Sport pagou R$ 5,23 milhões por André, somando Sporting e Galo. Recorde no NE

André com as camisas de Sporting, Sport Recife e Atlético-MG

Ao anunciar a aquisição do atacante André, com a compra de 70% dos direitos econômicos para um contrato de cinco anos, o Sport deixou uma lacuna de informação, uma vez que o Sporting de Lisboa só havia revelado o valor dos 50% cedidos de sua parte, R$ 4 milhões. Apesar da política de sigilo dos leoninos, o mistério sobre os 20% restantes não durou muito. Segundo o Uol, o Galo vendeu a sua parte por R$ 1,2 milhão – lembrando que o Corinthians, também presente, manteve o seu ativo de 30%. No dia, a projeção do blog já apontava que, em caso de proporcionalidade nos percentuais, o Sport teria que pagar R$ 1,6 mi ao Atlético. Portanto, conseguiu reduzir a pedida em R$ 400 mil.

Finalmente, o valor exato da compra, considerando a conversão em euros da parte portuguesa (1,2 mi) e a cifra paga pelo clube mineiro, é o seguinte: R$ 5.235.033. Em reais, é a maior quantia bruta já paga por um clube do Nordeste a um jogador de futebol, superando o sérvio Petkovic, que custou R$ 5 milhões ao Vitória, há vinte anos. Naquela transação, o passe (formato da época) foi custeado pelo parceiro do rubro-negro baiano, o banco Excel-Econômico.

Claro, é possível observar por outros formatos, como a lista em dólar, também levantada (neste caso, André está em 3º, custando US$ 1,67 mi), e até mesmo com a correção inflacionária, mas o blog manteve o critério adotado há tempos.

As 10 maiores compras do futebol nordestino no Plano Real*
1º) André (2017, do Sporting para o Sport) – R$ 5,23 milhões por 70%
2º) Petkovic (1997, do Real Madrid para o Vitória) – R$ 5,00 milhões por 100%
3º) Kieza (2016, do São Paulo para o Vitória – R$ 4,00 milhões por 100%
4º) Bebeto (1997, do Sevilla para o Vitória) – R$ 3,50 milhões por 100%
5º) Lenis (2016, do Argentinos Juniors para o Sport) – R$ 3,16 milhões por 50%
6º) Jackson (2016, do Inter para o Bahia – R$ 3,00 milhões por 70%
7º) Rogério (2016, do São Paulo para o Sport) – R$ 2,50 milhões por 25%
7º) Régis (2014, da Chapecoense para o Sport) – R$ 2,50 milhões por por 50%
7º) Diego Souza (2016, do Flu para o Sport) – R$ 2,50 milhões por 100%
10º) Bebeto Campos (1998, do Flu para o Bahia) – R$ 1,7 milhão por 100%

* Valores divulgados pela imprensa e/ou clubes nas respectivas épocas.

Na Copa do Brasil, Pernambuco soma 88 classificações, 70 eliminações e 1 título

Copa do Brasil. Foto: Lívia Villas Boas / Staff Images (site oficial da CBF)

A Copa do Brasil de 2017 será a maior da história, com 91 clubes, incluindo o novo formato, com as duas fases eliminatórias em jogos únicos e vantagem do empate aos visitantes. O futebol pernambucano será representado por quatro clubes, os mesmos da edição anterior da copa: Santa (que irá estrear já nas oitavas, a nova condição ao campeão nordestino), Sport, Náutico e Salgueiro.

As estreias locais na primeira fase: CSA-AL x Sport (08/02, 21h30), Guarani-CE x Náutico (15/02, 20h30) e Sinop-MT x Salgueiro (16/02, 20h30).

Até hoje, os clubes do estado já disputaram 158 confrontos no torneio, iniciado em 1989, com 88 classificações, o que corresponde a 55% de sucesso. Abaixo, o retrospecto completo dos times locais, tendo como ponto alto o título leonino em 2008, justamente na última das sete campanhas entre os oito melhores (quartas). Já são oito edições parando no máximo nas oitavas (5 vezes).

Confira os destalhes sobre os chaveamentos dos times locais aqui.

Confira as cotas da Copa do Brasil de 2017 clicando aqui.

