reclamações dos clubes. Com o recurso de vídeos, instrutores da entidades consideraram 1.390 acertos entre os 1.541 impedimentos assinalados em um dos principais fundamentos dos juízes, em lances cada vez mais rápidos. No site da confederação brasileira há o destaque: “Árbitros acertaram 90% dos impedimentos em 2015”.

Impedimentos mal marcados:
2015 – 9,8%
2014 – 16%
2013 – 19%

O índice até melhorou, considerando os últimos três anos, mas o blog ainda enxerga o dado do lado oposto, com 151 impedimentos equivocados, ou por parar a jogada com ninguém irregular ou por deixá-la seguir apesar do posicionamento adiantado. Dessas decisões tomadas, a comissão de arbitragem considerou 52 erros “fáceis” e 99 “difíceis”. Erro é erro. A média a cada rodada foi 4 marcações erradas. Analisando cada uma das 38 rodadas, somente a abertura do campeonato passou ilesa. O levantamento não aponta a quantidade de resultados modificados devido aos erros. Daí, a imprecisão sobre os “10%” de equívocos. Quanto isso representou na classificação?

A CBF busca a autorização da Fifa para usar a tecnologia em lances polêmicos na Série A já em 2016. A norma teria seis pontos. Na letra E: “Impedimentos por interferência no jogo, caso na jogada haja gol ou pênalti.” O artigo 71A do regulamento geral de 2016 prevê a implantação da regra no futebol nacional.

Legenda do quadro de impedimentos:
RD: rodada
AF: acertos fáceis
AD: acertos difíceis
TT AC: total de acertos
EF: erros fáceis
ED: erros difíceis
TT EQ: total de erros

O relatório também traz dados sobre faltas e cartões. Confira o documento aqui.

Relatório da CBF sobre faltas e cartões na Série A 2015

A ascensão do Santa Cruz da Série D até a Série A vai virar filme oficial

João Paulo no filme oficial do Santa Cruz sobre o retorno à elite. Crédito: TV Coral/reprodução

A saga coral de uma década indo ao fundo do poço e ressurgindo para o futebol, com o retorno à elite, é mesmo digna de filme. Nenhum clube do país superou tamanho calvário. E essa história será contada em um filme oficial do Santa.

Produzido pela TV Coral, com entrevistas com jogadores (Grafite com relatos da estreia, João Paulo emocionado, Lelê, Aquino, Daniel Costa…), integrantes da comissão técnica e outros personagens decisivos para o acesso, o vídeo tem a premissa de contar a história a partir dos bastidores do clube. Conversas de vestiário. Por enquanto, um vídeo de seis minutos com alguns trechos. Segundo o clube, o torcedor deve “aguardar fortes emoções para o seu coração tricolor”

O filme deve ser lançado ainda em 2016, em DVD, como produto oficial.

Sobre o acesso coral, o post O povão jamais irá largar o Santa Cruz.

Relembre outros filmes oficiais dos clubes pernambucanos aqui.

Os patrocínios da Caixa no futebol em 2016, incluindo Sport e Santa Cruz

Valores das cotas de patrocínio da Caixa Econômica Federal em 2016, segundo reportagem da globo.com

Em 2014, quando entrou no futebol, a Caixa Econômica Federal patrocinou nada menos que 15 times das Séries A, B e C, sendo seis do Nordeste, incluindo o Sport. Um investimento de R$ 111,9 milhões. Em 2015, o momento econômico instável do país parecia indicar um freio neste gasto da Caixa, mas o noticiário em janeiro de 2016 aponta uma injeção R$ 188 milhões em 16 clubes. Uma ampla reportagem do globo.com projetou os valores de cada clube.

Após dois anos recebendo R$ 6 milhões, o Leão negocia um aumento para R$ 7,5 milhões no ano. A novidade é a inclusão do Santa, que enfim conseguiu as certidões negativas de débito, uma exigência no processo com o banco estatal – os documentos de órgãos públicos declaram que não existem pendências. Os corais receberiam R$ 3,5 milhões, o menor valor entre os integrantes da Série A, junto ao América. Porém, as duas receitas podem ser maiores.

