Náutico e Santa já disputaram sete clássicos em 2017, contando Estadual, Nordestão e Brasileiro. O retrospecto é equilíbrio puro, com 2 vitórias pra cada, 6 gols pra cada e 1 vermelho pra cada, além de três empates. Oficialmente, resta apenas uma partida na temporada, pelo returno do Série B.
É o jogo que decidirá o campeão do Troféu Gena, a simbólica premiação celebrando o centenário do Clássico das Emoções. Só a agora a FPF publicou o “ato comemorativo nº 1” com o regulamento oficial da taça, que soma os resultados de todas as competições oficiais no ano. Se em 2016, no Troféu Givanildo Oliveira, havia a possibilidade de divisão, em caso de igualdade em pontos, desta vez a federação resolveu adotar mais critérios.
Quem ganhar a 8ª partida, leva. Em caso de empate, são dois caminhos. Como o saldo de gols está empatado, na prática vale o número de expulsões! Hoje, também idêntico, com Luís Eduardo (alvirrubro) e Jaime (tricolor) expulsos logo no primeiro clássico, em janeiro. E se houver empate pela 4ª vez e nenhuma expulsão? Aí, teremos um sorteio às 16h30 do dia 6 de novembro, uma segunda-feira, na sede da FPF…
Jogos disputados em 2017 29/01 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz, Estadual (Arena, 4.622 pessoas) 04/02 – Santa Cruz 1 x 0 Náutico, Nordestão (Arruda, 5.086) 12/03 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz, Nordestão (Arena, 6.692) 10/04 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico, Estadual (Arruda, 5.055) 06/05 – Náutico 1 x 2 Santa Cruz, Estadual (Arena, 2.592) 18/05 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico, Estadual (Arruda, 3.387) 15/07 – Náutico 0 x 0 Santa Cruz, Série B (Arena, 13.450)
Média de público: 5.840
Jogo a disputar em 2017 04/11 – Santa Cruz x Náutico, Série B (Arruda)
Classificação após 7 clássicos Náutico – 9 pontos; 2 vitórias, 3 empates e 2 derrotas; 6 GP/6 GC; 1 vermelho Santa – 9 pontos; 2 vitórias, 3 empates e 2 derrotas; 6 GP/6 GC; 1 vermelho
A década atual marcou o ressurgimento do Santa Cruz, que voltou a empilhar taças e saiu da Série D, chegando a disputar a Série A em 2016. Foi neste período, também, que o tricolor comprou o terreno de 10,5 hectares na estrada da Mumbeca, no bairro da Guabiraba, projetando a construção de um centro de treinamento. A aquisição de R$ 1 milhão ocorreu precisamente em 7 de julho de 2011. Entretanto, esta lacuna estrutural não foi preenchida no ritmo da retomada de resultados no futebol.
À parte dos cinco títulos estaduais em sete anos e da inédita conquista da Copa do Nordeste, o clube estourou prazos no CT. O último versa sobre a conclusão do primeiro dos três campos oficiais até setembro de 2017. Para isso, uma colaboração massiva da torcida coral, com a criação de grupos de arrecadação para metas no CT, incluindo caminhões de brita e areia, placas de grama e outras necessidades que apareçamna obra. Essas doações passam de R$ 46 mil. Paralelamente à obra, o clube perambulou bastante nos últimos anos para conseguir treinar no Grande Recife. Tendo apenas o campo do Arruda, ocorreram saídas forçadas, que resultaram em episódios incomuns. Só em 2017 já foram três (Arena, Português e Olinda).
Abaixo, os locais alternativos do Santa e as distâncias para o Arruda. Obs. A ordem se refere apenas a uma questão estética sobre o mapa acima.
1) Clube de Campo da Alvorada (24,7 km) Entre os campos utilizados pelo Santa no Grande Recife, este foi o mais distante da sede do clube. Em Aldeia, os treinos no clube campestre, inaugurado em 1962, aconteceram com certa regularidade em 2015, durante o Estadual e no início da Série B.
