As placas estáticas dos campeonatos de 2015, com ou sem publicidade

Em 2015, os principais campeonatos de futebol ao alcance dos brasileiros contaram com placas estáticas com os nomes dos torneios bem no centro do campo. Ladeadas pelos prismas publicitários, naturalmente. Em Pernambuco, sem contrato de naming rights nesta temporada, os painéis de LED na lateral do gramado, de frente para as cabines de televisão, focaram marcas exclusivas com revezamento de 30 segundos.

Apenas dois torneios não têm uma empresa atrelada à denominação oficial: Série D e Sul-Americana. No caso da Sula, não houve a renovação com a Total, companhia francesa de petróleo. As parcerias atuais, através de agências de marketing esportivo, são as seguintes: Libertadores/Bridgestone, Série A/Chevrolet, Copa do Brasil/Sadia, Série B/Chevrolet e Série C/Caixa.

As reproduções abaixo contemplam emissoras em sinal aberto, sinal fechado e digital, com Globo, Band, Rede TV, Sportv, Esporte Interativo e TV Criativa. Com a transmissão e a reprodução dos jogos, com compartilhamento voluntário do público, a marca de um campeonato demanda a autopromoção…

Taça Libertadores da América (Cruzeiro 0 x 3 River Plate, Sportv)

Placa de divulgação da Libertadores de 2015 (Cruzeiro 0 x 3 River Plate). Crédito: Sportv/reprodução

Copa Sul-Americana (Sport 4 x 1 Bahia, Fox Sports)

Placa de divulgação da Copa Sul-Americana de 2015 (Sport 4 x 1 Bahia). Crédito: Fox/reprodução

Série A (Sport 2 x 0 São Paulo, Band)

Placa de divulgação do Campeonato Brasileiro da Série A de 2015 (Sport 2 x 0 São Paulo). Crédito: Band/reprodução

Copa do Brasil (Flamengo 0 x 1 Vasco, Globo)

Placa de divulgação da Copa do Brasil de 2015 (Flamengo 0 x 1 Vasco). Crédito: Globo/reprodução

Série B (Náutico 2 x 1 Santa Cruz, Rede TV)

Placa de divulgação do Campeonato Brasileiro da Série D de 2015 (Náutico 2 x 1 Santa Cruz). Crédito: Rede TV/reprodução

Série C (Botafogo-PB 2 x 2 Fortaleza, Esporte Interativo)

Placa de divulgação do Campeonato Brasileiro da Série C de 2015 (Botafogo-PB 2 x 2 Fortaleza). Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Série D (Central 0 x 1 Treze, TV Criativa)

Placa de divulgação do Campeonato Brasileiro da Série D de 2015 (Central 0 x 1 Treze). Crédito: TV Criativa/reprodução

Recife entre as praças com mais partidas do Flamengo na televisão aberta

Jogos do Flamengo na TV aberta em 2014. Crédito: Ibope/Repucom

Um levantamento do Ibope aponta que o Flamengo teve 46 partidas exibidas na televisão aberta em 2014, considerando Globo e Band. Isso atraiu a atenção, nem que por um minuto, de 134 milhões de telespectadores. Outro dado interessante é o número de jogos do Fla transmitidos nas 15 principais praças. Como alguns jogos no Maracanã, por força de contrato, não passaram para o Rio, a cidade com mais apresentações foi Manaus (38 x 37).

O quadro divulgado por José Colagrossi, o diretor-executivo do Ibope/Repucom, especializado em pesquisas de impacto e eficiência do patrocínio no esporte, segue com o Distrito Federal, fechando a elite do mercado rubro-negro. Na Série A de 2015, Brasília abrigou um público de 67 mil pessoas para Fla x Coxa, justificando a audiência. Em 4º lugar, o Recife. À frente de centros com mais torcida flamenguista (reconhecidamente), como Salvador, Fortaleza e Vitória.

Apesar da presença regular de Sport, Santa Cruz, Náutico nas Séries A e B, a influência midiática do Mengo (por opção de quem transmite, claro) toma parte da programação. Na capital do estado foram 28 jogos, ou 60% do conteúdo aberto do time carioca! Como Globo e Band contam, um mesmo jogo exibido pelas duas aparece duas vezes. Em Pernambuco, o maior índice de torcida já alcançado pelo Fla foi de 8%, segundo o Plural Pesquisa, em 2011, o que corresponderia a 703 mil pessoas na época. Contrasta bastante com a grade.

