Adversários na fase de grupos, River Plate e Tigres se enfrentam na grande decisão da Taça Libertadores da América de 2015, em sua 56ª edição. Até agora, no torneio, foram três empates. Enquanto o Millonario busca o seu terceiro título, acabando com um jejum desde 1996, o time mexicano busca a primeiro conquista para o país, convidado pela Conmebol a partir de 1998.
A final no Monumental de Nuñez, com 60 mil pessoas, será no dia 5 de agosto.
Após o placar em branco no jogo de ida, qualquer vitória garante o título em Buenos Aires. Na decisão não há a regra do “gol qualificado”, fora de casa. Ou seja, em caso de igualdade, prorrogação. Novo empate, pênaltis.
Vamos à enquete com a preferência dos pernambucanos sobre o campeão…
Obs. Como o Tigres já convidado, o River Plate, mesmo que seja vice-campeão continental, já está garantido no Mundial de Clubes da Fifa.
Qual clube será o campeão da Libertadores de 2015?
A honra da pioneira participação do país em um torneio da Conmebol coube a um clube nordestino. O Bahia disputou a Libertadores de 1960 na condição de campeão da primeira Taça Brasil. Em mais de 50 anos de competições sul-americanas oficiais, são contabilizadas 30 participações de 9 times da região.
Até hoje, três torneios já contaram com representantes do Nordeste. Além da Libertadores (cuja vaga é a mais difícil) e da extinta Copa Conmebol, a Sul-Americana veio para suprir a demanda por disputas do tipo. Já são nove edições consecutivas com ao menos um nordestino presente, de 2009 a 2017.
Em relação ao desempenho, o máximo alcançado foi a final, uma vez. Em 1999, no último ano da Copa Conmebol, o CSA decidiu o título contra os argentinos do Talleres, perdendo com um gol aos 45 do segundo tempo. O time alagoano se aproveitou da vaga aberta à Copa do Nordeste, uma vez que o Vitória, campeão daquela regional, declinou do convite. O vice, Bahia, e o terceiro colocado, Sport, também. Na quarta posição, o alviazulino de Maceió topou e fez história.
A conquista internacional segue inédita… Até quando?
Taça Libertadores da América 1960 – Bahia (quartas de final, 1ª fase – 2 jogos) 1964 – Bahia (pré-libertadores, 1ª fase – 2 jogos) 1968 – Náutico (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos) 1988 – Sport (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos) 1989 – Bahia (quartas de final, 3ª fase – 10 jogos) 2009 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 8 jogos) Ranking de participações (6): Bahia 3; Sport 2; Náutico 1
Copa Conmebol 1994 – Vitória (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos) 1995 – Ceará (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos) 1997 – Vitória (quartas de final, 3ª fase – 4 jogos) 1998 – América-RN (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos) 1998 – Sampaio Corrêa (semifinal, 3ª fase – 6 jogos) 1999 – CSA (vice-campeão, 4ª fase – 8 jogos) Ranking de participações (6): Vitória 2; Ceará, América-RN, Sampaio Corrêa e CSA 1
Copa Sul-Americana 2009 – Vitória (oitavas de final, 2ª fase – 4 jogos) 2010 – Vitória (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2011 – Ceará (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2012 – Bahia (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2013 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2013 – Bahia (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2013 – Vitória (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2013 – Náutico (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2014 – Bahia (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2014 – Vitória (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2014 – Sport (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2015 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2015 – Bahia (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2016 – Santa Cruz (oitavas de final, 3ª fase – 4 jogos) 2016 – Sport (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2016 – Vitória (16 avos/fase nacional, 2ª fase – 2 jogos) 2017 – Sport (quartas de final, 4ª fase) – 8 jogos 2018 – Bahia (a disputar, 2 jogos) Ranking de participações (18): Vitória, Sport e Bahia 5; Ceará, Náutico e Santa Cruz 1
Ranking de participações internacionais oficiais (até 2017)
8 – Bahia 7 – Vitória e Sport 2 – Náutico e Ceará 1 – Sampaio Corrêa, América-RN, CSA e Santa Cruz
Nº de partidas (até a 1ª fase da Sula 2018) 34 – Sport 28 – Bahia 20 – Vitória 8 – CSA e Náutico 6 – Sampaio Corrêa 4 – Ceará e Santa Cruz 2 – América-RN
Nº de vitórias (até as quartas da Sula 2017) 12 – Sport 11 – Bahia 9 – Vitória 4 – CSA 3 – Sampaio Corrêa 2 – Náutico e Santa Cruz 1 – Ceará 0 – América-RN
Sport e Bahia já se enfrentaram em inúmeras competições nos mais de oitenta anos de história. Entre as principais, Taça Brasil, Séries A e B e Nordestão. Agora, mais um importante capítulo, com a Copa Sul-Americana. Isso mesmo, o duelo entre os dois campeões nacionais de elite da região terá uma versão internacional pela primeira vez. O Leão entrou na disputa como Brasil 2, enquanto o Bahia ficou como Brasil 7. Ao vencedor da chave, o direito de viajar até Buenos Aires para enfrentar Huracán ou Tigre nas oitavas de final.
