Podcast – O novo calendário em 2017, venda de mando e 1ª pesquisa de torcida

Em quase duas horas de gravação, o 45 minutos analisou três pautas em destaque no futebol local nesta semana. Iniciamos com o polêmico acordo feito pelo Santa Cruz, que levou o jogo contra o Corinthians do Arruda para a Arena Pantanal. Valeu o lado financeiro? Fica ou não uma mancha na imagem do clube? O debate seguiu com os novos calendários da Conmebol e da CBF, com mudanças consideráveis na Libertadores, Copa Sul-Americana, Brasileirão e Copa do Brasil. Por fim, um resgate com a primeira a pesquisa de torcida feita pelo Ibope, há 47 anos, no Brasil e em Pernambuco. Avaliamos as diferenças nos dados (atuais) com metodologia, títulos dos clubes e margem de erro

Neste podcast, estou ao lado de Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

Link dos temas no blog: venda de mando, novo calendário e pesquisa antiga.

Mandante, Santa enfrentará o Corinthians na Arena Pantanal, a 2.456 km do Arruda

Arena Pantanal, em Cuiabá (MT). Foto: copa2014.gov.br

Na condição de mandante, o Santa Cruz jogará contra o Corinthians em Cuiabá, a 2.456 quilômetros do Recife, num contexto jamais visto na história coral. Em situação quase irreversível no Brasileirão, em penúltimo lugar, o clube acabou aceitando a proposta de um empresário brasiliense, que levou a partida para a Arena Pantanal. Difícil não lembrar da estreia na Série D de 2011, quando os corais viveram o oposto, com o Alecrim de Natal levando o jogo a João Pessoa, contando com a presença maciça do povão. Dito e feito, com 16.022 pagantes.

Pressionado pelas dívidas e sem perspectiva de bons públicos no Arruda, indo de encontro à trajetória que o levou à elite, o clube espera retorno financeiro como andarilho. No José do Rego Maciel, na campanha vigente, arrecadou R$ 2,3 milhões em 13 jogos, com média de 10.174 torcedores. O jogo contra o atual campeão nacional será o segundo em Cuiabá nesta edição. Em 3 de agosto, o Santos “recebeu” o Flamengo, com 21.814 presentes e R$ 1,8 milhão de renda. Agora, se ocorrer algo parecido, será com a torcida corintiana, visitante.

O valor pago ao clube pernambucano ainda não foi revelado, mas a mudança foi confirmada, com a data mantida em 12 de outubro, feriado nacional, já na grade de tevê aberta para São Paulo e Pernambuco. Se financeiramente pode ser uma decisão válida, moralmente é um golpe na torcida, na visão do blog, sobretudo pela imagem construída nos últimos anos. Desde que a CBF passou a autorizar trocas de mando para este fim, esta é a primeira vez do Trio de Ferro.

Torcedor, o que você acha da decisão da diretoria coral?

Registro da mudança no site da CBF

CBF projeta G5 para Libertadores, Copa do Brasil encurtada e vaga direta na Sula

Manoel Flores, diretor de competições da CBF, comentando a reforma no calendário brasileiro de 2017. Imagem: CBF/youtube (reprodução)

Dois dias após o anúncio da Conmebol, esticando a Libertadores até dezembro, agora paralela à Copa Sul-Americana, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, comentou, no Rio de Janeiro, sobre as primeiras mudanças no futebol brasileiro em 2017. Com o calendário oficial divulgado em 6 de julho, a mudança sul-americana tornou a agenda inócua (uma nova de ser anunciada na primeira quinzena de outubro). Confira as novidades, com consequências no Recife.

1) Uma possível sexta vaga na Libertadores. Além dos quatro primeiros da Série A, o 5º lugar também seria contemplado (além do campeão da Copa do Brasil, claro). Ou seja, G5 já em 2016. Definição em 2 de outubro, em Bogotá.

2) Fim do bizarro critério de classificação à Sul-Americana atrelado à eliminação precoce na Copa do Brasil. Os representantes do país serão os times colocados no Brasileirão em seguida aos classificados à Libertadores. Manoel Flores não comentou sobre a possibilidade de redução de vagas (hoje, oito) ou a situação das copas regionais (Nordestão e Copa Verde). Lembrando que Santa e Paysandu têm pré-vagas na Sula de 2017. A partir de 2018, cenário nebuloso.