2) CT Rodolfo Aguiar/Ninho das Cobras (18,7 km) O centro de treinamento do clube prevê a construção de três campos no “Padrão Fifa”, 105m x 68m, além de um alojamento com 55 quartos e um centro administrativo. O empreendimento está orçado em R$ 5 milhões.
3) Centro José Andrade Médicis, do Sport (17,0 km) O time coral já havia treinado no local antes de 2008, ainda sob a posse do extinto clube Intercontinental. Sob administração do leão, houve uma passagem na tarde de 7 de setembro de 2012, uma vez que o Arruda foi poupado visando o amistoso Brasil x China, quatro dias depois. Curiosidade: naquele mesmo dia, pela manhã, o time treinou no CT do Náutico.
4) Estádio Ademir Cunha (13,2 km) O estádio em Paulista, na zona norte da região metropolitana, já foi recorrente considerando os treinos fora do Mundão. Porém, o estado do gramado, costumeiramente ruim, diminuiu o número de visitas. Foi utilizado durante o vice da Série B, em 2015.
5) CT do Unibol (14,6 km) Em 4 de julho de 2012, o campo do Arruda precisou de reparos. Como o plano B, o Ademir Cunha, já estava reservado para jogos da 2ª divisão estadual, o Santa, acabou indo ao CT do Unibol – que fechou o departamento profissional, mantendo apenas escolinhas. Em frente ao Cemitério de Paulista, o nível do campo foi criticado pelo time, que disputava a Série C.
6) Estádio Grito da República (11,3 km) O estádio olindense foi inaugurado sem a infraestrutura adequada. Apesar do campo, os sistemas elétrico e hidráulico não foram finalizados. Sem os laudos técnicos em Rio Doce, o Santa teve que jogar um amistoso na pré-temporada, em janeiro de 2017, sem público.
7) Centro Recreativo do Real Hospital Português (16,1 km) Foi o último campo alternativo encontrado pelo clube, numa parceria com o Hospital Português. Desconsiderando a Arena, este foi considerado o melhor gramado onde o time realizou práticas em 2017.
8) CT Wilson Campos, do Náutico (8,4 km) O Santa já utilizou o centro de treinamento do rival alvirrubro, na Guabiraba, em duas oportunidades: 2012 e 2014. Em uma delas, o Náutico também utilizou um dos campos do CT, simultaneamente.
9) Estádio do Arruda Desde a abertura para os primeiros jogos oficiais do clube, em 1967, antes mesmo da conclusão do anel inferior, em 1972, o José do Rego Maciel sempre foi o campo principal para os treinos do time profissional. O excesso de uso foi determinante para saídas oportunas do Santa.
10) Arena Pernambuco (21,5 km) Em alguns dos jogos firmados em São Lourenço, o clube solicitou a utilização do local na véspera das partidas. Como, por exemplo, em 23 de junho de 2017, antes de enfrentar o Figueirense. A arena não costuma fazer objeção, tanto que já cedeu o campo para Náutico e Sport na véspera de alguns jogos.
Em um século de bola rolando, tricolores e alvirrubros alimentaram uma rivalidade com mais de 500 jogos e 16 finais de campeonato. Confrontos no Estadual, no Nordestão, na Série B e na Série A. Embora já não aconteça há 24 anos, o Clássico das Emoções valeu pelo Brasileirão em 17 oportunidades.
Abaixo, um apanhado de estatísticas a partir da pesquisa original de Carlos Celso Cordeiro. Os dados compõem um dos confrontos mais tradicionais do futebol brasileiro, agora com status centenário. Bem disputado desde sempre.
Antes dos números, a curiosidade sobre a origem do nome “Clássico das Emoções”, batizado em 1º de novembro de 1953, através do título no comentário de Alves da Mota, publicado no Diario de Pernambuco. O texto (trecho em itálico) apresentava o clássico do dia, nos Aflitos – e que terminaria com triunfo timbu por 4 x 2. Já eram 36 anos de rivalidade.