Jerôme Valcke, a voz da Fifa nas cobranças à Arena Pernambuco, sai de cena pela porta dos fundos

Jerôme Valcke durante vistoria na Arena Pernambuco em 5 de março de 2013. Foto: Teresa Maia/DP/D.A.Press

“A Fifa anunciou hoje que o seu secretário-geral Jerôme Valcke foi colocado em licença e liberado de suas funções efetivas imediatamente até novo aviso. Além disso, a Fifa tomou conhecimento de uma série de denúncias envolvendo o secretário e solicitou uma investigação formal pelo Comitê de Ética da Fifa.” 

O afastamento do dirigente um ano após o Mundial de 2014 é emblemático. Ocorreu após as denúncias de que Valcke teria ficado com ingressos da Copa, revendendo ilegalmente com ágio de até 200%, faturando dois milhões de euros, segundo o O Estado de S. Paulo – ato negado pelo francês.

Jerôme Valcke, para quem não lembra, sugeriu um chute no traseiro do Brasil para acelerar as obras. Por mais que a frase não tenha sido bem digerida no país, a declaração se justificou pelo andamento dos estádios. No Recife, ele esteve duas vezes, em 2012 (abaixo) e 2013 (acima). Na primeira visita, a Arena Pernambuco estava em 80%. Na segunda, acompanhado por Eduardo Campos, Geraldo Júlio e Ronaldo, 90%. E só chegou nesse dado por causa do plano de aceleração – que encareceu bastante o empreendimento (até R$ 743 milhões).

26/06/2012
“Há muito trabalho a ser feito, mas tomamos a decisão de aceitar o Recife como sede. Existe a tabela com seis cidades, não só pela beleza, mas com base nos relatórios. Temos a confiança que o estádio ficará mais avançado nos primeiros dias de novembro.” 

05/03/2013
“Estou muito satisfeito com que estou vendo. O governador encontrou as pessoas certas e fez com que as equipes trabalhassem bem. Nenhum estádio pode estar 100% na entrega da obra. Por isso, fazemos testes antes das competições. Recife tem a confiança da Fifa.” 

Esse “alívio” no texto só houve nas rápidas passagens no Recife. Da Suíça, onde coordenou as ações no Brasil, ele teve acesso às imagens via web e aos relatórios enviados quinzenais da obra, sempre com duras cobranças à cúpula do estado, repassadas à Odebrecht e, consequentemente, aos operários.

A Arena foi a última a ficar pronta para a Copa das Confederações, mas fica a impressão sobre o verdadeiro desejo do executivo para a conclusão dos estádios. Um caixa 2 bem debaixo de Joseph Blatter? Pois é. Da postura de “chefe de estado” nas andanças no país, num trato dado pelos políticos pernambucanos, à saída de cena pela porta dos fundos…

Jerôme Valcke durante vistoria na Arena Pernambuco em 26 de junho de 2012. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Evandro Carvalho e o otimismo para o Estadual 2015/2016, sem Disney World

Messi e Mickey Mouse

“Já fizemos estudos e as consultorias concordaram que o melhor período para a primeira fase do campeonato estadual é em dezembro, janeiro e fevereiro. O Bom Senso F. C. não concorda, porque diz que é o período de férias e pré-temporada, mas eles devem pensar que todo jogador atua em clube grande, é rico e vai para a Disney em janeiro. Mas tem gente desde abril sem trabalho”

A declaração de Evandro Carvalho, em entrevista ao blog, respondeu ao questionamento sobre o início do Pernambucano de 2016, que pode começar ainda em 2015, como nas das últimas duas edições. Segundo o próprio Bom Senso, existem 20 mil atletas profissionais no Brasil, dos quais 16 mil recebem menos de dois salários mínimos e ficam desempregados por seis meses. De fato, o parque temático em Orlando não faz parte desta realidade. A princípio, o presidente da FPF não se mostrou preocupado com o calendário da CBF, que liberou apenas 13 datas para os estaduais. O dirigente mantém a expectativa de 16 a 18 datas – confira os regulamentos possíveis aqui.