3) Qualquer clube poderá disputar o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e os torneios internacionais (Libertadores ou Copa Sul-Americana). Ou seja, até três torneios simultâneos. A última temporada sem restrições foi a de 2000!

4) Redução da Copa do Brasil. Atualmente composta por 86 clubes e disputada de março a novembro, o torneio será encurtado no número de datas. Exemplo: em vez de quatro semanas para definir uma fase, como costuma ocorrer nas primeiras etapas, apenas duas, otimizando a competição e dando fôlego ao calendário. Ou seja, finalizada em menos de nove meses – e possivelmente concentrada no primeiro semestre, pois a Sula começará em junho.

5) As datas dos campeonatos estaduais devem ser mantidas, indicando a eterna força política das federações. Ou seja, até 18 datas.

6) Férias em dezembro e pré-temporada em janeiro mantidas, assim como a pausa nas competições interclubes para as Eliminatórias da Copa. 

Os públicos internacionais no Recife, com 19 partidas oficiais entre 1968 e 2016

Sul-Americana 2016, oitavas: Santa Cruz 3 x 1 Independiente Medellín. Foto: Wellington Araújo/CBN Recife 105.7 FM

Com a participação do Santa Cruz na Sul-Americana de 2016, o Trio de Ferro completou o ciclo de disputas internacionais, com ao menos uma para cada rival pernambucano. Entretanto, até hoje, uma série de campanhas fracas, com um brilhareco em 2009. Com isso, a ocupação nas arquibancadas seguiu o mesmo ritmo, como comprova o primeiro jogo de um torneio interclubes da Conmebol no Arruda. O retrospecto no Grande Recife conta com 19 jogos, incluindo quatro clássicos, mas nenhum borderô chegou sequer a 30 mil espectadores. No geral, uma média de 13 mil pessoas, que cai consideravelmente no recorte da Sula, com times locais presentes em quatro temporadas consecutivas.

Eis os públicos oficiais de todos os jogos internacionais oficiais no Recife

Taça Libertadores da América (3 participações)
21/01/1968 – Náutico 1 x 3 Palmeiras – 8.004 (Ilha)
11/02/1968 – Náutico 1 x 0 Deportivo Gailicia (VEN) – 7.302 (Ilha)
14/02/1968 – Náutico 3 x 2 Deportivo Portugués (VEN) – 6.513 (Ilha)
02/07/1988 – Sport 0 x 1 Guarani – 27.860 (Ilha)
16/08/1988 – Sport 5 x 0 Alianza (PER) – 15.213 (Ilha)
23/08/1988 – Sport 0 x 0 Universitario (PER) – 22.628 (Ilha)
04/04/2009 – Sport 2 x 0 LDU (EQU) – 20.184 (Ilha)
08/04/2009 – Sport 0 x 2 Palmeiras – 19.386 (Ilha)
22/04/2009 – Sport 2 x 1 Colo Colo (CHI) – 20.050 (Ilha)
12/05/2009 – Sport (1) 1 x 0 (3) Palmeiras – 28.487 (Ilha)

Total – 175.627 torcedores em 10 jogos (média de 17.562)
Sport – 153.808 pessoas em 7 jogos (21.972)
Náutico – 21.819 pessoas em 3 jogos (7.273)

Copa Sul-Americana (6 participações)
20/08/2013 – Sport 2 x 0 Náutico – 16.125 (Ilha)
28/08/2013 – Náutico (1) 2 x 0 (3) Sport – 8.320 (Arena PE)
23/10/2013 – Sport 1 x 2 Libertad (PAR) – 17.575 (Arena PE)
28/08/2014 – Sport 0 x 1 Vitória – 6.025 (Ilha)
27/08/2015 – Sport 4 x 1 Bahia – 8.201 (Ilha)
23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (ARG) – 7.726 (Ilha)
24/08/2016 – Santa Cruz 0 x 0 Sport – 5.517 (Arena PE)
31/08/2016 – Sport 0 x 1 Santa Cruz – 6.570 (Arena PE)
28/09/2016 – Santa Cruz 3 x 1 Independiente (COL) – 5.474 (Arruda)

