Após três rodadas seguidas na liderança, o Sport deixou a ponta do Brasileirão, mesmo pontuando fora de casa. No início da rodada, Atlético-MG, Fluminense e Grêmio apareciam como concorrentes diretos, obrigando o time pernambucano a vencer. Como o Leão empatou com o Avaí, às 11h, bastava um triunfo de um desses times no domingo para mudar a classificação. Dito e feito. No jogo das 16h, o Grêmio venceu o Santos na Vila Belmiro e às 18h30 o Atlético bateu o Inter no Beira-Rio. Por outro lado, o Leão, também com 23 pontos e em 3º pelo critério de vitórias (7 x 6), completou 11 rodadas no G4, desde a abertura.
Para seguir no pelotão de cima, terá pela frente um grande desafio, o líder Galo. Em vez do Independência, o time mineiro levou a partida para o Mineirão. A última vitória rubro-negra sobre o adversário em Belo Horizonte foi justamente lá, em 2000, num histórico 6 x 0 com cinco gols de Leonardo. Outra curiosidade: a partida será disputada no aniversário do fatídico jogo Brasil 1 x 7 Alemanha.
A 12ª rodada do representante pernambucano
08/07 (22h00) – Atlético-MG x Sport (Mineirão)
Histórico em BH pela elite: 2 vitórias leoninas, 5 empates e 9 derrotas.
Inicialmente, a Copa América de 2015 deveria ter sido organizada pelo Brasil, que trocou de vez com o Chile por causa da quantidade de eventos esportivos já agendados para o país. Aos chilenos, entretanto, a oportunidade era excelente. Uma chance de levantar a autoestima do país, que sofreu catástrofes recentes, além de colocar em campo a sua melhor geração, com chances reais de título. Algo que jamais havia sido alcançado por La Roja.
Jogando seis vezes no Estádio Nacional, em Santiago, sempre com uma pressão incrível de sua torcida, o Chile chegou lá. Superou a Argentina de Messi nos pênaltis, após 120 minutos em branco numa tensa final. A penalidade decisiva foi assinalada pelo craque da seleção, Alexis Sánchez. Um cavadinha para a história do país, o 8º membro da Conmebol a ganhar a Copa América.
Ano do 1º título sul-americano 1916 – Uruguai (15 no total) 1919 – Brasil (8) 1921 – Argentina (14) 1939 – Peru (2) 1953 – Paraguai (2) 1963 – Bolívia (1) 2001 – Colômbia (1) 2015 – Chile (1)
Eis o gol mais importante da história do futebol chileno…
Financeiramente, é a maior contratação da história do Santa Cruz. Indiscutivelmente. De volta ao Arruda, Grafite deverá receber R$ 2 milhões por um ano, segundo informações de bastidores. Considerando todos os rendimentos propostos pelo clube, a média mensal seria de R$ 166 mil, quase três vezes mais que o maior salário já pago pelos tricolores.
O aporte no jogador, com o apoio de investidores, busca mais que um retorno técnico (necessário). O perfil de Grafite será atrelado a um projeto de marketing, impulsionando a venda de camisas (com o tradicional número 23) e a campanha de sócios, para alcançar a meta estipulada pela diretoria, de 20 mil sócios ainda em 2015. Impossível não lembrar do projeto realizado com Mancuso, em 1999. Na ocasião, o clube chegou a ter 27 mil associados em dia, ajudando bastante a bancar a presença do argentino, o mesmo cenário esperado agora.
Aos 36 anos, o centroavante preteriu uma proposta do Catar para voltar ao Tricolor. Claro, receberá um baita salário no atual campeão pernambucano, mas o início de carreira também deve ter sido levado em conta. Criticado em seus primeiros jogos, em 2001, o atacante acabou deslanchando, com técnica e presença de área. No fim daquele ano foi vendido por R$ 1 milhão ao Grêmio, na 8ª maior transação do futebol pernambucano até então. Hoje, figura em 24º lugar (veja o ranking aqui).
