Ranking mundial da IFFHS em 2017 traz 19 clubes brasileiros. Sport em 146º lugar

Sport no Ranking da IFFHS. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Pelo quarto ano consecutivo o futebol pernambucano se faz presente no ranking mundial de clubes, organizado Federação de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), órgão alemão reconhecido pela Fifa. Na lista, com os jogos oficiais de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2017, o Sport ganhou 134 posições, ficando em 146º lugar, posição dividida com outros seis times, entre eles o Benfica de Portugal e o Guangzhou Evergrande da China. Ampliando o recorte, o leão ficou em 12º no país e em 1º no Nordeste. Graças à campanha na Sul-Americana, quando chegou às quartas de final pela primeira vez, uma vez que no Brasileirão a campanha foi, novamente, apática.

A lista é atualizada mensalmente, com um balanço geral no início do ano seguinte. Para fazer parte do levantamento, é necessário disputar a primeira divisão nacional – e cada país tem um peso distinto. Por isso, o Santa Cruz, presente na lista anterior, ficou de fora dessa, apesar da posição alcançada na ocasião. Na escala mundial, o Real Madrid destronou o Atlético Nacional e terminou na ponta pela quarta vez em sua história – 2000, 2002, 2014 e 2017. Já o Grêmio, tri na Taça Libertadores, chegou à vice-liderança absoluta, estabelecendo, também, a melhor posição da história de um clube do país. 

Abaixo, o blog listou os rankings a partir de 2006, ano da pioneira participação pernambucana no Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos. A apuração vai a partir dos quadros divulgados pelas IFFHS, pois nem todos os clubes pontuados são divulgados, com as listas variando de 200 a 500 nomes – em 2013, por exemplo, o Náutico disputou a elite e a Sula, mas não apareceu. Como a pontuação internacional é elevada, a melhor colocação do estado foi em 2009, quando o Sport disputou a Libertadores, chegando às oitavas. No mês de abril chegou a figurar em 29º. No fim do ano, mesmo com a lanterna na Série A, foi o 89º. Na lista de 2018, portanto, o clube sentirá a falta da Sula, ausente do calendário após cinco temporadas seguidas.

Os pódios anuais, o melhor brasileiro (*) e os pernambucanos listados (**):

2017
1º) Real Madrid-ESP (328 pontos)
2º) Grêmio (286)*
3º) Manchester United-ING (284)

2º) Grêmio (1º no pais, 286 pontos) – campeão da Libertadores*
6º) Flamengo (2º, 256) – vice da Sul-Americana e da Copa do Brasil
20º) Botafogo (3º, 207)
21º) Santos (4º, 202)
33º) Palmeiras (5º, 183) – vice da Série A
46º) Atlético-PR (6º, 170)
55º) Atlético-MG (7º, 162)
64º) Corinthians (8º, 156) – campeão da Série A
102º) Chapecoense (9º, 131)
109º) Cruzeiro (10º, 126) – campeão da Copa do Brasil
109º) Fluminense (10º, 126)
146º) Sport (12º, 108 pts) – Quartas da Sula e 15º na Série A**
155º) Ponte Preta (13º, 106)
221º) São Paulo (14º, 86)
243º) Vasco 15º, (82)
282º) Bahia (16º, 74)
345º) Avaí (17º, 66)
362º) Coritiba (18º, 64)
362º) Vitória (18º, 64)

2016
1º) Atlético Nacional-COL (383 pontos)
2º) Real Madrid-ESP (310)
3º) Barcelona-ESP (280)

13º) Atlético-MG (212)*
263º) Santa Cruz (76 pts – Oitavas da Sula e 19º na Série A)**
280º) Sport (74 pts – 2ª fase na Sula e 14º na Série A)**

2015
1º) Barcelona-ESP (379)
2º) Juventus-ITA (286)
3º) Napoli-ITA (268)

18º) Internacional (210)*
160º) Sport (101 pts – Oitavas na Sula e 6º na Série A)**

2014
1º) Real Madrid-ESP (381)
2º) Bayern de Munique-ALE (276)
3º) Atlético de Madrid-ESP (267)

14º) Cruzeiro (219)* 
247º) Sport (80 pts – 2ª fase na Sula e 11º na Série A)**

2013
1º) Bayern de Munique-ALE (370)
2º) Real Madrid-ESP (290)
3º) Chelsea-ING (273)

8º) Atlético-MG (238)*
Nenhum pernambucano listado**

2012
1º) Barcelona-ESP (307)
2º) Chelsea-ING (279)
3º) Boca Juniors-ARG e Atlético de Madri-ESP (278)

5º) Corinthians (272)* 
321º) Náutico (72 pts – 12º na Série A)**
413º) Sport (62 pts – 17º na Série A)**

2011
1º) Barcelona-ESP (367)
2º) Real Madrid-ESP (312)
3º) Vélez Sarsfield-ARG (271)

6º) Santos (238)* 
Sem time pernambucano na elite**

2010
1º) Internazionale-ITA (300)
2º) Bayern de Munique-ALE (268)
3º) Barcelona-ESP (266)

7º) Internacional (231)*
Sem time pernambucano na elite**

2009
1º) Barcelona-ESP (341)
2º) Chelsea-ING (292)
3º) Manchester United-ING (291)

9º) Cruzeiro (235)*
89º) Sport (125 pts – Oitavas na Libertadores e 20º na Série A)**

2008
1º) Manchester United-ING (292)
2º) Bayern de Munique-ALE (272)
3º) Liverpool-ING (267)

10º) São Paulo (223)*
97º) Sport (118 pts – Campeão da Copa do Brasil e 11º na Série A)**
343º) Náutico (62 pts – 16º na Série A)**

2007
1º) Sevilla-ESP (306)
2º) Manchester United-ING (281)
3º) Milan-ITA (280)

5º) Santos (254)*
214º) Náutico (78 pts – Quartas na Copa do Brasil e 15º na Série A)**
273º) Sport (70 pts- 14º na Série A)**

2006
1º) Sevilla-ESP (295 pontos)
2º) Internazionale-ITA (286)
3º) Roma-ITA (277)

14º) São Paulo (115)* 
Nenhum pernambucano listado**

Ibope lista os campeonatos internacionais preferidos no Brasil. Champions com 12%

Ranking de preferência dos campeonatos de futebol na Europa pelos brasileiros (em milhões de pessoas). Fonte: Pesquisa FÃ DNA 2017/Ibope-Repucom

* Os torneios internacionais preferidos dos brasileiros, em milhões de pessoas

O estudo ‘Fã DNA 2017’, produzido pelo Ibope-Repucom, aponta a existência 110.416.601 brasileiros que torcem por algum clube, a partir da faixa etária de 16 anos. Em uma pílula da pesquisa, o instituto revelou o quadro sobre a preferência deste público considerando os campeonatos internacionais, sem a participação de times brasileiros. Entre onze torneios listados, a Liga dos Campeões da Uefa aparece, sem surpresa, na primeira colocação neste contexto – ficando em 6º lugar no ranking geral. Segundo a pesquisa, 12,3 milhões de pessoas citaram ao Champions ao responder a seguinte pergunta:

“De acordo com esta lista, quais campeonatos de futebol você mais se interessa ou acompanha?” 

Reunindo os principais jogadores da atualidade, escalados em verdadeiras ‘seleções internacionais’, além da forte presença na tevê por assinatura e da reabertura em sinal aberto, a Champions já tem uma influência considerável no país. Sobre a tal lista da pergunta, eram 30 competições, entre brasileiras e estrangeiras, segundo informa o diretor do Ibope, José Colagrossi. A pior colocação estrangeira (entre os nomes revelados) é a do obscuro campeonato chinês, em 11º. O levantamento também mostra a divisão por sexo nos quatro primeiros lugares, com a faixa masculina variando de 81% a 92%.

Sobre a ordem atual, vale a observação de que a pesquisa foi feita justamente durante o período da transferência de Neymar, que partiu do Barcelona para o Paris Saint-Germain por 222 milhões de euros. Para o público brazuca, o fato pode (deve) viabilizar o incremento na audiência da ‘Ligue 1’, hoje em 8º lugar.

Netshoes divulga o ranking de vendas de camisas, com o Sport em 5º lugar em 2017

As camisas mais vendidadas na Netshoes em 2017: 1 Corinthians, 2 São Paulo, 3 Palmeiras, 4 Flamengo, 5 Sport, 6 Santos, 7 Cruzeiro, 8 Vasco, 9 Inter e 10 Real Madrid. Arte: Cassio Zirpoli/DP (sobre imagens de divulgação)

Netshoes consolidou o seu ranking de vendas de uniformes de clubes e seleções, considerando o período entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017. A empresa apresentou uma lista com vinte nomes, sendo 17 times (12 do Brasil) e 3 seleções nacionais. Do Nordeste, o Sport. Levando em conta o status da empresa, a ‘maior e-commerce da América Latina’, e com uma década de operação no país, este balanço é um indicativo interessante sobre a força das marcas dos clubes de futebol. Em setembro, a Netshoes havia divulgado uma lista parcial, revelada pelo O Estado de S. Paulo. Os três meses seguintes trouxeram algumas mudanças, com a lista via ESPN.

Apesar da expansão de padrões oficiais de times europeus, a partir das transmissões das ligas da Espanha e da Inglaterra, o Real Madrid foi o único gringo a figurar no top ten, fechando a lista – desbancou justamente o Barça, presente até setembro. Já o pódio foi formado pelo trio de ferro de São Paulo, com o campeão brasileiro, o Corinthians, à frente. O Flamengo, o clube de maior torcida do país, perdeu uma posição na reta final, aparecendo em 4º lugar, seguido da maior surpresa do levantamento. Apesar da má campanha na Série A – entre os times presentes na lista, foi o de pior desempenho, terminado na 15ª posição -, o rubro-negro pernambucano ficou em 5º lugar entre as camisas mais vendidas da loja. Curiosamente, os dados não foram refletidos numa renovação com a Adidas, com o clube trocando de fornecedor em 2018 – o Sport passa a vestir a Under Armour a partir de junho.

O ranking traz apenas as colocações, sem dados absolutos de camisas.

Ranking da Netshoes em 2017
1) Corinthians (Nike)
2) São Paulo (Under Armour)
3) Palmeiras (Adidas)
4) Flamengo (Adidas)
5) Sport (Adidas)
6) Santos (Kappa)
7) Cruzeiro (Umbro)
8) Vasco (Umbro)
9) Internacional (Nike)
10) Real Madrid (Adidas)
11) Grêmio (Umbro)
12) Barcelona (Nike)
13) PSG (Nike)
14) Chapecoense (Umbro)
15) Bayern de Munique (Adidas)
16) Seleção da Itália (Puma)
17) Manchester United (Adidas)
18) Seleção do Brasil (Nike)
19) Seleção da Alemanha (Adidas)
20) Botafogo (Topper)

Sem sustos, Real Madrid vence o Grêmio e conquista o 6º título mundial. Recorde

Final do Mundial de Clubes de 2017: Real Madrid 1 x 0 Grêmio. Foto:  David Ramos/Fifa (via Getty Images)

O controle do jogo foi absoluto. A vitória magrinha, por 1 x 0, engana em relação à superioridade técnica do Real Madrid sobre o Grêmio na final do Mundial de Clubes. Não por acaso, o croata Luka Modric acabou recebendo a bola de ouro do torneio. O camisa 10 do gigante espanhol dominou o meio-campo, ocupando espaço e trabalhando bem a bola. Com a organização, não deu sossego a Luan, o principal nome do campeão da Libertadores, que errou uma infinidade de passes, evitando qualquer chance de reação – que não houve, pois o time gaúcho não finalizou uma vez sequer na barra de Navas.

O Real cumpriu a agenda em Abu Dhabi. Não foi brilhante e o seu gol saiu numa falha da barreira gremista, com Barrios e Luan abrindo na falta cobrada por Cristiano Ronaldo, decisivo como sempre. Bastou. Sob a organização da Fifa, esta foi a terceira “Copa do Mundo de Clubes” do time da capital. Lembrando que em 27 de outubro a Fifa reconheceu a Copa Intercontinental como Mundial. Ou seja, ao longo da história, finalmente respeitada, o time merengue somou a sexta conquista, recorde. Com já detinha a marca, o hexa ampliou a vantagem sobre o Milan, o segundo na lista de maiores vencedores.

Como se não bastasse, o Real chegou a 24 títulos internacionais: 6 Mundiais, 12 Ligas dos Campeões, 2 Copas da Uefa e 4 Supercopas Europeias. É o clube com mais títulos internacionais oficiais, com quatro taças à frente do rival catalão. Quanto ao Grêmio, o Mundial de 1983 mantém o orgulho…

Os títulos merengues:*
1960 – Real Madrid x Peñarol (0 x 0 e 5 x 1)
1998 – Real Madrid x Vasco (2 x 1)
2002 – Real Madrid x Olimpia (2 x 0)
2014 – Real Madrid x San Lorenzo (2 x 0)
2016 – Real Madrid x Kashima Antlers (4 x 2)
2017 – Real Madrid x Grêmio (1 x 0)

Os multicampeões mundiais:*
6 – Real Madrid (60, 98, 02, 14, 16, 17)
4 – Milan (69, 89, 90, 07)
3 – Peñarol (61, 66, 82) , Nacional (71, 80, 88), Boca Juniors (77, 00, 03), São Paulo (92, 93, 05), Internazionale (64, 65, 10), Bayern de Munique (76, 01, 13) e Barcelona (09, 11, 15)
2 – Santos (62, 63), Independiente (73, 84), Ajax (72, 95), Juventus (85, 96), Porto (87, 04), Manchester United (99, 08) e Corinthians (00, 12)

* Copa Intercontinental (1960-2004) e Mundial da Fifa (2000-2017)

Final do Mundial de Clubes de 2017: Real Madrid 1 x 0 Grêmio. Foto: Fifa/twitter (@FIFAcom)

Mundial de Clubes reconhecido pela Fifa a partir da Intercontinental. E sempre foi

Os troféus dos campeões mundiais de clubes: Intercontinental, Copa Toyota e Mundial da Fifa (2000 e 2005-2016)

A Copa Intercontinental foi criada num acordo entre a Confederação Sul-Americana, atual Conmebol, e a Uefa, em 1960. O objetivo era medir forças entre os clubes dos continentes mais desenvolvidos do futebol na época. Na Europa, havia a Copa dos Campeões, atual “Liga”, já com quatro edições. Portanto, surgiu aqui a Taça Libertadores. O regulamento era bem simples, com o duelo entre os campeões em jogos de ida e volta. Pelo título mundial.

E o vencedor sempre foi tratado como campeão mundial interclubes, inclusive no velho mundo, onde há uma meia verdade sobre o desdém. Foi assim até 1979, com duas edições canceladas por falta de acordo entre as datas (1975 e 1978). Em 1980, solucionando o impasse, as entidades firmaram um acordo com a federação japonesa, com o patrocínio da montadora Toyota, com a disputa de jogo único, em dezembro. Dali até 2004, o campeão recebeu duas taças, a Copa Intercontinental e a Copa Toyota, ambas valorizadas.

Em 2000, como se sabe, a Fifa organizou pela primeira vez o “Mundial de Clubes”, ignorando o passado. E olhe que, por diversas vezes, a própria entidade avalizou a disputa anterior como mundial – no youtube é possível conferir as placas da Fifa nos jogos disputados no estádio em Tóquio. Desde 2005, com a descontinuação da Copa Intercontinental, o Mundial de Clubes passou a ocupar o calendário, já com os demais continentes, cuja presença é, sim, justa. Porém, não apagou quatro décadas de glórias…

Tanto que a própria Fifa, enfim, reconheceu a antiga disputa como Mundial, com o mesmo peso do seu torneio. Embora apenas por barganha política, legitimou o que Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo sempre foram.

Obs. O blog já considerava a Copa Intercontinental.

Os campeões chancelados pela Fifa (Intercontinental + Mundial de Clubes)

5 – Real Madrid (1960, 1998, 2002, 2014 e 2016) 

4 – Milan (1969, 1989/1990 e 2007) 

3 – Peñarol (1961, 1966 e 1982) , Nacional (1971, 1980 e 1988), Boca Juniors (1977, 2000 e 2003), São Paulo (1992/1993 e 2005), Internazionale (1964/1965 e 2010), Bayern de Munique (1976, 2001 e 2013) e Barcelona (2009, 2011 e 2015) 

2 – Santos (1962/1963), Independiente (1973 e 1984), Ajax (1972 e 1995), Juventus (1985 e 1996), Porto (1987 e 2004), Manchester United (1999 e 2008) e Corinthians (2000 e 2012) 

1 – Racing (1967), Estudiantes (1968), Feyenoord (1970), Atlético de Madrid (1974), Olimpia (1979), Flamengo (1981), Grêmio (1983), River Plate (1986), Estrela Vermelha (1991), Vélez Sarsfield (1994), Borussia Dortmund (1997) e Internacional (2006)

Cristiano Ronaldo é o melhor do mundo pela 5ª vez e iguala recorde de Messi

Cristiano Ronaldo (2008, 2013,2014, 2016 e 2017) e Lionel Messi (2009, 2010,2011, 2012 e 2015) recebendo os prêmios de "melhor jogador do mundo", da Fifa

“Espero apanhar o Messi já na próxima época” 

A frase foi dita por Cristiano Ronaldo em 2014, durante a cerimônia na Suíça, quando foi premiado pela terceira vez. Ali, agraciado como o melhor do mundo, Cristiano já deixava claro o seu objetivo máximo, o de quebrar o maior número de recordes na carreira. Ser o melhor num ano já não bastava. Queria ser o jogador mais vezes eleito pela Fifa. Ganhando tudo no Real Madrid, com três títulos da Champions League nos últimos quatro anos, além da Eurocopa com Portugal, CR7 trilhou uma caminhada de sucesso até este momento, onde enfim igualou a marca de Lionel Messi. E o rendimento precisava ser absurdo. De fato, foi, com quatro eleições nos últimos cinco anos.

Em Londres, Cristiano recebeu o troféu “The Best”, a nomenclatura criada na temporada passada, após o fim da parceria entre a Fifa e a revista France Football, com o Ballon d’Or. A principal mudança nesta edição foi o período de análise dos candidatos. Em vez do ciclo de janeiro a dezembro, agora vale a temporada europeia. Ou seja, num processo de adaptação, valeu entre 20/11/2016 e 02/07/2017. Campeão espanhol, europeu e mundial com o Real, o craque superou Messi e Neymar, os concorrentes.

Burocracia à parte, são dez anos com o português e o argentinos revezando o status de melhor na eleição oficial da Fifa. Ambos recordistas e já na história entre os maiores de todos os tempos. Quanto ao merengue, com um poder de fogo gigantesco, a meta agora parece ser o desempate. Cristiano não gosta de dividir recordes… E em 2017 lembrou estar sempre na disputa.

“Há 11 anos que estou aqui no palco. É um momento único”

A premiação Fifa The Best, de 2017. Foto: Alexander Hassenstein /Fifa/Getty Images

As últimas dez premiações para o ‘melhor jogador do mundo’
2008 – Cristiano Ronaldo (Manchester United), 35 gols em 58 jogos (0,60)
2009 – Messi (Barcelona), 41 gols em 64 jogos (0,64)
2010 – Messi (Barcelona), 60 gols em 64 jogos (0,93)
2011 – Messi (Barcelona), 59 gols em 70 jogos (0,84)
2012 – Messi (Barcelona), 91 gols em 69 jogos (1,31)
2013 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid), 69 gols em 58 jogos (0,60)
2014 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid), 61 gols em 60 jogos (0,98)
2015 – Messi (Barcelona), 52 gols em 61 jogos (0,85)
2016 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid), 55 gols em 57 jogos (0,96)
2017 – Cristiano Ronaldo (Real Madrid), 44 gols em 47 jogos (0,93)

Com o penta de Cristiano, Portugal tornou-se o segundo país com mais eleitos, ultrapassando a Argentina, considerando a premiação oficial da Fifa, com três nomes distintos: Player of the Year (1991-2009); Fifa Ballon d’Or (2010-2015); The Best (2016-2017). Sem nomeações desde 2007, quando Kaká foi premiado, o Brasil segue à frente na lista, com oito troféus.

Ranking de premiações do melhor do mundo (1991-2017)
8 – Brasil (Ronaldo 3, Ronaldinho 2, Romário 1, Rivaldo 1 e Kaká 1)
6 – Portugal (Cristiano Ronaldo 5, Luís Figo 1)
5 – Argentina (Messi 5)
3 – França (Zidane 3)
2 – Itália (Baggio 1 e Cannavaro 1)
1 – Alemanha (Matthäus)
1 – Holanda (Van Basten)
1 – Libéria (Weah) 

A premiação Fifa The Best, de 2017. Foto: Alexander Hassenstein /Fifa/Getty Images

A seleção da Fifa com os 11 melhores na temporada 2016/2017, na formação 4-3-3

A seleção da Fifa para a temporada 2016/2017. Foto: Fifa/youtube (reprodução)

Em 20 de setembro, a Fifa divulgou uma lista com os 55 nomes mais votados para a escolha da “seleção do ano”. Ao afunilar a lista, um mês depois, o time acabou bem parecido com o da última edição do The Best. Utilizando a formação 4-3-3 como estrutura-base, o anúncio de 2017, em Londres, trouxe apenas jogadores de Real Madrid, Barcelona e Juventus. E com apenas três mudanças: Buffon no lugar de Neuer, no gol, Bonucci na vaga de Piqué, na zaga, e Neymar substituindo Suárez, no ataque. Da lista apresentada, na visão do blog, o meia Iniesta destoou tecnicamente, abaixo dos demais.

Neste ano, lembrando, o prêmio passou a considerar o período da temporada europeia, em vez de um ano regular, de janeiro a dezembro. Ou seja, foram contabilizados os jogos de 20/11/2016 a 02/07/2017. Logo, a velha senhora se destacou devido à participação na final da Liga dos Campeões da Uefa.

Em termos de nacionalidade dos craques escolhidos, o futebol brasileiro acabou sendo o mais presente, com três nomes. Curiosamente, dois deles mudaram de camisa após o fim do ciclo de análise. Embora estejam hoje no Paris Saint-Germain, Daniel Alves e Naymar foram eleitos pelo desempenho nos clubes anteriores, Juve e Barça, respectivamente.

Número de indicados por clube em 2017
5 – Real Madrid
3 – Juventus
3 – Barcelona

Número de indicados por país de origem em 2017
3 – Brasil
2 – Espanha e Itália
1 – Alemanha, Argentina, Croácia e Portugal

Seleção FifPro de 2017 (4-3-3)
Buffon (ITA/Juventus); Daniel Alves (BRA/Juventus), Sergio Ramos (ESP/Real Madrid). Bonucci (ITA/Juventus) e Marcelo (BRA/Real Madrid); Toni Kroos (ALE/Real Madrid), Modric (CRO/Real Madrid) e Iniesta (ESP/Barcelona); Neymar (BRA/Barcelona), Messi (ARG/Barcelona) e Cristiano Ronaldo (POR/Real Madrid). Técnico: Zidane (FRA/Real Madrid)

Seleção FifPro de 2016 (4-3-3)
Neuer (ALE/Bayern de Munique); Daniel Alves (BRA/Juventus), Piqué (ESP/Barcelona), Sergio Ramos (ESP/Real Madrid) e Marcelo (BRA/Real Madrid); Toni Kroos ALE/Real Madrid), Modric (CRO/Real Madrid) e Iniesta (ESP/Barcelona); Messi (ARG, Barcelona), Luis Suárez (URU, Barcelona) e Cristiano Ronaldo (POR, Real Madrid). Técnico: Claudio Ranieri (ITA/Leicester)

A seleção de 2017, segundo a Fifa. Foto: Alexander Hassenstein /Fifa/Getty Images

Os 55 melhores jogadores do mundo na temporada 2016/2017, segundo a Fifa

Os 55 indicados à "Seleção do Ano", segundo a Fifa

A Fifa apresentou os 55 nomes mais votados para a escolha da “seleção do ano” no futebol mundial. Todos os jogadores atuam na Europa, incluindo nomes que pouco atuaram no período, como Ibra. A escolha foi feita pelos próprios atletas profissionais, com 24 mil votos, tendo o 4-3-3 como formação básica para a temporada 2016/2017. Ao todo, sete brasileiros figuram na lista de indicados, seguindo pela ordem de votos: Neymar, Marcelo, Daniel Alves, Thiago Silva, Philippe Coutinho, Casemiro e David Luiz. Confira a lista completa e comente sobre qual seria a sua seleção a partir dos finalistas…

O anúncio da “seleção” ocorrerá em 23 de outubro, em Londres, onde também será escolhido o melhor jogador da temporada (Messi ou CR7?).

Goleiros (5)
Buffon (ITA/Juventus), De Gea (ESP/Manchester United), Keylor Navas (CRC/Real Madrid), Neuer (ALE/Bayern de Munique) e Jan Oblak (SLO/Atletico de Madrid)

Defensores (20)
Alaba (AUT/Bayern de Munique), Jordi Alba (ESP/Barcelona), Daniel Alves (BRA/PSG), Jerome Boateng (ALE/Bayern de Munique), Bonucci (ITA/Milan), Carvajal (ESP/Real Madrid), Chiellini (ITA/Juventus), Diego Godin (URU/Atletico de Madrid), Hummels (ALE/Bayern de Munique), Philipp Lahm (ALE/Bayern de Munique), David Luiz (BRA/Chelsea), Marcelo (BRA/Real Madrid), Mascherano (ARG/Barcelona), Pepe (POR/Besiktas), Pique (ESP/Barcelona), Sergio Ramos (ESP/Real Madrid), Thiago Silva (BRA/PSG), Samuel Umtiti (FRA/Barcelona), Antonio Valencia (EQU/Manchester United) e Varane (FRA/Real Madrid)

Meias (15)
Thiago Alcantara (ESP/Bayern de Munique), Busquets (ESP/Barcelona), Casemiro (BRA/Real Madrid), Philippe Coutinho (BRA/Liverpool), Hazard (BEL/Chelsea), Iniesta (ESP/Barcelona), Isco (ESP/Real Madrid), Kante (FRA/Chelsea), Toni Kroos (ALE/Real Madrid), Matic (SRB/Manchester United), Modric (CRO/Real Madrid), Ozil (ALE/Arsenal), Pogba (FRA/Manchester United), Verratti (ITA/PSG) e Arturo Vidal (CHI/Bayern de Munique)

Atacantes (15)
Gareth Bale (WAL/Real Madrid), Benzema (FRA/Real Madrid), Cavani (URU/PSG), Cristiano Ronaldo (POR/Real Madrid), Dybala (ARG/Juventus), Griezmann (FRA/Atletico de Madrid), Ibrahimovic (SUE/Manchester United), Harry Kane (ING/Tottenham), Lewandowski (POL/Bayern de Munique), Lukaku (BEL/Manchester United), Mbappé (FRA/PSG), Messi (ARG/Barcelona), Neymar (BRA/PSG), Alexis Sanchez (CHI/Arsenal) e Suárez (URU/Barcelona)

Número de indicados por clube
12 – Real Madrid
8 – Barcelona e Bayern de Munque
6 – Manchester United e PSG
3 – Atlético de Madrid, Chelsea e Juventus
2 – Arsenal
1 – Besiktas, Liverpool, Milan e Tottenham 

Número de indicados por país de origem
9 – Espanha
7 – Brasil e França
6 – Alemanha
4 – Itália
3 – Argentina e Uruguai
2 – Bélgica, Chile e Portugal
1 – Áustria, Costa Rica, Croácia, Equador, Eslovênia, Gales, Inglaterra, Polônia, Sérvia e Suércia

A fase de grupos da Liga dos Campeões da Uefa para a temporada 2017/2018

Fase de grupos da Liga dos Campeões da Uefa temporada 2017/2018. Crédito: twitter.com/ChampionsLeague

Após as quatro rodadas de fases preliminares, finalmente ocorreu a composição da fase de grupos da Liga dos Campeões de 2017/2018, com a participação de 32 clubes, sendo cinco da Inglaterra, a maior armada. Em evento realizado em Mônaco, onde Cristiano Ronaldo acabou eleito como o melhor jogador europeu da última temporada, a Uefa sorteou os oito grupos. Vamos às chaves e aos pitacos do blog sobre os futuros classificados.

Grupo A
Participantes: Benfica (Portugal), Manchester United (Inglaterra), Basel (Suíça) e CSKA Moscou (Rússia)

Campeões: United 3x (68, 99 e 2008) e Benfica 2x (61/62)
Favoritos: United e Benfica

Grupo B
Participantes: Bayern de Munique (Alemanha), PSG (França), Anderlecht (Bélgica) e Celtic (Escócia)

Campeões: Bayern 5x (74/75/76, 2001 e 13) e Celtic 1x (67)
Favoritos: PSG e Bayern

Grupo C
Participantes: Chelsea (Inglaterra), Atlético de Madrid (Espanha), Roma (Itália) e Qarabag (Azerbaijão)

Campeão: Chelsea 1x (2012) – Atlético vice 3x e Roma vice 1x
Favoritos: Chelsea e Atlético

Grupo D
Participantes: Juventus (Itália), Barcelona (Espanha), Olympiacos (Grécia) e Sporting (Portugal)

Campeões: Barcelona 5x (92, 2006, 09, 11 e 15) e Juventus 2x (85 e 96)
Favoritos: Barcelona e Juventus

Grupo E
Participantes: Spartak Moscou (Rússia), Sevilla (Espanha), Liverpool (Inglaterra) e Maribor (Eslovênia)

Campeão: Liverpool 5x (77/78, 81, 84 e 2005)
Favoritos: Liverpool e Sevilla

Grupo F
Participantes: Shakhtar Donetsk (Ucrânia), Manchester City (Inglaterra), Napoli (Itália) e Feyenoord (Holanda)

Campeão: Feyenoord 1x (70)
Favoritos: City e Napoli

Grupo G
Participantes: Monaco (França), Porto (Portugal), Besiktas (Turquia) e RB Leipzig (Alemanha)

Campeão: Porto 2x (87 e 2004) – Monaco vice 1x
Favoritos: Porto e Monaco

Grupo H
Participantes: Real Madrid (Espanha), Borussia Dortmund (Alemanha), Tottenham (Inglaterra) e Apoel (Chipre)

Campeões: Real 12x (56/57/58/59/60, 66, 98, 2000, 02, 14, 16 e 17) e Borussia 1x (97)
Favoritos: Real e Borussia

O regulamento é simples, com turno e returno dentro das chaves, totalizando seis rodadas. Os dois melhores colocados de cada grupo avançam às oitavas de final, seguindo o mata-mata até a decisão, em jogo único, já agendado para o Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia, em 26 de maio de 2018.

Sorteio da fase de grupos da Champions League 2017/2018. Foto: site oficial da Uefa

MLS mostra a intensidade do jogo na pele do árbitro, mas foi esperta no áudio…

Vídeo gravado pelo árbitro da MLS

Durante o tour nos Estados Unidos, visando a temporada 2017/2018, Real Madrid enfrentou o “all-star team” da Major League Soccer. Até aí ok, assim como o resultado, com uma vitória merengue nos pênaltis após o 1 x 1.

Ocorre que o árbitro da partida disputada no Soldier Field, em Chicago, utilizou uma microcâmera presa no peito do uniforme. Nove dias após o amistoso, a MLS divulgou um vídeo com a intensidade da disputa na visão do juiz Allen Chapman, mesmo sendo uma peleja de pré-temporada.

Apesar da interessante edição de 3 minutos, o vídeo não traz os diálogos durante a partida, com uma trilha sonora de fundo. E trata-se de uma parte essencial sobre o trabalho da arbitragem, como a história ensina (a seguir).

Voltando 35 anos no tempo, chegamos a um episódio polêmico no futebol brasileiro, quando o árbitro José Roberto Wright entrou em campo com um microfone sem fio escondido em seu padrão. Ele havia topado a ideia de participar de uma reportagem do programa Esporte Espetacular, da Globo. O objetivo era mostrar a pressão sobre o árbitro (ou quase isso).

E não era num jogo qualquer, mas na decisão da Taça Guanabara de 1982. O Flamengo venceu o Vasco por 1 x 0, mas com a repercussão toda voltada sobre os diálogos, pelo uso indevido da imagem e pela suposta perseguição ao meia Giovane, do time cruz-maltino. Relembre e tire as suas conclusões.

Obs. Fica claro o motivo da trilha sonora no vídeo lá em Chicago…