O atual troféu em disputa, inspirado na Liga dos Campeões da Uefa, foi instituído há cinco anos. Reveja os outros oito modelos de taças de 1989 a 2012.

Sport – 22 participações (168 pontos, 53,8%)
104 jogos (164 GPC e 110 GC, +54)
48 vitórias
24 empates
32 derrotas
34 classificações e 21 eliminações (61,8% de aproveitamento nos confrontos)

Campeão – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1992 e 2003
Quartas de final – 1998
Oitavas de final – 1991, 1993, 2007 e 2010
16 avos de final – 1995, 1997, 1999, 2001, 2002, 2004, 2012 e 2015
32 avos de final – 2000, 2011, 2013 e 2014
64 avos de final – 2016
Eliminações na 1ª fase: 2000, 2011 e 2016

Náutico – 21 participações (140 pts, 52,4%)
89 jogos (135 GP e 111 GC, +24)
40 vitórias
20 empates
29 derrotas
26 classificações e 21 eliminações (55,3% de apt. nos confrontos)

Semifinal – 1990
Quartas de final – 2007
Oitavas de final – 1989, 1993, 2003, 2006, 2008, 2009 e 2011
16 avos de final – 1992, 1995, 2000, 2002, 2005, 2010, 2012 e 2015
32 avos de final – 2001 e 2014
64 avos de final – 2013 e 2016
Eliminações na 1ª fase: 1992, 2001, 2013 e 2016

Santa Cruz – 22 participações (120 pts, 48,1%)
83 jogos (111 GP e 105 GC, +6)
34 vitórias
18 empates
31 derrotas
22 classificações e 22 eliminações (50,0% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 1990, 1991, 1994, 1997, 2004, 2005 e 2010
16 avos de final – 1996, 2001, 2002, 2006, 2011, 2014 e 2016
32 avos de final – 1999, 2000, 2003, 2007, 2008, 2009, 2012 e 2013
Eliminações na 1ª fase: 1999, 2003, 2007, 2008, 2009 e 2012

Salgueiro – 3 participações (13 pts, 36,1%)
12 jogos (14 GP e 14 GC)
2 vitórias
7 empates
3 derrotas
4 classificações e 3 eliminações (57,1% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 2013
32 avos de final – 2015
64 avos de final – 2016
Eliminações na 1ª fase: 2016

Central – 2 participações (6 pts, 33,3%)
6 jogos (4 GP e 9 GC, -5)
1 vitória
3 empates
2 derrotas
2 classificações e 2 eliminações (50% de apt. nos confrontos)

16 avos de final – 2008 e 2009

Porto – 1 participação (0 pt, 0%)
2 jogos (0 GP e 3 GC, -3)
2 derrotas
1 eliminação e nenhuma classificação (0% de apt. nos confrontos)

32 avos de final – 1999
Eliminações na 1ª fase: 1999

Pernambuco – 71 participações (447 pts, 50,3%)
296 jogos (428 GP e 352 GC, +76)
125 vitórias
72 empates
99 derrotas
88 classificações e 70 eliminações (55,6% de apt. nos confrontos)

Campeão – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1990, 1992 e 2003
Quartas de final – 1998 e 2007
Oitavas de final – 1989, 1990, 1991 (2), 1993 (2), 1994, 1997, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 (2), 2011 e 2013
16 avos de final – 1992, 1995 (2), 1996, 1997, 1999, 2000, 2001 (2), 2002 (3), 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 (2), 2014, 2015 (2) e 2016
32 avos de final – 1999 (2), 2000 (2), 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013 (2), 2014 (2) e 2015
64 avos de final – 2013 e 2016 (3)
Eliminações na 1ª fase: 1992, 1999 (2), 2000, 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013 e 2016 (3)

A capacidade oficial de público em cada setor do Arruda, Arena e Ilha em 2017

Arruda, Arena Pernambuco e Ilha do Retiro. Crédito: Google Maps/2017

A capacidade de público de um estádio é ratificada anualmente através dos laudos de engenharia, vigilância sanitária, segurança e bombeiros. Nem sempre os números batem com a capacidade máxima, resultando na redução da carga. São fatores como evacuação, pontos cegos, restrição de assentos etc. Tanto que os maiores estádios do Grande Recife não têm a capacidade total liberada.