Total – 81.533 torcedores em 9 jogos (média de 9.059)
Sport – 62.222 pessoas em 6 jogos (10.370)
Santa – 10.991 pessoas em 2 jogos (5.495)
Náutico – 8.320 pessoas em 1 jogo (8.320)

Libertadores + Sul-Americana (9 participações)
Total – 257.160 torcedores em 19 jogos (média de 13.534)

Sport – 216.030 pessoas em 13 jogos (16.617)
Náutico – 30.139 pessoas em 4 jogos (7.534)
Santa – 10.991 pessoas em 2 jogos (5.495)

Santa vence com três gols de Grafite, mas é eliminado da Sula pelo Independiente

Sul-Americana 2016, oitavas: Santa Cruz 3x1 Independiente Medellín. Foto: Pablo Kennedy/Santa Cruz (facebook)

O Santa Cruz fez uma grande partida contra o Independiente. Sobrou, na verdade, com Grafite brilhando, após quinze jogos de jejum. O camisa 23 marcou três gols, colocando o tricolor com a mão na vaga até os 31 minutos do segundo tempo. O time pernambucano, dessa vez sem poupar ninguém, atacou mais e se defendeu bem, com Néris e Danny Morais implacáveis diante do confuso ataque colombiano – errando tempo de passe e chutes na entrada da área. Entretanto, numa infelicidade do goleiro Edson Kölln, que saiu muito mal numa cobrança de escanteio, a bola sobrou para Ibarguen, que fez o único gol visitante, 3 x 1. O diferencial num confronto equilibrado.

Vestindo a camisa tricolor pela terceira vez, o goleiro substituiu Tiago Cardoso, pela primeira vez no banco em seis anos de clube. A pressão existia e a oportunidade foi dada. Ainda que algum torcedor o culpe pela eliminação, creio que a maior falha foi institucional, com a decisão de poupar Keno, João Paulo e Léo Moura em Medellín, justo na primeira experiência internacional. Com um time esfacelado tecnicamente, perdeu lá por 2 x 0 e deixou a missão indigesta.

Sul-Americana 2016, oitavas: Santa Cruz 3 x 1 Independiente Medellín. Foto: Peu Ricardo/DP

Além disso, aquela decisão da direção foi atrelada à péssima campanha no Brasileiro. E o reflexo veio no Arruda, com apenas 5.474 torcedores. Ao menos o povo estava animado, com 200 músicos corais rasgando o frevo. E foi no ritmo, acelerado, que o Santa comandou o primeiro tempo, com Grafa marcando em duas cabeçadas, aos 13 e aos 30, esta adiantado. Com o placar igualado, na segunda etapa o time atuou de forma mais cadenciada, sem aperreio.

Era buscar a bola e sair com inteligência, contando ainda com a má apresentação do campeão colombiano, inoperante à frente e deixando muito espaço. E deixou mesmo, para Grafite, chegando ao hat-trick internacional aos 25. Foram seis minutos com a classificação às quartas da Sula, um feito ainda inédito no Nordeste, até o baque. Aplaudido no apito final (de forma merecida), o Santa deixa a Sula com R$ 2,1 milhões em cotas e com o gostinho de uma campanha necessária para o clube, moral, técnica, financeiramente. Hoje, tem a pré-vaga para 2017. Quem sabe com decisões institucionais melhores…

Sul-Americana 2016, oitavas: Santa Cruz 3 x 1 Independiente Medellín. Foto: Peu Ricardo/DP

Pesquisas de torcida do Ibope no Brasil (1969), Pernambuco (1969) e Recife (1971)

Pesquisas de torcida realizadas pelo Ibope em Pernambuco (1969) e Recife (1971). Arte: Cassio Zirpoli/DP

A metodologia atual das pesquisas de torcida realizadas no Brasil considera o interesse por um clube em qualquer lugar (Flamengo no Recife, Náutico no Rio etc), além de registrar o percentual de pessoas à parte do futebol, sem preferência alguma. Isso foi estabelecido em 1983, pelo Gallup. Entretanto, bem antes, o Ibope já havia realizado incursões no tema, passando inclusive por Pernambuco, duas vezes. E os percentuais são bem diferentes dos dados atuais. Vamos às pesquisas, num achado do historiador paulista Clayton Silvestre, com o blog recuperando as reportagens do Diario de Pernambuco.