No tradicional clássico nordestino, um fato é inegável. A vantagem tricolor é enorme em mata-matas: 6 x 1. Os baianos avançaram nas quartas da Taça Brasil (1959 e 1963) e do Brasileiro (1988), na semi do Nordestão (1997 e 2015) e ainda ganharam uma final regional (2001). A favor do time pernambucano, a semifinal da Copa do Nordeste de 1994. Sem dúvida, o Baêa é o maior algoz do Leão. Só como curiosidade, vale lembrar que ambos decidiram um torneio internacional, em caráter amistoso. Em 1997, na Copa Renner, após um empate em 3 x 3, o time de Salvador ficou com a taça nos pênaltis. Na Ilha do Retiro.
2013
20/08 – Sport 2 x 0 Náutico
20/08 – Náutico 2 (1) x (3) 0 Sport
2014
28/08 – Sport 0 x 1 Vitória
03/09 – Vitória 2 x 1 Sport
2015
19/08 (22h) – Bahia x Sport
26/08 (22h) – Sport x Bahia
Considerando as partidas oficiais e os amistosos, são 82 jogos desde 1932, de acordo com o pesquisador Carlos Celso Cordeiro (veja a lista aqui). 20 vitórias do Sport 28 empates 34 vitórias do Bahia
Reprodução da coluna publicada no Diario de Pernambuco neste 21 de julho.
Antes de mais nada, é preciso enfatizar que este debate só existe devido ao bizarro critério adotado pela CBF, obrigando um clube a abrir mão da Copa do Brasil caso queira ir à Sul-Americana. Justificação feita, vamos ao ponto principal: hoje, a “Sula” seria muito mais proveitosa para o Sport. Existem alguns pontos que fomentam essa (minha) visão. A começar pelo time, com três titulares da Série A vetados. Maikon Leite, Matheus Ferraz e Samuel Xavier já entraram em campo pela copa nacional defendendo outros clubes e não podem atuar no Leão. Por mais que a comissão técnica alegue que os últimos reforços podem suprir essas lacunas, não haveria banco – que pode ser o ponto forte do time, ofensivamente, neste segundo semestre.
Com o elenco completo na Sul-Americana, poderia haver a chance de formações mescladas nas primeiras fases, dando preferência ao Brasileiro. Em relação à logística, com o problema das “viagens”, no primeiro confronto da Sul-Americana o time pernambucano teria duas opções no chaveamento (Brasil 2 ou Brasil 3), contra Ceará (provavelmente) ou Brasília. As partidas serão apenas em 9 e 16 de setembro. Ou seja, haveria força máxima no Brasileirão no restante de julho, em agosto e na primeira semana de setembro (9 jogos). E sem o desgate excessivo de um duelo eliminatório de peso, como na Copa do Brasil, inevitavelmente – no pote 2 do sorteio das oitavas do torneio da CBF, o Rubro-negro poderia ter pela frente os times que disputaram a Libertadores. Numa eventual fase seguinte do torneio internacional (oitavas), teria um novo confronto brasileiro ou uma viagem para Buenos Aires. Neste segundo caso, já há voo direto a partir do Recife, com cinco horas de duração. Francamente, é mais fácil do que ir a Chapecó.
Segue mais um ponto, a premiação. A Conmebol ainda não anunciou as cotas de 2015. Mesmo que se compare a quantia da Copa do Brasil 2015 com a Sula 2014, há vantagem. A alta do dólar (R$ 3,2) transformou o título internacional mais rentável: R$ 7,1 milhões x R$ 6,5 milhões, considerando as cotas do mata-mata nacional a partir das oitavas, uma vez que o Sport já recebeu as premiações das três primeiras fases (R$ 1,33 milhão). Por último, a visibilidade. Nunca um clube nordestino foi campeão de uma copa internacional. Neste momento de reorganização estrutural do Sport, essa (tentativa de) mudança de patamar seria importante. Seria histórica.