O blog apurou que a cota do Rubro-negro pode chegar a R$ 8 mi, com o Tricolor recebendo até R$  6 mi – ambos, até janeiro, sem assinatura. Pelo quadro, o valor faria mais sentido, ficando no patamar entre Coxa, Furacão, Vitória e Chape. Talvez o fato de ser o primeiro contrato puxe para baixo. Dos times listados, só um está na B, o Vasco. Entretanto, as negociações para mais times na Segundona não estão descartadas. Desde fevereiro de 2014 se articula a entrada do Trio de Ferro, inclusive politicamente. O Náutico também pode pintar em 2016 – receberia no máximo R$ 2 milhões. Ainda na região, o Bahia divulgou que conseguiu todas as certidões, num claro indício para este negócio.

Sobre o quadro divulgado, causa surpresa, sem dúvida, os R$ 17 milhões ao Botafogo, bem acima de Cruzeiro e Atlético-MG, que ganharam tudo nos últimos anos (Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil) e contam com públicos bem maiores, em projeção de torcida, consumo de pay-per-view e número de sócios, por exemplo. O endereço carioca certamente deve ter influenciado nisso.

Os campos da Ilha do Retiro e do Arruda unificados com as dimensões Padrão Fifa

Novas medições do campo da Ilha do Retiro em 2016, no Padrão Fifa. Williams Aguiar/Sport

Todos os campos das Séries A e B deverão ter as mesmas dimensões a partir de 2016, utilizando o padrão adotado pela Fifa na Copa do Mundo, com 105 metros de comprimento por 68 metros de largura. A decisão havia sido anunciada por Manoel Flores, o diretor de competições da CBF, em 8 de dezembro, após o encerramento da última temporada do futebol nacional.

Com a decisão – que tem uma certa lógica -, mudança teria que ser executada no máximo até maio, no início do Brasileirão. No Recife, dos três campos inscritos na competição, somente a Arena Pernambuco tinha o tamanho oficial. Mando do Náutico e de alguns jogos de Sport e Santa Cruz. Entretanto, os rivais das multidões também precisavam mudar as pinturas das linhas da Ilha e do Arruda. A mudança ocorreu simultaneamente e ambos terão o padrão unificado já a partir do Campeonato Pernambucano, incluindo novas traves, removíveis. Ao todo, na elite, sete estádios tinham essa necessidade de adaptação.

Tamanhos anteriores:
8.268 m² (109,95m x 75,20m) – Ilha do Retiro
7.350 m² (105m x 70m) – Arruda

Imagens com as novas marcações: Ilha do Retiro e Arruda.

Levando em conta que a área total no Padrão Fifa é de 7.140 metros quadrados, a redução foi de 1.128 m² para os rubro-negros e 210 m² aos corais. Pelas marcas das bandeirinhas nas primeiras fotos, a diferença no campo de jogo é considerável. O objetivo agora é melhorar a qualidade do piso, com ambos em recuperação desde dezembro, com o uso de herbicidas e inseticidas.

Outros estádios do Brasileirão fora dos padrões:
7.869,7 m² (108,25m x 72,7m) – Morumbi (São Paulo)
7.848 m² (109m x 72m) – Couto Pereira (Coritiba)
7.437,7 m² (105,8m x 70,3m) – Vila Belmiro (Santos)
7.350 m² (105m x 70m) – Barradão (Vitória)
7.350 m² (105m x 70m) – Orlando Scarpelli (Figueirense)

Novas medições do campo do Arruda em 2016, no Padrão Fifa. Peu Ricardo/Esp. DP

Ranking da Série A nos pontos corridos com oito clubes nordestinos, 2003-2015

Ranking dos pontos corridos da Série A 2003-2015. Crédito: futdados.com (Júlio César Cardoso)

O sistema de pontos corridos foi implantado no Campeonato Brasileiro em 2003, repetindo o modelo europeu com turno e returno. Nos dois primeiros anos a competição teve 24 clubes, reduzindo para 22 em 2005 e, finalmente, para 20 em 2006, número que se mantém até hoje. Ao todo, 41 clubes já participaram da elite do futebol nacional neste formato, com oito representantes nordestinos.