“Teremos hoje, à tarde, no estádio ‘Eládio Barros Carvalho’, um ‘match’ que pela excelente forma e posição em que se encontram ambos os preliantes no presente campeonato, está fadado não só a um legítimo record de bilheteria, mas a um desfecho sensacional, numa luta cheia de lances emocionantes que tanto pode fazer vibrar a grande torcida do “clube das multidões”, para cujo lado está mais pendida a preferência do público, como resultar numa espetacular vitória dos alvirrubros.”
Retrospecto geral 517 jogos* 201 vitórias do Santa 149 empates 166 vitórias do Náutico Primeiro: Santa 3 x 0 Náutico (29/06/1917, torneio amistoso) Último: Santa 1 x 1 Náutico (16/05/2017, Estadual) *O jogo ocorrido em 29 de março de 1931, durante a final do Torneio Abrigo Terezinha de Jesus, possui resultado desconhecido
Retrospecto na Série A 17 jogos 9 vitórias do Santa (última em 1984, 2 x 0) 4 empates (último em 1984, 1 x 1) 4 vitórias do Náutico (última em 1993, 2 x 1)
Retrospecto na Série B 12 jogos 6 vitórias do Santa (última em 2014, 3 x 0) 3 empates (último em 2014, 0 x 0) 3 vitórias do Náutico (última em 2015, 3 x 1)
As 16 decisões no Campeonato Pernambucano Náutico (9 títulos) – 1934, 1960, 1974, 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004 Santa Cruz (7 títulos) – 1946, 1959, 1970, 1976, 1983, 1993 e 1995
As primeiras vitórias Santa Cruz: 3 x 0 em 29/06/1917 (no 1º jogo, num amistoso) Náutico: 3 x 1 em 30/07/1922 (no 13º jogos, pelo Estadual)
As maiores goleadas 09/07/1944 – Náutico 5 x 0 Santa Cruz (Aflitos) 06/10/1991 – Santa Cruz 5 x 0 Náutico (Arruda)
Os 7 clássicos acima de 50 mil espectadores, todos pelo Estadual 76.636 – Santa Cruz (6) 1 x 1 (5) Náutico (18/12/1983)* 71.243 – Santa Cruz 2 x 1 Náutico (28/07/1993)* 70.003 – Santa Cruz 0 x 2 Náutico (11/07/2001)* 65.901 – Santa Cruz 1 x 2 Náutico (08/02/1998) 62.711 – Santa Cruz 2 x 0 Náutico (01/08/1976)* 58.190 – Santa Cruz 1 x 1 Náutico (11/12/1983) 53.416 – Santa Cruz 2 x 0 Náutico (01/12/1985) * A finalíssima do Pernambucano
Os primórdios do futebol no Recife guardam histórias curiosas sobre um esporte flamejante e imerso no amadorismo. Detalhes essenciais eram relevados, como tempo de jogo e critérios de desempate. Num arranjo histórico, onde vale a ponderação, encontra-se o primeiro Santa Cruz x Náutico, há 100 anos, sendo o 15º clássico mais antigo do Brasil.
O jogo aconteceu em 29 de junho de 1917, no “ground” da Liga Sportiva Pernambucana, que hoje, com outro dono, atende pelo nome de Aflitos. E não foi a única partida do dia no novo campo. Foi o 5º dos 7 jogos envolvendo oito clubes! Como houve tempo? Justamente pela releitura da história. Naquela tarde houve o Torneio Associação das Damas de Beneficência, no intervalo do Estadual, com três rodadas. O blog mergulhou no acervo de jornais da época (Diario de Pernambuco, A Província e Jornal Pequeno), relembrando o pioneiro Clássico das Emoções. Porém, os relatos focam mais festa do que nas partidas, entre “35 e 40 minutos”, dependendo do periódico. Na ocasião, os clubes misturaram o ‘primeiro team’ e o ‘segundo team’, vulgo reservas.