Reviravolta na definição do chaveamento da Copa Sul-Americana de 2015. O sorteio na sede da Conmebol ocorreu mesmo sem a confirmação dos oito times brasileiros, completando os 47 participantes, mas a 14ª edição do torneio, a ser disputada entre 12 de agosto e 9 de dezembro, mudou a ordem dos brazucas.
Considerando a vontade da direção do Sport, favorável à participação na Sula, vamos aos possíveis caminhos do clube – cuja vaga internacional só será assegurada caso seja eliminado da Copa do Brasil pelo Santos, no absurdo critério criado pela CBF. Na possível terceira participação do Rubro-negro, existem quatro adversários possíveis na fase brasileira (correspondente à segunda fase da Sula), dependendo dos seguintes jogos de volta na copa nacional: Criciúma x Grêmio, Tupi x Ceará e Bahia x Paysandu.
Dependendo da combinação (abaixo), o Sport seria “Brasil 2” ou “Brasil 3”. E aí começa a surpreendente transformação no sorteio no Paraguai. Em vez dos confrontos brasileiros pré-definidos (1 x 8, 2 x 7, 3 x 6 e 4 x 5), a Conmebol sorteou as chaves. Acredite, acabou sendo até melhor para o time da Ilha. O chaveamento Brasil 2 x Brasil 7 até se manteve, mas a outra probabilidade, Brasil 3, agora enfrentará o Brasil 8, o Brasília, o campeão da Copa Verde 2014. Tem mais. Na fase seguinte, nas oitavas, terá outro brasileiro, o que não ocorria.
Observação: a ordem dos brasileiros está sujeita à confirmação da CBF…
A fase nacional da Sula considerando os resultados da Copa do Brasil:
Brasil 2 (ou “O10” nas oitavas)
Cenário 1 – Grêmio classificado e Ceará eliminado: Sport x Ceará
Cenário 2 – Grêmio e Ceará classificados e Bahia eliminado: Sport x Bahia
Cenário 3 – Grêmio, Ceará e Bahia classificados: Sport x Vitória* *Para o Vitória entrar na Sula, o Bahia precisaria reverter o 3 x 0 sofrido diante do Paysandu no jogo de ida da 3ª fase da Copa do Brasil.
Brasil 3 (ou “O5” nas oitavas)
Cenário 4 – Grêmio eliminado: Sport x Brasília
Indo além, eis os caminhos internacionais considerando as principais forças:
Brasil 2
Oitavas – Tigre ou Huracán
Quartas – Belgrano, Lanús, Defensor, Bolívar, Universitario ou Anzoátegui
Semi – Independiente, Arsenal, Emelec, Olimpia, Nacional do Uruguai…
Final – River Plate, LDU, Universidad Católica, Atlético-PR, Libertad…
Brasil 3
Oitavas – Grêmio ou Brasil 5
Quartas – Tolima, Junior Barranquilla, Melgar, Sportivo Luqueño…
Semi – River Plate, LDU, Libertad, Universidad Católica, Nacional do Paraguai…
Final – Independiente, Olimpia, Emelec, Lanús…
Inicialmente, a Copa América de 2015 deveria ter sido organizada pelo Brasil, que trocou de vez com o Chile por causa da quantidade de eventos esportivos já agendados para o país. Aos chilenos, entretanto, a oportunidade era excelente. Uma chance de levantar a autoestima do país, que sofreu catástrofes recentes, além de colocar em campo a sua melhor geração, com chances reais de título. Algo que jamais havia sido alcançado por La Roja.
Jogando seis vezes no Estádio Nacional, em Santiago, sempre com uma pressão incrível de sua torcida, o Chile chegou lá. Superou a Argentina de Messi nos pênaltis, após 120 minutos em branco numa tensa final. A penalidade decisiva foi assinalada pelo craque da seleção, Alexis Sánchez. Um cavadinha para a história do país, o 8º membro da Conmebol a ganhar a Copa América.