Começou em 1969, numa pesquisa encomendada pelo jornal carioca O Globo. O resultado foi divulgado em março no Diario, em dois momentos, com os dados nacionais no dia 4 (Santos de Pelé com quase metade do país!) e os dados locais, de onze estados, no dia 9. Se desde 1983 o Sport fica à frente de todas as pesquisas, catorze anos antes não foi assim. Longe disso. Em 1969, a liderança pernambucana era dos rivais. Náutico e Santa Cruz reunem preferências do torcedor, diz pesquisa feita pelo Ibope, estampou o Diario, com a reportagem sobre todos os locais pesquisados (Bahia e Ceará inclusos).

No questionário do Ibope foram feitas duas perguntas a cada entrevistado:
1) No seu entender, qual o clube de futebol mais querido em todo o Brasil?
2) No seu entender, qual o clube de futebol mais querido de seu estado? 

Atualmente, a pergunta é feita da seguinte forma:
Para qual clube de futebol você torce? (direta e sem distinção de localidade)

A explicação é necessária, pois a soma dos nove clubes no ranking nacional chega a 100%, assim como no local, com apenas três times. Ou seja, dá a entender que na pesquisa havia a preferência local e um segundo time de preferência nacional. Neste estudo não há detalhes sobre a quantidade de entrevistados ou mesmo a margem de erro. Em relação à dianteira alvirrubra, ainda que empatada, o Diario escreveu o seguinte: “A posição do Náutico (….) é uma decorrência da série de conquistas durante anos a fio, no futebol pernambucano, o que levou o clube dos Aflitos a se tornar até líder de arrecadações, como aconteceu no campeonato passado (1968)”. Hexa.

Já a segunda pesquisa, de 1971, ocorreu em sete municípios do Grande Recife, sob encomenda da Federação Pernambucana de Futebol (cujo último pedido do tipo data de 2008, ao Opine). Aqueles dados só foram divulgados no jornal em 18 de janeiro de 1972. Na ocasião, o título foi Nosso futebol visto pelo torcedor, pois também trouxe questionários como mobilidade (pela ordem, ônibus, carro particular, táxi e ônibus elétrico) e a dificuldade no acesso aos estádios (já naqueles tempos!). Tricampeão estadual, o Santa ficou na liderança graças à imensa maioria nas classes D/E, reforçando a aura popular. Também chama atenção a faixa etária coral, envelhecida, o que denota uma liderança anterior.

Para projetar as torcidas absolutas em cada pesquisa, o blog utilizou os dados do censo do IBGE de 1970, uma vez que naquela época não havia a atualização anual de estimativas – ou seja, dados antes, só em 1960, e depois, em 1980.

Ibope / Brasil 1969
Período: janeiro e fevereiro de 1969
Público: n/d (em 11 capitais e cidades vizinhas)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 94.508.583

1º) Santos – 49% (46.309.205)
2º) Flamengo – 20% (18.901.716)
3º) Corinthians – 14% (13.231.201)
4º) Vasco – 5% (4.725.429)
5º) São Paulo – 3% (2.835.257)
5º) Botafogo – 3% (2.835.257)
5º) Palmeiras – 3% (2.835.257)
8º) Fluminense – 2% (1.890.171)
9º) Atlético-MG – 1% (945.085)

Ibope / Pernambuco 1969
Período: janeiro e fevereiro de 1969
Público: n/d (dentro da pesquisa do Brasil)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 5.253.901

1º) Náutico – 36% (1.891.404)
1º) Santa Cruz – 36% (1.891.404)
3ª) Sport – 28% (1.471.092)

Ibope / Grande Recife 1971
Período: 15/04 a 16/05 de 1971
Público: 400 entrevistados (7 cidades*)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 1.664.865
* Recife, Jaboatão, Olinda, Cabo, São Lourenço, Paulista e Moreno