Mais do que a boa lembrança pela curta passagem no Santa, com 16 gols em 37 jogos, Grafite traz na bagagem, para o povão, uma carreira sólida, com um título mundial pelo São Paulo, em 2005, e uma conquista da Bundesliga pelo Wolfsburg, terminando a temporada 2008/2009 como artilheiro e melhor jogador. E, como não poderia deixar de ser, a participação na Copa do Mundo de 2010, quando foi à África do Sul depois de ter atuado em dois jogos, o suficiente para agradar Dunga.
Experiente, Grafite será o escudo do time de Marcelo Martelotte, em busca de dias melhores na Série B. Além da liderança em campo, poderá tirar o peso da responsabilidade de alguns jogadores, dividindo as tarefas. Tudo isso sem esquecer, obviamente, o seu papel principal. O de fazer gols.
Um programa longo, com 1 hora e 40 minutos, passando pelos três grandes clubes do estado e pela eliminação da Seleção Brasileira. Começamos o 45 minutos com a vitória do Santa Cruz sobre o Sampaio (1 x 0), a primeira sob o comando de Martelotte. Também entrou na discussão o custo-benefício de uma possível vinda do experiente atacante Grafite. Na sequência, ainda na Série B, analisamos o 3 x 3 entre ABC e Náutico, com direito à ótima presença da torcida timbu no Frasqueirão. Fechando o ciclo na capital, a manutenção da liderança do Sport no Brasileirão, apesar de ter cedido o empate à Chapecoense (1 x 1) a três minutos do apito final. Por final, o vexame brasileiro no Chile.
Confira o ingráfico com as principais atrações do programa aqui.
Neste 146º podcast, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!
Com 1h35 minutos, a nova edição do 45 minutos fez uma análise completa dos clubes pernambucanos na última semana, com a liderança do Sport na Série A (18 pontos em 8 jogos), com direito a uma entrevista exclusiva com o técnico Eduardo Batista, além do novo contexto do Náutico no G4 da Série B e o amargo empate do Santa Cruz no Castelão, deixando a vitória escapar aos 48 do segundo tempo. Por fim, a participação da Seleção Brasileira, com o aperreio para conquistar a vaga nas quartas de final da Copa América no Chile.
Confira o ingráfico com as principais atrações do programa aqui.
Neste podcast, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
A primeira fase da Copa América no Chile foi bastante movimentada, com 40 gols em 18 partidas, proporcionando uma média 2,22. Todos os favoritos avançaram, até mesmo pelo formato do torneio, quase impossível de ser eliminado (classificação abaixo). Assim, o mata-mata está formado até a decisão do 47ª título continental. Curiosamente, entre os oito países restantes estão os sete ex-campeões. O único sem título é justamente o dono da casa.
Eis os duelos pelas quartas de final…
Chile x Uruguai (24/06, 20h30, Santiago)
Organizando o torneio pela 7ª vez, o Chile enxerga neste ano a sua maior chance de enfim erguer a taça. Com dez gols na primeira fase, La Roja vai justificando a expectativa. Resta saber se irá suportar a pressão. Enfrentará o Uruguai, campeão sul-americano em solo chileno em 1920 e 1926, com a geração da “Celeste Olímpica”, os charrúas seguem com o script de sempre. Sem agradar em campo, mas com copeirismo demais, mesmo sem Suárez.
Bolívia x Peru (25/06, 20h30, Temuco)
É o único confronto sem uma seleção gabaritada, mas ainda assim com dois ex-campeões – de um tempo quase remoto no futebol continental. Dificilmente o campeão de 2015 sairá desta chave, mas bolivianos e peruanos, vizinhos na América, fizeram campanhas dignas, com Marcelo Moreno e Paolo Guerrero como principais nomes. À Bolívia pesou o massacre sofrido para o Chile (5 x0). No Peru, a coletividade do time ainda deixa a desejar.
Argentina x Colômbia (26/06, 20h30, Vinã del Mar)
Os hermanos seguem como favoritos, mas ainda esperam por Messil, que, até aqui, teve apenas lampejos. Eles enfrentarão um inconstante Colômbia, com apenas um gol marcado. A sua vaga esteve por um triz, torcendo para que o Brasil não cedesse o empate para a Venezuela. Na verdade, só jogou mesmo contra a Seleção. Nas outras apresentações, em branco, nada de James Rodriguez e cia. Tal cenário contra a Argentina é eliminação certa.