Ano do 1º título sul-americano 1916 – Uruguai (15 no total) 1919 – Brasil (8) 1921 – Argentina (14) 1939 – Peru (2) 1953 – Paraguai (2) 1963 – Bolívia (1) 2001 – Colômbia (1) 2015 – Chile (1)
Eis o gol mais importante da história do futebol chileno…
A primeira fase da Copa América no Chile foi bastante movimentada, com 40 gols em 18 partidas, proporcionando uma média 2,22. Todos os favoritos avançaram, até mesmo pelo formato do torneio, quase impossível de ser eliminado (classificação abaixo). Assim, o mata-mata está formado até a decisão do 47ª título continental. Curiosamente, entre os oito países restantes estão os sete ex-campeões. O único sem título é justamente o dono da casa.
Eis os duelos pelas quartas de final…
Chile x Uruguai (24/06, 20h30, Santiago)
Organizando o torneio pela 7ª vez, o Chile enxerga neste ano a sua maior chance de enfim erguer a taça. Com dez gols na primeira fase, La Roja vai justificando a expectativa. Resta saber se irá suportar a pressão. Enfrentará o Uruguai, campeão sul-americano em solo chileno em 1920 e 1926, com a geração da “Celeste Olímpica”, os charrúas seguem com o script de sempre. Sem agradar em campo, mas com copeirismo demais, mesmo sem Suárez.
Bolívia x Peru (25/06, 20h30, Temuco)
É o único confronto sem uma seleção gabaritada, mas ainda assim com dois ex-campeões – de um tempo quase remoto no futebol continental. Dificilmente o campeão de 2015 sairá desta chave, mas bolivianos e peruanos, vizinhos na América, fizeram campanhas dignas, com Marcelo Moreno e Paolo Guerrero como principais nomes. À Bolívia pesou o massacre sofrido para o Chile (5 x0). No Peru, a coletividade do time ainda deixa a desejar.
Argentina x Colômbia (26/06, 20h30, Vinã del Mar)
Os hermanos seguem como favoritos, mas ainda esperam por Messil, que, até aqui, teve apenas lampejos. Eles enfrentarão um inconstante Colômbia, com apenas um gol marcado. A sua vaga esteve por um triz, torcendo para que o Brasil não cedesse o empate para a Venezuela. Na verdade, só jogou mesmo contra a Seleção. Nas outras apresentações, em branco, nada de James Rodriguez e cia. Tal cenário contra a Argentina é eliminação certa.
Brasil x Paraguai (27/06, 18h30, Concepción)
Repeteco do duelo pelas quartas de final de 2011, em La Plata, na Argentina, com a classificação paraguaia. Curiosamente, agora, em 2015, a diferença é ainda menor entre as equipes. Pelo mau momento dos brasileiros, sem Neymar e sem personalidade, e também pela força apresentada pelo time guarani, com Lucas Barrios à frente e um sistema de marcação eficiente. O tempo de preparação, seis dias, pode ajudar Dunga a remendar as feridas da Seleção.
Pitacos do blog sobre os semifinalistas: Chile, Peru, Argentina e Brasil.
Em 2011 eu tive a oportunidade de cobrir a Copa América na Argentina, um evento que contou com Messi, Neymar, Forlán, Suárez, entre outros. Durante um mês, viajei de ônibus pelo país vizinho, passando por Buenos Aires, La Plata, Santa Fé e Córdoba. Vi grandes jogos, com as torcidas em peso nos estádios, sobretudo os 35 mil uruguaios na decisão no Monumental de Nuñez. Também partilhei histórias curiosas de jogadores e torcedores e ainda fiz um pouco turismo, claro. Trabalho não faltou. Quatro anos depois, acompanharei o torneio continental na televisão, mas a expectativa sobre a edição chilena é semelhante.
Entretanto, a Copa do Mundo e a Olimpíada no país deixaram o torneio escanteado. Com o objetivo de valorizá-lo, o Brasil optou por sediá-lo em 2019. Assim, foi feita uma oferta de troca com o Chile, aceita de imediato. O país encravado entre a Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico, sede do Mundial de 1962, não organizava uma Copa América desde 1991. A boa fase da seleção roja, até hoje sem a taça, é mais um bom indício para a disputa, que volta a ter craques, com James Rodríguez e Cavani figurando ao lado da dupla do Barça, Messi e Neymar. A experiência vivida pelos brasileiros na Copa 2014 ainda é um bem recente e na verdade joga a favor da Copa América, que promete manter acesa a rivalidade sul-americana. Há quatro anos, valeu demais.