Através do laudo de prevenção e combate a incêndio, dos bombeiros, é possível conferir a setorização de Arruda, Arena e Ilha. No caso tricolor, a capacidade oficial foi reduzida para 55.582, tratando o número clássico, de 60.044, como “não oficial”. O dado anterior era de 1999, via Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), acionado pela FPF após a superlotação no Clássico das Multidões de 21 de fevereiro de 1999, no duelo Mancuso x Leonardo. Na ocasião, 78.391 pessoas, fora as invasões. De toda forma, até o novo cálculo foi reduzido, “pelo risco de superlotação nos setores (…), podendo elevar o risco geral de acidentes em caso de fuga emergencial”. Para isso, cinco mil pessoas a menos.

Na Ilha do Retiro, a versão 2017 está maior. Após duas temporadas com 27.435 assentos, o estádio rubro-negro “ganhou” 1.565 lugares, chegando a 29 mil. Com isso, ampliou a geral do placar, o setor dos visitantes, para 2.900, ou 10%, respeitando (enfim) o Estatuto do Torcedor. Em 2016, o local só podia receber no máximo 2.335 (8,5% da capacidade na ocasião). Vale lembrar que Santa e Sport têm até 2018 para atender às exigências estruturais, do Ministério Público, para retomar as capacidades originais. Por fim, a Arena, cujo laudo aponta, além dos 45.845 assentos, 68 locais disponíveis para cadeirantes, maior número no futebol local. Agora, vamos às capacidades destrinchadas em cada palco…

Arruda (50.582 lugares)
Anel superior – 15.000
Anel inferior – 21.400
Sociais – 6.100
Sociais ampliação – 1.200
Cadeiras – 5.950
Camarotes/conselho – 932
Capacidade oficial: 55.582
Redução: 5.000 (-8,9%)

Arena Pernambuco (45.913 lugares)
Anel superior (público geral) – 21.739
Anel inferior (público geral) – 16.113
Anel inferior (premium) – 2.718
Camarote/VIP (nível 1) – 1.726
Camarote (nível 2) – 1.893
Mídia – 1.656
Cadeirantes – 68
Capacidade oficial: 46.214
Redução: 301 (-0,6%)

Ilha do Retiro (29.000 lugares)
Arquibancada frontal (frontal e curva do placar) – 7.529
Arquibancada sede (tobogã e curva da sede)– 4.952
Sociais – 3.500
Cadeira central – 5.311
Cadeira ampliação – 2.050
Assento especial – 2.076
Camarotes/conselho – 682
Arquibancada do placar (visitante) – 2.900
Capacidade oficial: 32.983
Redução: 3.983 (-12,0%)

Nike, Topper e Penalty, as bolas oficiais dos pernambucanos na temporada 2017

Neste ano, quatro bolas distintas serão usadas em torneios oficiais envolvendo clubes pernambucanos. No caso do Sport, modelos exclusivos no Estadual (S11), no Nordestão (Asa Branca), na Série A/Copa do Brasil (CBF Ordem) e na Sula (Ordem). Santa e Náutico também terão quatro pelotas, somando a versão diferenciada na Série B, a KV Carbon 12, a mesma da Primeira Liga.

Embora com características próprias, como naming rights e cores, as bolas dos torneios da CBF e da Conmebol são da mesma versão produzida pela Nike. Já a Topper desbancou a Umbro como fornecedora oficial da Lampions League, com a produção de 500 bolas para os 74 jogos do torneio em 2017. Enquanto isso, no Pernambucano, uma década de Penalty. A marca é a maior fornecedora dos estaduais desde 2008, variando entre 10 e 16 campeonatos.

Em abril, deverá haver um revezamento entre todas as bolas oficiais, com datas para torneios estaduais, regionais, nacionais (Copa do Brasil) e internacionais. Será que esse revezamento a cada quatro dias atrapalha? Bronca para os goleiros. Só no Clássico das Emoções, por exemplo, serão usados três tipos.