O site Futdados, atualizado por Júlio César Cardoso, levantou o ranking geral de pontos, medindo o rendimento dos clubes no período. Essa “era” coincide com os piores resultados dos times da região, que ficaram apenas três vezes entre os dez primeiros lugares, com 14 rebaixamentos em 30 participações. Entre outros motivos para o distanciamento técnico, como organização e estrutura, vemos um reflexo da disparida incessante entre as receitas. Tanto para contratar quanto para segurar os principais nomes.

Ranking de pontos dos nordestinos na Série A (2003-2015):
1º) Vitória – 343 pontos (17º)
2º) Sport – 286 pontos (19º)
3º) Bahia – 224 pontos (22º)
4º) Náutico – 200 pontos (24º)
5º) Fortaleza – 142 pontos (29º)
6º) Ceará – 86 pontos (33º)
7º) Santa Cruz – 28 pontos (40º)
8º) América-RN – 17 pontos (41º)

Participações:
7 – Vitória
6 – Sport
5 – Náutico e Bahia
3 – Fortaleza
2 – Ceará
1 – Santa Cruz e América-RN

Campanhas entre os 10 primeiros:
2008 – Vitória (10º)
2013 – Vitória (5º)
2015 – Sport (6º)

Rebaixamentos:
3 – Vitória
2 – Fortaleza, Sport, Náutico e Bahia
1 – Santa Cruz, América-RN e Ceará

“Pernambuco é a maior força do Norte e Nordeste”. Diz Evandro Carvalho na CBF

FPF x FBF

Entre idas e vindas na ponte Recife-Rio de Janeiro, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, concedeu uma entrevista ao site oficial da CBF. Na gravação, na sede da confederação, ele definiu de forma categórica o nível do futebol local no cenário regional.

“Pernambuco hoje figura, sem dúvida, como a maior força do futebol do Norte e Nordeste. Temos hoje duas equipes na Série A. No ano passado tivemos a única equipe do Norte e Nordeste na Série A. E ainda temos quatro vagas na Copa do Brasil e três vagas na Copa do Nordeste e uma equipe na Série B.”

Claramente, o dirigente justificou a liderança pelo presente, até porque em 2013, por exemplo, eram dois baianos na elite e apenas um pernambucano. Nas entrelinhas, Evandro cutucou Ednaldo Rodrigues, presidente da FBF, com quem vive uma disputa política, inclusive em decisões da Liga do Nordeste. Sobre a quarta vaga na Copa do Brasil, o estado na verdade tem três, mas neste ano emplacou mais uma porque o Náutico se beneficiou do ranking nacional.

No Ranking da CBF, Pernambuco se mantém à frente no N/NE desde 2012.

Náutico + Santa Cruz + Sport x Bahia + Vitória.
Torcida, história, títulos, estrutura, receita, rivalidade… 

Essa discussão vai longe.

Você concorda com a declaração do mandatário da FPF?

Podcast (206º) – Especial Treinadores com Paulo Roberto Falcão, do Sport

Falcão, técnico do Sport em 2016. Foto: Rafael Brasileiro/DP/D.A Press

Mais uma edição do Especial Treinadores, do 45 minutos. Desta vez com Paulo Roberto Falcão, em sua primeira entrevista em 2016, exclusiva. O treinador do Sport recebeu o podcast no CT do Leão e detalhou o planejamento para a temporada, falando sobre a saída do quarteto ofensivo (DS87, André…), as características dos novos reforços (Mark, Lenis…), a escolha de Danilo Fernandes como goleiro titular e a possibilidade de escalar duas formações no início do Estadual e do Nordestão. Indo além, a relação com a imprensa e a mágoa com a arbitragem na Série A de 2015, custando a ida à Libertadores.

“Ser campeão no Sport será muito mais gratificante. Tenho certeza que estou no lugar certo.”

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Escute também a entrevista com Gilmar Dal Pozzo, do Náutico, clicando aqui.

