O impacto do Nordestão nas receitas, distinto entre cotistas e não cotistas

Comparativo "cotas do Nordestão 2018 x faturamento anual (2016)". Crédito: Tiago Nunes/twitter (@TiagoJNunes)

A Copa do Nordeste voltou ao calendário oficial em 2013, após longa batalha judicial, e desde então tornou-se a principal competição para os clubes da região até o início do Brasileiro, em maio. Com cotas ascendentes ano a ano, chegou a R$ 14,8 milhões em 2016. Por que este recorte? Para traçar um comparativo com os últimos balanços financeiros divulgados pelos clubes, do chamado “G7”, com os relatórios sobre 2016 divulgados em abril.

Ideia do físico Tiago Nunes, que elaborou um quadro com a representatividade de cada cada companha possível no regional, vencido pelo Santa Cruz, sobre as receitas operacionais anuais. Fica claro que no caso de Bahia, Sport e Vitória, com contratos vultosos com a Rede Globo, nem mesmo o título mudaria muita coisa – a não ser, claro, a honra de erguer a orelhuda dourada. Nos três casos, a cota pela conquista não teria alcançado 2%. Nos demais, há impacto, com a jornada até a semi significando 3% e a final em pelo menos 5%. Obviamente, existem outras (importantes) variáveis na Lampions League, como bilheteria, baixo custo (viagens, hospedagens e arbitragem pagas), além de ganhos intangíveis, como visibilidade da marca. Campeã, a cobra coral faturou R$ 3,5 milhões na competição, com 66% oriundo da premiação.

Reforçando: trata-se de um debate baseado da desfiliação de Sport e Náutico na Liga do Nordeste, que saíram reclamando justamente das “cotas” de 2018.

Faturamento absoluto dos clubes em 2016
R$ 129.850.000 – Bahia
R$ 129.596.886 – Sport
R$ 111.976.212 – Vitória
R$ 36.854.071 – Santa Cruz
R$ 28.456.481 – Ceará
R$ 23.383.609 – Fortaleza
R$ 16.723.513 – Náutico

Premiação no Nordestão 2016*
R$ 2.385.000 – Santa Cruz (6,47%), campeão
R$ 1.385.000 – Bahia (1,06%), semi
R$ 1.385.000 – Sport (1,06%), semi
R$ 935.000 – Ceará (3,28%), quartas
R$ 935.000 – Fortaleza (3,99%), quartas
* Vitória e Náutico não participaram

Abaixo, o quadro de 2015, com percentuais mais representativos, uma vez que os balanços anuais do trio não tiveram o impacto das luvas dos Nacional. Impressiona o caso tricolor, que, curiosamente, sequer disputou a Lampions.

Comparativo "cotas do Nordestão 2015 x faturamento anual (2015)". Crédito: Tiago Nunes/twitter (@TiagoJNunes)

O racha entre os 16 fundadores da Liga do Nordeste, exposto via notas oficiais

O racha entre os fundadores da Luga do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

No dia seguinte à desfiliação de Sport e Náutico da Liga do Nordeste, 11 fundadores se manifestaram a favor da associação, mantendo o formato deliberado para a Copa do Nordeste de 2018, com fase preliminar, 16 clubes na fase principal e os recursos originais de participação. Anúncios feitos através das notas oficiais de Bahia, que divulgou o entendimento de outros nove times, e Vitória. Entretanto, três clubes não se manifestaram. Dois deles, Sergipe e Fortaleza, sequer se classificaram à próxima edição do regional, num indício de agendas livres, sujeitas a convites. Já o terceiro clube pode ser o personagem realmente decisivo neste imbróglio, na visão do blog.

Assegurado na pré, o Santa pode herdar a vaga na fase de grupos com a desistência leonina. Por outro lado, caso também saia da liga – e a decisão coral será tomada no Conselho Deliberativo – , o Nordestão perderia o mercado pernambucano, concentrado no Grande Recife, cenário das maiores audiências na tevê aberta. Em 2017, três jogos passaram de 1 milhão de telespectadores, as duas finais e a volta do Clássico das Multidões pela semi.