No sistema eliminatório, o clássico ocorreu na semifinal, com goleada coral. O Santa aplicou 3 x 0, com os autores dos gols não informados. Abaixo, a integra da reportagem original do DP. A primeira impressão é de um texto repleto de erros (victoria, annunciado, atravez), mas era a grafia da época.
A victoria do “Santa Cruz”
Realizou-se hontem, no vasto ground da Liga Sportiva Pernambucana, o annunciado torneio de foot-ball entre 8 clubs seus filiados, promovido pela Associação das Damas de Beneficencia em favor das crianças desvalidas. A festa que teve inicio pouco depois das 13 horas, revestio-se de desusado brilhantismo e grande animação, logrando uma concurrencia selecta e numerosa de familias e cavalheiros.
Tomaram parte no torneio os seguintes clubs: Casa Forte, Sport, Torre, America, Nautico, Santa Cruz, Peres e Flamengo. O jogo transcorreu sempre muito animado, tendo sido valentemente disputado atravez lances admiraveis que mereceram prolongados applausos da escolhida assistencia.
A victoria do torneio coube ao Santa Cruz, que fez jus, assim a artistica e valiosa estatueta de bronze que a Associação das Damas de Beneficencia instituira como premio ao club vencedor. O 2º lugar foi atribuido ao Sport.
O jornal trouxe a escalação das equipes durante a tarde, com as formações num incrível 2-3-5. Pois é, dois zagueiros, três meias e cinco atacantes.
Santa Cruz Ilo; Mangabeira e Jorge; Castro, Theophilo e Manoel; Pitota, Sá, Tiano, Alberto e Anizio
Náutico Nelson; Cazuza e Zé Maia; Amarinho, Davino e Bibi; Nadu, Fernando, Lopes, Ivan e Maximo
Não havia arquibancada, mas o público que cercou o campo foi numeroso, na base do “olhômetro”. Segundo A Província, “não exageramos dizendo que alli compareceram cerca de 2.000 pessoas, hontem”. O Jornal Pequeno foi além. “A grande assistencia, calculada em 5.000 pessoas, dispersou-se a passeiar em redor do campo emprestando-lhe um aspecto encantador”.
O Jornal Pequeno foi o único a escrever alguma análise sobre o clássico.
“Victoria dos tricolores sobre o Nautico pelo elevado score de 3 goals e 1 corner”
Scout de escanteios? Acredite, era este o critério de desempate no torneio – uma tradição também no antigo Torneio Início. Ou seja, mesmo que o Náutico tivesse marcado três gols, seria eliminado por ter menos escanteios a favor. Por sinal, na estreia coral, contra o América, o número de corners foi o destaque: “os tricolores fortes, ageis e seguros conseguiram estabelecer um domínio completo sobre os americanos, arrancando-lhes a victoria pela diferença esmagadora de 6 corners e 1 goal contra 1 corner”.
Eis a tabela completa do Torneio Associação das Damas de Beneficência: Quartas de final Náutico 1 x 0 Casa Forte Santa Cruz 1 x 0 América Flamengo do Recife 0 x 0 Peres* Sport 1 x 0 Torre * O Fla passou porque teve um escanteio a favor
Semifinal Náutico 0 x 3 Santa Cruz Sport 1 x 0 Flamengo do Recife
Final Santa Cruz 1 x 0 Sport
Confira o post com estatísticas sobre os 517 jogos do clássico aqui.
O Campeonato Pernambucano de 2017 já está marcado como um dos mais desorganizados da história, com inúmeros palcos vetados no interior, formações reservas em campo e falta de datas. Entre os dois jogos da final, um hiato inacreditável de 52 dias. Após uma longa costura, que envolveu até a Conmebol, devido ao jogo dos rubro-negros pela Copa Sul-Americana, finalmente chegou o momento da decisão entre Salgueiro e Sport.