Concorrência divide o Campeonato Brasileiro na televisão por assinatura. Cenário em 2019? Manchete em 1999

Campeonato Brasileiro sendo disputado por Esporte Interativo e Globo na TV por assinatura a partir de 2019. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A press

A Rede Globo e o Esporte Interativo travam uma batalha nos bastidores pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro na tevê por assinatura a partir de 2019. Ambos vêm tendo seguidos encontros com dirigentes dos clubes mais populares do país para firmar o novo acordo. Enquanto a emissora carioca busca estender a duradoura hegemonia, com propostas de mais dois anos, o canal controlado pela gigante Turner Broadcasting System, e que ainda tenta entrar na Sky, propõe cinco temporadas (até 2023) e ofertas mais generosas, num rateio de até R$ 600 milhões anuais, dividindo no modelo de cotas da Premier League (50% igualitário, 25% audiência e 25% rendimento). Mesmo com valores supostamente mais baixos, a Globo teria a seu favor o know-how e a maior visibilidade, o que corresponde a uma maior atração de patrocinadores.

Segundo uma reportagem da ESPN, Sport, Corinthians, Vasco e Botafogo já estariam apalavrados com a Globo. Do outro lado, Santos, à frente das conversas, Grêmio, Inter, Flu, Coritiba, Atlético-PR e Bahia negociam abertamente com o EI.

Então, vamos às consequências do possível acordo paralelo. Sendo direto: um jogo só pode ser transmitido se os dois clubes concordarem, segundo o artigo 42 da Lei Pelé, na redação dada pela Lei 12.395, de 2011.

“Pertence às entidades de prática desportiva o direito de arena, consistente na prerrogativa exclusiva de negociar, autorizar ou proibir a captação, a fixação, a emissão, a transmissão, a retransmissão ou a reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo, de espetáculo desportivo de que participem”.

Ou seja, o Sportv, braço esportivo da Globosat nas operadoras, só poderia transmitir os jogos com os seus clubes contratados. Idem com o EI. No choque contratual, não haveria transmissão. A não ser em caso de acordo. 

Neste ponto, o próprio passado do futebol nacional ensina. Em 1999, o extinto Clube dos 13, então formado por 16 clubes, acertou com o pool Globo, Sportv e Premiere (PPV). Além dos membros da associação presentes na elite daquela temporada (13 equipes), entraram no bolo Ponte Preta, Gama e Botafogo de Ribeirão Preto. Ao todo, US$ 70 milhões pelos direitos, com a diretoria do Corinthians sendo a última a assinar. Seis clubes não toparam, mas não ficaram de braços cruzados e fizeram um contrato à parte com a concorrente, a ESPN Brasil. Na ocasião, não houve unificação dos canais, com 96 dos 231 jogos da primeira fase sem exibição na TV fechada. Isso correspondeu a 41% do calendário. Lembrando que atualmente 100% das partidas (380) são exibidas.

O curioso é que a briga também envolvida as operadoras, pois o Sportv já estava alinhada à dupla Net/Sky, enquanto a ESPN só passava na antiga TVA/Directv. Lembra o novo quadro, com um dos canais subjugados.

Brasileirão de 1999
Sportv
Sport, Flamengo, Botafogo, Vasco, São Paulo, Corinthians, Santos, Palmeiras, Ponte, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Inter, Coritiba, Gama e Botafogo-SP

ESPN Brasil
Atlético-PR, Vitória, Guarani, Portuguesa, Juventude e Paraná

Transmissões na televisão por assinatura:
SporTV/PPV – 120 (51,9%)
ESPN Brasil – 15 (6,5%)
Sem exibição – 96 (41,6%)
Total – 231

Pode ser um leilão apenas, mas a quebra de paradigmas na transmissão da Série A nunca esteve tão perto de se repetir. Supondo que os sete clubes em negociação assinem com o Esporte Interativo, o canal teria 42 jogos exclusivos em sua grade. Em caso de choque nos contratos da tevê fechada, desta vez o pay-per-view não sofreria alteração, pois trata-se de um terceiro negócio, distinto. A ruptura seria exclusivamente na tevê por assinatura, como em 1999.