Obviamente, nenhum patrocinador (nem detentor dos direitos de TV) relevaria a saída dos clubes mais populares do estado. E o exemplo vem de uma das maiores fontes de captação. No sinal aberto, os jogos são sublicenciados pelo Esporte Interativo à Rede Globo. Sem o Recife, essa verba ficaria em xeque – e parece claro o duelo entre os dos canais, cujos clubes à frente já têm contratos assinados no Brasileiro 2019, Sport (Globo) e Bahia (EI). Até que saia a escolha coral, o quebra-cabeças está formado na Associação dos Clubes de Futebol do Nordeste (ACFN), fundada em 30 de outubro de 2000. Com 16 fundadores, a liga mais tradicional do país vive o seu maior racha…

Atualização em 05/07: o Fortaleza também emitiu nota de apoio à liga.

Fundadores favoráveis à continuidade da Copa do Nordeste*
ABC, Bahia, Botafogo-PB, Ceará, Confiança, CRB, CSA, Fluminense de Feira, Treze e Vitória, América-RN e Fortaleza (este, dois dias depois)
* Seguindo a decisão da assembleia geral, ocorrida em 24 de março

Fundadores que se desfiliaram da Liga do Nordeste
Náutico e Sport

Fundadores que ainda não se posicionaram
Sergipe e Santa Cruz

Os demais clubes da região com histórico na Lampions, como Campinense (campeão em 2013), Sampaio Corrêa e Salgueiro (vice estadual e classificado para 2018), são considerados “ouvintes” nas reuniões da liga. Neste embate, devem virar alvos dos subgrupos. Tendo que optar entre a consolidação do Nordestão e a promessa de mais receita a curto prazo em outro torneio.

Qual deveria ser a posição do seu clube? Opine.

Cota absoluta de participação no Nordestão
2013 – R$ 5,6 milhões
2014 – R$ 10,0 milhões (+78%)
2015 – R$ 11,1 milhões (+11%)
2016 – R$ 14,8 milhões (+33%)
2017 – R$ 18,5 milhões (+25%)
2018 – R$ 23,0 milhões* (+24%)
* Previsão

Videocast – As maiores derrotas da história de Náutico, Santa Cruz e Sport

Centenários, os grandes clubes pernambucanos colecionam histórias que fomentam as suas torcidas, através de vitórias expressivas, resultados improváveis e conquistas. Naturalmente, também já foram antagonistas de outros clubes, tendo que amargar derrotas dolorosas, inesquecíveis. A partir disso, o 45 minutos resolveu debater as maiores de derrotas do Trio de Ferro. Em cada vídeo, pelo menos oito exemplos, com o veredito no fim do vídeo. O que pesa mais? Uma goleada, uma derrota para o rival no finzinho ou em casa, uma eliminação, uma “pipocada”? Jogos apenas no profissionalismo? Dependendo do torneio? São várias nuances, devidamente consideradas.

Até hoje, foram 1.355 derrotas do Náutico, 1.310 do Santa e 1.224 do Sport.

Estou na produção. Assista e opine sobre a maior derrota do seu clube…

Náutico (35 min)

Santa Cruz (33 min)

Sport (41 min)

Podcast – Análise da vitória do Sport e das derrotas de Náutico e Santa Cruz

Jogos na sexta-feira, no sábado e no domingo envolvendo o Trio de Ferro na 11ª rodada das Séries A  e B. Começou com o alvirrubro perdendo outra, a 6ª seguida, a 9ª no geral. No sábado, em São Paulo, o tricolor chegou a quatro jogos de jejum, se distanciando do G4. Por último, o único resultado positivo do futebol local. Num duelo de rubro-negros, o pernambucano venceu com um gol de Diego Souza, numa penalidade bem polêmica. O 45 minutos analisou os três jogos em gravações exclusivas, nas questões técnica e tática, além de análises individuais. Ao todo, 101 minutos. Ouça!

30/06 – Náutico 0 x 1 CRB (35 min)

01/07 – Oeste 2 x 0 Santa Cruz (31 min)

02/07 – Sport 1 x 0 Atlético-PR (35 min)

Rei do Acesso, Givanildo Oliveira volta ao Santa, no 19º trabalho em Pernambuco

Givanildo Oliveira. Foto: Juarez Rodrigues/EM D.A Press

Pela 6ª vez, Givanildo Oliveira assume o comando do Santa Cruz. O treinador pernambucano, que em 2016 ficou a um triz do acesso, começa o trabalho no tricolor a partir da 12ª rodada, onde tentará recolocar no eixo uma equipe com o grupo praticamente fechado. Ao substituir Adriano Teixeira, tentará, também, ampliar o recorde pessoal de classificações à elite nacional, com cinco.