Taça Libertadores e Copa Sul-Americana
Bola: Ordem 4, da Nike
Materiais: borracha, poliéster, algodão, couro sintético e polietileno

Preço: indisponível
Clube: Sport (Sula)

Descrição: “A bola foi feita com parte externa em couro sintético soldado para perfeito toque com máxima resposta, otimizada pela tecnologia Aerowtrac e ranhuras diferenciadas no diâmetro que garantem maior precisão e controle”

Bola Nike Ordem 4, para os torneios da Conmebol. Foto: Copa Sul-Americana/facebook

Campeonato Brasileiro (Série A) e Copa do Brasil
Bola: CBF Ordem 4, da Nike
Materiais: borracha, poliéster, algodão, couro sintético e polietileno

Preço: R$ 499
Clubes: Sport (A e Copa); Santa Cruz, Náutico e Salgueiro (Copa)

Descrição: “A bola foi feita com parte externa em couro sintético soldado para perfeito toque com máxima resposta, otimizada pela tecnologia Aerowtrac e ranhuras diferenciadas no diâmetro que garantem maior precisão e controle”

Bola Nike Ordem 4, para os torneios da CBF. Foto: Fernando Torres/CBF

Séries B, C e D 
Bola: KV Carbon 12, da Topper (a confirmar)
Materiais: laminado e composto de borracha siliconada
Preço: R$ 299
Clubes: Santa Cruz e Náutico (B); Salgueiro (C); América, Central e Serra Talhada (D)

Descrição: “A bola oferece maior grip, aderência e precisão. Possui doze gomos costurados e traz textura em formato de cavidades redondas, garantindo aerodinâmica e velocidade perfeitas para o arremate”

A bola da Primeira Liga 2017, possivelmente a mesma da Série B 2017. Crédito: Topper

Copa do Nordeste
Bola: Asa Branca IV, da Topper
Materiais: laminado e composto de borracha siliconada

Preço: indisponível
Clubes: Náutico, Santa Cruz e Sport

Descrição: “A bola possui laminado com textura similar à de uma bola de golf. As cavidades do material reduzem o atrito com o ar e facilitam os chutes de longa distância, o que ajuda na aerodinâmica durante os jogos”

Bola "Asa Branca", da Topper, para o Nordestão. Foto: Esporte Interativo/divulgação

Campeonato Pernambucano (e outros 9 estaduais)
Bola; S11, da Penalty
Material: Laminado em poliuretano

Preço: R$ 459
Clubes: Afogados, América, Atlético, Belo Jardim, Central, Flamengo, Náutico, Salgueiro, Santa Cruz, Serra Talhada, Sport e Vitória

Descrição: “Com 0% de absorção de água, a tecnologia permite o uso da bola em condições de chuva intensa, garantindo a precisão e leveza na hora do chute. É Feita de Neogel, a matéria-prima exclusiva da Penalty”

Bola S11, da Penalty, para o Campeonato Pernambucano. Crédito: Penalty/facebook

Campeonato Pernambucano com 1/3 de gramados sintéticos. Futuro breve?

Modelo de grama sintética em estudo na FPF. Foto: Fred Figueiroa/DP

A situação dos gramados, sobretudo no interior, é um problema histórico no Campeonato Pernambucano. Além da falta de investimentos (dos clubes e das prefeituras, proprietárias da maioria dos estádios), a falta d’água em 2017 foi agravada pela seca. E a tendência é que a crise hídrica se mantenha a médio prazo, fazendo com que a FPF cogite, à vera, uma solução drástica: campos sintéticos. A medida vem sendo estudada há algum tempo na federação, tanto que o presidente Evandro Carvalho já havia manifestado o desejo no interior. Agora, o projeto ganhou corpo, com formatação, prazo e alcance. Para 2018 (?), a ideia é implantar ao menos dois campos artificiais no interior.

Indo além, seriam três cidades, englobando três mesorregiões, a Zona da Mata (Vitória), o Agreste (Caruaru) e o Sertão (Serra Talhada). Com isso, haveria um raio de alcance a cidades próximas, em caso campos de grama natural sem condições. Além dos três tipos de grama em estudo (já na sede da entidade, foto), a FPF busca um aporte – aí, o ponto-chave para sair do discurso futurista.