Em 28 de junho, o estádio Cornélio de Barros receberá a 69ª decisão em 103 edições, após o 1 x 1 na Ilha. É a primeira vez que o jogo final ocorre fora do Grande Recife – o próprio estádio salgueirense havia recebido a ida de 2015. Vale lembrar que Sport e Santa deram voltas olímpicas em Caruaru (1997) e Petrolina (2005), mas em conquistas de forma antecipada. Numa final à vera, teremos um cenário inédito no sertão. Com capacidade para até 12.070 espectadores, o Cornélio será o 8º estádio a receber uma final. O último palco inédito no futebol local havia sido a arena, há três temporadas.
Resta saber se veremos também o primeiro campeão do interior…
Quanto ao Sport, vai pelo 41º título, tentando ampliar o recorde…
Eis os palcos de todas as finais do Pernambucano de 1915 a 2016:
Ilha do Retiro (28) Sport (15, com 52%) – 1948, 1961, 1962, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006 e 2010 Santa Cruz (10, com 35%) – 1940, 1946, 1957, 1971, 1973, 1986, 1987, 2012, 2013 e 2016 Náutico (2, com 7%) – 1954 e 1965 América (1, com 3%) – 1944
Arruda (16) Santa Cruz (8, com 50%) – 1970, 1976, 1983, 1990, 1993, 1995, 2011 e 2015 Náutico (6, com 37%) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004 Sport (2, com 12%) – 1977 e 1980
Aflitos (15) Náutico (7, com 46%) -1950, 1951, 1960, 1963, 1966, 1968 e 1974 Sport (5, com 33%) – 1917, 1949, 1953, 1955 e 1975 Santa Cruz (3, com 20%) – 1947, 1959, 1969
Avenida Malaquias (3) América (1, com 33%) – 1921 Santa Cruz (1, com 33%) – 1932 Náutico (1, com 33%) – 1934
Jaqueira (3) Santa Cruz (2, com 66%) – 1933 e 1935 Sport (1, com 33%) – 1920
British Club (2) Flamengo (1, com 50%) – 1915 Sport (1, com 50%) – 1916
Em 4 de junho de 1972, Santa Cruz e Flamengo empataram sem gols em um amistoso com mais de 60 mil espectadores. A festa marcou a abertura oficial do Estádio José do Rêgo Maciel. Até então com arquibancadas incompletas, o local já recebia amistosos de 1965 e jogos de competições oficiais desde 1967. Tanto que até uma decisão estadual já havia sido disputada por lá, com volta olímpica do Santa. Entretanto, a obra, com um ano e meio de duração, transformou o estádio em Colosso, o maior palco particular da região. Daí, a data magna do Mundão, que ficaria ainda maior dez anos depois. No embalo dos 45 anos do templo coral, vamos a uma compilação de números já publicados no blog…
Desempenho do Santa Cruz no estádio (desde 1965*) 1.483 jogos 889 vitórias (59,94%) 348 empates (23,46%) 246 derrotas (16,58%) * Competições oficiais e amistosos até 4 de junho 2017
16 finais do Campeonato Pernambucano Santa Cruz (8 títulos) – 1970, 1976, 1983, 1990, 1993, 1995, 2011 e 2015 Náutico (6) – 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004 Sport (2) – 1977 e 1980
Maior artilheiro do estádio Baiano (Valmecir Margon), 128 gols 70 pelo Náutico (1982-1987) 56 pelo Santa Cruz (1980-1981) 1 pelo Central (1988) 1 pelo Sport (1988)
Maior artilheiro coral Betinho (Roberto Fontana), 98 gols (1971-1973, 1976-1981 e 1982)
Jogos da Seleção Brasileira 13/05/1978 – Brasil 0 x 0 Seleção Pernambucana (42.621 pessoas) 19/05/1982 – Brasil 1 x 1 Suíça (59.732) 02/05/1985 – Brasil 2 x 0 Uruguai (59.946) 30/04/1986 – Brasil 4 x 2 Iugoslávia (54.249) 09/07/1989 – Brasil 2 x 0 Paraguai (76.800, Copa América) 29/08/1993 – Brasil 6 x 0 Bolívia (96.990, Eliminatórias) 23/03/1994 – Brasil 2 x 0 Argentina (90.400) 29/06/1995 – Brasil 2 x 1 Polônia (24.000) 10/06/2009 – Brasil 2 x 1 Paraguai (55.252, Eliminatórias) 10/09/2012 – Brasil 8 x 0 China (29.658)
Torneios internacionais de seleções: Copa da Independência (1972), Pré-Olímpico (1976), Copa América (1989) e Eliminatórias da Copa (1994 e 2010)