Brasil x Paraguai (27/06, 18h30, Concepción)
Repeteco do duelo pelas quartas de final de 2011, em La Plata, na Argentina, com a classificação paraguaia. Curiosamente, agora, em 2015, a diferença é ainda menor entre as equipes. Pelo mau momento dos brasileiros, sem Neymar e sem personalidade, e também pela força apresentada pelo time guarani, com Lucas Barrios à frente e um sistema de marcação eficiente. O tempo de preparação, seis dias, pode ajudar Dunga a remendar as feridas da Seleção.
Pitacos do blog sobre os semifinalistas: Chile, Peru, Argentina e Brasil.
Na nova edição do 45 minutos, o primeiro tema foi a troca de treinador no Santa, com a volta de Marcelo Martelotte, campeão pernambucano em 2013, no lugar de Ricardinho, o campeão de 2015. Será suficiente para fazer o Tricolor jogar bem na Série B? Na sequência, uma análise sobre o primeiro revés do Náutico na competição. Oscilação normal. Porém, como time deve agir com os desfalques? Entrando na elite, comentamos a relação da torcida do Sport com o desempenho em campo, uma vez que a média atual (8.916 pessoas) é a pior desde 1997, mesmo com o time no G4. Por último, a “Neymardependência” na Seleção, com estreia vitoriosa na Copa América do Chile.
Confira o infográfico com os principais temas do programa aqui.
O podcast, com 1h44min, conta com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
A 27ª edição do Campeonato Sul-Americano, atual Copa América, aconteceu no Equador, em 1959. Além do anfitrião, participaram do torneio o Uruguai, a Argentina, o Paraguai e, claro, o Brasil. A Canarinha, campeã mundial no ano anterior com Pelé e Garrincha, foi representada pela seleção pernambucana. Isso mesmo, a Cacareco. Formada apenas por jogadores de Náutico, Santa e Sport, aquela Seleção Brasileira acabou numa honrosa 3ª colocação.
Nos quatro jogos em Guaiaquil, vitórias sobre Equador e Paraguai e derrotas para os rivais Uruguai, o campeão, e Argentina, vice.
Os repórteres Brenno Costa e Alexandre Barbosa, do Diario de Pernambuco, produziram uma reportagem especial sobre a campanha e causos daquele time. No vídeo, depoimentos dos remanescentes Zé Mária (volante rubro-negro), Givaldo (lateral alvirrubro) e Fernando José (ponta-esquerda alvirrubro), além de imagens históricas no torneio e uma crônica de Nelson Rodrigues.
Em 9 de outubro de 1959, a FPF recebeu da CBD, atual Confederação Brasileira de Futebol, a missão de representar o país no Campeonato Sul-Americano. Seria a segunda edição da tradicional competição naquele ano, não por acaso chamada de “Extra”. Para a disputa no Equador, viajariam 22 jogadores.
No entanto, houve uma pré-convocação com 34 nomes, sob as ordens de Gentil Cardoso, nomeado técnico da Seleção Brasileira na ocasião. E há, aí, um capricho da história. Hoje conhecido como o Pior time do mundo, o Íbis emplacou três atletas na lista pioneira. O goleiro Jagunço e os atacantes Vantu e Inaldo. Integrantes da equipe com apenas 2 vitórias em 20 jogos no Estadual. E não foi só. Além das convocações esperadas, com dez tricolores, nove alvirrubros e sete rubro-negros, outras duas equipes pequenas do futebol local foram lembradas. O Ferroviário do Recife cedeu quatro, enquanto o extinto Asas Esporte Clube, ligado à Aeronáutica, cedeu o atacante Manoelzinho.
E olhe que poderiam ter sido 35 nomes, pois o treinador acabou deixando Jovelino de fora. Vindo do Rio de Janeiro para reforçar a Canarinha, ele sequer entrara em campo no Recife. Qual seria o seu clube aqui? O Íbis! No torneio continental propriamente dito, rebatizado nos anos 70 de Copa América, o Brasil, sem representantes do Pássaro Preto, acabou numa honrosa 3ª colocação, após duas vitórias e duas derrotas para os favoritos Uruguai e Argentina.