Considerando que o Náutico, à parte da proposta da FPF, também vem analisando a implantação, então seriam até quatro pisos artificiais no Estadual, 1/3. Neste hipotético cenário, seria a competição estadual de maior presença sintética. Cada campo deste tipo custa entre R$ 1 mi e R$ 1,5 mi. Portanto, a projeção mínima é de R$ 4 milhões. Investimento pesado, mas com expectativa de maior durabilidade, ainda que também seja preciso irrigar (devido à alta temperatura e à resistência do material). Numa escala muito menor, claro.

Possíveis cidades com campos sintéticos*
Recife (Aflitos, Náutico)
Vitória (Carneirão, Acadêmica Vitória)
Caruaru (Lacerdão, Central)
Serra Talhada (Nildo Pereira, Serra Talhada)

Confira o post sobre a possibilidade de grama sintética nos Aflitos aqui.

Para FPF, o contrato de televisão do Estadual valeria R$ 13 milhões em 2019

FPF negociando o Campeonato Pernambucano...

O valor atual do contrato de transmissão do Campeonato Pernambucano está defasado, segundo o próprio presidente da FPF. O acordo de 2015 a 2018 foi negociado por Náutico, Santa e Sport, autorizados por Evandro Carvalho. Já o próximo contrato de televisão, de 2019 a 2022, será formatado pela federação, através de licitação, com abertura já neste ano. De acordo com o dirigente, considerando audiência (a “maior do Norte-Nordeste”, embora Evandro não tenha apresentado o quadro do Ibope), o acréscimo de mercado nos últimos quatro anos e a concorrência, o número poderia ser “três vezes e meia maior”. 

Assim, num aumento de 250%, o Campeonato Pernambucano chegaria a R$ 13,4 milhões, ficando na 5ª colocação entre os estaduais, no mesmo patamar da projeção do Paranaense – também numa roda de negociações. Com isso, cada grande clube local receberia R$ 3,3 milhões. Ainda abaixo do Madureira (que recebe R$ 4 milhões pelo Carioca), mas um valor que já estimula investimento e foco na competição. Abaixo, o blog simulou as cotas de 2019 a partir da fala do mandatário, também levando em conta alcances menores da meta, cenários normais em licitações. Hoje, o Estadual tem a 7ª maior cota absoluta, mas num nível bem abaixo de Paraná (-129%) e Santa Catarina (-24%).

Cotas dos Estaduais de 2017:
São Paulo – R$ 160 milhões
Rio de Janeiro – R$ 120 milhões
Minas Gerais – R$ 36 milhões
Rio Grande do Sul – R$ 33,8 milhões
Pernambuco – R$ 3,8 milhões
Baiano – R$ 2,7 milhões
Cearense – R$ 2,5 milhões

Evandro Carvalho já notificou a Globo Nordeste, detentora exclusiva dos direitos de transmissão (em seguidos contratos) desde 2000, sobre o processo licitatório, que deverá ser enviado a outras emissoras, como Esporte Interativo e Record, citadas nominalmente na entrevista. Vale lembrar que o formato de exibição do campeonato contém cinco plataformas (tevês aberta e fechada, pay-per-view, sinal internacional e internet), que não necessariamente precisam ser negociadas com a mesma empresa. A conferir.

Cotas absolutas de transmissão na TV do Campeonato Pernambucano:

1999 – R$ 601.000 (TV Pernambuco, a 1ª edição negociada)
Grandes (3 clubes) – R$ 100.000
Pequenos (7 clubes) – R$ 43.000

2015 – R$ 3.840.000 (Rede Globo, em vigor)
Grandes (3 clubes) – R$ 950.000
Pequenos (9 clubes) – R$ 110.000

2019 – R$ 13.440.000 (100% da estimativa da FPF)
Grandes (3 clubes) – R$ 3.325.000
Pequenos (9 clubes) – R$ 385.000

2019 – R$ 9.408.000 (70% da estimativa da FPF)
Grandes (3 clubes) – R$ 2.327.500
Pequenos (9 clubes) – R$ 269.500

2019 – R$ 6.720.000 (50% da estimativa da FPF)
Grandes (3 clubes) – R$ 1.662.500
Pequenos (9 clubes) – R$ 192.500

* Como em 2015-2018, o contrato 2019-2022 teria reajustes anuais nas cotas através do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).