1º) Santa Cruz – 39% (649.297)
2º) Sport – 34% (566.054)
3º) Náutico – 24% (399.567)
4º) América – 2% (33.297)
5º) Central – 1% (16.648)

Ibope / Recife 1971
Período: 15/04 a 16/05 de 1971
Público: n/d (dentro da pesquisa do Grande Recife)
Margem de erro: n/d
População estimada (IBGE/1970): 1.060.701

1º) Santa Cruz – 35% (371.245)
2º) Sport – 33% (350.031)
3º) Náutico – 29% (307.603)
4º) América – 3% (31.821)

Dados da pesquisa de 1971 por classe social, idade e localidade…

Pesquisa de torcida realizadas pelo Ibope no Grande Recife em 1971. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Exigências do MPPE para liberar o Arruda com 60 mil e Ilha com 32 mil. Até 2018

Arruda e Ilha do Retiro. Fotos: DP

Até 2018, Santa Cruz e Sport podem voltar a ter a autorização para a capacidade máxima de seus estádios, Arruda e Ilha. Isso caso consigam atender às exigências definidas numa reunião envolvendo representantes dos clubes com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através da Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor, e com Corpo de Bombeiros. São quatro tópicos na casa coral e cinco no reduto leonino, com prazos distintos. Desde 25 de setembro de 2015, quando os bombeiros emitiram atestados sobre o José do Rego Maciel e o Adelmar da Costa Carvalho, as respectivas capacidades foram reduzidas. Não por questão de espaço físico para o público, mas pela estrutura oferecida para a evacuação da torcida, apontando escadas, portas e corredores afunilados. Então, vamos aos tópicos para o laudo definitivo.

Lembrando que os dois clubes já tinham começado a agir – veja aqui e aqui.

Arruda
Termos de Ajustamento de Conduta, em 27/09/2016

1) Limpeza de banheiros, troca de tubulações e plano de manejo de lixo (6 meses)
2) Mais rampas e assentos para cadeirantes, mapa tátil para cegos e vagas de estacionamento para idosos e deficientes (18 meses)
3) Construção de uma sala para a central de comando da PM (20 meses)
4) Impermeabilização da armação em concreto, conserto das juntas de dilatação e das armaduras expostas (24 meses)

Cronologia da capacidade
1972 – 64.000 lugares *inauguração
1982 – 110.000 (+53.000) *construção do anel superior
1993 – 85.000 (-25.000)
2001 – 75.000 (-10.000)
2005 – 65.000 (-10.000)
2012 – 60.044 (-4.956)
2015 – 50.582 (-9.462)
2018 – 60.044 (+9.462)?

Recorde: 96.990 (Brasil 6 x 0 Bolívia, em 29/08/1993)

Ilha do Retiro
Termos de Ajustamento de Conduta, em 27/09/2016

1) Compra de lixeiras (para os boxes de venda) e sanitários (15 dias)
2) Impermeabilização de lajes, retirada de infiltrações, manutenção da infraestrutura elétrica e de armaduras aparentes (7 meses).
3) Vagas de estacionamento para idosos e deficientes (15 dias)
4) Mais espaço na arquibancada a deficientes, nova sinalização e melhora nas rampas de acesso para cadeirantes (14 meses)
5) Melhorar o sistema de combate a incêndio e pânico (24 meses)

Cronologia da capacidade
1950 – 20.000 lugares *reforma para a Copa do Mundo
1960 – 36.000 (+16.000) *ampliação da cadeira central e da arquibancada
1984 – 45.000 (+9.000) *construção das gerais e ampliação da cadeira central
1998 – 50.000 (+5.000) *construção da ‘curva especial’
2001 – 45.000 (-5.000)
2005 – 32.500 (-12.500)
2006 – 30.520 (-1.980)
2007 – 34.500 (+3.980) *construção da ‘curva da ampliação’
2012 – 34.200 (-300)
2013 – 32.983 (-1.217)
2015 – 27.435 (-5.548)
2018 – 32.983 (+5.548)?