“O prazo para a decisão do calendário não preocupa, porque a lei permite a alteração da competição até dez dias antes da abertura. Temos a lei ao nosso lado. Junto ao pessoal do Ceará e do Rio Grande do Norte, mostramos na CBF que é possível fazer com mais datas. E lá na reunião (início de setembro) nos foi dito para ‘desconsiderarmos as 13’ datas. Estão avaliando ainda.” 

Em relação ao poder econômico do Estadual, Mickey Mouse à parte, Evandro aponta o certame como um dos únicos superavitários do país, ao lado do Paulistão. Soa como exagero, mas foi dito. E olhe que não há garantia sobre a volta do Todos com a Nota em 2016. Até o fim de setembro devem sair as respostas, com o conselho técnico, a tabela e o naming rights (de 2016-2019).

“Sem o TCN, também somos superavitários. A diferença é que podemos ser mais ou menos superavitários. Temos que aglutinar os times intermediários em uma fase, apurando os classificados para jogar com os grandes. É o único modelo viável. Os outros estados da região, tirando a Bahia, sabem disso”. 

Você concorda com a proposta de Evandro Carvalho para o Estadual?

Central viaja 2.889 quilômetros até o interior gaúcho, em busca da Série C

Série D 2015, Central 3x0 Serrano-BA. Foto: Raniere Marcelo/divulgação (twitter.com/RaniereMarcelo)

A Série D foi criada em 2009. Lá, o Central sofre há tempos. Já está na quinta participação, sempre sonhando com um calendário mais digno, a partir da terceira divisão do futebol nacional, com ao menos 18 jogos no segundo semestre. Em 2015, chega ao mata-mata pela quarta vez. Para conquistar o acesso, será preciso superar mais duas fases, alcançando a semifinal. No drama da Patativa, a história sempre terminou nas oitavas de final.

O drama da Patativa nas oitavas de final
2009 – Alecrim (0 x 2 e 1 x 0)
2013 – Botafogo-PB (3 x 1 e 1 x 3, saindo nos pênaltis)
2014 – Confiança (0 x 1 e 1 x 1)
2015 – Lajeadense (?)  

A viagem até Lajeado, no interior gaúcho, terá 2.889 km, uma das mais longas da história alvinegra, sem dúvida. Lá, o confronto começará em 27 de setembro, com o jogo em Caruaru no domingo seguinte. O Central passou de fase como líder do grupo A4, com a quinta melhor campanha geral: cinco vitórias, um empate e duas derrotas. Na última rodada, goleou o já eliminado Serrano por 3 x 0, no Lacerdão, com gols de Candinho e Viola (2), e se beneficiou da derrota do Estanciano para o Treze, com a liderança caindo no colo.

Caso passe da Lajeadense, irá pela primeira vez ao “mata-mata do acesso”. E nas quartas não há chaveamento prévio. Os oito classificados serão encaixados pelas campanhas gerais (1º x 8º, 2º x 7º etc). Até hoje, o único acesso do Central foi em 1986, quando venceu seu grupo no Torneio Paralelo e disputou a Série A do mesmo ano. Está na hora de a Patativa voar de novo, para longe…

Série D 2015, Central 3x0 Serrano-BA. Foto: Raniere Marcelo/divulgação (twitter.com/RaniereMarcelo)

A mistura entre NFL e Série D, com Central, Serra Talhada, Cardinals e Texans

Central/Arizona Cardinals. Arte: grafipedia.com.br/

Você consegue imaginar alguma relação entre NFL e a Série D? Esporte, estrutura, visibilidade, marketing? Absolutamente nada. Pois o site Grafitepédia criou um curioso “crossover” entre as duas competições, unindo os universos paralelos dos 32 times de futebol americano aos participantes da quarta divisão nacional de 2015. Ou seja, dois clubes pernambucanos entraram na brincadeira.

O Central se juntou ao Arizona Cardinals, mantendo o escudo do clube e as cores da franquia. A escolha foi motivada por causa dos pássaros (patativa e cardeal) que marcam as duas equipes. Assim como o representante de Caruaru, o Cardinals segue em busca da primeira conquista. Foi vice do Super Bowl em 2009, enquanto  o Central foi vice estadual em 2007.

Estreante em competições nacionais em 2015, o Serra Talhada, fundado em 2011, foi misturado ao Houston Texas, o caçula da NFL. A franquia está em ação desde 2002. Outro cruzamento semelhante entre os dois é o mascote, com o Cangaceiro no Serra e o cowboy em Houston.