Guaraní (Paraguai) x River Plate (Argentina) e Inter (Brasil) x Tigres (México).
As semifinais da Libertadores de 2015 reúnem dois bicampeões de peso no continente, outra surpresa paraguaia e um “forasteiro” na briga pelo título.
Campeão em 1986 e 1996, o River largou nas oitavas com a pior campanha entre os 16 competidores, mas acabou deixando pelo caminho nada menos que Boca Juniors, gás à parte, e Cruzeiro. Hoje, o Millonario já merece o status de favorito, sobretudo com o Monumental de Nuñez pulsando. Enfrentará o Guaraní, que abalou as bolsas de apostas ao despachar Corinthians e Racing, ambos fora de casa, sem conceder um gol sequer. O time aurinegro já igualou a sua melhor campanha, com a semi de 1966. E olhe que nas duas edições anteriores, os conterrâneos Olimpia e Nacional foram vice-campeões.
Do outro lado da semi, o Colorado de D’Alessandro, campeão em 2006 e 2010, luta pelo terceiro título num período de dez anos, o que seria um fenômeno. Ainda mais se lembrarmos que os gaúchos não conquistam o Brasileirão desde 1979. Terá pela frente o Tigres, que teoricamente teve o caminho mais fácil até aqui. Os mexicanos visam repetir os feitos de Cruz Azul e Chivas, únicos da Concacaf a decidir o título da Liberta. De toda forma, caso erga a taça, o Tigres não iria ao Mundial de Clubes, no Japão, por ser convidado.
Teremos um campeão inédito, o 26º da história, um novo tricampeão?
Agenda da semifinais, após a Copa América 14/07 – River Plate x Guaraní 15/07 – Internacional x Tigres
21/07 – Guaraní x River Plate 22/07 – Tigres x Internacional
Em 2015, o segundo título mais importante do país ficou ainda mais valorizado, com o aumento de 28% na premiação absoluta do campeão, de R$ 7,95 milhões. Logo, a Sula cairia mais um degrau nesta “concorrência”, criada através da esdrúxula fórmula de classificação da CBF, misturando as duas competições paralelas – só é possível disputar uma a partir de agosto.
A Copa do Brasil manteria a hegemonia caso fosse desconsiderada a alta do dólar. O seu peso em relação ao real transformou o cenário, pois a moeda norte-americana é a base dos cálculos da Conmebol em seus torneios. Vamos aos detalhes, numa reportagem do Diario de Pernambuco, de Daniel Leal.
Para disputar a Sul-Americana, o clube brasileiro – que tenha a pré-vaga – precisa ser eliminado da Copa do Brasil no máximo até a terceira fase. Portanto, essas três cotas são indiferentes na comparação. Afinal, seguindo na Copa do Brasil ou indo à Sula, o clube ficaria com essa receita preliminar de todo jeito. No caso do Sport, neste ano, o clube garantiu R$ 1,33 milhão pela presença na terceira fase. Contra o Santos, o Leão chegou ao ponto de “escolha”.
A premiação oficial da Sul-Americana de 2015 ainda não foi divulgada, mas naturalmente não será menor – de 2013 para 2014, por exemplo, a evolução foi de 80%. Portanto, considerando a última quantia, e com o dólar custando quase três reais (cotação bem acima das edições anteriores), o campeão internacional receberia R$ 180 mil a mais que o campeão da Copa do Brasil.
Nota-se que a escolha para qualquer clube não é fácil. E já não há mais a verdade absoluta sobre a maior rentabilidade da Copa do Brasil…
Premiações máximas a partir da definição das vagas brasileiras na Sula:
2015 Copa do Brasil – R$ 6.510.000*
Sul-Americana – R$ 6.690.360 (US$ 2,235 milhões, valor de 2014)**
Em maio, o dólar foi avaliado em R$ 2,99
2014
Copa do Brasil – R$ 5.120.000*
Sul-Americana – R$ 4.984.050 (US$ 2,235 milhões)**
Na época, o dólar estava avaliado em R$ 2,23.
2013
Copa do Brasil – R$ 5.000.000*
Sul-Americana – R$ 3.025.600 (US$ 1,24 milhão)**
Na época, o dólar estava avaliado em R$ 2,44.
* Contando as cotas somente a partir das oitavas de final da Copa do Brasil.
** A soma das premiações a partir da fase brasileira da Sula.