Evolução da capacidade de público 1967 – 25.000 lugares 1972 – 64.000 (+39.000), após conclusão do anel inferior 1982 – 110.000 (+53.000), após a construção do anel superior 1993 – 85.000 (-25.000*) 2001 – 75.000 (-10.000*) 2005 – 65.000 (-10.000*) 2012 – 60.044 (-4.956*) 2015 – 50.582 (-9.462*) * Redução por medida de segurança
Recorde de público 96.990 torcedores – Brasil 6 x 0 Bolívia (29/08/1993)
Cifras do estádio 850 mil dólares, o valor para a conclusão do anel inferior em 1972 282 milhões de cruzeiros, o valor para a construção do anel superior em 1982 4 milhões de reais, a reforma para a reabertura em 2009
Arruda vazio, time reserva. Embora o Santa Cruz não tenha criado o cenário ideal para um jogo tão importante, valia a definição da terceira vaga do estado na Copa do Nordeste de 2018. Com a vantagem construída na arena, quando venceu, o tricolor jogou sem forçar. Controlou parte do jogo, com o esfacelado Náutico lutando bastante, e segurou o empate em 1 x 1, suficiente para terminar o campeonato estadual em terceiro lugar.
Com a classificação, o tricolor participará, em julho, de uma fase preliminar do regional. A etapa, recém-criada pela CBF, contará com oito clubes, divididos em quatro mata-matas. Os confrontos ainda serão definidas por sorteio. Quem passar, vai à fase de grupos da Lampions, reduzida de 20 para 16 clubes. Ou seja, durante a Série B o time de Vinícius Eutrópio terá que compartilhar o foco. Provavelmente, veremos uma equipe mais qualificada que a formação no sexto Clássico das Emoções no ano, sob olhares de 3.387 espectadores.
Jacsson no gol, Nininho na direita (neste caso justificável, devido à lesão de Vítor), Wellington Cézar, Gino, Everton Santos… Não por acaso, este time deu chance ao Náutico, que no primeiro tempo equilibrou a disputa, com boas chances de ambos os lados. O empate em branco parecia encaminhado até os 46, quando Everton Santos, que perdera um gol cara a cara, teve mais uma chance. Diante de Jefferson, o goleiro acionado no lugar do machucado Tiago Cardoso, o atacante marcou. Chegou a 6 gols no torneo. Artilheiro isolado, mesmo sem ser titular, mesmo sem agradar. Coisas desse Pernambucano.
No segundo tempo, os dois treinadores mexeram bastante, com a saída de Erick sendo a mais surpreendente. Foi a segunda vez seguida que Waldemar Lemos tirou o jovem atacante, hoje o principal nome timbu. Injustificável. Na reta final, após perder duas chances, uma delas em boa jogada de Maylson, o Náutico já parecia aceitar o revés. Até os 38, quando Anselmo pegou um rebote e empatou. A partida seguiria ate os 49, mas àquela altura o Santa enfim mostrava organização, prendendo a bola no ataque, com Pitbull de volta. No geral, o clássico não fez justiça ao nome, mas decidiu o futuro. No Santa, a 3ª participação seguida na Lampions. No Náutico, a 3ª ausência em seis anos. E nas três em que participou, não saiu da primeira fase…
Troféu Gena* 8 pontos – Náutico (2v, 2e, 2d) 8 pontos – Santa (2v, 2e, 2d) * Em homenagem ao centenário do clássico, somando os duelos em 2017
O Santa Cruz finalmente estreou na Copa do Brasil. Com o título nordestino no último ano, o tricolor ganhou a pré-classificação às oitavas de final, numa “compensação” à retirada da vaga na Sula. Em tese, o sorteio até ajudou. Como teria que enfrentar, necessariamente, um dos oito brasileiros presentes na Libertadores vigente, o time pernambucano escapou de pesos pesados como Palmeiras, Flamengo e Galo. Mas, diante do Atlético-PR, a limitação técnica mostrou que a dificuldade seria grande contra qualquer um.