Confira os demais crossovers NFL/Série D clicando aqui.

Serra Talhada/Houston Texans. Arte: grafipedia.com.br/

Íbis, Olinda e Timbaúba em ação no campeonato mais equilibrado do mundo

Série A2 do Estadual 2015: Íbis 1x8 Olinda, Timbaúba 2x8 Íbis e Olinda 0x1 Timbaúba. Fotos: Ibismania/twitter e FPF/site oficial

A sequência de jogos entre Íbis, Olinda e Timbaúba, na segunda divisão pernambucana de 2015, chamou a atenção pelos resultados, sem qualquer nexo técnico, a não ser o fato de ser algo possível basicamente no “futebol”.

30/08 – Íbis 1 x 8 Olinda
06/09 – Timbaúba 2 x 8 Íbis
09/09 – Olinda 0 x 1 Timbaúba

Quem levou de 8, marcou 8. E que perdeu deste, se reucuperou vencendo o primeiro a ganhar de 8. Sem contar o fato de que todas as vitórias ocorreram fora de casa na competição restrita a atletas de até 23 anos.

A partir desses três jogos, vale apresentar como curiosidade os campeonatos mais equilibrados da história, segundo banco de dados do site RSSSF, especializado em estatísticas do futebol. E é preciso ir bem longe, no tempo e nas divisões, para achar algo realmente surpreendente.

O torneio mais parelho que se tem notícia foi o campeonato romeno da terceira divisão da temporada 1983/1984. Exceção feita ao campeão, sete pontos à frente do vice, os outros 15 times foram separados por três pontos após trinta rodadas! Nove equipes terminaram com 29 pontos, entre o 7º e o 15º, este rebaixado. E sem contar o fato de que oito times são chamados de “Minerul”.

Vitória valendo 2 pontos e empate 1 ponto.

Campeonato Romeno da 3ª divisão de 1983/1984. Fonte: RSSSF

O segundo caso de maior equilíbrio foi na África, na edição 1965/1966 do campeonato marroquino. Com 14 clubes, também no formato pontos corridos, a diferença entre o campeão (Wyad Casablanca) e o lanterna (Maghreb) foi de apenas oito pontos. O Kawkab, de Marrakech, terminou em 5º lugar, com 53 pontos, a quatro pontos do título e quatro pontos do rebaixamento.

Vitória valendo 3 pontos, empate 2 pontos e derrota 1 ponto (sim, derrota).

O campeonato marroquino de 1965/1966. Fonte: RSSSF

Nas notas oficiais de Náutico e Santa, a miopia sobre o problema das organizadas

Miopia

A partir das notas oficiais de Náuticoe Santa Cruz após a confusão entre as torcidas organizadas nos Aflitos é possível entender um pouco a postura de cada clube com um problema histórico no futebol pernambucano.

Na nota alvirrubra, o “desconhecimento” por parte da direção de que a Terror Bicolor havia passado a tarde na sede, a convite dos integrantes da Fanáutico.

“A diretoria do clube fará uma rígida apuração interna dos fatos e tomará todas as providências para identificar os envolvidos e denunciar às autoridades competentes qualquer um que tenha tido participação no lamentável incidente.” 

nota tricolor soou ainda pior. O texto aponta o “extenso histórico de violência” da Terror Bicolor (facção do Paysandu), mas não diz uma linha sequer sobre o mesmo comportamento da Inferno Coral.

“Foi com surpresa que a diretoria do Santa Cruz tomou conhecimento de que a referida torcida (Terror), com um extenso histórico de violência, tinha sido acolhida na sede do Náutico durante a tarde de ontem.” 

Segue com o seguinte trecho: “se faz necessário identificar os envolvidos, caracterizando individualmente a ação de cada um”. Claro que isso é importante, mas ao mesmo tempo passa a imagem que a “generalização” caracterizaria a culpabilidade da torcida organizada (visão que só se ‘aplica” à Terror Bicolor).

“Punições genéricas, por mais espetaculares que possam parecer aos olhos da opinião pública, apenas reforçam a sensação de impunidade individual.” 