Podcast – Entrevista com Evandro Carvalho sobre a polêmica gestão da FPF

Evandro Carvalho, presidente da FPF, em entrevista ao podcast 45 minutos. Foto: Fernanda Durão/FPF

O início de ano turbulento no Campeonato Pernambucano de 2017, com estádios vetados no interior (gramado e segurança), mudanças polêmicas na tabela (com claras inversões de mando), escalação de time reserva (Salgueiro x Sport), públicos esvaziados (clássico com 4 mil pessoas) e já com pressão da federação por mais datas, em detrimento da Copa do Nordeste, pedia uma entrevista com Evandro Carvalho, presidente da FPF desde 2011.

Durante 52 minutos, o dirigente foi questionado no 45 minutos sobre tudo isso, além de finanças, com a defasada cota do Estadual (o Pernambuco custou R$ 3,84 milhões à Globo, enquanto o Madureira, por exemplo, ganhou R$ 4 mi no Carioca) e o papel da federação (Por que não ajuda a melhorar os gramados? Qual a justificativa – além da óbvia – para mudar o regulamento geral só em benefício próprio?). Debate necessário para a compreensão do nosso futebol.

Neste podcast, gravado na sede da federação, estive com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça!

Sport negocia Renê com o Flamengo, na 31ª venda milionária de Pernambuco

Renê confirmado pelo Flamengo, em 06/02/2017. Crédito: Flamengo/twitter (@flamengo)

Embora sigam na justiça há décadas, devido à óbvia disputa por 1987, Sport e Flamengo também conseguem se entender administrativamente. Como no acerto sobre a venda dos direitos econômicos do lateral-esquerdo Renê, que trocou a Ilha do Retiro pela Gávea. O rubro-negro pernambucano negociou a sua parte, 50%, por R$ 3,2 milhões, cifra apurada pelo Superesportes.

Como o contrato de Renê acabaria em dezembro de 2017, podendo assinar um pré-contrato já em junho, uma negociação já estava na pauta leonina, que vinha encontrando dificuldades na renovação. A saída do ala, que disputou 202 partidas pelo clube onde surgiu, foi dada como certa no momento em que ele não embarcou no voo para a Petrolina, visando o jogo contra o Juazeirense, pelo Nordestão. Somente três dias depois houve um posicionamento oficial, por parte do Fla, confirmando o reforço. No Rio, disputará a vaga com o peruano Trauco.

Rubro-negro (da Ilha), o que você achou da saída de Renê?

Em relação ao levantamento do blog sobre todas as negociações milionárias no futebol pernambucano, esta foi a 6ª maior venda em R$ e a 13ª em US$.

Sobre as negociações milionárias no estado (R$):
Nº de jogadores vendidos (31): Sport 16, Náutico 9, Santa Cruz 5, Porto 1
Nº de jogadores comprados (8): Sport 7, Náutico 1

A audiência do Super Bowl na TV dos EUA, há 8 anos com mais de 100 milhões de telespectadores. Segue atrás da Copa

Super Bowl 51, Patriots 34 x 28 Falcons. Foto: Todd Rosenberg/NFL

O Super Bowl de 2017, em Houston, foi um dos mais emocionantes da história, com o Patriots, do quarterback Tom Brady, revertendo um placar improvável. De 3 x 28 para 34 x 28, na maior virada em uma decisão, que pela primeira vez só foi definida no overtime. O suficiente para atrair a atenção de 1/3 da população norte-americana, no maior evento esportivo do país. De acordo com o instituto Nielsen, que há tempos mede a audiência do evento, foram 111,3 milhões de telespectadores, em média, no canal Fox. Outros 2,4 milhões assistiram no aplicativo Fox Go e no canal para o público hispânico.

Embora gigantesco, não foi o recorde, com 600 mil a menos em relação à edição 50, em 2016. Por outro lado, manteve a escrita desde 2010, com todas as decisões do futebol americano ultrapassando a marca de 100 milhões de telespectadores, num raio de interesse que vai bem além. Em escala global, o dado sobe para 172 milhões. Basta medir o interesse no Brasil. Antes do Super Bowl 51, o Ibope Repucom divulgou uma pesquisa no país, com 15,2 milhões de aficionados na modalidade, ou 20% da população. Gente que viu a final nos cinemas e, sobretudo, na ESPN e no Esporte Interativo..