Recorde: 56.875 (Sport 2 x 0 Porto, em 07/06/1998)

Os estádios aptos à nova final da Taça Libertadores, com Arena PE e Arruda

As 11 bandeiras presentes na Taça Libertadores da América

A partir de 2017, a Taça Libertadores da América poderá ser decidida em apenas uma partida, em campo neutro, emulando o formato em vigor na Liga dos Campeões desde 1956. No cenário sul-americano a novidade levanta discussão acerca da execução, devido à distância (e infraestrutura) entre os dez países membros, além do México, que também participa. Além disso, jogo em campo neutro não é exatamente uma novidade no torneio. De 1960 até 1987, o saldo não era critério. Assim, em caso de igualdade era disputado uma extra num país neutro. Nem sempre com bons públicos. Em 1987, o Estádio Nacional de Santiago recebeu 25 mil pessoas (1/3 da capacidade na época) para o confronto entre Peñarol e América de Cali, com título uruguaio no último minuto da prorrogação.

Para a mudança, um motivo alegado pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, foi a supremacia do mandante do segundo jogo: “Analisando o retrospecto das finais da Libertadores, o mandante do segundo jogo ganhou 70%. A justiça esportiva exige final única e em campo neutro.”

Considerando o regulamento vigente da Liberta (abaixo), exigindo uma capacidade mínima de 40 mil pessoas na final, o blog listou, como curiosidade, 36 canchas possíveis nos países vizinhos. Há ao menos um palco em cada país filiado. No Brasil existem 24 estádios, levando em conta a atual capacidade liberada pelos bombeiros. Arruda e Arena Pernambuco presentes na lista…

Regulamento da Taça Libertadores da América de 2016

Confira outras mudanças na Lubertadores e na Sul-Americana clicando aqui.

Brasil à parte, na América do Sul destaca-se a Argentina, com 13 estádios aptos à finalíssima da Libertadores. Na sequência, Colômbia (5), Venezuela (5), Peru (4), Equador (3), Uruguai (2), Chile (2), Bolívia (1) e Paraguai (1).

Os maiores estádios da América do Sul, excetuando o Brasil

Considerando as novas arenas, inauguradas desde 2013, e estádios remodelados ou antigos (com capacidade reduzida por segurança), até 15 estados brasileiros poderiam receber, em tese, a final da competição. Pela ordem: São Paulo (5), Rio de Janeiro (2), Minas Gerais (2), Rio Grande do Sul (2), Pernambuco (2), Paraná (2), Brasília (1), Ceará (1), Bahia (1), Pará (1), Piauí (1), Amazonas (1), Mato Grosso (1), Goiás (1) e Maranhão (1).

Os maiores estádios do Brasil

Estendendo ao México (convidado desde 1998) a possibilidade de entrar na fila para receber a final, seriam oito palcos fora do continente, incluindo o maior de todos (atualmente), o Azteca, que já recebeu a final da Copa do Mundo em 1970 e 1986. Somando os onze países, portanto, 68 palcos à disposição. pitacos?

Os maiores estádios do México

Libertadores e Sula simultâneas, com mudança à vista no calendário da CBF

Reunião da Conmebol para decidir o formato dos torneios continentais de 2017. Crédito: Conmebol/twitter (@conmebol)

A Conmebol reformulou os formatos e períodos de disputa de Taça Libertadores e da Copa Sul-Americana, numa mudança que será refletida no futebol brasileiro, cujo calendário oficial já foi divulgado pela CBF. Na sede da entidade, em Assunção, foi decidida (texto abaixo, em espanhol) a ampliação de Liberta, que agora irá de fevereiro a novembro, com 15 semanas a mais de duração (42 ao todo). Ou seja, a definição do representante no Mundial de Clubes acontecerá faltando um mês para o torneio da Fifa. Já a Sula finalmente acontecerá de forma paralela ao principal torneio interclubes do continente, durante seis meses, sendo finalizada em dezembro – como já ocorre. Iniciando antes, a Libertadores emulará a transição da Champions League para a Liga Europa, com os dez eliminados de melhor campanha, antes das oitavas de final, sendo incorporados à Sul-Americana. A partir de agora, então, um clube poderá chegar no fim do ano disputando o Brasileiro, a Copa do Brasil e um torneio internacional. Somente!