Após a derrota para o Oeste, terá quatro dias de treino até o Brasil-RS.

Na última Série B, Giva assumiu o Náutico após a 23ª rodada. O time estava em 8º lugar, a 7 pontos do G4. A partir dali, engatou uma recuperação, só brecada com a dura derrota para o Oeste, terminando na 5ª posição. Agora, tem um calendário bem maior em termos de rodadas no Brasileiro (27 x 15).

A presença de Giva no futebol pernambucano é recorrente, chegando ao expressivo número de 19 trabalhos desde que pendurou as chuteiras aos 35 anos – antes, era também, numa brilhante carreira como volante no Arruda e na Ilha. São 17 no Recife e duas em Caruaru, uma delas com apenas uma semana, em 1993, pois se desentendeu logo com a direção da patativa.

Vamos a alguns dados do olindense de 68 anos…

Acessos de Givanildo Oliveira à Série A
1997 – América-MG (campeão)
2001 – Paysandu (campeão)
2005 – Santa Cruz (vice)
2006 – Sport (vice)
2015 – América-MG (4° lugar)

Técnicos com mais acessos no Brasileirão (1988-2016)
5 – Givanildo Oliveira
3 – Geninho, Levir Culpi e Pepe
2 – Gílson Kleina, Hélio dos Anjos, Jair Picerni, Mano Menezes, Osvaldo Alvarez, Paulo César Gusmão e Vágner Benazzi

Givanildo Oliveira comandando clubes pernambucanos
1983/1984 – Sport
1984/1985 – Central
1985 – Náutico

1989/1990 – Santa Cruz (vice estadual)
1991/1992 – Sport (bicampeão estadual)
1993 – Central
1994 – Náutico

1994/1995 – Sport (campeão estadual e nordestino)
1995/1996 – Sport

1996 – Náutico (3º lugar na Série B)
1998 – Santa Cruz (evitou o rebaixamento à Série C)
2002 – Náutico
2004/2006 – Santa Cruz (campeão estadual e acesso à Série A)
2006 – Sport (acesso à Série A)
2007 – Santa Cruz
2010 – Sport (campeão estadual)
2010 – Santa Cruz
2016 – Náutico (5º lugar na Série B)
2017 – Santa Cruz

Número de passagens
6 – Sport e Santa Cruz
5 – Náutico

2 – Central

Classificação da Série B 2017 – 11ª rodada

A classificação da 11ª rodada da Série B de 2017. Crédito: Superesportes

Foi a 4ª rodada seguida sem vitória pernambucana na Série B. Na sexta-feira, nem a maior presença na Arena Pernambuco adiantou, pois o Náutico perdeu do CRB, chegando a seis derrotas consecutivas. Segue na lanterna, onde ficará a médio prazo, independentemente de reação, pois são dez pontos em relação ao penúltimo. No sábado, mais frustração. O Santa Cruz foi derrotado pelo Oeste, chegando a quatro jogos de jejum. Em vez do G4, onde estava antes desta sequência, passou a flertar com o Z4, hoje a apenas dois pontos.

Nesta rodada, destaque também para a derrota do Colorado no Beira-Rio. Foi o primeiro revés do Inter como mandante na segundona. Já sobre a próxima rodada, teremos o duelo entre os líderes alviverdes, Guarani e Juventude, ambos com 22 pontos. E ambos estavam na Série C em 2016…

Resultados da 11ª rodada
Juventude 3 x 0 Goiás
Figueirense 3 x 1 Londrina
Paysandu 1 x 1 Luverdense
Vila Nova 0 x 0 Criciúma
Náutico 0 x 1 CRB
Oeste 2 x 0 Santa Cruz
Paraná 1 x 0 Ceará
Internacional 0 x 1 Boa
ABC 0 x 1 Guarani
América 3 x 0 Brasil

Balanço da 11ª rodada
5V dos mandantes (13 GP), 2E e 3V dos visitantes (5 GP)