Audiência televisiva do Super Bowl nos EUA
2010 – 106,4 milhões (New Orleans Saints 31 x 17 Indianapolis Colts)
2011 – 111,0 milhões (Green Bay Packers 31 x 25 Pittsburgh Steelers)
2012 – 111,3 milhões (New York Giants 21 x 17 New England Patriots)
2013 – 108,4 milhões (Baltimore Ravens 34 x 31 San Francisco 49ers)
2014 – 111,5 milhões (Seattle Seahawks 43 x 9 Denver Broncos)
2015 – 114,4 milhões (New England Patriots 28 x 24 Seattle Seahawks)

2016 – 111,9 milhões (Denver Broncos 24 x 10 Carolina Panthers)
2017 – 111,3 milhões (New England Patriots 34 x 28 Atlanta Falcons)

% da população dos EUA que assistiu ao Super Bowl (população estimada)
2010: 34,4% (308.745.538)
2011: 35,7% (310.792.611)

2012: 35,5% (313.100.430)
2013: 34,3% (315.368.796)
2014: 35,1% (317.655.775)
2015: 35,7% (320.004.267)
2016: 34,7% (322.260.431)
2017: 34,3% (324.485.597) 

Apesar da franca exibição internacional – somente no Brasil são cinco jogos por semana na temporada regular -, a NFL segue bem atrás do futebol.

Copa do Mundo (final)*
2010 – 909 milhões (Espanha 1 x 0 Holanda)
2014 – 1,013 bilhão (Alemanha 1 x 0 Argentina)
* Pessoas que assistiram pelo menos 1 minuto da partida

Eurocopa (final)**
2012 – 300 milhões (Espanha 4 x 0 Itália)
2016 – 300 milhões (Portugal 1 x 0 França)
** Audiência média

Com uma influência muito maior no planeta, o soccer ocupa os três primeiros lugares no ranking mundial de audiência na tevê. Em 3º lugar, a Champions League já passa de 200 milhões, com a Euro e a Copa do Mundo em escalas bem maiores. Por sinal, 1/7 da população da Terra sintonizou a televisão na decisão mundial no Maracanã em algum momento. Mesmo analisando só a média, aquela partida segue imbatível, com 700 milhões de pessoas assistindo à vitória da Alemanha sobre a Argentina. Também no overtime.

Super Bowl 51, Patriots 34 x 28 Falcons. Foto: Todd Rosenberg/NFL

Sport supera o Juazeirense aos 50 do 2º tempo e larga com 2 vitórias na Lampions

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Juazeirense 0 x 1 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Últimos instantes de um jogo duro no Sertão do São Francisco, com temperatura na casa dos 36 graus, paradas para hidratação e pouco futebol. Àquela altura, o empate sem gols era bem aceitável para o Sport, que só havia tido um grande momento – no finzinho do primeiro tempo, com o goleiro Tigre salvando duas vezes -, e também escapara de uma penalidade de Durval, não assinalada. Desgaste à parte, o time leonino seguia batalhando pelo resultado, tentando enfiadas de bola, diante de uma desprotegida zaga do Juazeirense.

O relógio já estava em 50 minutos (iria até os 51), quando Rithely encontrou espaço e tocou para Diego Souza, que se livrou do marcador e ficou cara a cara com o goleiro. Inteligente, viu o Fábio, recém-saído da base, entrando em velocidade pela direita. Rolou a bola, com o jovem meia tocando para o gol vazio, 0 x 1. Já são duas apresentações para o gasto e com o placar mínimo, mas suficientes para o Leão largar com seis pontos no Nordestão, viabilizando uma condição de classificação, o que ocorreu desde a volta do torneio, em 2013.

Na manhã deste mesmo domingo, o clube anunciou a volta do atacante André, peça que deve se encaixar muito bem na formação de Daniel Paulista. Ou seja, hoje, a tendência é de evolução técnica no Sport, tendo a favor a tranquilidade na campanha. Antes de encerrar o turno da Lampions, contra o River, o clube terá o CSA pela Copa do Brasil. Fase eliminatória em jogo único, em Maceió. Ou seja, a curto prazo, ainda sem André, o Leão precisará jogar um futebol melhor, mas a luta até o apito final ao menos já deixa uma boa impressão.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Juazeirense 0 x 1 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife