As projeções da Globo, ESPN e Lance! sobre os 20 clubes da Série A de 2017

Os clubes da Série A de 2017

O Campeonato Brasileiro de 2017 será a 12ª edição com o mesmo formato, com pontos corridos e vinte participantes. O futebol nordestino segue com três representantes na elite, mas agora com um do Recife e dois de Salvador. Sobre o início da competição, fica a expectativa sobre o desempenho de cada um ao longo de 38 jogos. O Palmeiras se mantém como favorito absoluto? Em relação à Libertadores, a regra agora vale desde o início, com seis vagas, sendo quatro na fase de grupos e duas no mata-mata preliminar. Ou seja, um número maior de candidatos. Obviamente, a briga contra o rebaixamento também é tema recorrente no debate. E trata-se de uma pauta tradicional nos guias anuais país afora, com veículos nacionais avaliando as chances de todos os clubes, com critérios bem distintos. O blog compilou três listas, do portal globoesporte, do canal ESPN e do jornal Lance!. As projeções do Sport apontam para uma campanha final na zona intermediária, com 13º, 12º e 11º, respectivamente. Concorda? Na temporada passada, o rubro-negro entrou sob mais desconfiança, com 16º, 11º e 15º. Acabaria na 14ª posição.

Campeão – Palmeiras (2 projeções) e Flamengo (1)
G6 – Palmeiras (3), Flamengo (3), Atlético-MG (3), Cruzeiro (3), Corinthians (3), Santos (2) e São Paulo (1)
Z4 – Avaí (3), Atlético-GO (3), Coritiba (2), Vasco (2), Chape (1), Vitória (1), 

Globoesporte.com
O portal manteve o critério de 2016. A avaliação produzida pela equipe do GE conta com seis categorias: elenco (peso 3), retrospecto (2), finanças (2), momento (2), fator casa (1) e foco na competição (1). Cada tópico recebe de 1 a 5 estrelas, com pontuação máxima de 55. O leão melhorou um pouco a expectativa em relação 2016. Em vez de 27 pontos (16º), 29 pontos (13º).

1º) Palmeiras 46
2º) Flamengo 45
3º) Corinthians 45
4º) Atlético-MG 42
5º) Cruzeiro 38
6º) São Paulo 37
7º) Santos 36
8º) Grêmio 33
9º) Botafogo 32
10º) Fluminense 32
11º) Atlético-PR 30
12º) Vasco 30
13º) Sport 29
14º) Ponte Preta 28
15º) Coritiba 28
16º) Bahia 26
17º) Vitória 26
18º) Chapecoense 25
19º) Atlético-GO 22
20º) Avaí 21

ESPN Brasil
A projeção contou com dez jornalistas da emissora. A avaliação dos clubes aconteceu com cada um dando 20 pontos para o campeão, 19 para o vice, 18 para o 3º lugar e assim sucessivamente, até o lanterna, com apenas 1. A soma das opiniões resultou na avaliação de cada time, com pontuação máxima de 200 e mínima de 10. Sport fecharia a zona da Sula.

1º) Flamengo 189
2º) Palmeiras 187
3º) Atlético-MG 186
4º) Cruzeiro 166
5º) Corinthians 156
6º) Santos 145
7º) Fluminense 137
8º) São Paulo 136
9º) Grêmio 119
10º) Botafogo 113
11º) Atlético-PR 102
12º) Sport 83
13º) Ponte Preta 66
14º) Vitória 58
15º) Chapecoense 58
16º) Bahia 57
17º) Vasco 56
18º) Coritiba 55
19º) Avaí 16
20º) Atlético-GO 15

Lance!
Os jornalista do veículo estipularam as colocações finais dos vinte clubes, com o resultado final através de uma média. O Palmeiras, por exemplo, teve 54,5% dos votos para ser o campeão. Flamengo (27,2%) e Galo (18,3%) também foram lembrados. Sport, Atlético-PR e Grêmio foram os únicos sem votos nem para o G6 nem para o Z4.

1º) Palmeiras
2º) Flamengo
3º) Atlético-MG
4º) Cruzeiro
5º) Santos
6º) Corinthians
7º) São Paulo
8º) Botafogo
9º) Fluminense
10º) Atlético-PR
11º) Sport
12º) Grêmio
13º) Ponte Preta
14º) Chapecoense
15º) Vitória
16º) Bahia
17º) Coritiba
18º) Vasco
19º) Avaí
20º) Atlético-GO

Seleção Sportv
O programa vespertino no Sportv também fez a sua previsão, mas dividindo os clubes em quatro blocos, sem colocações distintas. O Sport ficou na “briga por Libertadores”, embora, pela ordem de apresentação, tenha sido o 10º.

Título: Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG, Grêmio e Santos
Libertadores: Corinthians, Fluminense, Cruzeiro, Botafogo e Sport
Figuração: Atlético-PR, Bahia, Vitória, Ponte Preta e São Paulo
Contra o Rebaixamento: Chapecoense, Coritiba, Vasco, Atlético-GO e Avaí

Sem torcida na Arena, Náutico inicia Série B remendado e com empate com América

Série B 2017, 1ª rodada: Náutico 0x0 América-MG. Foto: América-MG/site oficial

O Náutico bateu na trave nos últimos dois anos, terminando a Série B em 5º lugar. A frustração em 2016 passou do ponto, com invasão de campo e a consequente punição do STJD, com a arena de portões fechadas na estreia da nova participação. Numa semana intensa, com troca de técnico e saída de jogadores importantes, o alvirrubro encarou o América Mineiro, rebaixado da elite, mas com superávit de R$ 10 milhões – comparativo importante, uma vez que o time pernambucano vem se afundando em dívidas.

Num cenário tão adverso, com Waldemar Lemos escalando seis jogadores da base, o Náutico empatou em 0 x 0. Por mais que Erick seja o ponto alto do CT, a sua maturidade para resolver está longe. Portanto, um pontinho aceitável nesta primeira rodada, intercalada a outra frente importante, a disputa contra o Santa Cruz pela terceira vaga do estado no Nordestão, já na próxima terça.

A disposição, praticamente a única exigência do novo técnico devido ao tempo escasso e à clara limitação técnica, pode ser um sinal, mas a reestruturação do elenco é necessária – sabe-se lá como, com o caixa vazio. A caminhada do Náutico começou nebulosa, sob poucos olhares… E será longa.

Série B 2017, 1ª rodada: Náutico 0x0 América-MG. Foto: América-MG/site oficial

Licenciamento de produtos da Copa do Nordeste terá miniatura da orelhuda

Miniatura da taça da Copa do Nordeste. Foto: Cassio Zirpoli/DP

A taça dourada da Copa do Nordeste, instituída em 2013 e repaginada em 2015, é um dos principais símbolos do torneio. Na visão do blog, o maior. Logo no primeiro ano, uma pesquisa encomendada pelo Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão do regional, apontou que 88% do público reconhecia o troféu – foram ouvidas 1.552 pessoas.

Por isso, além do tour da taça, evento que percorre anualmente as capitais nordestinas expondo a taça oficial à visitação, a Liga do Nordeste quer monetizar de vez o troféu, com a venda de miniaturas metálicas. O protótipo de 9,5 centímetros já foi feito e a ideia e é comercializar a peça por no máximo R$ 100, com a produção possivelmente na China.

Os organizadores estão em contato com uma empresa paulista especializada em licenciamento de produtos oficiais, com trabalhos no Palmeiras e na Juventus de Turim. Além da taça, que poderá ser personalizada pelas torcidas de clubes campeões, a bola (da Topper) e o mascote da Lampions (Zeca Brito) devem ganhar o mercado.

Quais produtos poderiam ser atrelados ao Nordestão nesta lista oficial?

Miniatura da taça da Copa do Nordeste. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Audiência do Nordestão à frente das ligas alemã, italiana e francesa na TV paga

Copa do Nordeste 2017 semifinal: Sport 1x2 Santa Cruz. Imagem: Esporte Interativo/reprodução

O jogo de ida da semifinal nordestina entre Sport e Santa Cruz, na Ilha do Retiro, aconteceu no início da noite de 29 de abril, um sábado. Na ocasião, o jogo foi exibido apenas no Esporte Interativo, que pela primeira vez estava disponível em todas as operadoras do país. Contexto suficiente para que o clássico pernambucano registrasse a maior audiência da história do torneio na tevê paga. A audiência média foi de 276 mil telespectadores por minuto, segundo o Ibope. Curiosamente, quebrou o recorde estabelecido dois dias antes, na outra semifinal, com o primeiro Ba-Vi, com 223 mil. Na volta, nos dois casos, a audiência seguiu maciça, mas foi compartilhada com a Globo, que também transmitiu ao vivo. Ou seja, números divididos entre os canais.