Pois é, o Náutico não sabia que a organizada do Papão estava em sua sede e o Santa não reconhece o histórico de violência da Inferno. Essa miopia beira a conivência. E o Sport neste contexto? Errou bastante, durante anos. Até o presidente do clube, João Humberto Martorelli, iniciar uma cruzada, só em 2015, para romper a relação, com a exclusão de sócios ligados à Torcida Jovem, a proibição do uso da marca, de espaços no clube e até ação na justiça.

Não há margem para clubismo na discussão, sobre um duradouro problema, que tem no estado a maior omissão, com o inoperante serviço de inteligência da secretaria de defesa social e a impunidade quase onipresente na justiça. Um cenário inseguro que vai minando a maioria (de bem) nos jogos de futebol…

Oito gols do Íbis em um jogo? Nem o placar do estádio estava preparado

Série A2 do Pernambucano 2015: Timbaúba 2x8 Íbis. Foto: Ibismania/twitter

O Íbis é o clube mais folclórico do futebol pernambucano, disparado. Vive disso. Há mais de trinta anos é conhecido internacionalmente como o Pior Time do Mundo, mas as vitórias aparecem de vez em quando. Entretanto, nada que se compare à antológica goleada em Timbaúba sobre o time da casa. Sem precedentes na história do Pássaro Preto, o placar apontou 2 x 8. Ou quase isso, pois o placar manual do acanhado estádio Ferreira Lima só tinha até o número “6”, com quatro gols de Rogério Moicano. Não havia 7, 8 e 9.

No jeitinho brasileiro, a plaquinha “2” foi colocada próxima, somando o número de gols marcados pelo Íbis na segunda divisão do Estadual, para alegria dos 218 heróis presentes na peleja – um resultado que qualquer outra pessoa só acreditaria vendo a súmula no site da FPF (e é mesmo verdade, abaixo). O que deixa o triunfo ainda mais incompreensível é o fato de que há menos de uma semana o mesmo Íbis havia levado uma sova do Olinda de 8 x 1, em casa. Vai ver, é tão acostumado a perder que não faltou motivação para este inesquecível 6 de setembro de 2015…

Claro, o Ibismania não perdoou o resultado no interior.
“Estamos organizando um protesto para derrubar o treinador”.

Greia à parte, o Íbis melhorou o histórico do seu saldo de gols, agora em -1.720.

Súmula de Timbaúba 2x8 Íbis, na Série A2 do Estadual 2015. Crédito: FPF/reprodução

Fim da inversão na Arena, mando de campo da FPF nos mata-matas e até 49% dos ingressos para os visitantes

Regulamento Geral de Competições da FPF - 2015

O novo Regulamento Geral de Competições da FPF entrou em vigor em 26 de maio de 2015. Ou seja, 22 dias após a decisão do Campeonato Pernambucano entre Santa e Salgueiro, no Arruda. Trata-se da regra para organizar todos os torneios locais, com disposições técnicas, financeiras etc. A última edição do RGC havia sido designada para 2013/2014. Agora, o documento de 45 páginas traz novidades relacionadas à Arena Pernambuco, por mais que o termo “Arena Pernambuco” não esteja lá. Nas entrelinhas, é mais claro que o sol.

Para começar, o item ‘a’ do terceiro parágrafo do artigo 12 dá à FPF o mando dos clássicos, semifinais e finais do certame, em um forte indicativo de jogos na Arena. No mesmo capítulo (“das disposições técnicas”), está escrito: “as tabelas das competições somente poderão ser modificadas se obedecidas as seguintes condições”, numa referência à inversão de campo de campo, a maior polêmica no Estadual de 2015. Para evitar novas discussões sobre o tema, a federação passa a não considerar inversão caso o jogo seja em um “estádio público sob concessão”. Só um palco do estado está neste contexto, em São Lourenço.

Finalizando, no sétimo capítulo (“das disposições financeiras”), o texto diz que um time visitante poderá reservar até 49% dos ingressos! A ressalva, além do acordo com o mandante (óbvio), é fazer o requerimento com cinco dias de antecedência e garantir a compra antecipada. Em que isso se refere à Arena? Simples, um mata-mata capital x interior, com o mando interiorano reagendado para o estádio da Copa. Em vez de 20% para os torcedores “visitantes” (do Recife), com 9.242 ingressos (renda insuficiente), uma cota de 22.644 bilhetes.

É a FPF colaborando para reduzir o prejuízo milionário no balanço da PPP...