No boxe, a disputa pelo título mundial parte de uma premissa simples e tradicional. Há um campeão, detentor do cinturão de uma associação, que coloca o status em jogo a cada luta. Ganhando ou empatando, segue como campeão. Em caso de derrota, o cinturão passa a ter um novo dono, e assim sucessivamente. Vamos então a um exercício de ficção. E se o futebol adotasse a ideia? Oficialmente, a Fifa jamais cogitou. Desde 2003, porém, existe um levantamento do tipo. Tudo começou, na verdade, em 1967, quando a Escócia venceu a Inglaterra em Wembley por 3 x 2. No mesmo palco, um ano antes, o English Team havia conquistado a sua única Copa do Mundo. Provocando, os vizinhos (e rivais) alegaram tomada de posse do título mundial. A partir dessa polêmica, o jornalista Paul Brown resolveu colocar a ideia no papel, na revista Four Four Two, mas voltando ainda mais no tempo. Para produzir o banco de dados, ele levou em conta como “disputa de título” o primeiro jogo internacional oficial, coincidentemente, um amistoso entre Inglaterra e Escócia no distante 30 de novembro de 1872.
Considerando aquela partida no Scotland Cricket Ground, em Glasgow, assistida por quatro mil espectadores, o título mundial oficioso entre seleções ficou em jogo nada menos que 898 vezes até o início da Copa América de 2015, incluindo três jogos em Pernambuco. Acredite, o Brasil chegou à disputa no Chile como “atual campeão”. Durante o Mundial de 2014, o Uruguai chegou com a marca, mas acabou perdendo o “cinturão” para a surpreendente Costa Rica, no Castelão. Os costa-riquenhos mantiveram o título contra Itália (1 x 0, na Arena Pernambuco), Inglaterra (0 x 0) e Grécia (1 x 1, também em São Lourenço da Mata), até cair diante da Holanda, nos pênaltis. A Laranja Mecânica ficou pouquíssimo tempo, passando a vez já na fase seguinte, ao ser eliminada pela Argentina na semifinal.
E os hermanos, como se sabe, foram superados pela Alemanha. Assim, os germânicos conseguiram um feito raro neste contexto, ao ganhar a Copa do Mundo e a Copa Alcock. Sim, o troféu do “UFWC” tem nome, em homenagem ao inglês que instigou o primeiro amistoso internacional da história. Entretanto, passado o Mundial, a Alemanha perdeu da própria Argentina na “revanche” em Dusseldorf. E o Brasil? Pois é. O time de Dunga ganhou o Superclássico das Américas por 2 x 0, em Beijing, vencendo mais sete vezes até o campeonato sul-americano. Até hoje, 50 países se revezaram no Unofficial Football World Championship, incluindo zebraças como Antilhas Holandesas (1963), Zimbábue (2005) e Coreia do Norte (14 jogos entre 2011 e 2013!).
O maior campeão mundial não oficial da história é a Escócia, com 86 vitórias. Explica-se. Até a Copa do Mundo de 1950, os quatro países que integram a Grã-Bretanha só jogavam entre si, na Home International Championship. Tropeços contra seleções “forasteiras” ocorreram poucas vezes, com o cinturão voltando rapidamente para o quarteto. A situação só mudou em Belo Horizonte, no estádio Independência, com uma das maiores surpresas da história do Mundial, com o time amador dos Estados Unidos vencendo a Inglaterra por 1 x 0. Curiosamente, os norte-americanos perderam o título não oficial no Recife, na partida seguinte da Copa de 1950. Numa Ilha do Retiro com 8 mil pessoas, incluindo o então presidente da Fifa, Jules Rimet, o Chile fez 5 x 2, mantendo a série durante dois anos, até perder da Canarinha em Santiago (no “primeiro título” verde e amarelo). Pentacampeão mundial oficial, o Brasil figura apenas em 6º no ranking oficioso, atrás de Escócia, Inglaterra, Argentina, Holanda e Rússia, incluindo os dados da extinta União Soviética.