Ampliando a análise na tevê paga, a Copa do Nordeste de 2017 vem apresentando uma média de 116 mil telespectadores. Numa comparação com as principais ligas nacionais da Europa exibidas no país, o torneio regional ocupa a terceira colocação, numa compilação de dados de 1º de agosto de 2016 a 8 de maio de 2017, através das quinze regiões metropolitanas mensuradas pelo instituto – incluindo Recife, Salvador e Fortaleza.

Maiores médias de audiência na Copa do Nordeste 2017*

276.000 – Sport 1 x 2 Santa Cruz (29/04)
223.000 – Vitória 2 x 1 Bahia (27/04)

Audiência média das ligas europeias x Nordestão*

199.119 – Campeonato Espanhol/ ESPN Brasil (63 jogos)
141.583 – Campeonato Inglês/ESPN Brasil (128 jogos)
116.200 – Copa do Nordeste/EI Maxx (42 jogos)
94.201 – Campeonato Alemão/ESPN Brasil (32 jogos)
89.688 – Campeonato Francês/Sportv (70 jogos)
72.766 – Campeonato Italiano/ESPN Brasil (47 jogos)
53.587 – Campeonato Francês/ESPN Brasil (11 jogos)

Nesta conta não entra, naturalmente, a Liga dos Campeões, cuja goleada do PSG sobre o Barcelona, na ida das quartas de final, registrou a maior audiência da competição na tevê paga: 1,1 milhão de telespectadores*. O cenário foi semelhante ao Clássico das Multidões, com o jogo exclusivo em um canal – com a demanda reprimida pela ausência no sinal aberto.

Será que a Lampions já vem alcançando o público fora do Nordeste…?

* Número de telespectadores por minuto. Os dados do Kantar Ibope Media consideram apenas a tevê por assinatura no Brasil

Copa do Nordeste 2017, semifinal: Vitória 2x1 Bahia. Imagem: Esporte Interativo/reprodução

A marca Cobra Coral entra oficialmente no mercado com a primeira linha do Santa

Novo uniforme do Santa Cruz para a temporada 2017. Foto: Santa Cruz/site oficial

A marca da Cobra Coral remete a uma frase emblemática na história do Santa Cruz. Em 1914, ano de fundação do clube, Alexandre Carvalho disse: “O Santa Cruz nasceu e viverá eternamente”. Daí, a emulação do infinito com a cobra, substituindo o logo da Penalty, presente nas últimas oito temporadas.

Junto à empreitada, com o clube assumindo toda a responsabilidade sobre a criação, produção, distribuição e venda dos produtos, foi lançada a primeira linha de uniformes oficiais. Para 2017, a camisa branca traz as faixas horizontais no estilo clássico, enquanto o padrão coral tem linhas verticais, modelo usado pela última vez como “número 1” em 1995, através da Rhumell.

A nova logo da "Cobra Coral", a marca de material esportivo do Santa Cruz

Em entrevista ao Superesportes, o diretor de marketing do tricolor, Dênis Vitor, deu alguns dados sobre o alcance dos produtos oficiais do clube.

Número de peças vendidas*
2015 – 80 mil
2016 – 45 mil
2017 – 60 mil (expectativa)
* Segundo o Santa Cruz

A estratégia do departamento de marketing para elevar a venda foi cercar a pirataria, oferecendo camisas de R$ 99, ou 120 reais a menos que a versão profissional. Com esta linha popular, o Santa espera um aumento de 33%, tendo um grande diferencial: o lucro líquido, em vez de royalties. Sem uma fornecedora como patrocinadora, o clube depende agora, exclusivamente, de sua torcida para que o símbolo da nova marca faça sentido.

Novos uniformes do Santa Cruz para a temporada 2017. Foto: Santa Cruz/site oficial

Cota do Nordestão de 2018 deve chegar a R$ 23 milhões, com recorde ao campeão

Projeção de cotas da Copa do Nordeste em 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A Copa do Nordeste está passando por um processo de reformulação. Às pressas, foi criada uma seletiva, com o objetivo de enxugar a fase de grupos para 16 clubes. O objetivo é retomar a média de público, além de viabilizar uma disputa com clubes de maior expressão – caso passem pela seletiva, naturalmente. Nos bastidores, já está decidido o montante para as equipes.