Segundo Alejandro Domínguez, o presidente da Conmebol, “as mudanças nos torneios de clubes da Conmebol surgem a partir de uma análise técnica e rigorosa das necessidades e características da América do Sul”.

Com a mudança, deve acabar, aleluia, a escolha dos brasileiros entre seguir na Copa do Brasil e disputar a Sula, que ocorrem juntas a partir das oitavas.

“Os clubes não deveriam ter que decidir entre competir o torneio nacional e o continental”, comentou Domínguez. A declaração parece direcionada à CBF, a única a praticar tal norma. Ou então aos times mistos escalados na Sula…

Com isso, as seis vagas da Sula oriundas do Brasileiro (as demais são via Nordestão e Copa Verde) tendem a ser diretas, do 7º ao 12º lugar, sem a necessidade de uma “fila de espera”, como ocorreu de 2013 a 2016 – com queixa recorrente no blog. Caberá à confederação brasileira, portanto, readequar o seu calendário, possivelmente por completo. De antemão, duas alternativas:

1) Qualquer clube poderia disputar a Copa do Brasil simultaneamente à Libertadores ou à Sul-Americana. Com as decisões em períodos próximos, as datas seriam revistas. Em vez de 3 ou 4 datas por fase, apenas 2, no limite. 

2) Os clubes seriam obrigados a fazer uma escolha prévia, entre a copa nacional e o torneio internacional, sem a necessidade de ir a campo e “perder” para confirmar a vaga. Porém, seguindo a afirmação de Domínguez, essa parece ser a vertente mais fraca.

No viés pernambucano, hoje, o Trio de Ferro precisa ficar atento. O Santa Cruz, na condição de campeão regional, já tem a pré-vaga (ou vaga?) para a Sula de 2017. Já o Sport deve buscar o 12º lugar na Série A para ficar na mesma situação. E o Náutico, caso suba, ficaria numa hipotética fila, aguardando desistências (caso os clubes tenham que optar, conforme a segunda alternativa). Complicado? Demais. É o saldo da mistura entre Conmebol e CBF.

Decisão da Conmebol sobre a Libertadores e a Sul-Americana de 2017

A 27ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 27 rodadas. Crédito: Superesportes

O Náutico ganhou do Paraná em Curitiba, chegando a duas vitórias seguidas na Série B. Nesta 27ª rodada, encerrada somente na segunda-feira, contou ainda com empates de Ceará, CRB e Bahia, concorrentes diretos. Porém, se manteve a três pontos do G4, devido às vitórias de Avaí e Londrina, ambos visitantes. Com isso, a projeção de campanha do 4º colocado subiu consideravelmente no fim de semana, de 57 para 60 pontos, arredondando para cima.

Ainda assim, o clube de Rosa e Silva já aparece numa condição melhor para o acesso (à frente até de clubes com mais pontos na tabela), de acordo com os cálculos do site Infobola e do departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais. Portanto, ao Alvirrubro, com três jogos como mandante nas próximas quatro partidas, chegou a hora…

Abaixo, as projeções de acesso e campanhas mínimas possíveis ao Timbu.

As onze maiores probabilidades de acesso após 27 rodadas

As probabilidades de acesso na Série B 2016 após 27 rodadas

Náutico – soma 39 pontos em 27 jogos (48,1%) 
Para chegar a 63 pontos (chances: histórico 70% e projeção atual 99,8%*):
Precisa de 24 pontos em 11 rodadas
…ou 72,7% de aproveitamento
Simulações: 8v-0e-3d, 7v-3e-1d

Para chegar a 60 pontos (rendimento atual do 4º lugar, o Londrina):
Precisa de 21 pontos em 11 rodadas
…ou 63,6% de aproveitamento
Simulações: 7v-0e-4d, 6v-3e-2d, 5v-6e-0d

* Em 7 das 10 edições da Série B nos pontos corridos, 63 pontos garantiram o acesso. Em relação à campanha em 2016, a projeção é da UFMG

A 28ª rodada do representante pernambucano
01/109 (16h30) – Náutico x Vasco (Arena Pernambuco)