Agenda da 12ª rodada
04/07 (19h15) – Paysandu x Londrina (Curuzu)
04/07 (21h30) – ABC x Náutico (Frasqueirão)
07/07 (19h15) – Santa Cruz x Brasil (Arena Pernambuco)
07/07 (20h30) – Goiás x Luverdense (Olímpico)
07/07 (21h30) – Paraná x América (Durival de Britto)
08/07 (16h30) – Figueirense x Ceará (Orlando Scarpelli)
08/07 (16h30) – Internacional x Criciúma (Beira-Rio)
08/07 (19h00) – Juventude x Guarani (Alfredo Jaconi)
08/07 (19h00) – Oeste x Vila Nova (Arena Barueri)
08/07 (19h00) – Boa x CRB (Dilzon Melo)

Com gol antes do meio de campo, Santa perde do Oeste e soma 4 jogos de jejum

Série B 2017, 11ª rodada: Oeste 2 x 0 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

O segundo tempo no Castelão, quando virou o placar com autoridade, deixou uma boa impressão na largada de Adriano Teixeira. Embora já assuma o Santa Cruz de forma interina há dez ano, o treinador ganhava a sua grande chance. Apesar das ressalvas, o blog também viu uma mudança de postura interessante. Entretanto, ao que parece, ficou só por ali mesmo.

Após a volta ao G4, o tricolor engatou uma sequência de quatro jogos sem vitória, empatando duas no Arruda e perdendo duas como visitante. Distanciou-se demais do grupo de acesso, com 5 pontos. Tanto que a zona de rebaixamento, outrora um cenário improvável, ficou a apenas 2 pontos.

Série B 2017, 11ª rodada: Oeste 2 x 0 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

Neste jejum, pesou a falta de competitividade do time, vista somente na capital cearense. Pois, além de volume de jogo, é preciso eficiência – não por acaso, somou apenas 1 gol no período. E isso não está, necessariamente, ligado à insistência, como foi a opção de Adriano, colocando três centroavantes no jogo – com Facundo Parra e Júlio Sheik, ambos sem bom rendimento na temporada, entrando no decorrer, já com Ricardo Bueno em ação.

Àquela altura, em Barueri, os corais já perdiam do Oeste, então no Z4. No fim de um primeiro tempo opaco, o atacante Velicka deu um já vai em Bruno Silva e marcou. E nos descontos do jogo, com os três atacantes enfiados, o goleiro Júlio César também foi até a área. O relógio marcava 46min40s, indo até 49. Era mesmo necessário? Além de não ter funcionado, o contragolpe foi fatal, com Fernando Aguiar chutando a mais de 60 metros para o gol vazio, 2 x 0. Um golaço a partir de uma desorganização tática e técnica do Santa…

Série B 2017, 11ª rodada: Oeste 2 x 0 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

Sport lidera o público do Estadual 2017, o segundo mais esvaziado em 28 anos

Pernambucano 2017, final: Sport 1x1 Salgueiro. Imagem: Rede Globo/reprodução

Na década atual, o campeão pernambucano sempre teve como característica a liderança conjunta no ranking de público. Foi assim com o Santa Cruz em 5 oportunidades e com o Sport em 2, a última agora em 2017, já marcada como a segunda edição mais esvaziada desde que a FPF passou a contabilizar a presença média de torcedores na competição, em 1990. Caiu pelo terceiro ano seguido, chegando a 2.402 pessoas. Em termos absolutos não teve jeito. Com 209 mil espectadores, entre pagantes e não pagantes, foi a pior edição.

Para se ter uma ideia, o índice leonino não chegou nem a 10 mil pessoas, sendo a primeira vez entre os dados levantados pelo blog, a partir de 2005 (gráfico abaixo). Até porque jogou 6 vezes com formações reservas. Não por acaso, o seu maior público (e também do Pernambucano) foi bem modesto, com 22 mil torcedores no jogo de ida da final. E a grande decisão, no Sertão, acabou sendo a de público mais baixo que se tem notícia no futebol local: 5.544 torcedores. Além da capacidade reduzida do Cornélio, pesou, bastante, a desorganização do torneio, com seguidas mudanças de data.

Naturalmente, a arrecadação seguiu a mesma curva descendente. E o dado geral assusta. Em 87 jogos com borderô, pois 8 partidas sequer puderam ter público devido à falta de laudos técnicos, a bilheteria foi de R$ 2,4 milhões, com queda de 43% em relação a 2016, com R$ 4,7 mi ao todo. Com direito a 8% de todas rendas, a FPF ficou com R$ 213 mil.

Os números de público e renda do Campeonato Pernambucano de 2017…

Os 5 maiores públicos
22.757 – Sport 1 x 1 Salgueiro (Ilha do Retiro, 06/05)
22.056 – Santa Cruz 1 x 0 Salgueiro (Arruda, 15/04)
19.541 – Náutico 1 x 1 Sport (Arena, 23/04)
15.082 – Sport 3 x 2 Náutico (Ilha do Retiro,16/04)
12.408 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Arruda, 18/02)

1º) Sport (7 jogos como mandante, na Ilha do Retiro)
Público: 62.428 torcedores
Média de 8.918 
Renda: R$ 1.102.285
Média de R$ 157.469 

2º) Santa Cruz (7 jogos como mandante, no Arruda)
Público: 53.299 torcedores
Média de 7.614
Renda: R$ 466.550
Média de R$ 66.650 

3º) Náutico (7 jogos como mandante, na Arena Pernambuco)
Público: 37.420 torcedores
Média de 5.345 
Renda: R$ 525.390
Média de R$ 75.055 

4º) Salgueiro (10 jogos como mandante, no Cornélio de Barros)
Público: 29.697 torcedores
Média de 2.969 
Renda: R$ 295.980 
Média de R$ 29.598 

5º) Central (8 jogos como mandante; 3 no Antônio Inácio, 2 no Lacerdão, 1 na Arena, 1 no Carneirão e 1 no Arruda)
Público: 8.573 torcedores
Média de 1.071  
Renda: R$ 116.750  
Média de R$ 14.593  

6º) Belo Jardim (8 jogos como mandante; 5 no Antônio Inácio, 2 no Arruda e 1 na Arena)
Público: 3.572 torcedores
Média de 446 
Renda: R$ 26.522 
Média de R$ 3.315 

Geral – 87* jogos (1ª fase, hexagonais e mata-mata)
Público total: 209.059 
Média: 2.402 pessoas
Arrecadação: R$ 2.673.367 
Média: R$ 30.728 
* Mais 8 jogos ocorreram de portões fechados 

Fase principal – 38 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 182.724 
Média: 4.808 pessoas
Arrecadação total: R$ 2.444.211 
Média: R$ 64.321 

O ranking de pontos do Campeonato Pernambucano, de 1915 a 2017

O Campeonato Pernambucano de 2017 teve 95 partidas, com doze clubes envolvidos na disputa. Esses dados alimentaram o ranking histórico de pontos, num levantamento a partir da pesquisa de Carlos Celso Cordeiro. O seu legado se mantém e aqui o blog atualiza a tabela (abaixo), com o Sport na liderança absoluta, com 196 pontos a mais que o rival Santa. Em relação à edição de 2017, o destaque fica com o Salgueiro, apesar do vice. O carcará foi, disparado, o clube que mais pontuou no torneio, pois liderou tanto o hexagonal do título quanto a primeira fase, que não contou com os grandes clubes da capital. Ao todo, jogou 20 vezes, com 13 vitórias, 4 empates e apenas 3 derrotas. Pulou do 14º para o 12º lugar. Está a 28 pontos do top ten.

Sobre o ranking de títulos do futebol local, clique aqui.

O blog tomou a liberdade de padronizar a pontuação e estabelecer algumas ressalvas entre os 64 clubes que já disputaram ao menos um certame local – o Afogados foi estreante nesta temporada, já aparecendo em 53º na lista.

1) Três pontos por vitória. Oficialmente, o critério só foi introduzido no Estadual de 1995. Porém, para um levantamento geral, isso acabava resultando numa distorção (para baixo) nos clubes com triunfos obtidos antes desse período.

2) Um ponto por empate. O critério pode até parecer lógico – já era assim na pioneira competição de 1915 -, porém, em alguns anos, como 1998, o empate com gols valeu dois pontos e o empate sem gols, um.

3) Clubes que mudaram de nome/escudo/uniforme, mas, oficialmente, mantiveram o registro de fundação, são considerados pela FPF como a mesma agremiação. Idem na lista. No ranking, valeu o último nome utilizado (no fim, como curiosidade, as campanhas de cada denominação).

Ferroviário do Recife: Great Western e Ferroviário (R)
Atlético Caruaru: Esporte Caruaru e Atlético Caruaru
Manchete: Santo Amaro, Casa Caiada, Recife e Manchete 

4) No caso de clubes de um mesmo município com características bem semelhantes (padrão, nome e/ou escudo), mas que foram inscritos (legalmente) como agremiações distintas, valeram as campanhas separadas.

Do Cabo de Santo Agostinho:
Destilaria (1992-1995)
Cabense (1996-2011) 

De Vitória de Santo Antão:
Desportiva Pitu (1974)
Desportiva Vitória (1991-2006)
Acadêmica Vitória (2009-2016).

5) Em 1915, a Colligação SR jogaria 5 vezes, mas só foi a campo 2, levando o W.O. em três oportunidades. Em ação, perdeu de Santa (1 x 0) e Flamengo do Recife (3 x 0). Por isso, tem menos gols sofridos (4) que derrotas (5)!

6) As fase preliminares e hexagonais da permanência foram contabilizados com o mesmo peso das fases principais. 

O ranking de pontos do Campeonato Pernambucano, de 1915 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Definidos os 12 clubes da fase de grupos e os 8 da preliminar do Nordestão de 2018

A divisão dos 20 classificados à Copa do Nordeste de 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Com bastante atraso, a Copa do Nordeste de 2018 vai ganhando forma. Só agora, no fim de junho, a divisão dos 20 clubes inscritos foi definida, após o desfecho do campeonato maranhense, o último da região a acabar. Um imbróglio jurídico fez com que a competição conseguisse superar em um dia o torneio pernambucano. O Sampaio ficou com o título e garantiu a vaga na fase de grupos do regional, mandando o Cordino à recém-criada fase preliminar.

Esse “Pré-Nordestão” foi a solução encontrada pela liga para enxugar a fase principal, que agora passa a ter 16 clubes, dos quais 12 já estão assegurados – os nove campeões estaduais e os vices de BA, CE e PE. Portanto, os oito restantes disputam quatro vagas. Neste buruçu encontra-se o Santa, devido à terceira colocação local. O sorteio dos mata-matas será em 3 de julho, na sede da confederação brasileira, no Rio. Pelo regulamento, o Ranking da CBF determina os potes do sorteio, nas fases preliminar e principal.

Na preliminar, o tricolor é o melhor rankeado, 43 posições acima do Treze, o segundo melhor. Assim, a cobra coral poderá enfrentar Parnahyba, Itabaiana (adversário nas quartas da edição de 2017), Flu de Feira de Santana ou Cordino, este sem pontos no ranking nacional. Os jogos devem acontecer no segundo semestre, com o sorteio da fase principal em outubro, em São Luís. Neste, só o pote 1 já está definido. Caso se classifique, o Santa ficaria no 2.

Veja a situação de cada clube na próxima Lampions League…

Fase preliminar (8 clubes, passando 4):

Pote 1
Santa Cruz (3º em PE) – 26º no Ranking da CBF

Treze (vice na PB) – 69º
Globo (vice no RN) – 77º
CSA (vice em AL) – 90º 

Pote 2
Panahyba (vice no PI) – 100º

Itabaiana (vice em SE) – 117º
Fluminense de Feria (3º na BA) – 131º
Cordino (vice no MA) – sem ranking

Fase de grupos (16 clubes, com 4 grupos de 4):

Pote 1
Sport (campeão em PE) – 17º

Vitória (campeão na BA) – 20º
Bahia (vice na BA) – 21º
Ceará (campeão no CE) – 23º 

Demais potes a definir*
ABC (campeão no RN) – 31º
Sampaio Corrêa (campeão no MA) – 36º

CRB (campeão em AL) – 37º
Botafogo (campeão na PB) – 46º
Salgueiro (vice em PE) – 49º
Confiança (campeão em SE) – 56º
Altos (campeão no PI) – 136º
Ferroviário (vice no CE) – sem ranking
* Após a classificação dos 4 clubes na fase Pré