Para 2018, a cota de participação deve ficar 22 e 23 milhões de reais, o que superaria a verba da Primeira Liga, cujo sistema de disputa arrastado em brechas do calendário vem inviabilizando uma nova ampliação. Na Lampions, a premiação é bancada pela Liga do Nordeste, com a receita de parcerias, como a venda dos direitos de transmissão junto ao Esporte Interativo e das placas de publicidade, através da Caixa Econômica Federal. A discussão no momento é sobre a distribuição da grana, com cotas maiores na primeira fase, como querem os clubes menores, ou reforço nas fases eliminatórias, um desejo dos principais times, que costumam avançar no torneio.

Com a indefinição, o blog projetou as cotas de 2018, com 24,19% de aumento sobre todas as receitas deste ano – num exercício de curiosidade, uma vez que o formato do torneio será modificado. Neste cálculo, o campeão nordestino poderia arrecadar até R$ 3,5 milhões, a maior soma da história.

Projeção de cotas de 2018, fase a fase
Campeão – R$ 1,552 milhão

Vice – R$ 683 mil
Semifinalista – R$ 683 mil
Quartas de final – R$ 558 mil
Primeira fase (PE, BA, CE, RN, AL, PB e SE) – R$ 745 mil
Primeira fase (MA e PI) – R$ 409 mil

Cotas de 2017, fase a fase
Campeão – R$ 1,25 milhão 

Vice – R$ 550 mil
Semifinalista – R$ 550 mil 
Quartas de final – R$ 450 mil
Primeira fase (PE, BA, CE, RN, AL, PB e SE) – R$ 600 mil
Primeira fase (MA e PI) – R$ 330 mil

Cota absoluta de participação
2013 – R$ 5,6 milhões
2014 – R$ 10,0 milhões (+78%)
2015 – R$ 11,1 milhões (+11%)
2016 – R$ 14,8 milhões (+33%)
2017 – R$ 18,5 milhões (+25%)
2018 – R$ 23,0 milhões (+24%)

Júlio César pega pênalti e Santa Cruz fica no empate sem gols com o Atlético-PR

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Santa Cruz 0 x 0 Atlético-PR. Foto: Peu Ricardo/DP

O Santa Cruz finalmente estreou na Copa do Brasil. Com o título nordestino no último ano, o tricolor ganhou a pré-classificação às oitavas de final, numa “compensação” à retirada da vaga na Sula. Em tese, o sorteio até ajudou. Como teria que enfrentar, necessariamente, um dos oito brasileiros presentes na Libertadores vigente, o time pernambucano escapou de pesos pesados como Palmeiras, Flamengo e Galo. Mas, diante do Atlético-PR, a limitação técnica mostrou que a dificuldade seria grande contra qualquer um.

Volantes lentos, dificuldade na criação, dependência da bola parada e falta de reposição, com Barbio, Primão e Everton Santos acionados no decorrer. Pouco diante de um time realmente estruturado, como é o caso do Furacão, que sai do Arruda frustrado pelo pênalti desperdiçado, com Júlio César defendendo a cobrança de Rossetto. Fora o fraco desempenho do ataque, com o ex-tricolor Grafite seguindo em jejum. Empate em 0 x 0, numa chave ainda aberta, até pela condição do time paranaense, poupando nomes.

O jogo de volta, na Arena da Baixada, será dentro de três semanas. Com R$ 1,05 milhão de cota nesta fase, o Santa pode arrecadar mais R$ 1,195 milhão caso se classifique fora de casa (empate com gols a favor). Isso significaria também uma presença inédita nas quartas de final, após 23 participações. Um pouquinho de evolução ajudaria bastante nesta possibilidade…

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Santa Cruz 0 x 0 Atlético-PR. Foto: Peu Ricardo/DP

Zico: “A polêmica é boa no futebol, mas o campeão de 1987 foi o Flamengo”

Zico erguendo a "Copa União", após o título do Módulo Verde de 1987

Trinta anos depois, com uma história repleta de novos capítulos fora do campo, até no STF, a convicção de Zico segue a mesma. Como atleta, foi ao Maracanã representando o Flamengo, venceu o Inter e ergueu a taça da “Copa União”. Para ele, acabou ali o Campeonato Brasileiro de 1987.

Apesar do longo imbróglio, não espere um testa franzida ou desdém sobre o assunto. O Galinho, hoje sexagenário, trata com bom humor, embora não tenha dúvidas sobre a sua colocação – em vez do terceiro lugar, conforme a decisão oficial, considera-se campeão, único.

“A polêmica é boa no futebol, mas o campeão de 1987 foi o Flamengo.”

A rápida conversa com o blog aconteceu no intervalo da transmissão da semifinal da Champions League entre Atlético e Real Madrid, direto da cabine do Esporte Interativo, no Rio. A convite do canal, junto a outros dois jornalistas, fui apresentado como “jornalista do Recife”, já sinalizando a pauta. O complementou escancarou: “Zico, ele vem escrevendo um livro sobre 87”, o que é verdade, ao lado de André Gallindo. Oportunidade rara, daí o post.

Perguntei se, à parte do presidente do Fla, Márcio Braga, que optou por não jogar o quadrangular final numa decisão do Clube dos 13, os atletas do rubro-negro carioca questionaram a direção sobre o cruzamento determinado no regulamento. Ou seja, sobre a possibilidade de jogar contra o módulo amarelo.

“Em nenhum momento. Depois da final (do módulo verde), entramos de férias. No meu caso, eu nem jogaria porque já tinha cirurgia marcada”.

Então, veio a pergunta sobre como Zico enxergou aquela confusão.

“A CBF não quis realizar o campeonato. Quando ficou pronto, com patrocínio, televisão e interesse do público, ela voltou. Aí quis colocar o cruzamento das séries, módulos, daqueles grupos lá. Mas o principal era o do Flamengo, e nenhum clube jogaria. Estava decidido. O problema foi Aidar (presidente do Clube dos 13 em 1987) voltar ao São Paulo e querer a taça das bolinhas quando eles conquistaram o penta (em 2007).”

E até falou sobre como encara as dúvidas sobre o feito do Flamengo.

“Como se fala bastante (sobre o título de 1987), torcedores do Vasco, do Fluminense e do Botafogo dizem pra mim que 87 não é do Flamengo. Dizem que não jogamos contra o Sport. Aí eu pergunto a eles o placar dos jogos de Vasco, Fluminense e Botafogo contra o Sport. Ninguém sabe.”

Na sequência da declaração, comentei sobre a derrota por W.O. na Ilha do Retiro, no jogo que poderia ter sido disputado contra o Sport…

“Jogo em 1988 (em 27/01, a data do W.O.)? Um campeonato acabando no outro ano? Em janeiro a gente já estava de férias!”

Uma final no início do ano seguinte não era tão incomum no Brasileirão. Tanto que também aconteceu nas edições de 1986 e 1988, mas a última resposta veio acompanhada de um largo sorriso. Havia acabado o intervalo do jogo na tevê, com o maior maior artilheiro da história do Fla voltando à transmissão. Provavelmente, não foi a última vez que o craque falou sobre 87, mas deixou claro que a história dele segue intacta, questionável ou não, mas com o tempo transformando uma polêmica em bom humor…

Zico durante a transmissão da semifinal da Champions League, no Esporte Interativo. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Copa do Nordeste de 2018 começa em maio de 2017, com “fase preliminar”

Copa do Nordeste

A Copa do Nordeste de 2018 começa em maio de 2017. Numa brusca mudança de fórmula, sem a aprovação do Trio de Ferro e da FPF, o regional agora terá uma “fase preliminar”, com oito clubes. Lembra a chamada Pré-Libertadores, que nesta temporada foi estendida a três fases. No caso da Lampions, o objetivo é enxugar a fase de grupos, de 20 para 16 clubes, com quatro chaves de quatro, com todas classificando duas equipes às quartas – como foi até 2014, antes da entrada de maranhenses e piauienses.

O acordo, por maioria de votos, foi referendado na sede da CBF em 9 de maio, junto à Liga do Nordeste. Portanto, os mata-mata preliminares, em jogos de ida e volta, devem acontecer nos dias 24 e 31 de maio, datas-base, conforme divulgado pelo site oficial da federação cearense de futebol.

A composição da fase preliminar será a seguinte: os terceiros colocados de Pernambuco e Bahia e os vices de Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão. No sorteio, o pote 1 ficará com os quatro melhores no Ranking Nacional da CBF e o pote 2 com os demais.

Fase preliminar (8 clubes, passando 4)
CSA (vice de AL)
Itabaiana (vice de SE)
Fluminense de Feria (3º na BA)
Náutico ou Santa Cruz (3º de PE)
Treze (vice da PB)
Globo (vice do RN)
Panahyba, River ou Altos (vice do Piauí)
Vice do Maranhão (parado na justiça)

Já a fase principal, o Nordestão de fato, começará no fim de janeiro de 2018. Hoje, já tem 12 clubes assegurados, os nove campeões estaduais e os vices de PE, BA e CE. Aguardam os quatro vencedores do “Pré-Nordestão”.

Obs. Na visão do blog, esta mudança antecipada sobre 2018 é forçada, pois os regulamentos dos nove campeonatos estaduais desta temporada classificavam os clubes para a “Copa do Nordeste”, sem qualquer menção à fase preliminar, muito menos com oito meses de antecedência. Sem contar a apresentação da fórmula duas (!) semanas antes da seletiva… E as cotas?

Fase de grupos (16 times, com 12 já garantidos)
Sport (finalista do PE)
Salgueiro (finalista do PE)
Vitória (campeão na BA)
Bahia (vice na BA)
Confiança (campeão em SE)
Botafogo (campeão na PB)
ABC (campeão no RN)
Ceará (campeão no CE)
Ferroviário (vice no CE)
CRB (campeão em AL)
Campeão do MA (parado na justiça)
Campeão do PI (Parnahyba, River ou Altos)

Os clubes mais populares no Cartola 2017

Cartola FC

Cartola FC chega à 13ª edição no Brasileirão de 2017. Na largada, três milhões de cartoleiros se cadastraram no fantasy game criado (em 2005) e mantido pela Globo. A partir da ligas oficiais (“clássicas”) dos 54 times presentes é possível conferir os mais populares neste ano. Como ocorre em qualquer pesquisa, o Flamengo aparece à frente, numa disputa acirrada com o Corinthians – 2,85% de diferença, pouco acima dos 2,50% registrados na última pesquisa tradicional, feita pelo Paraná Pesquisa, em 2016.

Como curiosidade, o blog apresenta os 25 primeiros, dos quais 19 acima de dez mil pessoas inscritas. Entre os presentes na elite, apenas Ponte Preta (4.258) e Atlético-GO (1.293) não alcançaram o patamar. O Trio de Ferro, que mantém a ordem das pesquisas de torcida, soma 73.679 pessoas, ou 2,45%. Este ranking considera o número bruto de cadastrados, mas não necessariamente o de cartoleiros ativos, com escalações e atualizações das equipes em todas as rodadas (quem nunca esqueceu de mexer no time?).

Apesar da curiosidade (e de percentuais e colocações semelhantes), essa lista tem um grande diferencial em relação às pesquisas tradicionais: a ausência de pessoas que não gostam de futebol, perfil que costuma representar 20%. Além disso, a composição da Série A exerce uma influência sobre a participação no Cartola – uma vez que o fantasy só escala jogadores da primeira divisão. Nas demais séries a adesão tende a ser menor, tendo principal exemplo neste ano o Inter, com cerca de metade do público gremista.

1º) Flamengo – 20,41% (613.669)
2º) Corinthians – 17,56%(528.002)
3º) São Paulo – 13,69% (411.567)
4º) Palmeiras – 10,67% (321.040)
5º) Vasco – 6,05% (182.152)
6º) Santos – 4,66% (140.364)
7º) Cruzeiro – 4,65% (139.825)
8º) Grêmio – 3,87% (116.530)
9º) Atlético-MG – 2,93% (88.287)
10º) Fluminense – 2,15% (64.915)
11º) Botafogo – 2,13% (64.163)
12º Internacional – 2,05% (61.856)
13º) Sport – 1,51% (45.575)
14º) Bahia – 1,11% (33.537)
15º) Vitória – 0,82% (24.895)
16º) Santa Cruz – 0,69% (20.994)
17º) Atlético-PR – 0,53% (16.142)
18º) Coritiba – 0,45% (13.697)
19º) Ceará – 0,37% (11.193)
20º) Chapecoense – 0,31% (9.469)
21º) Náutico – 0,23% (7.110)
22º) ABC – 0,21% (6.541)
23º) Avaí – 0,15% (4.721)
24º) Figueirense – 0,15% (4.706)
25º) Goiás – 0,15% (4.552) 

Dados até 09/05/2017, com 3.006.088 inscritos