Volantes lentos, dificuldade na criação, dependência da bola parada e falta de reposição, com Barbio, Primão e Everton Santos acionados no decorrer. Pouco diante de um time realmente estruturado, como é o caso do Furacão, que sai do Arruda frustrado pelo pênalti desperdiçado, com Júlio César defendendo a cobrança de Rossetto. Fora o fraco desempenho do ataque, com o ex-tricolor Grafite seguindo em jejum. Empate em 0 x 0, numa chave ainda aberta, até pela condição do time paranaense, poupando nomes.
O jogo de volta, na Arena da Baixada, será dentro de três semanas. Com R$ 1,05 milhão de cota nesta fase, o Santa pode arrecadar mais R$ 1,195 milhão caso se classifique fora de casa (empate com gols a favor). Isso significaria também uma presença inédita nas quartas de final, após 23 participações. Um pouquinho de evolução ajudaria bastante nesta possibilidade…
Durante duas horas, o jogo de volta da semifinal nordestina entre tricolores e rubro-negros praticamente monopolizou a atenção na capital pernambucana. A cada 100 televisões ligadas no horário, 72 sintonizaram na partida vencida pelo Sport. Ou seja, procede aquela percepção de que todos os seus vizinhos estavam assistindo ao Clássico das Multidões, através de gritos e fogos.
A audiência média na tevê aberta foi de 46,5 pontos, disparada a maior do ano entre os clubes pernambucanos – superou os 33,4 de Náutico 1 x 1 Sport, na definição da semifinal estadual. A transmissão da Globo Nordeste, comandada por Rembrandt Júnior, registrou um pico de 54,5 pontos. Em termos absolutos no Recife, a audiência média foi de 1,129 milhão de telespectadores, flutuando até 1,323 milhão. É gente demais, num nível de Copa do Mundo. E olhe que esse número desconsidera os torcedores que viram pela Globo através da tevê por assinatura (Sky e NET, por exemplo), além do Esporte Interativo.
No cenário local, entre os jogos com dados divulgados pela emissora, pelo Ibope ou pelo Kim Telereport, responsáveis pela medição, uma partida de futebol não alcançava o patamar de um milhão há três anos, desde a semifinal estadual entre Sport e Santa Cruz, na Ilha. Na ocasião, a disputa de pênaltis alavancou ainda mais o dado. Já o recorde absoluto segue com a estreia rubro-negra na Taça Libertadores da América de 2009, lá no Chile. O jogo teve 57 pontos de média. Considerando a medição atual, aquela noite teria correspondido a 1,384 milhão de pessoas diante da telinha.
Jogos com o Trio de Ferro acima de 1 milhão de telespectadores no Recife.
O quarto e (provável) último clássico entre Santa e Sport nesta temporada foi bem disputado, diante do maior público da Copa do Nordeste, 35 mil torcedores. Em campo, o rubro-negro se recuperou do revés em casa e se classificou no Arruda. Jogo em que atuou melhor, mas acabou perdendo três de suas principais peças, Ronaldo Alves e Diego Souza lesionados e Rithely, suspenso (e logo dos dois jogos da final). No fim, comemoração e provocação além da conta (no mau sentido). Tudo isso na pauta da gravação exclusiva do 45 minutos. Estou nessa com Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Ouça!